Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESOLUÇÃO DE PROVAS PASSADAS DE CÁLCULO I Prof. Luiz Roberto Marim Prof. Airton Eiras 2013 Terceiro Bimestre Exercícios resolvidos e comentados de 2006 a 2012 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 2 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 3 Marim / Eiras Apresentação Durante os anos letivos de 2011 e 2012, os alunos frequentaram aulas extras que tinham o objetivo de prepara-los para as provas bimestrais, utilizando para tal, exercícios solicitados em anos anteriores. A receptividade por parte dos nossos alunos foi muito positiva, não somente como instrumento pedagógico, mas também por meio do reconhecimento de que tal instrumento auxiliou significativamente no processo de discussão e compreensão e do conteúdo do curso de Cálculo 1. Diante desse cenário, pensamos em ampliar a experiência, organizando os exercícios que foram solicitados em provas passadas, desde 2006 até as mais recentes, transformando a experiência das aulas em uma ferramenta de estudo adicional ao livro texto. A coleção de exercícios está dividida em assuntos, os quais seguem o conteúdo programático de cada bimestre. Assim, teremos ao todo, quatro volumes, cada qual com exercícios temáticos e solucionados com alto grau de detalhamento. Pensamos que o detalhamento do processo de solução dos exercícios auxilie nosso aluno a compreender com clareza a teoria desenvolvida no curso de Cálculo 1. Finalmente, pensamos que o conteúdo este material possui uma característica dinâmica, pois permite constantes atualizações tanto na forma, como no conteúdo. Agradecemos antecipadamente aos colegas Professores que colaboraram conosco, lendo, sugerindo e corrigindo erros não observados por nós. Agradecemos especialmente à Profa. Marilda Eboli Assumpção por nos ter auxiliado na revisão desse material. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 4 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 5 Marim / Eiras ÍNDICE 22. ESTUDO DO COMPORTAMENTO DE FUNÇÕES ......................................................................7 23. DIFERENCIAL E APROXIMAÇÕES LINEARES ..................................................................... 33 24. PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO ................................................................................................. 49 25. INTEGRAIS DEFINIDAS E INTEGRAIS IMEDIATAS ...................................................... 85 26. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO .............................................................................. 99 27. INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO ..................................................................................... 109 28. INTEGRAÇÃO POR PARTES ...................................................................................................... 121 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 6 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 7 Marim / Eiras 22. ESTUDO DO COMPORTAMENTO DE FUNÇÕES Roteiro para Esboçar uma Curva A. DOMÍNIO Estabelecer o domínio, ou seja, o conjunto dos pontos para os quais a função está definida. B. INTERCEPTOS Os interceptos são os pontos onde a curva intercepta os eixos (Ox e Oy). A curva corta o eixo Ox quando y = 0 e corta o eixo Oy quando x = 0. C. SIMETRIA Se f x f x a função é par. Se f x f x a função é ímpar. Se f x f x p a função é periódica. D. ASSÍNTOTAS Horizontais Para encontrarmos as assíntotas horizontais, devemos calcular os limites para x tendendo a mais infinito e a menos infinito. Se lim x f x L , então a função tem uma assíntota horizontal em y L . Se lim x f x L , então a função tem uma assíntota horizontal em y L . Verticais Para a determinação das assíntotas verticais, devemos calcular os limites para x tendendo aos pontos fora do domínio da função, pela direita e pela esquerda. Vamos supor que o ponto x a não pertença ao domínio da função. Então: Se lim x a f x , então a função tem uma assíntota vertical em x L . Se lim x a f x , então a função tem uma assíntota vertical em x L . Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 8 Marim / Eiras Oblíquas Caso existam assíntotas oblíquas, elas terão como equação a seguinte expressão: . y m x b Para a encontrarmos o(s) coeficiente(s) angular(es) m, devemos calcular os seguintes limites: l im x f x m x l im x f x m x Para a encontrarmos o(s) coeficiente(s) linear(es), devemos calcular os seguintes limites: lim . x f x m x l im . x f x m x Como esses valores calculados podemos escrever a(s) equação(ões) da(s) assíntota(s) oblíqua(s). E. INTERVALOS DE CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO Calcular 'f x e encontrar os intervalos nos quais é positiva ( f é crescente) e negativa ( f é decrescente). F. MÁXIMOS E MÍNIMOS LOCAIS Encontrar os números críticos de f x . Pontos críticos de uma função são aqueles em que a derivada dessa função não existe ou é igual à zero. G. CONCAVIDADE E PONTOS DE INFLEXÃO A função é côncava para cima se " 0f x . A função é côncava para baixo se " 0f x . Os pontos de inflexão ocorrem quando a f x muda a concavidade. H. ESBOÇO DA CURVA Desenhar as assíntotas como linhas tracejadas; Marcar os Interceptos; Marcar os pontos de máximo; de mínimo e pontos de inflexão. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 9 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) Seja uma função contínua em seu domínio de definição que é o conjunto 0 . (a) Sabendo-se que: lim x f x lim 0x f x 0 lim x f x 0 lim x f x l im 2 x f x x lim 2 1 x f x x Escreva a equação de todas as assíntotas desta função. RESOLUÇÃO Para a determinação das assíntotas verticais, devemos calcular os limites para x tendendo aos pontos fora do domínio da função. Nesse caso para x tendendo a 0. Como: 0 lim x f x , a função tem uma assíntota vertical em 0x . Para encontrarmos as assíntotas horizontais, devemos calcular os limites para x tendendo a mais infinito e menos infinito. Como: lim x f x , não existe assíntota horizontal quando x tende a mais infinito. Como: lim 0 x f x , a função tem uma assíntota horizontal em 0y . Para a encontrarmos as assíntotas oblíquas, devemos calcular o seguinte limite: l im x f x m x Como esse limite foi dado no enunciado e vale 2. Sabemos que existe uma assíntota oblíqua. Devemos agora encontrar o limite: lim x f x m x Esse limite também foi fornecido no enunciado e vale – 1. Assim podemos escrever a equaçãoda assíntota oblíqua como sendo: 2 . 1 y x Não temos informações sobre os limites para x tendendo a menos infinito. Então é possível que exista outra assíntota. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 10 Marim / Eiras (b) Sabendo que além das condições do item (a), f é sempre crescente, esboce um gráfico possível de f . Um possível gráfico da função f que satisfaça as condições do item (a) pode ser visto a seguir. (MAUÁ – 2006) Dada a função 1 1 x f x e (a) Determine o domínio de definição desta função; RESOLUÇÃO Como não existe nenhuma restrição para a função exponencial, x pode assumir qualquer valor. Além do mais, a função exponencial retorna somente valores positivos, com isso, o denominador da função f nunca assumirá valor igual à zero. Portanto, o domínio da função f são os números reais. f D (b) Sabendo que 2 ' 1 x x e f x e , determine os pontos críticos e os intervalos onde f x cresce; RESOLUÇÃO Pontos críticos de uma função são aqueles em que a derivada dessa função não existe ou é igual à zero. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 11 Marim / Eiras O denominador da derivada é sempre diferente de zero. Portanto, a derivada está definida em todos os reais. Como o numerador também é sempre diferente de zero, concluímos que não existem pontos críticos. Pensando de outra forma. Como ' 0f x para todo x em , a função é sempre crescente e não existem pontos críticos. (c) Exiba os pontos de máximo e mínimo local da função; RESOLUÇÃO Como a função é sempre crescente e ' 0f x , não existem pontos críticos. Portanto, não existem pontos de máximo ou pontos de mínimo. (d) Sabendo que 3 1 " 1 x x x e e f x e , determine os pontos de inflexão e os intervalos onde f tem concavidade para baixo. RESOLUÇÃO Pontos de inflexão ocorrem onde a função muda de concavidade. Como o sinal da segunda derivada nos fornece a concavidade da função, devemos procurar onde a segunda derivada muda de sinal, ou seja, onde a segunda derivada é igual a zero. Assim: 3 . 1 " 0 1 x x x e e f x e . 1 0 x x e e 1 0 x e 1 x e 0x Quando 0x , temos 1 x e , assim, a segunda derivada é negativa. Portanto, a concavidade é para baixo. Quando 0x , temos 1 x e , assim, a segunda derivada é positiva. Portanto, a concavidade é para cima. Quando 0x , temos 1 x e , temos: 0 1 1 0 1 2 f e Portanto, o ponto 0, 1 2 é ponto de inflexão. A sseguir podemos ver o gráfico da função dada. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 12 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Seja uma função contínua em seu domínio, impar e cujo domínio de definição é 0 . (a) Sabendo-se que: lim x f x 0limx f x 0 lim x f x l im 1 x f x x lim 0 x f x x Escreva a equação de todas as assíntotas desta função. RESOLUÇÃO Para a determinação das assíntotas verticais, devemos calcular os limites para x tendendo aos pontos fora do domínio da função. Nesse caso para x tendendo a 0. Como: 0 lim x f x , a função tem uma assíntota vertical em 0x . Para encontrarmos as assíntotas horizontais, devemos calcular os limites para x tendendo a mais infinito e menos infinito. Como: lim x f x , não existe assíntota horizontal quando x tende a mais infinito. Para a encontrarmos as assíntotas oblíquas, devemos calcular o seguinte limite: l im x f x m x Como esse limite foi dado no enunciado e vale -1. Sabemos que existe uma assíntota oblíqua. Devemos agora encontrar o limite: x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 13 Marim / Eiras lim x f x m x Esse limite também foi fornecido no enunciado e vale 0. Assim podemos escrever a equação da assíntota oblíqua como sendo: 1 . y x Não temos informações sobre os limites para x tendendo a menos infinito. Então é possível que exista outra assíntota. (b) Estude o sinal de 3 2 "f x x . Que informações sobre o gráfico de f você pode tirar desse estudo? Justifique. RESOLUÇÃO A segunda derivada 3 2 " f x x é positiva para todo 0x . Assim, a função f tem concavidade para cima se 0x . A segunda derivada 3 2 " f x x é negativa para todo 0x . Assim, a função f tem concavidade para cima se 0x . (c) Conhecendo todas as informações acima e sabendo que 1 1 0f f , esboce o gráfico da função. RESOLUÇÃO Um possível gráfico da função dada pode ser visto a seguir: x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 14 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Dada a função . 1f x x x . (a) Determine o domínio de definição desta função; RESOLUÇÃO A função raiz só admite valores positivos (ou nulo). Assim devemos escrever: 1 0 x 1 x Portanto, o domínio será: 1 fD x x . (b) Sabendo que 3 2 ' 2 1 x f x x , estude o crescimento e decrescimento desta função e determine os pontos críticos; RESOLUÇÃO A função é crescente onde a derivada é positiva e decrescente onde a derivada é negativa. Assim, vamos determinar onde a derivada é positiva: 3 2 0 2 1 x f x x 3 2 0 x 2 3 x Vamos determinar onde a derivada é negativa: 3 2 0 2 1 x f x x 3 2 0 x 2 3 x Assim, a função é crescente no intervalo 2 1 3 x e decrescente para 2 3 x . Os pontos crítico os tais que derivada não está definida ou vale zero. Estudando o domínio da derivada, podemos perceber que são os valores de 1 x , pois para 1 x o denominador se anula. Dessa forma, 1 x é um ponto crítico. Outro ponto crítico é quando a derivada se anula, isso ocorre justamente em 2 3 x . Vamos calcular os valores da função nesses pontos: 1 1 . 1 1 f 1 0 f 2 3 2 3 . 2 3 1 f 21 3 3 f Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 15 Marim / Eiras Assim, os pontos crítico são: -1 , 0 e 2 2 , 3 3 3 . (c) Exiba os pontos de máximo e de mínimo local, existentes; RESOLUÇÃO Como a derivada é negativa para valores menores que 2 3 e positiva para valores maioresque 2 3 , concluímos que o ponto 2 2 , 3 3 3 é um ponto de mínimo local. Não existe ponto de máximo local. Ao observarmos o gráfico da função podemos perceber que se trata de um mínimo global. (MAUÁ – 2006) Dada a função 20 ,5log 4g x x . (a) Determine seu domínio de definição; RESOLUÇÃO A função logaritmo só admite valores positivos, não nulos. Assim, devemos escrever: 2 4 0 x 24 0 x 24 0 x 2 4x 2x x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 16 Marim / Eiras Portanto, o domínio de g é dado pelo intervalo aberto 2 , 2 . Ou ainda: 2 2 gD x x (b) Onde esta função é contínua? RESOLUÇÃO Como a função logaritmo é continua em todo seu domínio, g será contínua em 2 , 2 . (c) Verifique se existem simetrias. RESOLUÇÃO Se a função for par ou impar, temos simetria. Trocando x por (-x) o valor da função não se altera 22 x x . Daí, concluímos que a função é par, ou melhor, é simétrica em relação ao eixo y. (d) Esta função é inversível em seu domínio? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO Como a função é par, ela não é inversível. Por ser par, a função apresenta um número par de valores de x para um mesmo valor de y. A seguir podemos ver o gráfico da função dada. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 17 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Determine as equações das assíntotas da função 5 1 4 x e f x x x . RESOLUÇÃO Assíntota vertical pode existir onde o denominador se anula. No caso, para x = 0. Vamos Calcular os limites laterais: 0 0 5 4 ´0 0 1 1 lim lim 4 5 4 4 x x L Hx x e e x x x 0 0 5 4 ´0 0 1 1 lim lim 4 5 4 4 x x L Hx x e e x x x Portanto esta função não tem assíntota vertical. Pois os limites não vão para infinito. Para determinarmos a existência de assíntotas oblíquas, devemos calcular o limite para x : 6 2 5 4 3 ´ ´ ´ 2 ´ ´ ´ 1 lim lim lim lim 4 6 8 3 0 8 1 2 0 lim lim lim 3 6 0 7 2 0 7 2 0 x x x x x L H x L H x L H x x x x L H x L H x L H x e e e e m x x x x x x e e e x x Portanto, não existe assíntota obliqua para x . Agora, devemos calcular o limite para x : 6 2 1 lim 0 4 x x e m x x Esse valor de coeficiente angular nos mostra que não existe assíntota oblíqua quando x . Mas existe assíntota horizontal. Para encontrarmos o coeficiente linear, devemos calcular o limite: lim 0 . x b f x x 5 1 lim 0 4 x x e b x x Portanto a reta 0y é uma assíntota horizontal, quando x . O gráfico da função dada pode ser visto a seguir. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 18 Marim / Eiras (MAUÁ – 2006) Dado o gráfico da derivada da função f x , determine no intervalo 0 , 1 0 : (a) Os intervalos onde a função f x cresce; RESOLUÇÃO A função cresce quando a derivada é positiva. Portanto nos intervalos: 0, 2 e 7 , 1 0 . (b) Os intervalos onde a função xf tem concavidade para cima; RESOLUÇÃO A função xf tem concavidade para cima quando a segunda derivada é positiva, ou seja, quando a função derivada estiver crescendo. Portanto, nos intervalos 4 , 6 e 6, 1 0 . x y x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 19 Marim / Eiras (c) As abscissas dos pontos críticos da função xf ; RESOLUÇÃO Os pontos críticos da função são aqueles em que a derivada se anula ou não existe. Portanto, para 2x , 6x e 7x . (d) As abscissas dos pontos de inflexão da função xf . RESOLUÇÃO O ponto de inflexão é aquele em que a segunda derivada muda de sinal. Ou seja, um ponto de mínimo ou de máximo local da derivada. Portanto, o único ponto de inflexão tem abscissa 4x . (MAUÁ – 2006) (a) Determine o domínio de definição da função 2 3 1 6 3g x x x . RESOLUÇÃO A única restrição na função g é quando ao valor dentro da raiz quadrada. Assim, devemos escrever: 2 1 6 0 x 2 1 6x 4x Portanto, o domínio pode ser escrito como: 4 4 gD x x (b) Determine as abscissas dos pontos críticos de 34 . 2f x x x . RESOLUÇÃO Devemos encontrar a derivada da função para encontrarmos os pontos críticos. Assim: 3 23 4 ' 4 2 .3 . 2 f x x x x x Para determinarmos as abcissas dos pontos críticos, devemos igualar essa derivada a zero e resolver a equação. 3 23 4 4 2 .3 . 2 0 x x x x 3 23 4 4 2 .3 . 2 x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 20 Marim / Eiras Essa equação é verdadeira para 0x e para 2x . E ainda, se 0x e 2x : 3 2 4 2 .3 . 2 x x x 4 2 .3 x x 4 8 3 . x x 7 8x 8 7 x Assim as abscissas dos pontos críticos são 0x , 2x e 8 7 x . A seguir podemos ver o gráfico da função dada. (MAUÁ – 2006) É dada a função: 2 ( ) 3 x e f x x , onde se sabe que: i) seu domínio é x tal que 3x ; ii) os limites laterais são: 3 3 lim ( ) ; lim ( ) x x f x f x ; iii) possui apenas dois pontos críticos. O máximo relativo ocorre para o menor valor de x do ponto crítico e o mínimo relativo ocorre para o maior valor de x do ponto crítico; iv) A função muda de concavidade em 3x e em 3x . Sabemos que 3 2 0e e que 1 0 , 3 6e . Pede-se: (a) determinar todas as assíntotas e dar suas equações; RESOLUÇÃO Para a determinação das assíntotas verticais, devemos calcular os limites para x tendendo aos pontos fora do domínio da função, pela direita e pela esquerda. Esses limites já foram dados no enunciado e são: x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 21 Marim / Eiras 3 lim ( ) x f x 3 lim ( ) x f x Assim, existem assíntotas verticais em 3x e 3x . Caso existam assíntotas oblíquas, elas terão como equação a seguinte expressão: . y m x b Para a encontrarmos o(s) coeficiente(s) angular(es) m, devemos calcular os seguintes limites: Para x : 2 3 2 ´ ´ ´ 3lim lim lim lim lim 3 3 3 6 6 x x x x x x x L H x L H x L H x e e e e ex m x x x x x Para x : 2 3 3 lim lim 0 3 x x x x e ex m x x x Assim, não existe assíntota oblíqua quando x . Existe uma assíntota horizontal para x . Vamos agora determinar o coeficiente linear: 2 lim 0 . 0 3 x x e b x x Logo, não existe assíntota horizontal y 0 para x . (b) determinar os pontos críticos de f; RESOLUÇÃO Pontos críticos são aqueles em que a derivada é zero ou não está definida. Vamos então, derivar a função dada: 2 22 2 3 2 3 3 x xx e x e xe x x 2 22 2 3 2 3 3 xx e x xe x x Fazendo essa derivada igual à zero, chegamos a: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 22 Marim / Eiras 2 2 2 3 2 0 3 x e x x x 2 3 2 0 x x 2 2 3 0 x x Resolvendo essa equação de segundo grau, temos: 1 x 3x Como o domínio da derivada é igual ao domínio da função, temos somente esses pontos críticos. Vamos calcular o valor da função para esses dois casos. 1 2 ( 1) 3 1 e f 1 ( 1) 2 e f ( 1) 0 ,1 8 f 3 2 ( 3) 3 3 e f 3 ( 1) 6 e f 1 0 ( 1) 3 f Portanto, os pontos críticos são: 1, 0,18 e 1 0 3, 3 . (c) esboçar o gráfico da função. RESOLUÇÃO A seguir podemos ver o gráfico da função dada. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 23 Marim / Eiras (MAUÁ – 2007) Dada a função 2 1 x f x x cujos pontos críticos são 1 0, 0P e 2 2 , 4P com derivada segunda 3 2 " 1 f x x , pede-se: (a) Domínio de f ; RESOLUÇÃO Exigindo que o denominador seja diferente de zero, tem-se que o domínio da função são todos os valores reais de x diferentes de 1. (b) Estude a concavidade determinando onde a função tem concavidade para cima e onde tem concavidade para baixo; RESOLUÇÃO A concavidade é obtida a partir do sinal da segunda derivada. Assim, a partir do enunciado: 3 2 2 2 " 1 1 1 f x x x x Observe que "f x será positiva sempre que x for menor que 1, e "f x será negativa sempre que x for maior que 1. Resumindo: " 0 1 c o n c a v id a d e p a ra c im a " 0 1 c o n c a v id a d e p a ra b a ix o f x x f x x (c) Determine todas as assíntotas e escreva suas equações; RESOLUÇÃO A partir do resultado do domínio da função, temos: 2 2 1 1 l im lim 1 1 x x x x x x Assim, 1x é uma assíntota vertical. Para o estudo das eventuais assíntotas inclinadas, iniciamos com o cálculo do coeficiente angular da reta no limite x : 2 2 2 lim 1 lim lim 1 1 1 x x x x x x m n x x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 24 Marim / Eiras Portanto para x , a assíntota inclinada é: 1 y x . Para x , repetimos o procedimento, obtendo: 2 2 2 lim 1 lim lim 1 1 1 x x x x x x m n x x x x x Portanto a função dada tende para a assíntota 1y x tanto para x quanto para x . (e) Esboce o gráfico de f . RESOLUÇÃO (MAUÁ – 2008) Determine a(s) assíntota(s) da função 3 . ln x x x f x e quando x tende ao infinito positivo. RESOLUÇÃO Para o estudo das eventuais assíntotas inclinadas, iniciamos com o cálculo do coeficiente angular da reta no limite x→ ∞: 3 3 3 3 ' ln 1 ln 1 lim lim lim lim 0 3 3 x x x x x x L H x x x x xe x m x e e x e x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 25 Marim / Eiras 3 3 ' ln 1 ln 1 lim lim 0 3 x x x L H x x x x n e e Portanto, a assíntota obtida é horizontal com equação: 0y . Figura: Gráfico da função f(x) mostrando que o comportamento para x→∞ coincide com a assíntota horizontal. (MAUÁ – 2008) Dado o gráfico da derivada da função f , contínua em seu domínio, pede-se: (a) Intervalos onde a função f cresce e onde decresce. RESOLUÇÃO x y x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 26 Marim / Eiras Lembrando que o comportamento crescente da função é caracterizado pelo valor positivo da primeira derivada e que o comportamento decrescente é caracterizado pelo valor negativo da primeira derivada, tem-se: f cresce para 1, 8 3x e para 4 5x f decresce para 2 1, 8x e para 3 4x Em 1, 8x e 4x temos pontos de mínimo local, pois o sinal da derivada passa de negativo para positivo. Analogamente, em 3x temos ponto de máximo local. (b) Pontos críticos e quais correspondem ao máximo e ao mínimo locais. RESOLUÇÃO Como descrito no item anterior, os pontos críticos são: 1, 8x , 1x , 3x e 4x . (c) Intervalos onde a concavidade da função f é para cima e onde é para baixo. RESOLUÇÃO O sinal da concavidade é obtido a partir do estudo da segunda derivada. Observe que para 2 1x , 0, 4 1x e 3 5x , 'f está crescendo e, portanto, " 0f , significando que a concavidade da função f é para cima nestes intervalos. Da mesma forma, para: 1 0, 4x e 1 3x 'f está decrescendo e portanto " 0f , que significa que a concavidade de f é para baixo nestes intervalos. (d) Pontos de inflexão. RESOLUÇÃO Os pontos de inflexão são aqueles caracterizados pelo valor nulo da segunda derivada. Nesses pontos a concavidade da função muda de sinal. A partir do gráfico, temos que f”(x) = 0 nos seguintes pontos: 1x , 1x , 0, 4x e 3x . Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 27 Marim / Eiras (MAUÁ – 2010) Seja a função 2 2 x f x x . (a) Determine o domínio de f . RESOLUÇÃO Como 22x é sempre positivo, o domínio de f é o conjunto dos números reais. (b) Encontre todas as assíntotas de f . Justifique algebricamente sua resposta. RESOLUÇÃO Visto que o domínio da função é real, teremos apenas assíntotas horizontais e verticais. Assim: Para x 2 2 1 lim 0 2 1 a ss ín to ta h o r iz o n ta l p a ra lim 1 2 x x m x y x x n x Para x 2 2 1 lim 0 2 1 a ss ín to ta h o r iz o n ta l p a ra lim 1 2 x x m x y x x n x x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 28 Marim / Eiras (MAUÁ – 2010) Seja a função 2 1 x f x x . (a) Determine o domínio de f . RESOLUÇÃO Uma vez que o denominador não pode ser nulo, o domínio da função f(x) é: fD x R x 1 (b) Encontre todas as assíntotas de f . Justifique algebricamente sua resposta. RESOLUÇÃO Assíntota vertical: 1x , pois: 2 1 l im 1x x x Assíntotas inclinadas: 2 2 2 2 2 2 2 2 1 lim lim lim lim 1 1 11 1 1 lim lim lim 1 1 1 1 x x x x x x x x x x m x x x x x x x x x x x x n x x x x Logo temos para x , a assíntota inclinada é 1 y x . Observe que para ,x o valor de m e consequentemente de n não se alteram e temos a mesma assíntota inclinada. (MAUÁ – 2011) Sabendo-se que 2 . 2 ' 1 x x f x x e 3 2 " 1 f x x , determine os intervalos onde f é crescente. Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 29 Marim / Eiras Os pontos críticos são: x = 0 e x = - 2, pois nesses pontos a primeira derivada de f(x) é nula. A partir do estudo dos sinais da derivada tem-se que f cresce para x < -2 e para x > 0. (MAUÁ – 2011) (a) Estude as assíntotas oblíquas da função 1 . c o sf x x x . RESOLUÇÃO O coeficiente angular e o coeficiente linear que definem a assíntota oblíqua no limite x→∞, são obtidos como segue: 1 1 . c o s 1 lim lim c o s 1 x x x x m x x 2 1 2 1 1 1 c o s 1 . 1 1 lim . c o s lim . c o s 1 lim lim 0 1 1 x x x x se n x x x n x x x x x x x Portanto, a equação da reta oblíqua é: 1 y x Como a função f é ímpar, no limite x , a equação oblíqua será igual: 2 y x (b) Determine os pontos críticos da função 2 2 3 0 6 4 . x t H x t e d t . RESOLUÇÃO Aplicando o Teorema Fundamental do Cálculo, obtemos: Sinal de f ´ + -2 - 0 + Crescimento de f Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 30 Marim / Eiras 2 u x 2 3 0 6 4 . u t H u t e d t 2 4 3 6 6 4 . 6 4 2 0 0 o u 2 u x d H u u e d u d d d u H x H u x e x d x d u d x x x A seguir podemos ver o gráfico da função dada. (MAUÁ – 2011) Sabendo-se que 3 2 2 2 ' 2 f x x e 5 2 2 6 " 2 x f x x , determine os intervalos onde f é côncava para cima. Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO O sinal da segunda derivada da função, 5 2 2 6 " 2 x f x x indica a concavidade de f. Assim, observado que o denominador da expressão é sempre positivo, temos que a concavidade de f(x) será positiva para todos os valores de x menores que zero, e negativa para os outros. O gráfico abaixo ilustra o resultado. x y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 31 Marim / Eiras A seguir podemos ver o gráfico de f . x y Concavidade ∪ ∩ X = 0 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 32 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 33 Marim / Eiras 23. DIFERENCIAL E APROXIMAÇÕES LINEARES APROXIMAÇÃO LINEAR Dada uma função y x , contínua no intervalo a , b , sabemos que o valor da inclinação da reta secante que passa por esses números é igual ao valor da taxa média de variação da função nesse intervalo: x y m sec ou ainda: )( 0sec0 xxmyy Considere o caso no qual Δx → 0, onde é possível considerar que a inclinação da reta tangente que passa pelo ponto x0 seja muito próxima ao valor da inclinação da reta secante, tal que podemos fazer a seguinte aproximação: )(' 0tansec 0 xy dx dy mm x Assim, a equação da reta secante torna-se: ))((' 000 xxxyyy Observe que se essa aproximação for verdadeira, o comportamento da função y(x) nas vizinhanças do número x→ x0 aproxima-se de uma reta. Generalizando, se f(x) é uma função contínua no intervalo [a,b], e se x0 ϵ [a,b], então, para Δx → 0, vale a aproximação linear: ))((')()( 000 xxxfxfxf Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 34 Marim / Eiras DIFERENCIAIS Se =y f x , onde f x é uma função derivável, então o diferencial dx é uma variável independente, ou seja, dx pode assumir qualquer valor real. Com isso, define-se o diferencial dy como: dxxfdy )(' Observe que a diferença Δy , definida como: )()( xyxxyy não possui o mesmo valor do diferencial dy, ou seja: ydy Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 35 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) O lucro P de certo fabricante ao vender x itens é expresso pela função / 400 200 . . x P x x e . Você não dispõe de uma calculadora e precisa estimar o lucro quando forem comercializados 205 itens. Utilize aproximação linear ou diferencial para fazê-lo. É dado que 1, 6e e, portanto, fica fácil calcular o lucro quando o fabricante vender 200 itens. RESOLUÇÃO A aproximação linear da função P(x) é dada por: )).((')()( axaPaPxP onde P’(x) é a derivada da função P(x), e dada por:) 400 1(200)(' 400/ x exP x A partir do enunciado, tem-se que x = 205 e a = 200 itens. Então, substituindo esses valores nas expressões acima, obtém-se: )200205).(200(')200()205( PPP com 5,62) 400 200 1(200)200(' 400/200 eP O valor do lucro será: ..5,25312)200205.(5,6225000)205( muP Este problema também pode ser resolvido a partir da definição de diferencial de uma função: dxafxdf ).(')( Considerando a função lucro P(x), tem-se: dxaPxdP ).(')( Fazendo a aproximação dP(x) ≈ ΔP(x) = P(x) – P(a) , e fixando dx = Δx = (205-200), obtém-se: 5,3125 6,1 100 5).200(')200()205( PPP Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 36 Marim / Eiras Portanto, ..5,253125,31225000)205( muP (MAUÁ – 2007) A resistência elétrica R de um fio é dada por 2 k R r , onde k é uma constante e r é o raio do fio. Supondo que o raio tenha sofrido uma variação e 0 , 0 0 5 r r , use diferencial para estimar o valor de R R resultante. Supor k constante. RESOLUÇÃO A partir da definição do diferencial de uma função f(x): dxxfxdf ).(')( obtém-se para a resistência elétrica, a seguinte expressão: drrRrdR ).(')( Calculando-se a derivada, tem-se: 3 2 )(' r k rR O diferencial dR será: r dr R r dr r k dr r k rdR 2.2 2 )( 23 Considerando as aproximações dR ≈ ΔR e Δx ≈ dx , a expressão acima é reescrita na forma: 010,0)005,0.(22 )( r r R rR (MAUÁ – 2007) Utilize diferencial para estimar a variação relativa do volume de um cone V V ocasionada por um aumento relativo do raio da base de 10 %, se a altura do cone se mantiver constante. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 37 Marim / Eiras RESOLUÇÃO A partir da definição do diferencial de uma função f(x): dxxfxdf ).(')( obtém-se para o volume do cone, a seguinte expressão: drrVrdV ).(')( Sendo o volume do cone dado por: 3 )( 2 hr rV sua derivada será: 3 2 )(' hr rV e o diferencial reescrito como: dr hr rdV 3 2 )( Multiplicando esse resultado por r, tem-se: Vdrdr hr dr hr rdVr 2 3 2 3 2 )( 22 ou ainda: r dr V rdV 2 )( Sendo o aumento relativo do raio dr/r = 0,10, resulta que o aumento relativo do volume é: 20,0 )( V rdV Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 38 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) Sabendo que ln 10 2 , 30 , utilize a aproximação linear para estimar o valor de log 12, 3 (logaritmo na base 10), seguindo o roteiro abaixo: (a) Determine o valor a em torno do qual você fará a aproximação linear e a função que será linearizada. RESOLUÇÃO A aproximação linear da função f(x) é dada por: )ax).(a('f)a(f)x(f Para a solução do exercício, considera-se x = 12,3 e a = 10, visto que o conhecemos o valor de log(10) = 1. (b) Escreva a inclinação da reta tangente à função escolhida no ponto de abscissa a. RESOLUÇÃO Lembrando que o valor da inclinação da reta tangente no ponto x = 10 é igual ao valor da derivada calculada nesse ponto, tem-se: 1 0 1 0 1 1 lo g ln (1 0 ) 2 3 x x d m x d x x (c) Escreva a aproximação desejada. RESOLUÇÃO A aproximação linear para essa função será: 1 lo g 1 0 1 0 2 3 f x L x f a f a x a x (d) Estime o valor de 3,12log . RESOLUÇÃO Substituindo o valor de x = 12,3 resulta: 1 lo g 1 2 , 3 lo g 1 0 1 2 , 3 1 0 1 0 ,1 1,1 2 3 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 39 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) A aproximação linear de uma função f x nas vizinhanças da coordenada 0x é dada por: 0 0 0' .f x L x f x f x x x sendo 0'f x a derivada da função f x para 0x x . (a) Mostre que L x é a equação da reta tangente a f no ponto 0 0,x f x . RESOLUÇÃO Lembrando que a equação geral de uma reta é dada por: ).( 00 xxmyy Em se tratando de uma reta tangente à uma determinada curva, o valor do coeficiente angular é igual ao valor da derivada da função no ponto (x0, y0). Ao considerarmos a aproximação linear, interpreta-se o valor de y0 como sendo a imagem da função no ponto x0, ou seja, y0 = f(x0) e o coeficiente angular m como o valor da derivada da função no ponto. Portanto: 0 0 0' .y f x f x x x L x (b) Aplique a aproximação linear da função 1 f x x , em 0 2x . RESOLUÇÃO A partir da expressão acima, tem-se: 0 1 2 2 f x f 2 1 1 2 4 f x f x Então: 1 4 1 )2( 4 1 2 1 )( xxxf Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 40 Marim / Eiras (MAUÁ – 2009) O tio Patinhas estava interessado em banhar sua moeda no 1 em ouro. O raio desta moeda é vinte vezes a sua espessura. Se a espessura da camada de ouro for de 0,01 mm, pergunta-se: (a) Qual o volume da moeda como função de seu raio antes do banho de ouro? RESOLUÇÃO Geometricamente, a moeda pode ser interpretada como um cilindro cuja altura é 1/20 R. Assim, o volume da moeda é: 3 2 2 0 2 0 R R V R (b) Use uma aproximação linear ou diferencial para calcular a quantidade de ouro utilizada. RESOLUÇÃO A variação do volume pode ser estimada calculando-se o diferencial da função V: dR R dr).r('V)r(dV 20 3 2 Em termos do volume, a quantidade de ouro utilizada é: R V ,dR R V )r(dV 0303 onde dR ≈ 0,01 mm. (MAUÁ – 2009) Escreva o polinômio de Taylor de ordem 2 da função y x para calcular 4 , 0 0 1 : (a) Escolha o centro a conveniente. RESOLUÇÃO O valor mais conveniente é 4 , ou seja, 4a . (b) Faça a aproximação: 2" 4 , 0 0 1 ' . . 2 f a f a f a x a x a . RESOLUÇÃO Comparando com a expressão geral, temos que x = 4,001 e os valores das derivadas da função para a = 4 são: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 41 Marim / Eiras 1 11 1 f' a = = f" a = - = - 4 3 22 a 4 a a Portanto: 2f ' ' 4 4 ,0 0 1 f(4 ) + f' 4 . 4 ,0 0 1 - 4 + . 4 ,0 0 1 - 4 2 0 ,0 0 1 0 ,0 0 0 0 0 1 4 ,0 0 1 2 + - 4 6 4 Observação: Embora não fosse necessário apresentar o resultado da aproximação, ao calcularmos, obteríamos: 5000249968720014 ,, enquanto que o resultado exato é: 4 ,001 = 2,00024998438 coincidente até a 7ª casa decimal. (MAUÁ – 2009)O tamanho de um tumor, que se admite esférico, é medido estimando o seu diâmetro. Num caso específico mediu-se um diâmetro de 3 cm com erro relativo de 2 %. (a) Qual o volume do tumor? RESOLUÇÃO O volume de uma esfera é dado pela expressão 3 4 )( 3 R rV . Assim, para R = 1,5 cm, tem-se: 3 34 9 . 1, 5 3 2 V cm (b) Use uma aproximação linear para calcular o intervalo de confiança da medida do volume. RESOLUÇÃO Considerando que o erro relativo na medida do diâmetro seja de 2%, isto implica que dr=0,02r. Então, a variação do volume será: 2 3 34 .3 4 . .0 , 0 2 0 , 2 7 3 dV r d r r cm Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 42 Marim / Eiras Portanto o intervalo é: 9 0 , 2 7 . 2 Ou 9 9 0 , 2 7 0 , 2 7 2 2 V cm3 . (MAUÁ – 2010) Uma bola de neve esférica desce uma montanha fazendo com que o seu volume aumente com o tempo. Supondo que o raio da bola no início da descida é de 1 metro e no final é de 1,1 metros. Calcule: (a) Uma aproximação da variação do volume. (Sugestão: Utilize diferenciais). RESOLUÇÃO Aplicando a aproximação linear, a variação do volume é dada por: 1044 2 ,dRRdVV onde 100111 ,,,dV (b) A variação exata do volume da bola. RESOLUÇÃO A variação do volume é dada por ΔV = V(1,1) – V(1,0): 34 3 V R 3 34 4 1,1 1 3 3 V 4 1, 3 3 1 1 3 V 4 0 , 3 3 1 3 V 4 0,1 1 0 3 3 3 3 V (c) Qual é o erro relativo obtido no cálculo aproximado da variação do volume calculado no item a? RESOLUÇÃO Calculando a razão entre a variação do volume e o valor do volume inicial, tem-se: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 43 Marim / Eiras 2 3 4 0 ,1 3 . 0 , 3 4 1 3 dV R dR V R (d) Se a variação no raio for menor que 0,1 metros, o que você pode afirmar sobre o erro relativo no cálculo aproximado da variação do volume? RESOLUÇÃO Como temos 2 3 4 3 . 4 1 3 dV R dR dR V R o erro relativo será menor também. (MAUÁ – 2011) O período de um pêndulo é dado por 2T L g onde L é o comprimento do pêndulo, g é a aceleração da gravidade e T o tempo. O pêndulo foi submetido a um aumento de temperatura de forma que seu comprimento aumentou 0,5 %. (a) Encontre uma aproximação para a variação percentual no período. RESOLUÇÃO Calculando-se o diferencial dT e dividindo a expressão pelo período T, obtém-se: 2 . L T g 1 2 2 d T d L L g Dividindo-se a segunda pela primeira, temos: . .2 dT dL T L L g g 1 . 2 dT dL T L Mas, sabemos que: 0, 0 0 5 .dL L Então: 0 , 0 0 5 dL L Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 44 Marim / Eiras Assim, temos: 1 .0 , 0 0 5 2 dT T 0 , 0 0 2 5 dT T E, portanto: 0, 0 0 2 5 .dT T Ou ainda, o aumento de 0,5 % no comprimento provocou um aumento de 0,25 % no período do pêndulo. (b) Usando o resultado da parte (a) encontre o erro aproximado na determinação das horas para um dia. RESOLUÇÃO Um dia tem 243600 segundos, e assim, o valor de um dia terá um acréscimo 0,0025243600=216 segundos. (MAUÁ – 2011) (a) Determine a assíntota oblíqua de 1 . xf x x e . RESOLUÇÃO Por definição, o coeficiente angular da assíntota oblíqua é dado por: 1 1 x ex lim x )x(f limm x xx Enquanto que o coeficiente linear da reta é: x )e( lim)e(xlim)xex(lim)x)x(f(limn x x x x x xx 1 1 1 1 11 Pela regra de L’Hopital, tem-se: 1 1 1 2 1 2 x e x limn x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 45 Marim / Eiras Portanto, a equação da reta obliqua é: y = x + 1 Analogamente, para x →-∞, obtém-se o mesmo resultado. (b) Escreva a aproximação linear da função acima nas proximidades de 1a . RESOLUÇÃO A partir da definição da aproximação linear, obtemos: ' . 1 L x f a f a x Sabendo que 1 f e . E que a derivada da função é: 1 1 2 1 ' . . x xf x e x e x Podemos calcular o valor da derivada no ponto x = 1, ou seja: ' 1 0f . Agora podemos escrever a aproximação linear: L x e (MAUÁ – 2011) Utilizando aproximação linear ou diferencial, estime o valor de 3 2 7 , 0 0 2 7 . RESOLUÇÃO A aproximação linear de uma função é dada por: )ax).(a('f)a(f)x(f Escolhendo a = 27, tem-se: 327 3 )a(f O valor da derivada em a = 27 é: 27 1 273 1 3 2 )a('f Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 46 Marim / Eiras Então: 0001327002727 27 1 33002727 3 ,),(, (MAUÁ – 2012) A área da superfície corporal de uma pessoa de 1,80 m de altura é modelada, em função da sua massa x em kg, por 0,1 .A x x (m2). (a) Use diferenciais para estimar a variação na área da superfície corporal de uma pessoa quando sua massa muda de 90 kg para 95 kg. RESOLUÇÃO Considerando a variação de massa dx = 95 – 90 = 5,0 kg, tem-se que a variação da área é: 2 05 902 10 2 10 m, , dx x , dA (b) O valor estimado por diferenciais, da variação da área da superfície corporal, se a massa mudasse de 90 kg para 91 kg, seria mais ou menos preciso do que o obtido na estimativa do item (a)? Justifique. RESOLUÇÃO O valor estimado da variação da área, neste caso, seria mais preciso. Com uma variação menor da massa (90 para 91 kg), a aproximação da variação da função A(x) seria melhor do que a estimativa obtida no item (a). (MAUÁ – 2006) (a) Um micrômetro foi utilizado para medir o raio de uma esfera de rolimã. Supondo que o raio medido foi de 1,00 cm e que o equipamento pode gerar um erro, para mais ou para menos de 0,01 cm nessa medida, estime através de diferenciais o erro propagado no cálculo do volume dessa esfera. RESOLUÇÃO 1,00 cm Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 47 Marim / Eiras Considerando a variação do raio é dr = 0,01cm, tem-se que: 2 3 dV = V '(r) dr = 4 π r dr = ± 0 ,04 π cm (b) Determine a série de Taylor de 4ª ordem com centro em 1a da função f x x . RESOLUÇÃO A expansão de Taylor é dada por: nn )ax()a(f !n )ax()a(''f ! )ax()a('f)a(f)x(f 1 2 1 2 Em 4ª ordem, tem-se: 1 2 3 2 5 2 7 2 1 1 ' . ' 1 2 2 1 1 " . " 1 4 4 3 3 '" " ' 1 8 8 1 5 1 5 1 1 6 1 6 iv iv f x x f f x x f f x x f f x x f Assim: 2 3 4 4 1 1 1 1 5 1 . 1 . 1 . 1 .1 2 8 1 6 3 8 4 P x x x x x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 48 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 49 Marim / Eiras 24. PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO Roteiro para resolução de problemas de otimização. 1. Compreendendo o Problema A primeira etapa consiste em ler cuidadosamente o problema até que ele seja entendido claramente. Pergunte a si mesmo: o que é desconhecido? Quais são as quantidades dadas? Quais são as condições dadas? 2. Faça um Diagrama Na maioria dos problemas é útil fazer um diagrama e marcar as quantidades dadas e pedidas no diagrama. 3. Introduzindo uma Notação Atribua um símbolo para a quantidade que deve ser maximizada ou minimizada (por ora vamos chamá-la Q) Selecione também símbolos (a, b, c, . . . , x, t) para outras quantidades desconhecidas e coloque esses símbolos no diagrama. O uso de iniciais como símbolos poderá ajudá-lo, por exemplo, A para área, h para altura e t para tempo. 4. Expresse Q em termos de alguns dos outros símbolos da Etapa 3. 5. Se Q for expresso como uma função de mais de uma variável na Etapa 4, use a informação dada para encontrar as relações (na forma de equações) entre essas variáveis. Use então essas equações para eliminar todas, menos uma das variáveis na expressão de Q. Assim, Q será expressa como uma função de uma variável x, digamos Q = f(x). Escreva o domínio dessa função. 6. Use os métodos aprendidos em sala de aula para encontrar os valores máximo ou mínimo absolutos de f. Em particular, se o domínio for um intervalo fechado, então poderá ser empregado o Método do Intervalo Fechado. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 50 Marim / Eiras Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 51 Marim / Eiras QUESTÕES DE PROVAS PASSADAS (MAUÁ – 2006) Uma caixa fechada tem base quadrada e um volume de 2.000 cm3. Sabendo que o material para fazer o fundo e o topo desta caixa custa 2 vezes mais do que o material para as laterais, determine as dimensões desta caixa para que ela tenha o menor custo de fabricação. Prove que a solução encontrada minimiza o custo de fabricação. RESOLUÇÃO Para a resolução desse problema devemos inicialmente escrever a equação custo. Isto é, a equação que nos fornece o custo total para a confecção da caixa. Foi dito no enunciado que o custo do material que constitui o fundo e o topo da caixa custa o dobro do preço do material das laterais. Assim podemos escrever: la te ra is topo fundoC C C O custo para a confecção das laterais é proporcional à área lateral, ou seja: la te ra is la te ra lC p .A la te ra isC p . .h .a 4 O custo para a confecção do topo e do fundo é proporcional a essas áreas, ou seja: topo fundo topo fundoC p .A p .A 2 2 topo fundoC p .a p .a 2 22 2 topo fundoC p .a 2 4 Dessa forma o custo total pode ser escrito como: C p . .h .a p .a 24 4 C p . .h .a .a 24 4 a a h Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 52 Marim / Eiras Devemos agora encontrar uma relação entre a altura h e a lateral a. Essa relação vem justamente do volume da caixa, que foi informado no enunciado e vale 2.000 cm3. Sabemos que: V h .a 2 h .a 22000 h a 2 2000 Substituindo esse valor de h na equação do custo, ficamos com: C p . . .a .a a 2 2 2000 4 4 C p . .a a 28000 4 Agora temos o custo como função somente de a. Para determinarmos o valor de a que minimiza o custo, devemos encontrar a derivada da função custo em relação à variável a. Assim, temos: dC p . .a da a 2 8000 8 Agora igualamos essa derivada a zero e determinamos o valor de a. p . .a a 2 8000 0 8 .a a 2 8000 0 8 .a a 2 8000 8 .a 38000 8 a 3 1000 a cm 10 Para termos certeza que esse valor minimiza o custo, devemos analisar o sinal da segunda derivada. d C p . da a 2 2 3 16000 8 Podemos perceber que substituindo o valor encontrado de a, a segunda derivada é positiva. Assim, concluímos que a solução minimiza o custo. (MAUÁ – 2006) Dada a figura: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 53 Marim / Eiras (a) Achar as dimensões de um cone circular de base r e altura h que pode ser circunscrito a um cilindro circular reto de altura H e raio da base R, de forma a que este cone tenha o menor volume possível. RESOLUÇÃO O volume do cone é dado por: co n e V . .r .h 2 1 3 Devemos encontrar uma relação entre r e h. Se fizermos um corte por um plano vertical passando pelo eixo de simetria do cone, teremos: H h R r r h R H A B C D E Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 54 Marim / Eiras Podemos verificar que o triângulo ABC é semelhante ao triângulo DBE. Dessa forma podemos escrever a relação de semelhança: h H r r R r .H h r R 1 Substituindo esse valor na equação do volume do cone, ficamos com: r .H V . .r . r h 21 3 r .H V . . r h 3 1 3 Vamos agora derivar essa equação em relação a variável r. .r .H r R r .H .dV . . d r r R 2 3 2 3 11 3 dV .r .H .r .R .H r .H. . d r r R 3 2 3 2 1 3 3 3 dV .r .H .r .R .H . . d r r R 3 2 2 1 2 3 3 dV .r .r .R . .H . d r r R 3 2 2 1 2 3 3 Igualando essa derivada a zero e isolando r, ficamos com: .r .r .R . .H . r R 3 2 2 1 2 3 0 3 .r .r .R r R 3 2 2 2 3 0 .r .r .R 3 22 3 0 r . .r .R 2 2 3 0 .r .R 2 3 0 .r .R2 3 r .R 3 2 Substituindo esse valor na equação (1), chegamos ao valor de h. Ou seja: .R .H h .R R 3 2 3 2 .R .H h .R 3 2 1 2 .H h 3 2 1 2 h .H 3 (b) Justifique matematicamente que o valor encontrado no item anterior corresponde de fato ao menor volume. RESOLUÇÃO Podemos verificar que esses valores minimizam o volume analisando o sinal da derivada. Vamos verificar os sinais da derivada para valores menores e maiores que os encontrados para r. Vamos reescrever a derivada como: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 55 Marim / Eiras .r .RdV . .H ..r d r r R 2 2 2 31 3 Notamos que o denominador será sempre positivo, pois está elevado ao quadrado. Assim, o sinal da derivada será determinado pelo termo entre parênteses no numerador. Vamos verificar quando esse termo será positivo. .r .R 2 3 0 .r .R2 3 r .R 3 2E quando ele será negativo. .r .R 2 3 0 .r .R2 3 r .R 3 2 Como a derivada muda de sinal de negativo para positivo, antes e depois do valor de r, pode-se concluir que esse ponto corresponde ao volume mínimo do cone. (c) Obtenha este volume. RESOLUÇÃO Para obtermos o volume do cone, basta substituir os valores encontrados na equação do volume. Assim, ficamos com: co n e V . .r .h 2 1 3 r .R 3 2 h .H 3 cone V . . .R . .H 2 1 3 3 3 2 c o n e V . .R .H 2 9 4 (MAUÁ – 2006) Uma escada de comprimento L está apoiada em um muro de altura 2 m e encosta numa parede conforme a figura abaixo. 2 m 1 m L1 L2 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 56 Marim / Eiras (a) Determine 1 2 L L L em função do ângulo . RESOLUÇÃO Podemos escrever o seno do ângulo θ e assim encontrar o valor de L1: sen θ L 1 2 L sen θ 1 2 Agora podemos escrever o cosseno do ângulo θ e assim encontrar o valor de L2: cos θ L 2 1 L cos θ 2 1 Somando os dois valores, temos: L L L 1 2 L sen θ cos θ 2 1 (b) Determine o menor comprimento possível da escada. RESOLUÇÃO Como o comprimento depende do ângulo θ, devemos derivar a equação encontrada no item (a) em relação a esse ângulo. Antes, porém, vamos reescrever a equação da seguinte forma: L sen θ cos θ 1 12 Agora, derivando chegamos a: dL sen θ .c o s θ co s θ sen θdθ 2 2 2 . c o s θ se n θd L d θ s e n θ co s θ 2 2 2 Reduzindo ao mesmo denominador, teremos: s e n θ .c o s θd L d θ s e n θ .c o s θ 3 3 2 2 2 Para minimizar o comprimento, devemos igualar a derivada a zero, ou seja: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 57 Marim / Eiras s e n θ .c o s θ s e n θ .c o s θ 3 3 2 2 2 0 sen θ .cos θ 3 30 2 .co s θ sen θ3 32 s e n θ c o s θ 3 3 2 tg θ 3 2 Ou ainda: tg θ 3 2 θ a rc tg 3 2 Agora podemos determinar o valor de L. L sen a rc tg co s a rc tg 3 3 2 1 2 2 (MAUÁ – 2007) Considere a figura: (a) Achar as dimensões de um paralelepípedo de altura b e base quadrada de aresta a tenha o maior volume possível e que possa ser inscrito num cone circular com base r e altura h. h r a b h a a b r Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 58 Marim / Eiras RESOLUÇÃO O volume do paralelepípedo pode ser determinado pela equação: V a .b 2 Devemos encontrar uma relação entre a e b para que o volume fique dependente de uma única variável. Vamos redesenhar a segunda figura dada no enunciado como segue: Observamos que o triângulo ABC é semelhante ao triângulo ADE. Dessa forma podemos escrever a seguinte razão de semelhança: h r ah b 2 h r h b a 2 a .h r h b 2 a .h h b r 2 a .h b h r 1 2 Substituindo esse valor na equação do volume, ficamos com: a .h V a . h r 2 2 h V a .h .a r 2 3 2 Agora vamos derivar essa equação em relação a a. Assim: dV h .a .h . .a d a r 2 2 3 2 Igualando-se essa derivada a zero e isolando o valor de a, chegamos a: h .a .h . .a r 2 0 2 3 2 h a . .h . .a r 0 2 3 2 h r a b A B C D E Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 59 Marim / Eiras h .h . .a r 2 3 0 2 h . .a .h r 3 2 2 a .r 4 3 Substituindo esse valor na equação (1), encontraremos o valor de b. Dessa forma, ficamos com: .r .h b h r 4 3 2 b h .h 2 3 b .h 1 3 (b) Justifique matematicamente que o valor obtido no item anterior corresponde de fato ao máximo volume; RESOLUÇÃO Vamos calcular a segunda derivada do volume em relação a a: d V h .h . .a rd a 2 2 2 3 Quando a for igual a 4/3.r, teremos: d V h .r .h . . .r rd a 2 2 4 4 2 3 3 3 d V .r .h .h da 2 2 4 2 4 3 Podemos perceber que a segunda derivada é negativa, o que corresponde a um ponto de máximo, ou seja, volume máximo. (c) Obtenha este volume. RESOLUÇÃO Vamos calcular o volume para os valores encontrados no item (a). V a .b 2 a .r 4 3 b .h 1 3 V .r . .h 2 4 1 3 3 V .r .h 216 27 Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 60 Marim / Eiras (MAUÁ – 2007) Um triângulo retângulo é formado no primeiro quadrante pelos eixos x e y e por uma reta passando pelo ponto (1, 2). (a) Escreva a equação da reta em função dos parâmetros b e h que passa pelos pontos: (0, h), (b, 0) e (1, 2). (Dica: utilize a forma 0 0 y y m x x para escrever a equação da reta). RESOLUÇÃO Vamos utilizar o ponto (0, h) e o ponto (b, 0) para a determinação da equação da reta. O coeficiente angular da reta pode ser determinado por: Δ y m Δ x h m b 0 0 h m b Agora podemos utilizar a equação sugerida na dica do problema. Precisamos do coeficiente angular, calculado acima e de um ponto, por exemplo, (1, 2). Assim: y y m . x x 0 0 h y . x b 2 1 (b) Encontre os vértices do triângulo: (0, 0), (0, h), (b, 0) para que sua área seja mínima. RESOLUÇÃO A área do triângulo pedido pode ser determinada através da equação: b .h A 2 Devemos encontrar uma relação entre h e b para que a área fique dependente de apenas uma variável. Podemos pegar um dos pontos do triângulo e substituir na equação da reta. Por exemplo, pegamos o ponto (0, h). Assim, ficamos com: 0 (b, 0) x (1, 2) y (0, h) Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 61 Marim / Eiras h h . b 2 0 1 h h b 2 h .b h 2 h b h 1 2 Substituindo esse resultado na equação da área, teremos: h h A . h 2 2 h A .h 2 2 4 Agora podemos derivar essa área em relação à altura h: .h . .h h .dA dh .h 2 2 2 2 4 2 2 4 dA .h .h .h d h .h 2 2 2 4 8 2 2 4 dA .h .h d h .h 2 2 2 8 2 4 Igualando essa derivada a zero, ficamos com: .h .h .h 2 2 2 8 02 4 .h .h 22 8 0 h . .h 2 8 0 .h 2 8 0 h 4 Substituindo esse valor na equação (1) encontraremos o valor de b: b 4 4 2 b 2 Assim, os pontos são: (0, 4), (0, 0) e (2,0). Para nos certificarmos que essa área é mínima, podemos analisar o sinal da derivada antes e depois do ponto (0, 4). O sinal da derivada é o mesmo sinal do numerador, uma vez que o denominador é sempre positivo. Vamos determinar os valores de h para os quais a derivada é positiva. .h .h 22 8 0 .h .h22 8 .h 2 8 h 4 Agora valor determinar os valores de h para os quais a derivada é negativa. .h .h 22 8 0 .h .h22 8 .h 2 8 h 4 Como a derivada mude sinal de negativo para positivo, a medida que h aumenta, concluímos que esse ponto é de mínimo, ou seja o triângulo tem área mínima. Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 62 Marim / Eiras (MAUÁ – 2008) Um triângulo isósceles tem uma base de 6 unidades e uma altura de 12 unidades. Encontre a área máxima possível de um retângulo que pode ser colocado dentro do triângulo com um dos lados sobre a base do triângulo. Quais são as dimensões do retângulo de área máxima? RESOLUÇÃO A área do retângulo inscrito no triângulo pode ser calculada através da equação: A .x .y 2 Agora devemos encontrar uma relação entre x e y para que a área seja dependente apenas de uma variável. Notamos que um vértice do retângulo pertence à reta que passa pelos pontos (0, 12) e (3, 0). Dessa forma, devemos determinar a equação dessa reta. O coeficiente angular da reta pode ser determinado por: Δ y m Δ x m 12 0 0 3 m 4 Agora podemos utilizar a equação y y m . x x 0 0 . Já conhecemos o coeficiente angular e utilizaremos o ponto (3, 0): y . x 0 4 3 y .x 4 12 Podemos substituir essa relação na equação da área e ficamos com: A .x . .x 2 4 12 A .x .x 28 24 x (0, 12) (x, y) (3, 0) y Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 63 Marim / Eiras Como queremos achar o ponto de máximo, devemos encontrar a derivada dessa área em relação à x: dA .x d x 16 24 Igualando essa derivada a zero, teremos: .x 0 16 24 .x 16 24 x 3 2 Para verificarmos que de fato é um ponto de máximo, vamos determinar a segunda derivada da área em relação à x: d A d x 2 2 1 6 Como a segunda derivada é negativa, o ponto corresponde a um máximo. Ou seja, a área do retângulo é máxima. (MAUÁ – 2008) Uma janela com o formato de um retângulo de lados x e y sobreposto por um semicírculo de diâmetro x tem perímetro p. Determine as dimensões da janela que permita a passagem da maior quantidade de luz. Mostre que a solução obtida corresponde à máxima iluminação. RESOLUÇÃO A máxima iluminação corresponde à máxima área de janela. Assim, devemos escrever a equação da área da janela: x A x .y .π . 2 1 2 2 y x Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 64 Marim / Eiras Podemos notar que a área depende de x e y. Devemos então, encontrar uma relação entre x e y para deixar a área dependendo apenas de uma varável. Essa relação vem do perímetro da janela que foi dado no enunciado: x p x .y π . 2 2 Como o valor do perímetro é constante, podemos isolar uma das variáveis e substituir na equação da área. Vamos isolar a variável y: x .y p x π . 2 2 π y . p x .x 1 1 2 2 Substituindo esse valor na equação da área, teremos: π xA x . . p x .x .π . 2 1 1 2 2 2 2 p π πA .x .x .x .x 2 2 21 2 2 4 8 p π π A .x .x 21 2 2 4 8 p π A .x .x 21 2 2 8 Para encontrar a área máxima devemos fazer a derivada da área em relação à variável x. Assim: dA p π . .x d x 1 2 2 2 8 dA p π .x d x 1 2 4 Igualando essa derivada a zero e isolando a variável x, chegamos a: p π .x 0 1 2 4 π p .x 1 4 2 π p .x 4 4 2 p x . π 4 4 2 p x π 2 4 Vamos encontrar o valor de y substituindo a valor de x na equação (1): p π p y . p . π π 1 2 2 2 4 2 4 p p π py . . . π π 1 2 1 2 2 2 4 2 2 4 p p π p y . π π 2 4 2 4 p p π y . π 1 2 4 2 Para verificarmos se essa solução corresponde a ponto de máximo devemos analisar o sinal da derivada segunda de A. Ou seja: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 65 Marim / Eiras d A π d x 2 2 1 4 Como essa derivada é negativa, concluímos que as dimensões encontradas correspondem a uma janela de área máxima. (MAUÁ – 2008) Um automóvel percorre por três horas uma estrada de terra e sua posição no instante t (medido em horas) é dada por: 2 3 30 . 20 3 . S t t t (medido em quilômetros). (a) Qual a velocidade máxima atingida pelo automóvel? JUSTIFIQUE. RESOLUÇÃO Vamos primeiramente encontrar a equação da velocidade derivando a equação da posição dada no enunciado: v t .t .t 260 20 Para encontrarmos o instante em que a velocidade é máxima devemos derivar essa equação e igualar a zero (ou seja, a velocidade é máxima quando a aceleração é nula): d v t .t d t 6 0 4 0 .t 0 60 40 t h 3 2 Como queremos a velocidade máxima, vamos substituir esse valor na equação da velocidade: v . . 2 3 3 3 60 20 2 2 2 v 3 90 45 2 v km h 3 45 2 (b) Quando a velocidade é mínima? JUSTIFIQUE. RESOLUÇÃO Como o único ponto critico é um ponto de máximo local, o ponto de mínimo só pode estar nas extremidades do intervalo [0, 3], pois no enunciado foi dito que o automóvel percorre por três horas uma estrada de terra. Dessa forma devemos determinar a velocidade nesses extremos: Resolução de Provas Passadas de Cálculo I - Terceiro Bimestre 66 Marim / Eiras v . . 20 60 0 20 0 v 0 0 v . . 23 60 3 20 3 v 3 0 A velocidade mínima neste intervalo é de 0 km/h e ocorre nos dois extremos do intervalo. (c) Em que instante (ou instantes) a velocidade instantânea é igual à velocidade média do veículo? JUSTIFIQUE. RESOLUÇÃO A velocidade média é dada por: m d is tâ n c ia p e rc o r r id a v tem po Considerando que o automóvel esteja andando sempre no mesmo sentido, temos: m S S v 3 0 3 0 mv 270 180 3 mv km h 3 0 Pelo Teorema do Valor Médio, temos que: S S S ' c 3 0 3 0 Mas S’(c) é justamente o valor da velocidade em c, ou seja, v(c). Assim: v c 270 180 3 0
Compartilhar