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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – NOVO AGRAVO DE INSTRUMENTO Até a presente data, 28% das questões sobre o NCPC envolvendo os recursos são referentes ao agravo de instrumento, portanto, este assunto merece total atenção dos candidatos de concursos públicos e provas da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Um dos principais e mais conhecidos recursos do Direito Processual Civil (agravo de instrumento) sofreu mudanças essências tanto em seu prazo de interposição quanto na forma. Para uma compreensão e aprofundamento sobre o assunto, em observância das principais alterações efetuadas, ao final deste artigo, apresento questões cobradas em provas com gabarito comentado. No novo sistema recursal criado pelo Novo Código de Processo Civil é excluído o agravo retido e o cabimento do agravo de instrumento está condicionado às situações previstas em lei. O art. 1.015, caput, do Novo CPC admite o cabimento do recurso contra determinadas decisões interlocutórias, além das hipóteses previstas em lei, significando, para muitos doutrinadores, que o rol legal de decisões interlocutórias recorríveis por agravo de instrumento é restritivo, mas não o rol legal, considerando a possibilidade de o próprio Código de Processo Civil, bem como leis extravagantes, previrem outras decisões interlocutórias impugnáveis pelo agravo de instrumento que não estejam estabelecidas pelo disposto legal. O Código de 1973 previa, como regra geral, o agravo de instrumento, e como particularidade de alguns casos, o agravo retido, para impugnar as decisões interlocutórias. O sistema do NCPC é diverso. Estabeleceu um rol das decisões interlocutórias sujeitas à impugnação por meio de agravo de instrumento que, em regra, não tem efeito suspensivo (NCPC, art. 1.015). Não há mais agravo retido para as decisões não contempladas no rol da lei. A matéria se for o caso, será impugnada, pela parte prejudicada, por meio das razões ou contrarrazões da posterior apelação interposta contra a sentença superveniente (art. 1.009, § 1º). Dessa forma, o novo Código valoriza o princípio da irrecorribilidade das interlocutórias, mais do que o Código de 1973. O Novo Código, alterando corretamente o regime das preclusões, deixa claro no artigo 1.009, §1º que “as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões”. Agora, se a matéria incidental decidida pelo magistrado a quo não constar do rol taxativo do art. 1.015, que autoriza a interposição de agravo de instrumento, a parte prejudicada deverá aguardar a prolação da sentença para, em preliminar de apelação ou nas contrarrazões, requerer a sua reforma (art. 1.009, § 1º). Vale dizer, a preclusão sobre a matéria somente ocorrerá se não for posteriormente impugnada em preliminar de apelação ou nas contrarrazões. Hipóteses que ensejam a interposição do agravo de instrumento: “Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I – tutelas provisórias; II – mérito do processo; III – rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI – exibição ou posse de documento ou coisa; VII – exclusão de litisconsorte; VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1º; XII – (VETADO); XIII – outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.”. O inciso I admite o cabimento do recurso contra as decisões sobre a tutela provisória, ou seja, qualquer decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela dessa espécie (antecipada, cautelar e da evidência). Nessa hipótese de cabimento não bastará à natureza interlocutória da decisão, importando também sua autonomia, pois, se se decidir a tutela antecipada na sentença, o recurso cabível será a apelação, nos termos do art. 1.013, § 5.º do Novo CPC. Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. No inciso II está à confirmação expressa e indiscutível da admissão pelo sistema da decisão interlocutória de mérito, recorrível por agravo de instrumento. Tradicionalmente, a revisão da decisão de mérito era feita pelo recurso de apelação. No Novo Código de Processo Civil caberá também agravo de instrumento na hipótese de decisão interlocutória de mérito e de julgamento antecipado parcial de mérito. Nos termos do Art. 356 do NCPC, em caso de cumulação de pedidos, o juiz poderá conhecer e julgar um ou mais deles antecipadamente, via decisão interlocutória, se existir pedido incontroverso ou a causa estiver madura para julgamento, ainda que os demais pedidos no processo não estejam preparados para julgamento. Dessa decisão, o recurso cabível será o agravo de instrumento, visto que apesar de decidir o mérito, o juiz não põe fim a fase cognitiva, porquanto, não pode ser comparada a sentença. Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. § 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. Contra decisão que rejeita a alegação de convenção de aritragem também cabe agravo de istrumento (inciso III). Ressalta-se que, no caso de acolhimento da alegação da convenção de arbitragem, não há que se falar em agravo. Nesse caso, o juiz proferirá uma sentença, extiguindo o processo sem resolução do mérito (Art. 485, VII). Contra essa decisão será cabível o recurso de apelação (Art. 203, §1 c/c Art. 1.009). Obs. O juiz não pode conhecer de ofício a convenção de arbitragem. Esta deve ser alegada pelo Réu na contestação sob pena de preclusão. De acordo com o NCPC (inciso IV), contra as decisões que acolher (ou não) o pedido e desconsideração da personalidade jurídica, caberá agravo de instrumento. O procedimento para a desconsideração da personalidade jurídica está expressamente previsto entre os artigos 133 a 137 do Novo Código de Processo Civil, como mais uma modalidade de intervenção terceiros. Nos termos do Art. 136, estando preenchidos os requisitos legais que podem variar conforme a matéria (Art. 50 do Código Civil; Art. 28 do CDC; Art. 4º da Lei 9.605/98) e considerando o juiz suficiente as provas trazidas aos autos, julgará o pedido por decisão interlocutória. Art. 1.015 III Art. 337 X Art. 1.015 IV Art. 136 A maioria dos incisos do art. 1.015 do Novo CPC trata de hipóteses em que não teria sentido e/ou utilidade à decisão ser revista em grau recursal somente no momento de julgamento da apelação. Nesse sentido, os incisos V (rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolher o pedido de sua revogação); VI (exibição ou posse de documento ou coisa); VII (exclusão de litisconsorte); VIII (rejeiçãodo pedido de limitação do litisconsórcio); IX (admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros); X (concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução); XI (redistribuição do ônus da prova). “Esta opção do legislador de 2015 vai, certamente, abrir novamente espaço para o uso do mandado de segurança contra atos do juiz. A utilização desta ação para impugnar atos do juiz, no ordenamento jurídico ainda em vigor, tornou-se muito rara. Mas, à luz do novo sistema recursal, haverá hipóteses não sujeitas a agravo de instrumento, que não podem aguardar até a solução da apelação. Um bom exemplo é o da decisão que suspende o andamento do feito em 1º grau por prejudicialidade externa. Evidentemente, a parte prejudicada não poderia esperar.” (WAMBIER, Teresa; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins e; MELLO, Rogério Licastro Torres de. Primeiros comentários ao Novo CPC. Artigo por artigo. São Paulo: RT, 2015, p. 1453). O agravo de instrumento será encaminhado ao tribunal competente por meio de petição contendo como requisitos o nome das partes, a exposição do fato e do direito, as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido, bem como o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo, nos termos do artigo 1.016 do NCPC. Interposto agravo por instrumento, o recurso será processado fora dos autos da causa onde se deu a decisão impugnada. O instrumento será um processado à parte formado com as razões e contrarrazões dos litigantes e com as cópias das peças necessárias à compreensão e julgamento da impugnação. A autenticação das peças reproduzidas no instrumento não depende de certificação do escrivão ou do chefe de secretaria, cabendo ao próprio advogado declará-la, sob sua responsabilidade pessoal (NCPC, art. 425, IV). Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade; É importante dizer que o NCPC ampliou o rol das peças consideradas obrigatórias (NCPC, art. 1.017), a incluir as cópias da petição inicial, da contestação e da petição que ensejou a decisão agravada, bem como, facultativamente, “outras peças que o agravante reputar úteis.” (inciso III). Além disso, também permite que o advogado declare, sob sua responsabilidade pessoal, a inexistência de qualquer peça considerada obrigatória (inciso II). Atualmente, assim como já ocorria ao tempo do Código anterior, cabe ao próprio agravante obter previamente as cópias dos documentos do processo principal que deverão instruir o recurso. Em relação às peças obrigatórias, o NCPC diz respeito à possibilidade de se juntar “outro documento oficial” para comprovar a tempestividade do recurso. Como, por exemplo, o protocolo do agravo feito no prazo de quinze dia úteis a contar da data da decisão. A omissão da certidão de intimação, nessa hipótese, é perfeitamente suprida pela força probante do próprio protocolo. Com efeito, a jurisprudência à época do Código anterior já admitia essa situação, que foi apenas positivada pela nova lei. A multiplicidade de formas para a interposição do recurso, prevista no § 2º do art. 1.017, corresponde à intenção do Código novo de facilitar ao máximo o acesso à justiça. Uma vez que o NCPC dá prevalência aos julgamentos que resolvem o mérito, em lugar de simplesmente extinguir o processo por questões formais, o art. 1.017, § 3º, determina que, antes de considerar inadmissível o recurso por ausência de peças obrigatórias ou por algum outro vício sanável, o relator intime o recorrente para que, em cinco dias: (i) complete a documentação, ainda que a falta seja de peça obrigatória, ou, (ii) corrija o defeito. O dispositivo é interessante porque, além de consagrar entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito do dever do relator em intimar o agravante para a juntada de peça essencial ao agravo de instrumento, contraria a jurisprudência do tribunal no tocante à juntada de peça obrigatória, já que o Superior Tribunal de Justiça, nesse caso, vem aplicando a preclusão consumativa, e não conhecendo de agravos de instrumento sem antes intimar o agravante para o saneamento do vício. Enunciado 82 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): “É dever do relator, e não faculdade, conceder o prazo ao recorrente para sanar o vício ou complementar a documentação exigível, antes de inadmitir qualquer recurso, inclusive os excepcionais”. Segundo o § 4.º do art. 1.017 do Novo CPC, sendo o recurso interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original, consagrando-se expressamente o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito do tema. Atento para o contrassenso de exigir a juntada de cópia de peças dos autos principais quando os autos do processo forem eletrônicos (nesse caso até mesmo o nome “agravo de instrumento” perde seu sentido), o § 5.º do dispositivo legal ora analisado prevê a dispensa das peças obrigatórias e da declaração de inexistência de documentos, admitindo que o agravante anexe outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. Há duas observações a respeito do dispositivo. Primeiro, a dispensa prevista quanto à instrução do recurso não se limita aos dois primeiros incisos do art. 1.017, como equivocadamente disposto, alcançando também as peças facultativas estabelecidas no inciso III. Na realidade, dispensa-se a juntada de qualquer peça no agravo de instrumento que seja cópia de peça já existente no processo, bem como da declaração de ausência, considerando-se que, sendo eletrônicos os autos, essa consulta poderá ser feita pelo tribunal no momento de julgamento do recurso. Segundo, a possibilidade de juntada de documentos de forma originária no processo por meio da instrução do agravo de instrumento não se limita aos autos eletrônicos, podendo haver tal juntada em qualquer circunstância, como, inclusive, já ocorre atualmente. Art. 1.017. § 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. O recorrente, após encaminhar o agravo diretamente ao tribunal, requererá, em três dias, a juntada, aos autos do processo, da cópia da petição recursal, com a relação dos documentos que a instruíram, e, ainda, o comprovante de sua interposição (art. 1.018, caput e § 2º). Essa diligência não tem o objetivo de intimar a parte contrária, porque sua cientificação será promovida diretamente pelo tribunal (art. 1.019, II). Sua função é apenas de documentação e, também, serve como meio de provocar o magistrado ao juízo de retratação (art. 1.018, § 1º), que, se ocorrido, tornará prejudicado o agravo. A jurisprudência do STJ, à época do Código anterior, após uma certa oscilação, se fixou no sentido de considerar não prejudicial ao conhecimento do agravo o não cumprimento da diligência em questão. A Lei nº 10.352, de 26.12.2001, acrescentou um parágrafo ao art. 526 do CPC/1973, para tornar a medida nele contida um ônus processual cuja inobservância poderia acarretar o não conhecimento do agravo pelo tribunal. O NCPC ignorou a antiga orientação do STJ, uma vez que, num apego ao formalismo, a exemplo da Lei nº 10.352, previu, expressamente,que o descumprimento da juntada em primeiro grau da cópia do recurso, “importa inadmissibilidade do agravo de instrumento”. Todavia, o rigor da regra formal foi abrandado pela ressalva de que a inadmissão não poderá ser declarada de ofício pelo relator, já que ficará condicionada à arguição e comprovação pelo agravado (art. 1.018, § 3º). Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. § 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. § 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. § 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. Obs. Não obstante a regra do caput do artigo 1.018 ser excepcionada em autos eletrônicos (§2), em observância ao princípio da boa-fé objetiva previsto no artigo 5º do NCPC, penso ser indispensável à comunicação ao juízo de origem da interposição do recurso de agravo de instrumento, pois é sabido de que apesar do processo ser eletrônico, a sua interposição não é comunicada ao juiz de forma automática, ou seja, para o juiz de primeiro grau ter conhecimento sobre a interposição do presente recurso, ele deve ficar periodicamente consultando os autos e/ou receberá ofício do relator solicitando informações. Neste sentido, aproximaríamos do possível juízo de retratação (Art. 1.018, §1). Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. A distribuição do agravo, no tribunal, deve ocorrer incontinenti, ou seja, como ato imediato ao protocolo ou ao recebimento do registrado postal. Quando utilizada a via postal, o invólucro do recurso, onde se acha o registro feito pelo Correio, deverá ser mantido nos autos para facilitar o exame do relator sobre a tempestividade do recurso. Caso não seja possível, por qualquer razão, o uso desse meio de controle, haverá sempre o comprovante de remessa cuja juntada aos autos de origem é obrigatória, nos termos do art. 1.018. Para esse fim se aplicará ao relator a obrigação de abrir prazo ao agravante para completar a demonstração dos requisitos do recurso (art. 1.017, § 3º). A fixação de um prazo máximo para inclusão de agravo em pauta de julgamento revela o caráter de urgência que a lei quis dar ao recurso. Não há, porém, preclusão alguma, se o prazo for ultrapassado, porque é ele marcado para o tribunal e não para as partes. Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS 1. Aplicada em: 2017. Banca: FCC. Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR). Prova: Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal José ajuizou procedimento comum, mas a petição inicial foi indeferida por conter pedidos incompatíveis entre si. Nesse caso, dessa decisão: a) caberá agravo de instrumento. b) caberá apelação. c) caberá agravo interno. d) caberá recurso especial. e) não caberá recurso. Gabarito: B Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. O art. 485, I, do Novo CPC prevê que o indeferimento da petição inicial se dará por meio de sentença terminativa. E, como sabemos, contra sentença, em regra, cabe apelação! 2. Aplicada em: 2016. Banca: IBADE. Órgão: Câmara de Santa Maria Madalena – RJ. Prova: Procurador Jurídico Assinale, dentre as decisões abaixo elencadas, aquela que pode ser questionada por meio de agravo de instrumento, de acordo com as disposições expressas do Código de Processo Civil de 2015. a) Admissão de intervenção de terceiros b) Indeferimento de requerimento de distribuição por dependência c) Declínio da competência d) Concessão de gratuidade de justiça e) Fixação de valor de honorários periciais Gabarito: A Art. 1.015, IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; A doutrina majoritária defende a taxatividade do rol previsto no artigo 1.015. 3. Aplicada em: 2016. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova: OAB - XXI Exame A sociedade Palavras Cruzadas Ltda. ajuizou ação de responsabilidade civil em face de Helena e requereu o benefício da gratuidade de justiça, na petição inicial. O juiz deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da ré. Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua hipossuficiência econômica, a ré pretende atacar o benefício deferido. Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial é o incidente de impugnação ao benefício de gratuidade, que será processado em autos apartados. b) A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento do benefício de gratuidade. c) A ré alegará na contestação que o benefício deve ser indeferido, mas terá que apresentar documentos comprobatórios, pois a lei presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida. d) O instrumento processual previsto para atacar a decisão judicial de deferimento do benefício é o agravo de instrumento. Gabarito: B - De fato, dispõe o art. 100, caput, do CPC/15, que "deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso", sendo, portanto, a contestação, o momento adequado para referida alegação. 4. Aplicada em: 2016. Banca: MPE-SC. Órgão: MPE-SC. Prova: Promotor de Justiça - Matutina O novo Código de Processo Civil prevê expressamente a possibilidade de julgamento antecipado total e parcial do mérito. Enquanto o provimento judicial de julgamento imediato total de mérito é uma sentença impugnável por apelação, a decisão de julgamento antecipado parcial do mérito tem natureza interlocutória, impugnável por agravo de instrumento. ( ) CERTA ( ) ERRDA Gabarito: CERTA. É certo que o julgamento antecipado do mérito total é realizado por meio de sentença, ato decisório impugnável por meio de apelação (art. 355, c/c art. 724, CPC/15). A lei processual não deixa dúvida a respeito da decisão que julga o mérito parcialmente, de forma antecipada, tem natureza de decisão interlocutória, trazendo disposição expressa no sentido deste ato decisório ser impugnável por meio de agravo de instrumento (art. 356, §5º, CPC/15). Rio de Janeiro, 24 de março de 2017. Professor Francisco Saint Clair Neto ________________ NOVO-CÓDIGO-DE-PROCESSO-CIVIL-ANOTADO-20ª-ED.-2016-HUMBERTO-THEODORO-JUNIOR. NEVES_DANIEL_AMORIM_ASSUMPO._NOVO_CDIGO_DE_PROCESSO_CIVIL._2015-3. APOSTILA 2016 – PROF. FRANCISCO SAINT CLAIR NETO. NOVO CÓDIGO COMENTADO ELPÍDIO DONIZETTI 2ª EDIÇÃO 2017.
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