Prévia do material em texto
PERGUNTAS SEMINÁRIOS REPONDIDAS OBS: ESTUDEM OS SINAIS CLÍNICOS DE TODOS OS TÓXICOS 1- Qual é a causa da morte por intoxicação por ionóforos? Quais espécies mais susceptíveis e por quê? O mecanismo de ação dos ionóforos na célula consiste na formação de complexos lipídeo-solúveis dinamicamente reversíveis com uma variedade de cátions mono e divalentes. A translocação de íons e o rompimento de gradientes iônicos são responsáveis pelos efeitos terapêuticos e tóxicos dos ionóforos. No primeiro caso, a ação dos ionóforos sobre a membrana celular de bactérias ruminais, coccídios ou fungos patogênicos, resulta em efeitos benéficos para o animal hospedeiro. No último caso, uma ação similar ocorre nas membranas de células de mamíferos e aves, quando a substância é ingerida acidentalmente ou em doses elevadas. Intoxicações podem ocorrer por ingestão excessiva de antibióticos ionóforos em função de erro na mistura da droga à ração, engano no cálculo das dosagens, utilização em espécies mais susceptíveis ou uso em associação com drogas que potencializam seus efeitos. Uso inadequado de antibióticos ionóforos tem, no entanto, causado intoxicações em várias espécies animais, como bovinos, eqüinos, ovinos, suínos, cães, coelhos e aves. 2- Por que a intoxicação por AINEs levam à hemorragia como principal? Quais espécies mais susceptíveis e por quê? Muitos AINEs interferem na função plaquetária. A inibição de Cicloxigenase resulta na inibição da síntese de Tromboxano A2 pelas plaquetas. TxA2 é um fator fundamental envolvido na agregação plaquetária. O aumento do tempo de sangramento está presente no uso da maioria dos AINEs. Aspirina causa inibição irreversível da Cicloxigenase e este efeito permanece por toda vida das plaquetas. Portanto Aspirina aumenta o tempo de sangramento pós operatória se usado antes ou mesmo depois das cirurgias. Muitos outros AINEs causam inibição reversível da Cicloxigenase. O efeito inibitório deles na síntese de tromboxano A2 dura o tanto de tempo que eles estiverem presentes no plasma.(Isaa cs, 1996). Discrasias sanguíneas associadas com o uso de AINEs são raras mas tem sido relatadas com o uso da fenilbutazona.(Watson et alli., 1980 – citado por Isaacs, 1996). Alguns AINEs que possuem relativa segurança para humanos, por exemplo, Ibuprofeno e naproxeno, tem sido associado a alto grau de toxicidade em cães A maioria dessas reações tem sido descritas em cães e poucos efeitos colaterais tem sido descrito em gatos talvez pelo receio de usar AINEs nesta espécie em conseqüências de intoxicações ocorridas com Aspirina e Paracetamol. * cai a agregação plaquetária devido cair a função de cox1 e cox2, atuando nos fatores de coagulação. 3- Explique por que as plantas que têm oxalato de cálcio causam hipocalcemia. Os cristais de oxalato de cálcio são classificados em solúveis ou insolúveis e o grau de toxicidade varia de acordo com o tipo e a quantidade presente. Importante ressaltar que o primeiro tende a provocar injúria renal e hipocalcemia, enquanto que o segundo causa um efeito local, em especial no trato gastrointestinal, visto que os íons cálcio impedem a formação do ácido oxálico presente no trato alimentar e, por conseguinte, origina os cristais insolúveis de oxalato. * Quelação de cálcio E porque evolui para insuficiência renal crônica, com a função renal diminuída torna-se difícil a eliminação do fósforo em excesso, com isso temos hiperfosfatemia que se liga ao cálcio livre ( quelação de cálcio ) que, por sua vez, diminui os níveis de cálcio e obriga as glândulas paratiroides buscarem cálcio nos ossos para compensar. 4- Por que a inflamação causada pelos cristais de oxalato pode levar à formação tumoral? Por conta da reação inflamatória. Inicia com a injuria devido a inflamação pelos os cristais, ocorrendo todo processo inflamatório agudo, logo essa inflamação pode se persistir e se tornar crônico no qual com estímulos constantes dos leucócitos tendem a aumentar oxigênio e nitrogênio que modifica DNA causando mutações e crescimento celular modificado levando a formações tumorais. 5- Explique a patogenia da intoxicação por abamectina, ivermectina e closantel. Quais espécies são mais susceptíveis para cada e por quê? O mecanismo de ação das avermectinas ainda é discutido, supõe-se que o fármaco penetra nos parasitos gastrintestinais através da absorção transmuscular e dos hematófagos por via oral. As lactonas potencializam a ação inibidora neuronal no cordão nervoso ventral dos parasitos que é medida pelo ácido gama-aminobutírico (GABA) estes medicamentos agem sobre os canais de cloro, estimulam a liberação pré sináptica deste neurotransmissor, pelo aumento de sua ligação aos receptores póssinápticos, com isso aumenta a condução intracelular do neurotransmissor alterando a membrana do neurônio, resultando em uma paralisia motora do tipo flácida e eliminação do parasito. A ivermectina aumenta a condutância ao cloro, mediada pelo ácido gama amino-butírico (GABA) e parece bloquear a transmissão de impulsos para o neurônio motor nos nematóides, além de aumentar a liberação pré-sináptica do GABA e sua ligação pós-sináptica. Esse mediador aumenta a condutância ao cloro e provoca inibição neuronal devida à hiperpolarização causada pelos elevados níveis de cloro. Os efeitos do GABA seriam normalmente compensados pela acetilcolina, que aumenta a condutância ao sódio. Em mamíferos, neurônios mediados por GABA são encontrados apenas no sistema nervoso central (SNC) e a ivermectina não atravessa a barreira hematoencefálica em condições normais. Isso se deve ao alto peso molecular da ivermectina, assim não sendo capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (BHE). A ivermectina pode induzir neurotoxicidade. Surtos ocasionais de alterações neurológicas podem ocorrer em bovinos da raça Murray Grey, mesmo quando recebem a dose terapêutica indicada, o que pode ser explicado por esta raça apresentar uma maior permeabilidade da BHE. Por isso, não é recomendado o uso desse medicamento para bezerros com menos de 4 meses, dado o desenvolvimento incompleto da BHE. A deficiência de glicoproteína-P no cérebro, possivelmente como resultado de um defeito genético autossômico recessivo, reduz o efluxo deste medicamento no SNC aumentando a susceptibilidade de certos animais à intoxicação. Assim, algumas raças de cães como Collie, Old English Sheepdog, Shetland Sheepdogs, Australian Sheepdogs e seus mestiços, bem como cães e gatos com idade inferior a 6 semanas, também são mais susceptíveis ABAMECTINA: BOVINOS (+ COMUM ANIAMAIS DE PRODUÇÃO E SUBNUTRIDOS) NÃO USAR EQUIDEOS * PODE CAUSAR CEGUEIRA PERMANENTE DEVIDO DESMIELINIZAÇÃO DO NERVO ÓPTICO. IVERMECTINA: ???? CLOSANTEL: CAPRINOS E OVINOS 6- Por que o uso de carvão ativado na intoxicação por cocaína tem de ser a cada 4h? E qual a via recomenda-se o carvão ativado? A cocaína é um alcaloide natural obtido a partir das plantas Erythroxylon coca e Erythroxylon monogymum. Classificada como droga psicoestimulante, é capaz de produzir efeitos comportamentais e hipertermia, a partir da potencialização da neurotransmissão dopaminérgica no sistema nervoso central. A absorção se dá rapidamente pelas mucosas e um pouco menos rápida pelo Trato Gastrointestinal. Seu mecanismo de ação é atuar na recaptação de catecolaminas endógenas e dopamina, aumentando a neurotransmissão dopaminérgica. A cocaína é hidrolisada em metabólitos ativos, dos quais se destacam a ecgonina e benzoilecgonnina. A cocaína bloqueia a condução de impulsosnervosos pela diminuição da permeabilidade da membrana axonal aos íons sódio. Os efeitos sistêmicos resultam do bloqueio da recaptação e promoção da liberação de neurotransmissores nos sistemas nervosos central e periférico, provocando acentuado aumento na concentração de catecolaminas nas sinapses adrenérgicas. Os sinais clínicos são excitação do SNC, agitação, tremores, convulsão, hipertermia, ataxia, midríase, vômito, salivação, taquicardia e taquipnéia, fraqueza, hiperlactatemia, hipoglicemia e arritmias cardíacas. As manifestações agudas mais proeminentes são decorrentes da hiperexcitação do sistema nervoso central e dos efeitos cardiocirculatórios da hiperatividade simpática, seguida da depressão do funcionamento desses sistemas, com hipotensão arterial, bradicardia, coma e depressão respiratória. Das outras manifestações agudas, destacam-se a bronquiolite obliterante, pneumonia, edema pulmonar cardiogênico e não cardiogênico, pneumonite intersticial e hemorragia. O tratamento de animal que chegue para atendimento, logo após a ingestão do produto (5 a 10min), é a indução ao vômito e administração de carvão ativado a cada 4 horas. Mesmo não sendo antídoto, pode-se ministrar clorpromazina na dose de 12mg/kg; portanto, não esquecer que este fármaco pode reduzir o limiar para convulsão e deve ser usado com cuidado. Diazepam ou barbitúricos são indicados às convulsões. Se necessário, deve-se instituir oxigenoterrapia. Mantenha o paciente hidratado e monitore a produção de urina, a glicemia e temperatura corpórea. Nos casos de hipoglicemia (<80mg/dL), suplemente o animal com glicose. As arritmias geralmente se resolvem tratando hipertermia, hipoxemia e acidemia, mas para arritmias persistentes podem-se tentar os bloqueadores de canais de cálcio, como verapamil ou diltiazem. Se houver ingestão de pequenos pacotes ou papelotes de cocaína, indica-se a retirada cirúrgica. Na intoxicação de cocaína, são formados os metabolitos ativos que tem reabsorção entoro-hepática. E assim, voltam a fazer efeitos no organismo. Por isso que devemos administrar o carvão ativado a cada 4 horas. A administração deve ser feita pela via oral. 7- Quais são os princípios ativos da maconha e suas ações no organismo? A Cannabis Sativa tem muitos nomes populares. A substância psicoativa presente na maconha e no haxixe é o delta-9- tetrahidrocanabinol (THC). Segundo AMDUR, et al. (1991), o THC possui propriedades imunossupressoras, e vários estudos demonstram que essa imunossupressão é tanto humoral como celular (BOOTH, 1992). Contém cerca de 400 substâncias químicas, destacando-se pelo menos 60 alcalóides conhecidos como Canabinóides, os quais são responsáveis pelos efeitos psíquicos e classificados em dois grupos: os Canabinóides psicoativos (por exemplo, delta-8-THC, delta-9-THC e o seu metabólico ativo, conhecido como 11-hidróxi-delta-9-THC) e os não psicoativos (por exemplo, canabidiol e canabinol). O delta-9-THC é o mais abundante e potente desses compostos. Devido à sua lipossolubilidade, os canabinóides acumulam-se principalmente nos órgãos em que os níveis de gordura são mais elevados (cérebro, testículos e tecido adiposo). Em animais, a intoxicação quase sempre se dá acidentalmente, por ingestão do produto ou inalação da fumaça (intencional) e os sinais clínicos são bem variados e se assemelham aos efeitos provocados em seres humanos. Os cães costumam ser mais sensíveis e bovinos podem eventualmente ingerir a planta seca. O tetraidrocanabinol (THC, tetrahydrocannabinol) atua em diferentes receptores no SNC, como os receptores colinérgicos, dopaminérgicos, noradrenérgicos, cerotoninérgicos e no GABA. A planta tem grande ação antiemética, o que dificulta sua eliminação pelo vômito. A dose letal é em torno de 3g/kg de peso vivo. Os sinais clínicos podem ser divididos em efeitos físicos, efeitos psíquicos, além de déficits motores e cognitivos. Efeitos físicos: taquicardia, bradicardia, taquipneia, hipertensão, hipotermia, tontura, ataxia, retardo psicomotor, incoordenação motora, diminuição da acuidade auditiva, aumento da acuidade visual, broncodilatação, aumento do apetite, tosse e hiperemia conjuntival (olhos vermelhos). Efeitos psíquicos: alucinações, agitação, euforia, hiperexcitabilidade, vocalização, depressão, sonolência e estupor. Os sinais clínicos se iniciam logo após a droga atingir o SNC e alguns pacientes podem apresentar sintomas de intoxicação por até 12/24 horas em razão de liberação lenta do tecido adiposo e a sua ele inalação ocorre pelas vias renal e biliar pelo leite. O tratamento se baseia em retirar o animal do contato com a droga, manutenção de um acesso venoso, hidratação e oxigenoterrapia, se necessário. Indução de vômito é bastante difícil, sendo indicada lavagem gástrica. Administração de carvão ativado a cada 4 horas é benéfica. Em caso de bradicardia, pode-se indicar a atropina. Benzodiazepínicos podem ser úteis contra ansiedade e agitação excessiva. 8- Quais as consequências da intoxicação por álcool? TOXICOLOGIA DO ETANOL Consumo deste produto é capaz de provocar lesões hepáticas que refletem um espectro que vai desde os fenômenos de simples adaptações, esteatose e hepatite alcoólica até cirrose hepática. O alcoolismo é uma toxicomania, ou seja, o álcool provoca o aparecimento de estado de dependência, sendo considerado droga psicodisléptica, desestruturam a atividade mental produzindo quadros semelhantes à psicoses: delírios, alucinações e sensação de despersonalização. TOXOCINÉTICA a) Absorção : A absorção de substâncias pelo trato gastrintestinal é, em sua maior parte, explicável em termos de simples difusão não iônica através dos poros lipóides da membrana gastrintestinal. O epitélio é pouco permeável ou impermeável às formas polarizadoras dos compostos administrados e a absorção dos compostos ingeridos quase sempre ocorre pela difusão das suas formas lipossolúveis não ionizadas. Assim, o etanol, um não eletrólito lipossolúvel, é rapidamente absorvido para a corrente sangüínea através do estômago, do intestino delgado e do cólon ( proporções reduzidas ). O etanol é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal e o início dos sinais clínicos é geralmente correlacionado com a concentração de etanol no sangue, o aparecimento de sinais normalmente ocorre dentro de uma hora após a ingestão. A ingestão crônica pode levar a danos hepáticos e cirrose. O etanol é metabolizado em três fases: primeiro, o etanol é metabolizado pelo álcool desidrogenase para acetaldeído; depois acontece a conversão do acetaldeído em ácido acético pelo fígado através do aldeído desidrogenase, e por último, o ácido acético é então convertido em Acetilcoenzima A, que é consumida como fonte de energia através do ciclo do ácido cítrico ou para a síntese de lipídios. O etanol, principalmente o etanol concentrado, é irritante à parede gastrointestinal. Sua irritação na mucosa gástrica está associada à sua capacidade bem conhecida para induzir o vômito. O Consumo de etanol concentrado industrial acarreta em danos significativos, na mucosa estomacal com sangramentos. Dentro do SNC, o etanol aparenta ter um local de ação comum em receptores de neurotransmissores do SNC. Acredita-se que os efeitos neurotóxicos dos álcoois voláteis sejam devidos a interações com biomembranas. As ações do etanol são: aumento da inibição mediada por GABA, semelhante à ação dos benzodiazepínicos; inibição da entrada de Ca2+ através dos canais de cálcio controlados por voltagem; inibição das funções dos receptores de NMDA; e inibição do transporte de adenosina. Os sinais clínicos são a perda de movimentação cardiovascular, diminuição da movimentação respiratória e diminuição dos reflexos de proteção. Doses de etanol que produzem embriaguezsensibilizam o miocárdio aos efeitos das catecolaminas, e arritmias cardíacas fatais podem se desenvolver. A hipotermia que é comum na intoxicação por etanol exacerba esses efeitos e aumenta a dificuldade de tratar quaisquer arritmias que se desenvolvem. A Hipotermia ocorre devido a uma combinação de vasodilatação periférica (aumento da perda de calor) e uma perda central da capacidade para termo regular. Envenenamento por etanol agudo também pode desencadear pancreatite aguda. O etanol é um teratogênico comprovado em animais. Na intoxicação aguda incluem sonolência, ataxia, confusão mental, agressão ou submissão, vômito, dor abdominal, diarreia, diminuição da frequência respiratória, agitação tremores, convulsões, parada cardíaca e morte; na intoxicação crônica: ascite, icterícia, náusea, emagrecimento, vômito e convulsões. No tratamento deve se manter um aceso venoso e hidratação do paciente, fluidoterapia com solução glicosada a 5%, os álcoois podem causar depressão do SNC e a indução da êmese em um animal pode resultar em aspiração de vômito e é contraindicada. Se uma grande quantidade de conteúdo gástrico está presente em um paciente sintomático, é necessária uma lavagem gástrica que deve ser realizada com sedação e com um tubo endotraqueal para evitar a aspiração. O carvão ativado mostrou não ser eficaz a intoxicação por álcool e não é recomendado. Deve se manter o animal ventilado e com oxigênio. Controlar as convulsões com Diazepam intravenoso, antieméticos e antiácidos, se necessário. 9- Qual é a relação (ou correlação) da ingestão de carambola e a lesão renal? Carambola (Oxalato) A intoxicação é devido ao seu acúmulo de oxalato de cálcio solúvel presente na carambola, esta toxina está presente em todas as partes da planta como, as folhas, caule, e as frutas verdes que são mais ricas em oxalato, já as maduras quase não tem presença. Essa toxina presente não é filtrada pelo rim do animal, que é portado de insuficiência renal crônica. Os sais oxalato de cálcio solúvel são absorvidos a partir do trato gastrointestinal. O acido oxálico livre é quelado ao cálcio ou magnésio no trato gastrointestinal, formando complexo insolúveis que não são capazes de ser reabsorvidos, o oxalato livre é reabsorvido, se liga ao cálcio circulante e se precipita nos túbulos renais provocando obstrução aguda e lesões tubulares. Com a carambola os sinais clínicos podem ser divididos em três fases : Leve soluço, vômitos, falta de sono e uma leve confusão mental; Moderada agitação, adormecimento, parestesias e perda de força nos membros; Grave confusão mental, coma, convulsões e status epilepticus, instabilidade hemodinâmica com hipotensão e choque. Tratamento Dialítico e hemodialitico 10- Por que ocorre gastroenterite hemorrágica na intoxicação por alimentos embutidos? Embutidos (Nitrito e Nitrato) A intoxicação por embutidos ocorre devido à presença de substâncias como nitrito e nitrato, sendo que o nitrito é mais tóxico que o nitrato, tendo a formação de meta-hemoglobina. O nitrito interage com a hemoglobina (Hb) oxidando a meta-hemoglobina (MeHb). Nessa reação, ao alcançar a corrente sanguínea, o nitrito oxida o ferro da hemoglobina de seu estado ferroso (Fe2+) para sua forma férrica (Fe3+), dando origem a MeHb, a qual é incapaz de transportar oxigênio para as células, pois não se liga de forma reversível ao oxigênio, como acontece com Hb. Além de não se ligar ao O2, há uma mudança alostérica na porção heme da hemoglobina parcialmente oxidada, que aumenta sua afinidade pelo O2. Dessa forma, também há liberação insuficiente do O2 para os tecidos. Os sinais podem surgir 14 horas após a ingestão, podem ser discretos ou surgir de forma súbita, os principais sinais são : sialorréia , cansaço, taquipnéia ou dispneia progressiva, ataxia, tremores musculares, contração abdominal, andar cambaleante, mucosas cianóticas, manifestações de baixo débito cardíaco, sonolência. Tratamento terapêutico e a administração de azul de metileno caracterizado como uma tiazina com propriedades antissépticas e oxidante dose depende.Ácido ascórbico, glicose, tiossulfato de sódio. Atribuir oxigenoterapia. 11- Qual é o princípio ativo e a patogenia da intoxicação por chocolate e cebola? A cebola (Allium cepa) é mais tóxica por conter mais concentração sulfurada do que o alho (Allium sativum) por ser considerado menos, pode ser menos tóxico para cães do que a cebola em si, quando usado com moderação. Cebola/Alho (Dissulfideos ou Compostos de sulfurados) São substâncias que causam danos à superfície das hemácias por oxidação, ocasionando seu rompimento, o resultado é a formação do corpúsculo de Heinz que vem acompanhado de anemia hemolítica. Os corpúsculos são acúmulos focais de hemoglobina desnaturada dentro dos eritrócitos. A intoxicação espontânea por cebola está associada a duas manifestações clínico-patológicas. Uma condição aguda, caracterizada por metemoglobinemia grave que causa cianose e morte, e outra mais crônica, decorrente de anemia hemolítica. Podem promover disfunções hematológicas em cães e gatos que ingeriram este alimentos em mais de 0,5% do seu peso vivo. A alimentação diária com este alimento pode causar efeitos acumulativos devido à contínua formação do corpúsculo de Heinz em comparação a uma única exposição, se ocorrer um grande espaço de tempo até a próxima ingestão permite que a medula óssea regenere as células vermelhas destruídas prematuramente. Os dissulfetos são os agentes que causam a lesão oxidativa à hemoglobina, o n-propil é a principal toxina que reduz a atividade da glucose-6- fosfato desidrogenase em de Heinz e desencadeiam a hemólise intra e extravascular. Pacientes com depleção ou deficiência de glutationa sofrerão lesão mais grave. Mesmo com cozimento ou deteriorização da cebola/alho não é possível reduzir o seu potencial tóxico. São facilmente absorvidos pelo trato gastrointestinal. Os primeiros sinais são normalmente gastroenterite, como vômito , diarreia , dor abdominal, perda de apetite, letargia, prostração, inapetência e são também observadas depressão e desidratação. Mas gravemente afetados. Os efeitos letais são raros, mas deve-se evitar a exposição a qualquer tipo da A.cepa. Sinais clínicos podem se desenvolver dentro de 24h depois da ingestão, porém vistos após a fase de retardo de vários dias Deve se realizar tratamento de suporte, já que não possui antídoto específico, com o intuito de diminuir os efeitos oxidativos do ingrediente ativo e evitar lesão renal resultante da hemoglobinúria. Caso a ingestão tenha sido até 2 horas, induzir êmese, administrar carvão ativado com objetivo de tentar absorver dos compostos de dissulfetos . Podem ser administrados também percussores da glutationa, tais como N- acetilcisteína ou SAMe, sendo que para hipoxemia ou anemia hemolítica pode ser tratada com transfusão sanguínea ou ministração de hemoglobina bovina polimerizada (Oxygglobin). ALHO Mecanismo de toxicidade: Diferentes componentes tóxicos estão envolvidos nas intoxicações por plantas do gênero Allium, que parecem ser facilmente absorvidos pelo trato gastrintestinal e metabolizados a componentes altamente reativos, capazes de oxidar a hemoglobina em metahemoglobina em cães e gatos, resultando em diminuição de oxigenação nos tecidos, os quais induzem à hipóxia. Por ser menos solúvel, a metahemoglobina precipita-se, formando corpúsculos de Heinz ou depositando-se nas paredes celulares dos eritrócitos, tornando-as frágeis e propensas a sofrer hemólise intra e extravascular. Dentre as toxinas, citamse alicinas e ajoenes, presentes no alho, e sulfóxidos e sulfetos orgânicos alifáticos, dos quais acredita-se que o “n-propildissulfeto” seja a principal toxina redutora da atividade da enzima glicose-6- fosfato desidrogenase nas células sanguíneas, interferindo na regeneração da glutationa reduzida, necessária para prevenir a desnaturação oxidativa das hemoglobinas. Os agentes farmacológicos do alho são a alicina e o ajoene, que são considerados potentes relaxantes de músculos cardíacos e de músculo liso, agentes vasodilatadores e hipotensores. CEBOLA A substância 2-propil-tiossulfato de sódio, isolada de cebolas aquecidas, também promoveu efeito hemolítico quando testada em cães experimentalmente. Cães das raças japonesas Akita e Shiba são mais suscetíveis à intoxicação por cebolas por apresentaram elevada quantidade de eritrócitos hereditários e baixos níveis de glutationa e potássio séricos. Felinos são mais propensos à oxidação eritrocitária, pois sua hemoglobina contém oito grupos sulfidrila, ao invés de dois grupos, presente em outros mamíferos, e, além disso, seu baço é menos eficiente em filtrar hemácias danificadas no fluxo sanguíneo que nas demais espécies. CHOCOLATE (Teobromina) A constituição do chocolate existe grande quantidade de carboidratos, lipídeos, aminas biogênicas neuropeptídeos e metilxantinas (teobromina e cafeína, sendo a concentração de teobromina mais significativa do que a de cafeína), e um alcaloide primário encontrado no cacau. A teobromina está presente na manteiga do cacau, que é o principal ingrediente presente na fórmula do chocolate em maior quantidade. E uma substância com ação diurética, estimulação cardíaca e vasoconstritora, sendo extremamente nociva, e o componente tóxico mais importante do chocolate pode provocar grande estimulação cerebral e intenso aumento no trabalho muscular cardíaco ocasionando arritmias cardíacas. Patogenia (Toxico dinâmica) Metilxantinas provocam um antagonismo competitivo dos receptores de adenosina. A inibição destes receptores provocam estimulação do sistema nervoso central (SNC), a constrição de alguns vasos sanguíneos, diurese e taquicardia. Também podem provocar aumento nos níveis de cálcio inibindo a fixação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático dos músculos estriados, resultando no aumento da força e da contratilidade do músculo esquelético e cardíaco. A teobromina também pode competir por receptores benzodiazepínicos que inibem a fosfodiesterase que resulta no aumento da adenosina cíclico (AMPc) e na liberação de catecolaminas . Para os cães e gatos as pequenas quantidades (100-150 mg por kg) já não são mais seguras, pois eles metabolizam mais lentamente estas substâncias. A família das metilxantinas são altamente lipossolúveis, assim conseguindo a capacidade de atravessar as barreiras placentárias e hematoencefálica. Ela pode ficar na circulação sanguínea por 14 às 20h em cães (meia vida de 17,5h), podendo permanecer no organismo por seis dias, esse tempo é prolongado devido a sua excreção por via hepática. A intoxicação pode se dar com menos de 50g de chocolate para um cão de porte pequeno e em torno de 400g para um cão de grande porte. A dose tóxica está próxima à 100mg/kg sendo fatal perto de 200mg/kg . São absorvidos pelo trato gastrointestinal, e são metabolizados no fígado através das reações de conjugação. Cães e gatos podem se intoxicar por alimentos que contenham elevados teores das metilxantinas teobromina (3,7-dimetilxantina) e cafeína (1,3,7- trimetilxantina), componentes abundantes em chocolates à base de cacau Sinais Clínicos Os sinais clínicos desta intoxicação podem ocorrer entre 6 a 12 horas após ingestão, os sinais podem durar 24h às 72h devido á meia vida longa da teobromina. Pode ser observada, diarreia com ou sem sangue, vômitos, hipertensão moderada, bradicardia/taquicardia, arritmias, nervosismo, excitação, tremores, hipertermia, convulsões, respiração ofegante, incontinência urinaria, cianose, coma e morte. Alguns destes sinais são encontrados em alterações bem avançadas da intoxicação. Os altos teores de gordura dos produtos de chocolate ainda podem provocar pancreatite em animais mais sensíveis. Tratamento Não existe antídoto, sendo realizado um tratamento de suporte. Deve- se eliminar as toxinas que ainda não foram absorvidas por meio da indução do vômito, lavagem gástrica com o uso de carvão ativado em até 2 horas após a ingestão (contra indicado caso o animal estiver deprimido ou comatoso) ou mais de uma lavagem em casos de grandes quantidades ingeridas, fluido terapia, monitoração cardíaca e controle de convulsão e agitação, tremores (é indicado o uso de diazepam , os barbitúricos são indicados caso o diazepam falhe). A bexiga do animal deve ser sondada pois as metilxantines podem ser reabsorvidas pela vesícula urinária , manter o animal sondado e a bexiga vazia. E deve se manter o animal internado até a recuperação 12- Por que os detergentes catiônicos levam a uma intoxicação mais grave? Explique a patogenia. R: Por ser uma substancia surfactante em contatado com líquidos gera ions orgânicos positivos causando lesões da mucosa digestiva: sialorréia, disfagia, dor retroesternal, náuseas e vômitos. São graves por serem substância corrosiva corrosivos. CÁUSTICOS - ÁCIDOS E ÁLCALIS FORTES Produtos de uso doméstico que apresentam concentrações elevadas de substâncias alcalinas ou ácidas que determinam quadros geralmente graves: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, hidróxido de sódio (soda cáustica). Entre as aplicações mais comuns temos: desentupidores, detergentes de máquina de lavar, limpadores de fornos, soluções de limpeza. Os ácidos causam necrose de coagulação, enquanto os álcalis determinam necrose de liquefação, mais intensa. Quadro clínico: O quadro clínico depende do tipo de exposição, volume e concentração. Inicialmente é semelhante, seja a exposição aos álcalis ou ácidos, havendo algumas diferenças quanto à sintomatologia e Logo após a ingestão aparece dor intensa com espasmo reflexo da glote podendo determinar morte por asfixia. Vômitos, desidratação, edema e inflamação da boca, língua e faringe. Produtos sólidos determinam com maior freqüência lesões na boca, esôfago e parte superior do estômago. Contato com a pele produz grave queimadura: edema, vesículas e necrose. No contato com os olhos, a exposição rápida promove lacrimejamento, hiperemia conjuntival e fotofobia. Nos casos mais graves ocorrem dores intensas, edema de conjuntiva e de pálpebras e ulcerações de córnea. Complicações: Destruição anatômica, perfuração de vísceras, tosse, estridor, dispnéia, cianose, esofagite cáustica, estenoses. Tratamento: A princípio não descontaminar, ou seja: O PACIENTE NÃO DEVE VOMITAR NEM SER SUBMETIDO A LAVAGEM GÁSTRICA. Não neutralizar. Não alimentar. O uso de corticosteróides é bastante controverso. Tratamento de suporte, hidratação, antibióticos, internamento hospitalar e analgésicos. A Endoscopia Digestiva Alta (EDA), cuidadosa, deve ser feita de preferência nas primeiras 12 a 24 horas. 13- Na intoxicação por hipoclorito de sódio e amônia a via inalatória e a oral são mais graves. Qual a possível causa de morte pela via inalatória? H I P O C L O R I T O S Características: Soluções de hipoclorito são encontradas em um número considerável de produtos de limpeza, geralmente em concentrações inferiores a 5%. Na fabricação destes produtos, em vista das soluções de hipocloritos serem instáveis, adicionam-se pequenas quantidades de cloro, podendo elevar o pH para 11. Vários produtos (Hipoclorito de Na a 5%). Principal efeito: irritação e corrosão de pele e mucosas (ação oxidante do cloro livre e dos agentes alcalinos). Cloro livre = atividade corrosiva. A mistura com agentescontendo amônia pode ser perigosa pela formação de cloraminas que em contato com as mucosas úmidas produzem o ácido hipocloroso irritante mais persistente. A mistura com agentes contendo soluções ácidas libera cloro sob forma gasosa que é um poderoso irritante da via respiratória e mucosa ocular. Quadro clínico: Está relacionado com a quantidade ingerida, concentração de hipoclorito e doença prévia. Dores na boca, esôfago e/ou estômago disfagia, vômitos distúrbios hidroeletrolíticos, hipotensão, esofagite ulcerativa e estenose de esôfago. Contato com os olhos causa conjuntivite com lacrimejamento, congestão fotofobia e edema de pálpebras. Gravidade: 1. Hipoclorito de Sódio Industrializado; 2. Hipoclorito de Sódio caseiro – Concentração desconhecida; 3. Hipoclorito de Sódio + amônia. Complicações: Aspiração Tratamento: Casos graves, tratar como cáustico (vide adiante). Em casos leves a diluição é controversa. Repouso gástrico. Demulcentes, Analgésicos. Antibioticoterapia, s/n. Corticóides (controverso). 14- Por que ocorre IRA na intoxicação pela Loxosales (aranha marrom)? ACIDENTES POR Loxosceles Ações do veneno: O principal componente do veneno é a enzima esfingomielinase D que atua sobre os constituintes das membranas das células principalmente do endotélio vascular e hemácias. São descritas três ações: proteolítica, hemolítica e coagulante. Quadro clínico: Apresenta-se sob dois principais aspectos: forma cutânea e forma cutâneo-visceral Forma cutânea: Ocorre em mais de 95% dos casos. Dor, edema e eritema locais, pouco valorizados pelo paciente. A dor se intensifica nas primeiras 12 a 36 horas e é comparada a queimadura de cigarro. Podem surgir áreas hemorrágicas mescladas com áreas de isquemia, placa marmórea e necrose seca, após 7 a 12 dias evoluindo para ulcera de difícil cicatrização em 03 a 04 semanas. Pode ocorrer hipertermia, cefaléia, astenia e exantema. Forma cutâneo-visceral: Anemia, icterícia e hemoglobinúria decorrentes da hemólise intravascular podem ocorrer nas primeiras 24 horas. Há registros de coagulação intravascular disseminada (principal causa de óbito) e ocorrência de petéquias e equimoses. Complicações: Locais – infecção secundária, perda tecidual e cicatrizes extensas. Sistêmicas – insuficiência renal aguda. Exames complementares: Não são específicos. Na forma cutânea ocorre leucocitose e neutrofilia. Na forma cutâneo-visceral podem ocorrer plaquetopenia, hiperbilirrubinemia indireta, anemia aguda e elevação dos níveis séricos de potássio, creatinina e úreia, além de alterações do coagulograma. Tratamento: Compressas frias e limpeza da ferida frequentemente; Antissépticos; Analgésicos; Antihistamínicos; Corticosteróides; Antibióticos; Remoção de escaras uma semana após o acidente; Cirurgia reparadora, s/n. Caso Leve: sintomáticos. Caso Moderado: 5 ampolas de Soro anti-aracnídico (SAAR). Caso Grave: 10 ampolas de SAAR. * ocorre a formação de trombos e ocorre hemoglubinuria. Os trombos vão para os rins e causam isquemia. Os acidentes são quase sempre graves devido a peçonha ser muito ativa. A peçonha possui ação PROTEOLÍTICA E HEMOLÍTICA. 15- Qual é a ação da peçonha da cascavel e da jararaca? Cascavel * ocorre sialorreia devido a paralização de contração esofagina. Quanto mais cranial a picada, mais rápido os sinais neurológicos. 16- Pq não pode uso de amitraz em animais gestantes? São compostos de alta toxicidade, LD50 bastante reduzida e responsáveis por intoxicações super agudas. MECANISMO DE AÇÃO: Tem atividade alfa-adrenérgica. Inibem as prostaglandinas e deprimem o SNC. SINTOMAS: Na fase inicial o animal mostra bradicardia, hipotensão arterial, depressão respiratória e miose. Com a evolução do quadro o animal começa a apresentar taquicardia, hipertensão, taquipnéia, midríase, congestão da pele, hiper-hidrose, aumento da glicose sanguínea e coma. Há um odor na boca e narinas bastante pronunciado devido a presença de Xilidinas (metabólito resultante da degradação do amitraz no organismo). Possuem atividade teratogênica. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico laboratorial é possível através da dosificação na urina do ácido 3-metil-4-amino benzóico. Deve ser feito o diagnóstico diferencial com as intoxicações por organofosforados (nas intoxicações por amitraz não ocorre alterações nos níveis da enzima acetil colinesterase). TRATAMENTO : O prognóstico é sempre reservado e está na dependência da quantidade de princípio ativo absorvido. Não há antídoto específico. Quando a via de penetração for a pele proceder imediatamente lavagem em água corrente e abundante, com ducha fria. Enxaguar sempre com água bicarbonatada. Se a via de penetração foi oral, fazer lavagem gástrica com Bicarbonato de Sódio a 5% e em seguida provocar o vômito ou dar laxantes alcalinos. Em bovinos e equinos pode se fazer uma sangria de até 3 litros de sangue, repondo-se igual volume com solução fisiológica. Fazer sempre a hidratação do paciente ( não usar solução glicosada ). Administrar Sulfato de Atropina a 2% na dose de 0,3 a 0,5 mg/kg/pv para grandes animais, ou de 0,02 a 0,05 mg/kg/pv para pequenos animais. Aplicar nos grandes animais Gluconato de Cálcio a 24% ( até 200 ml ), e em pequenos animais Gluconato de Cálcio a 10% ( até 20 ml via endovenosa ). ● Amitraz em gestante provoca aborto, pois causa deslocamento de placenta, devido o desprendimento dos cotilédonos. 17- Pq o amitraz causa agresividade nos equinos? ● Devido às cólicas que lhe causam muita dor 18 - Qual é a ação do excesso de amônia no sangue? Causa estado excitatório. O acumulo de amônia no sangue causa insufiencia renal crônica, acumulando compostos ureicos e voltando para a corrente sanguínea. O que é Uréia e espécies mais afetadas Um aditivo ou suplemento para nutrição, principalmente em bovino, mas utiliza-se para ruminantes em geral devido a necessidade da fermentação na microbiota do rúmen. Nos ruminantes o catabolismo das proteínas é dependente da microbiota do rúmen que tem a capacidade de transformar o nitrogênio da uréia em proteína de boa qualidade. O consumo deste suplemento por animais não adeptos ou pelo excesso, leva a obtenção de problemas de infertilidade em vacas e o quadro agudo de intoxicação que gera incoordenação motora, tremores, colapso e morte. Toxicodinâmica Uréia A intoxicação ocorre quando uma quantidade muito alta é ingerida, ou se grandes quantidades forem ingeridas em curtos períodos de seca. No rúmen a uréia gera alterações com a ação de ureases produzindo amônia (NH3+) ou amônio (NH4) que fazem combinação com outras substâncias que irão produzir aminoácidos e proteínas. A rápida absorção da uréia age no ciclo do ácido cítrico saturado, com isso o sistema da glutamina-sintetase acaba inibindo a respiração celular causando há hiperamonemia. O aumento acentuado do pH ruminal ocorre quando há uma grande concentração de amônia no rúmen, com isso acaba favorecendo a sua absorção com nível a cima da sua capacidade do processamento hepático. Sinais Clínicos de Intoxicação por Uréia Os sinais clínicos de intoxicação por uréia são salivação abundante, tremores, espasmos musculares, inquietação, surdez, tremores na pele, respiração ofegante, falta da coordenação motora, enrijecimento das pernas, colapso respiratório e morte. Nos ruminantes os sinais clínicos são: mudanças de comportamento com excitação ou agressividade, dor abdominal intensa, incoordenação, fraqueza, dispnéia, timpanismo, atonia ruminal, mugidos altos e bruxismo. Nos equinos é caracterizado por incoordenação motora e alterações proprioceptivas da marcha, seguido de coma e morte em algumas horas,a recuperação pode levar 24-48 horas. Diagnóstico da Intoxicação por Uréia Baseia-se no histórico e anamnese do animal, exames laboratoriais podem determinar a concentração de uréia nos alimentos ou determinar a concentração de amônia no conteúdo ruminal, em animais recém mortos apresentam alterações no pH valores acima de 8 que representa intoxicação por amônia. Tratamento da Intoxicação por Uréia Em caso de intoxicação o animal deve ser tratado o mais rápido possível, o tratamento tem como objetivo reduzir o pH no ambiente ruminal e com isso impedir a absorção excessiva da amônia liberada. Devem ser administrados ao animal, solução de ácido acético ou vinagre a 5% a quantidade a ser administrada são de 4 a 6 litros por via oral em bovinos, quando se trata de ovinos e caprinos essa quantidade é de 0,5 a 1 litro, dependendo da gravidade da intoxicação esse processo deve ser repetido a 3 horas após a primeira administração, caso estes produtos não estejam disponíveis nas propriedade deve-se oferece 20 a 30 litros água fria ou gelada, isso acaba dificultando a absorção da amônia. O tratamento por via intravenosa com a administração de 30ml de solução fisiológica por kg de peso vivo, junto com 265 mg do diurético furosamida é eficaz para o tratamento até mesmo em aninais que se encontra em decúbito. Esse tratamento é capaz de corrigir a desidratação, diminuir o edema pulmonar e aumenta a eliminação da amônia pela a urina. https://prezi.com/l4v6u7i8asfw/botulismo-e-tetano/ https://www.youtube.com/watch?v=ndPQcX6LAFw