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AULA 15 DIREITOS REAIS NA COISA ALHEIA

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DIREITO CIVIL IV: DIREITOS REAIS 
 
 
AULA 15– DIREITOS REAIS NA COISA 
ALHEIA 
 
 
PROFESSORA: Carina de Oliveira Soares 
 
1. NOÇÕES GERAIS: 
 
Flexibilidade dos poderes do domínio: 
 
PROPRIEDADE: 
 USO 
 
 GOZO/FRUIÇÃO 
 
 LIVRE DISPOSIÇÃO 
 
 REIVINDICAÇÃO 
 
- Poderes do domínio são poderes desmembráveis, 
separáveis. 
O desmembramento dos poderes do domínio não afeta a 
propriedade = o proprietário mantém o título, apesar de 
haver uma flexibilização dos poderes do domínio. 
 
Direito real na coisa alheia: 
 
Proprietário entrega parcela dos poderes do domínio para 
um terceiro 
 
Proprietário fica com o título + a outra parcela dos poderes 
do domínio que sobrou 
Os direitos reais na coisa alheia nascem do 
desdobramento, do parcelamento dos poderes do domínio. 
 
Haverá um esvaziamento do domínio fazendo surgir um 
novo direito real a partir da propriedade. 
 
O direito real na coisa alheia não reduz a dimensão da 
propriedade (título), mas atinge severamente o domínio (4 
poderes). 
 
Característica da elasticidade do direito de propriedade: os 
4 poderes da propriedade podem ser separados. 
 
 
 
I. DIREITOS REAIS NA COISA ALHEIA DE 
GARANTIA: 
 
DIREITO REAL DE GARANTIA: é a afetação de um bem 
específico ao cumprimento de uma obrigação. 
 
São direitos reais sobre coisa alheias, acessórios, que 
asseguram o adimplemento de obrigação principal. 
 
O direito real de garantia determina qual o bem destinado à 
solução da dívida, antes de outros bens. 
ESPÉCIES: 
 
i) Anticrese; 
 
ii) Penhor; 
 
iii) Hipoteca. 
REQUISITOS: 
 
- Bem suscetível de penhora: se o bem não pode ser 
penhorado ele se mostra inidôneo para servir como 
garantia de uma dívida. 
 
- Constituídos através de contrato (celebrado entre as 
partes que integram a obrigação principal OU por terceiro, 
que garante a dívida alheia com bem próprio). 
 
- Requisito subjetivo: capacidade da parte de alienar. 
 
OBS.: O Código Civil proíbe a CLÁUSULA COMISSÓRIA 
(art. 1.428): 
 
- Nulidade absoluta da cláusula que permite que o credor 
fique com a coisa dada em garantia na hipótese de 
inadimplemento do devedor. 
 
- Espécie de autotutela vedada pela código civil. 
 
- Viola o devido processo legal: credor poderia cobrar a 
dívida acima do valor real (ex: juros abusivos). 
 
- A cláusula é nula porque é abusiva. 
 
- Com o vencimento do contrato, os bens dado em garantia 
serão penhorados e alienados em hasta pública (alienação 
judicial). 
I) ANTICRESE (art. 1.506 – 1.510): 
 
 É direito real de garantia sobre bem frugífero 
(bem que produz frutos). 
 
- O devedor entrega o seu imóvel ao credor, cedendo-lhe o 
direito de perceber, em compensação de dívida, os frutos e 
rendimentos. 
 
- O credor anticrético vai ter direito a receber os frutos. 
 
- É a mais simplificada das garantias. 
 
- É uma garantia incompleta: o credor não terá direito à 
executar a coisa como um todo; o credor terá direito a 
receber os frutos eventualmente produzidos pela coisa. 
 
- Não tem idoneidade para assegurar o cumprimento 
integral da dívida. 
 
- O credor recebe os frutos da coisa para abater da dívida: 
1º: abate dos juros; 
2º: abate do principal. 
 
Requisitos: 
 
i) Instrumento público; 
ii) Registro no cartório. 
 
Prazo máximo: 15 anos. 
Após o prazo de 15 anos: cessa a garantia (ATENÇÃO: a 
dívida continuará, mas sem a garantia) 
 
O credor anticrético pode ser compelido a prestar contas 
ao devedor (ação de prestação de contas – o devedor 
vai requerer ao credor esclarecimentos sobre os frutos 
colhidos). 
 
Responsabilidade do credor anticrético: 
-Responde pelas deteriorações que, por culpa sua, o imóvel 
vier a sofrer. 
- Responde pelos frutos e rendimentos que, por sua 
negligência, deixar de perceber. 
 
O bem anticrético pode ser hipotecado. 
- São finalidades distintas. 
- Credor anticrético: retira os frutos. 
- Credor hipotecário: executa a coisa. 
 
II) PENHOR (arts. 1.431 – 1.472): 
 
É direito real de garantia sobre COISA MÓVEL, 
corpórea ou incorpórea, baseado na tradição. 
 
- O penhor é a entrega de um bem móvel para servir de 
garantia ao cumprimento de uma dívida. 
 
2 elementos característicos 
 
i) Coisa móvel; 
 
ii) Tradição. 
 
*Ordinariamente o penhor constitui-se pela entrega da coisa. 
 
OBS.: Aeronave e navio 
 
- Embora sejam coisas móveis por sua natureza, serão 
IMÓVEIS para fins de hipoteca. 
 
- Não são suscetíveis de penhor. 
 
- Inidoneidade de servir à tradição. 
CUIDADO: 
 
Não confundir PENHOR x PENHORA 
 
Penhor é direito real de garantia sobre coisa alheia móvel. 
- Um bem dado em penhor é um BEM EMPENHADO. 
 
Penhora: é um ato judicial que faz parte do processo de 
execução. Na penhora se apreende os bens do devedor (móveis 
ou imóveis) para que nele se cumpra o pagamento da dívida 
executada. 
- Penhora não é direito real, mas é forma de garantir que 
devedor irá cumprir com a obrigação em um processo de 
execução. 
- Bem que sofreu penhora = bem PENHORADO. 
Havendo roubo/furto da coisa empenhada: 
 
-Credor pignoratício tem dever de vigilância, dever de 
guarda, dever de custódia: deverá ressarcir o valor de 
mercado do bem. 
 
- Cessa a garantia, mas a dívida continua (não quitou a 
dívida). 
 
Havendo esbulho ou turbação: 
 
- O credor pignoratício deverá informar ao devedor do 
esbulho/turbação para que o devedor possa, em nome 
próprio, defender a coisa. 
 
- O credor pignoratício deverá defendera coisa (dever de 
guarda). 
Se a coisa se perder: o credor pignoratício deverá ressarcir o 
valor de mercado do bem. 
 
Cessa a garantia, mas a dívida continua. 
Se a coisa empenhada produzir frutos: 
 
- O credor pignoratício poderá ficar com os frutos, mas terá 
que abater da dívida. 
CARACTERÍSTICAS DO PENHOR: 
 
A) Solenidade na constituição do penhor: 
 
- Duplamente solene: - contrato escrito (instrumento público 
ou particular) 
+ 
 
 -registrado no cartório de títulos e 
documentos. 
B) Efetiva entrega da coisa (tradição): 
 
-A coisa será entregue ao credor pignoratício; que recebe a 
coisa para guardá-la e executá-la, se preciso. 
 
- Vedada a cláusula comissória: o credor não pode ficar com 
a coisa para si (deverá executá-la). 
 
- É possível constituir sub-penhor, salvo disposição em 
contrário: 
 
Garantia de 2º grau. 
Credor recebe bem como garantia de uma dívida  mas 
credor é também devedor = entrega a coisa em garantia para 
um terceiro. 
 
C) Direito de retenção em favor do credor pignoratício: 
 
- Direito de retenção da coisa quando eventualmente o credor 
pagar alguma despesa em razão da sua manutenção. 
 
ATENÇÃO: Direito de retenção não se confunde com a 
cláusula comissória (proibida). 
 
- O direito de retenção é direito de se manter na posse da coisa 
até que a despesa feita com a manutenção da coisa lhe seja 
ressarcida. 
 
- Cláusula comissória: é ficar com o bem para si como 
pagamento da dívida. 
D) Direito de exigir caução na hipótese de perecimento ou 
deterioração, não culposa, da coisa: 
 
- Quando o bem dado em garantia perece/ se deteriora: 
cessa a garantia, mas continua a dívida. 
 
- O devedor vai ser compelido a prestar uma caução: dar um 
novo bem garantia. 
 
- Se não houver oferecimento de nova garantia: ocorrerá o 
vencimento antecipado da dívida. 
 
PLANO DE AULA15: 
 
Marcos e Camila possuem conta poupança 
conjunta tendo sido esta surpreendida pelo 
penhor em favor do Banco Poupe Aqui da 
totalidade do saldo da poupança. Alega o banco 
que os titulares da conta poupança são solidários 
entre si e, por isso, possível o penhor da totalidade 
do saldo como garantia de uma dívida contraída 
por Marcos. Pergunta-se: há solidariedade entre 
os titulares da poupança conjunta? Explique sua 
resposta e nela destaque se o penhor realizado 
pelo Banco é válido. 
 
RECURSO ESPECIAL. CONTA POUPANÇA CONJUNTA. 
PENHOR EM FAVOR DE TERCEIRO. TOTALIDADE DO 
SALDO DA POUPANÇA. SOLIDARIEDADE INEXISTENTE. 
- Os titulares de conta poupança mantida em conjunto são credores 
solidários do banco. A recíproca não é verdadeira: penhor 
constituído por um dos titulares com o banco, não faz o outro 
devedor solidário. 
- O saldo mantido na conta conjunta é propriedade condominial dos 
titulares. Por isso, a existência de condomínio sobre o saldo, que é 
bem divisível, impõe-se que cada titular só pode empenhar, 
licitamente, sua parte ideal em garantia de dívida (Arts. 757 do 
Código Beviláqua e 1.420, § 2º, do novo Código Civil). 
- O Banco credor que, para se pagar por dívida contraída por um dos 
titulares da conta conjunta de poupança, levanta o saldo integral 
nela existente, tem o dever de restituir as partes ideais dos demais 
condôminos que não se obrigaram pelo débito.

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