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APOSTILA CIÊNCIAS CONTABEIS

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2017 
 
 
 
 
CIÊNCIAS CONTABÉIS - 2º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
[PORTUGUÊS INSTRUMENTAL] 
 
 
 
 
 
 
DOCENTE: Me. NEIDE MEDEIROS KAZAN 
 
 
 
 
1 
 
 
Regras de Acentuação Gráfica 
 
 
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, temos a 
seguir as regras de acentuação gráfica. 
 
Monossílabas tônicas 
Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), 
o(s). 
Pá, pós, já, pés. 
Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados. 
Céu, véu, dói, réis. 
 
Palavras oxítonas 
Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens. 
Amapá, compôs, reféns, bambolê. 
Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são 
acentuados. 
Herói, troféus, papéis. 
 
Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas. 
Piauí, tuiuiú. 
 
Palavras paroxítonas 
 
Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), 
um(uns). 
Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs, sótão, álbum. 
 
Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) também são 
acentuadas. 
Vácuo, insônia, subúrbio. 
 
Atenção 
Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras 
paroxítonas. 
Ideia, apoia, colmeia. 
 
Atenção 
Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, 
estas letras vierem depois de um ditongo. 
Feiura, baiuca, bocaiuva. 
 
Palavras proparoxítonas 
Todas as proparoxítonas são acentuadas. 
Matemática, trânsito, farmacêutico, estético. 
 
 
 
2 
 
 
Letras I e U na segunda vogal do hiato 
Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na segunda 
vogal do hiato e sem nh após estas letras. 
Caída, traíram, faísca, carnaúba. 
Atenção 
É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e 
paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem nesta regra. 
 
Verbos ter e vir 
Na terceira pessoa do plural destes verbos, estas palavras serão acentuadas. 
Eles têm, eles vêm. 
Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do 
singular terá acento agudo e a terceira pessoa do plural terá acento circunflexo. 
Ele mantém, eles intervêm. 
 
Acentos diferenciais 
Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) 
e pôde (passado do verbo poder). 
O acento diferencial é opcional somente 
em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar) 
e fôrma/forma (recipiente). 
Palavras com as repetições oo, ee 
Não são acentuadas. 
Voo, veem, perdoo. 
 
 
 
Consulte o conteúdo interativo “Regras básicas de acentuação” na 
plataforma portal do aluno, faça um roteiro de estudo e anote as ideias 
principais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Novo acordo ortográfico: uso do hífen 
 
O hífen deixa de ser empregado nas seguintes situações: 
 
- quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as 
consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante obrigatoriamente passa a ser 
duplicada; 
 
- quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma 
vogal diferente. 
COMO É HOJE COMO VAI FICAR 
anti-religioso antirreligioso 
anti-semita antissemita 
auto-aprendizagem autoaprendizagem 
auto-estrada autoestrada 
contra-regra contrarregra 
contra-senha contrassenha 
extra-escolar extraescolar 
extra-regulamentação extrarregulamentação 
 
 
No entanto, 
 
O hífen permanece quando o prefixo termina com r (hiper, inter e super) e a 
primeira letra do segundo elemento também é r. Exemplos: 
hiper-requintado, super-resistente. 
 
Consulte o conteúdo interativo “Uso do hífen: prefixos e nomes 
compostos” na plataforma portal do aluno, faça um roteiro de estudo e 
anote as ideias principais. 
 
 
 
 
4 
 
 
 Atividades sobre acentuação gráfica 
 
1- Assinale a série em que todos os vocábulos estão escritos de acordo com as 
normas vigentes de acentuação gráfica: 
a) ítem, juízes, juri, córtex, magôo 
b) Luís, vírus, eletron, hífens, espírito 
c) espontâneo, táxi, rúbrica, bênção, apazigue 
d) através, intuito, álbuns, varíola, sauna 
e) dolar, zebu, ritmo, atraí-lo, bangalô. 
 
2. No trecho a seguir, foram omitidos todos os acentos gráficos: grave, agudo e 
circunflexo. Localize as palavras que deveriam receber esses acentos. “O livro 
A cabeça do brasileiro, do sociologo Alberto Carlos Almeida, mostra que a 
educação e o grande corte social e etico do Brasil: os 57% de brasileiros que 
tem ate o Ensino Fundamental são mais autoritarios, mais estatistas e revelam 
menos valores democraticos; a medida que a escolaridade aumenta, os valores 
melhoram – o que prova, segundo o autor, que a educação e a principal matriz 
a transmitir valores republicanos as pessoas.”. 
 
Assinale a alternativa correta em relação ao número de acentos gráficos que 
foram omitidos no trecho acima: 
a) Um (1) acento grave – sete (7) acentos agudos – nenhum acento 
circunflexo. 
b) Três (3) acentos graves – seis (6) acentos agudos – um (1) acento 
circunflexo. 
c) Dois (2) acentos graves – sete (7) acentos agudos – dois (2) acentos 
circunflexos. 
d) Nenhum acento grave – cinco (5) acentos agudos – um (1) acento 
circunflexo. 
e) Dois (2) acentos graves – sete (7) acentos agudos – um (1) acento 
circunflexo. 
 
3. Assinale a palavra corretamente acentuada: 
a) Eles intervém em medidas concretas. 
b) Não vou pôr este livro na estante. 
c) Eles creêm em outras imagens. 
d) O prefeito sempre mantêm a palavra. 
 
4. A mesma regra de acentuação que vale para rápida, vale também para: 
a) mutável, estaríamos, vírgula, admissíveis. 
b) vírgula, simbólica, símbolo, hieróglifos. 
c) ortográficos, colégios, egípcios, língua. 
d) básicos, difícil, colégios, língua. 
e) português, inglês, símbolos, língua. 
 
 
 
5 
 
5. Indique a alternativa em que todos os vocábulos devem ser acentuados: 
a) levedo, jovem, juri 
b) taxi, juri, juiz 
c) magoa, moeda, util 
d) bíceps, taxi, juri 
 
6. Todas as palavras a seguir devem ser acentuadas graficamente, exceto: 
a) hifen 
b) item 
c) biquini 
d) dolar 
e) virus 
 
7. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem a mesma regra de 
acentuação gráfica. 
a) terás / límpida 
b) necessário / verás 
c) dá-lhes / necessário 
d) incêndio / também 
e) extraordinário / incêndio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
USO DO PORQUE, POR QUE, PORQUÊ, POR QUÊ. 
 
Forma Quando usar Exemplo 
Por 
que 
Nas perguntas ou quando 
estiverem presentes (mesmo 
que não explícitas) as 
palavras “razão” e “motivo”. 
Por que você não aceitou o convite? 
Todos sabem por que motivo ele 
recusou a proposta. Ela contou por 
que (motivo, razão) estava 
magoada. 
Por 
quê 
Nos finais de frases. Por quê? Você sabe bem por quê. 
Porque Quando corresponder a uma 
explicação ou a uma causa. 
“Não, Bentinho; digo isto porque é 
realmente assim, creio...” (M. Assis, 
Dom Casmurro). Comprei este 
sapato porque é mais barato. 
Porquê Quando é substantivado e 
substitui “motivo” ou “razão”. 
Não sabemos o porquê de ela ter 
agido assim. É uma menina cheia de 
porquês 
 
 
ONDE 
 
 Dá a ideia de lugar fixo. A localização de algo ou de alguém. Os verbos que 
acompanham tem caráter estático nas sentenças. . 
Exemplos: 
Onde está o refrigerante que comprei? 
Onde se encontram os brinquedos? 
Onde ela compra essas balas de caramelo? 
Onde eles se conheceram? 
 
AONDE 
 
Já aonde é a contração de duas palavras A+ONDE e significa PARA ONDE. 
Neste caso dá uma ideia de movimento. Os verbos tem caráter dinâmico nas 
frases. E aqui também o movimento pode ser físicoou mental. 
Exemplos: 
Ela saiu? Aonde ela foi? 
Eu vou aonde meu pensamento me levar. 
 
 
 
 
7 
 
Vamos testar agora: 
 
1-Preencha os espaços em branco com onde ou aonde. Já sabemos: se der a 
ideia de parado é onde, se der ideia de movimento é aonde. 
Ela não se lembra ______ fica o Shopping Center. 
Ele nem sabe _________ quer ir. 
Vamos ver _________ esta confusão vai levar. 
________ está o carro dele? 
 
2- Substitua onde por em que ou quando, assim que, no qual ou em que: 
 
Naquela época onde os namorados ficavam de mãos dadas na sala de visitas. 
As diferenças entre eles eram tantas que foi onde começaram as brigas na 
família. 
Ela não gostava daquele emprego onde tinha de ficar em pé por mais de 8 
horas seguidas. 
 
Dica: 
Onde significa em qual lugar. 
Aonde significa para qual lugar. 
 
3- No Lugar dos Asteriscos Coloque: Por que, Porque, Por quê ou 
Porquê: 
01. Quero saber ** estou assim. 
02. Foi reprovado e não sabe **. 
03. ** você está tão aborrecida? 
04. Não vais à aula **? 
05. Reagi à ofensa ** não sou covarde. 
06. Ignora-se o ** da sua renúncia. 
07. São ásperos os caminhos ** passei. 
08. Não saí de casa, ** estava doente. 
09. Não foi ao baile, ** não tinha roupa. 
 
4 -Para eu ou para mim? 
Para eu ou para mim? O uso do pronome “eu” ocorre quando o mesmo é o 
sujeito da oração, já o pronome “mim” é usado como complemento, ou seja, é o 
objeto da oração. 
Usamos o pronome do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as)) quando 
nos referimos ao sujeito da oração. Já os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, 
ele (a), nós, vós, eles (as)) fazem papel de objeto e surgem após uma 
preposição: para mim, de mim, por mim, e assim por diante. 
a) Ela trouxe o presente para eu desembrulhar. 
b) Ela trouxe o presente para mim. 
 
 
 
 
8 
 
A lógica é simples: geralmente, quando há dois verbos, também haverá 
dois sujeitos. 
 
a) Se for para eu ficar, então ficarei! (ficar -> sujeito eu; ficarei-> sujeito eu) 
 
b) Ele disse para eu ficar. (disse -> sujeito ele; ficar-> sujeito eu) 
 
c) Ele não disse nada para mim. (disse-> sujeito ele; objeto indireto-> para 
mim) 
 
d) Para mim, ele está fazendo de conta que não sabe de nada. (fazendo-> 
sujeito ele; sabe-> sujeito ele; para mim -> objeto indireto) 
 
Atenção: 
Verifique se há preposição + pronome + verbo porque, nesse caso, o pronome 
em questão será do caso reto. Se houver preposição + pronome, sem o verbo, 
então, já sabe, caso oblíquo! 
 
Complete com “eu” ou “mim”: 
 
Eles chegaram antes de ____ . 
Há algum trabalho para _____ fazer? 
Há algum trabalho para _____ ? 
Ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios; 
Para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa. 
 
 
 
5 - Forme as palavras, aplicando as regras de utilização do hífen. 
 
pseudo + herói 
auto + aprovação 
ultra + radical 
super + atleta 
anti + caspa 
ante + sala 
ex + aluno 
anti + hemorrágico 
multi + idiomas 
anti + inflamatório 
neo + socialista 
super + mercado 
 
anti + hemorrágico 
multi + idiomas 
anti + inflamatório 
neo + socialista 
super + mercado 
mega + computador 
auto + retrato 
multi + colorido 
contra + regra 
circum + mediterrâneo 
auto + observação 
co + autor 
 
multi + colorido 
contra + regra 
circum + mediterrâneo 
auto + observação 
co + autor 
semi + integral 
mini + hotel 
micro + ondas 
auto + análise 
pré + natal 
extra + oficial 
pós + data 
contra + cheque 
extra + classe 
 
 
 
 
 
 
9 
 
ORTOGRAFIA – EMPREGO DAS LETRAS 
 
Complete com x ou ch 
1-Quei....a, fai...a, frou...o, me....er, me....a (cabelo), en...agua, me...icano, 
me...ilhão, en...arcar, 
....umaço, en...oval, en....ergar, me.....erica, amei....a, en...queirar, .....ouriço. 
2- Siga o modelo: 
Expandir: expansão 
 
Repelir: 
Escandir: Impelir: 
Ascender: Compelir: 
Pretender: Ceder: 
Suspender: Conceder: 
Agredir: Suceder: 
Progredir: Conceder: 
Permitir: Suceder: 
Admitir: 
Discutir: 
 
Atual: atualizar Hospital 
Civil: Concreto: 
Fiscal: Exterior: 
Liso: Improviso: 
Aviso: Preciso: 
Friso: Pesquisa: 
Atrás: 
 
Baixo- baixeza Rígido 
Certo Duro 
Mudo Surdo 
Pobre Avaro 
 
China: chinês Burgo: 
Campo: Monte: 
Norueguês: 
Marquês: Duque: 
Profeta: Sacerdote: 
Chinês: 
4- Barbarismos ortográficos acontecem quando as palavras são grafadas em 
desobediência à lei ortográfica vigente. Indique a única alternativa que está de 
acordo com essa lei e, por isso, correta: 
 
 
10 
 
a) Discernir, quizer, herbívoro, fixário. 
b) Exceção, desinteria, pretensão, secenta. 
c) Ascensão, intercessão, enxuto, esplêndido. 
d) Rejeição, berinjela, xuxu, atrazado. 
e) geito, mecher, consenso, setim. 
 
 
5- Escreve corretamente as palavras incorretamente grafadas nas alternativas 
do exercício anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
ORTOGRAFIA - IMPROPRIEDADE 
 
 
1- De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, complete as 
seguintes palavras com: 
 
a) G ou J: 
Pa...é, enri....ecer, via...ar, via...em, vestí...io, gran...a, pa...em, fin...ir, 
despe...ar, ferru...em, ultra...e, cora...em, re...er, can...ica, la...e, tra...e, 
reló...io, refú...io. 
 
b) S ou Z 
Cremo...o, portugue...a, limpide..., burguês..., reali...ar, anali...ar, 
marquê..., avi...ar, cin...eiro, café...al, organi...ar, vaido...o, campone...a, 
trombo...e, cau...a, coi...a. 
 
2- Por que escrevemos com letras diferentes palavras que são pronunciadas 
com os mesmos sons? 
 
3- Que regra gramatical explica o uso de z nas palavras a seguir? 
Beleza, tristeza, fraqueza, esperteza. 
 
4- Leia o texto a seguir e reflita sobre a situação apresentada. 
Zeca começou a trabalhar como gerente de uma lanchonete. Ele entra às 14h 
e fica até fechar. Deixa um bilhete explicando os principais acontecimentos 
para o patrão, Seu Raimundo, que abre a lanchonete no dia seguinte bem 
cedo. Acontece que Zeca, na entrevista de seleção para o emprego, disse que 
escrevia bem e de forma clara. No entanto, têm ocorrido alguns problemas. 
Isso acontece especialmente quando o patrão chega à lanchonete no dia 
seguinte e, simplesmente, não consegue entender o bilhete que o gerente 
escreveu. Nem os outros funcionários. Outras vezes, entende, mas se sente 
ofendido com a forma pouco cuidadosa como o bilhete. 
 
“ Seu Raimundo: 
Tudo blz? No fechamento da lanchonete, promovi uma reuniaum com os 
funsionário. A equipe dos atendentes naum estavam motivados. Eu dei 
sugestões e orientações de como atender blz os clientões. Um terso, pelo 
menos, da equipe estava mau-prepaparada: 
- Prima, keru sempre um sorriso no rosto do atendente. 
- Segundo, keru sempre q se use “obrigado” e “por favor”. 
- três, Keru sempre boa educaçaum. 
- Quatro, cliente as vez não tem educaçaum, mas a gente não precisemos ser 
mau-educados. 
- Gostou? Entaum tá! Chefia, tu é da hora, veio! 
Zeca” 
 
Seu Raimundo ficou muito bravo quando leu o bilhete, nem conseguiu prestar 
atenção direito ao que Zeca propunha. 
a)No lugar de Seu Raimundo, o que você faria? 
b) Que problemas apresenta a escrita de Zeca? 
 
 
12 
 
c) Em dupla, reescrevam o bilhete de Zeca em folha de papel à parte, 
observando os seguintes critérios: 
- adequação ortográfica: o texto está escrito seguindo as regras ortográficas da 
norma-padrão da língua portuguesa? 
- concordância: os verbos concordam em número com o sujeito? Os 
substantivos, os artigos e adjetivos concordam em gênero e número? 
- os numerais: os numerais são empregados adequadamente? 
- formalidade: o texto é formal ou informal na medida adequada? 
- eco:há ecos desnecessários no texto? Como resolvê-los? 
 
5 – Ao terminarem o texto, troquem-no com outros colegas para que vocês 
possam compará-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
 
 
A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado 
como prefixo, com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de 
composição de origem grega com o significado de ação de escrever; 
ortografia, então, significa ação de escrever direito. 
 
 
01) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves 
infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação. 
 
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO: 
intento = intenção 
canto = canção 
exceto = exceção 
junto = junção 
 
b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos 
derivados de TER: 
deter = detenção 
reter = retenção 
conter = contenção 
manter = manutenção 
 
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR: 
infrator = infração 
trator = tração 
redator = redação 
setor = seção 
 
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO: 
introspectivo = introspecção 
relativo = relação 
ativo = ação 
intuitivo – intuição 
 
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a 
desinência R: 
reeducar = reeducação 
importar = importação 
repartir = repartição 
fundir = fundição 
 
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s: 
eleição 
traição 
 
 
 
14 
 
 
 
02) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, 
implicou a sua expulsão, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora 
Luísa. 
 
a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR: 
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso 
defender = defesa, defensivo 
compreender = compreensão, compreensivo 
repreender = repreensão 
expandir = expansão 
fundir = fusão 
confundir = confusão 
 
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados 
em ERTER ou ERTIR: 
inverter = inversão 
converter = conversão 
perverter = perversão 
divertir = diversão 
 
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z: 
Creusa 
coisa 
maisena 
 
d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos: 
Luísa 
Heloísa 
Poetisa 
Profetisa 
 
Obs.: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se 
escreve com z. 
 
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados 
em CORRER ou PELIR: 
 
concorrer = concurso 
discorrer = discurso 
expelir = expulso, expulsão 
compelir = compulsório/ compulsão 
Repelir= repulsão 
 
f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR: 
ele pôs 
ele quis 
ele usou 
 
 
 
15 
 
g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE: 
frase 
tese 
crise 
osmose 
 
Exceções: deslize e gaze. 
 
h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA: 
horrorosa 
gostoso 
 
Exceção: gozo 
 
03) I -Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de 
improviso. 
 
 II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a 
limpeza. 
 
a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer 
parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não 
tiver o radical terminado em s: 
Teresa = Teresinha 
Casa = casinha 
Mulher = mulherzinha 
Pão = pãozinho 
 
b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer 
parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos 
com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s: 
improviso = improvisar 
análise = analisar 
pesquisa = pesquisar 
terror = aterrorizar 
útil = utilizar 
economia = economizar 
 
c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando 
indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e 
EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de 
adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: 
Teresa 
Camponês 
Inglês 
Embriaguez 
Limpeza 
 
 
 
16 
 
 
04) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o 
progresso. 
 
a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas 
com CESS: 
exceder = excesso, excessivo 
conceder = concessão 
proceder = processo 
 
b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas 
com PRESS: 
imprimir = impressão 
deprimir = depressão 
comprimir = compressa 
 
c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas 
com GRESS: 
progredir = progresso 
agredir = agressor, agressão, agressivo 
transgredir = transgressão, transgressor 
 
d) Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas 
com MISS ou MESS: 
comprometer = compromisso 
prometer = promessa 
intrometer = intromissão 
remeter = remessa 
 
05) Para que os filhos se encorajem, o lojista come jiló com canjica. 
 
a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR: 
Viajar = espero que eles viajem 
Encorajar = para que eles se encorajem 
Enferrujar = que não se enferrujem as portas 
 
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA: 
loja = lojista 
canja = canjica 
sarja = sarjeta 
gorja = gorjeta 
 
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani. 
Jiló 
Jibóia 
Jirau 
 
 
17 
 
06) O relógio que ele trouxe da viagem ao México em uma caixa de madeira 
caiu na enxurrada. 
 
a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, 
ÚGIO: 
pedágio 
sacrilégio 
prestígio 
relógio 
refúgio 
 
b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM: 
a viagem 
a coragem 
a ferrugem 
Exceções: pajem, lambujem 
 
c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x: 
Mexerica 
México 
Mexilhão 
Mexer 
 
Exceção: mecha de cabelos 
 
d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham 
de vocábulos iniciados por ch: 
Enxada 
Enxerto 
Enxurrada 
Encher – provém de cheio 
Enchumaçar – provém de chumaço 
 
e) Usa-se x após ditongo: 
ameixa 
caixa 
peixe 
 
Exceções: recauchutar, guache. 
 
Dicas de Português – Especial para o Fovest 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
A concordância verbal é um dos aspectos gramaticais mais temidos pelos estudantes. A 
única maneira de usar o verbo convenientemente, em relação à concordância, é 
raciocinar, encontrar o sujeito a que o verbo se refere, a fim de deixar este no mesmo 
número e pessoa que aquele. 
Concordância verbal consiste no estudo do verbo quanto à maneira como ele deverá 
surgir na frase (singular ou plural), dependendo de qual elemento seja o sujeito da oração, 
ou até dependendo da própria existência do sujeito. Se o sujeito for um substantivo 
singular, o mesmo ocorrerá com o verbo; se for um termo no plural, o verbo também o 
será. Por exemplo: "O prédio ruiu"; "Os bombeiros chegaram". Para se encontrar o 
sujeito, pergunta-se ao verbo "Que(m) é que...?". 
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. 
Exemplos: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele 
seu jeito carinhoso de ser. 
 
1) Sujeito simples 
 
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. 
 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós). 
 
Casos especiais: 
 
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. 
 
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. 
 
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. 
 
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram. 
 
b) Coletivos partitivos(metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular 
ou vai para o plural. 
 
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão. 
 
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do 
singular ou do plural). 
 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio. 
 
d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do 
pronome. 
 
 
 
19 
 
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café. 
 
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular 
ou concordar com o antecedente do pronome. 
 
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café. 
 
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., 
quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido 
ou com o pronome pessoal (nós ou vós). 
 
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis? 
 
 
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com 
eles em pessoa e número. 
 
Ex.: Qual de vós me punirá. 
 
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier 
precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo 
concordará com o artigo. 
 
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência 
mundial. 
 
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., 
etc. – o verbo concorda com o numeral. 
 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram 
à aula. 
 
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, 
etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural 
(concordância atrativa). 
 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram. 
 
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser 
usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo. 
 
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da 
cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa. 
 
2) Sujeito composto 
 
Regra geral 
 
O verbo vai para o plural. 
 
Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 
 
 
20 
 
 
 Sujeito Anteposto 
 
Regra Geral: Com elementos coordenados, todos de 3ª pessoa = verbo plural. 
Exemplo: Telefone, passagem e luz custarão mais caro. 
 
Formado de palavras sinônimas 
Verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: Descaso e desprezo marcou/marcaram sua administração. 
 
 Formado de palavras em gradação ou enumeração 
Verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: Um mês, um ano, uma década de ditadura não calou/ calaram o povo. 
 
 Formado por pessoas gramaticais diferentes. 
{ eu + tu + ele } verbo na 1ª p. p. 
{ eu + tu } verbo na 1ª p. p. 
{ eu + ele } verbo na 1ª p. p. 
{ tu + ele } verbo na 2ª ou 3ª p. p. 
 
Exemplos: Eu, Tu e ele voltaremos logo. 
Tu e ele voltareis/voltaram logo. 
 
Seguido de "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um" 
Aposto Resumidor = verbo no singular. 
Exemplo: Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquele país. 
 
Sujeito proposto 
Regra geral 
Verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Apertaram-lhe a garganta a apreensão e o pânica. 
Apertou-lhe a garganta a apreensão e o pânico. 
 
"Nem" = verbo no plural (concordância usual) 
 Exemplo: Nem Ana nem Paula são bem-vindas. 
 
"Ou" 
a) quando a ação verbal se referir a todos os elementos do sujeito = verbo no plural. 
Exemplo: Laranja ou mamão fazem bem à saúde. 
b) numa retificação = verbo concorda com o último elemento. 
Exemplo: O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio. 
c) quando a ação verbal se aplicar a um dos elementos, com exclusão dos demais = 
verbo no singular. Exemplo: João ou Antônio chegará em primeiro lugar. 
d) quando os elementos forem sinônimos = verbo no singular. 
 Exemplo: A Linguística ou a Glotologia é uma ciência recente. 
 
 "Não só ..... mas também"; "Tanto ...... quanto"; "Não só ..... como" 
 = verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo. 
 
 
21 
 
 Exemplo: Tanto João como Antônio participam / participou do evento. 
 
 "Como"; "assim como"; "bem como" 
 = verbo no plural; o segmento introduzido por "como" fica, em geral, entre vírgulas. 
 Exemplo: A disciplina, assim como o arrojo, fizeram dele um profissional 
competente. 
 
 Sujeito representado por 
 "Um e Outro" 
 = verbo no singular ou plural; se houver reciprocidade, o verbo vai no plural. 
 Exemplos: Um e outro já veio / vieram. 
 Um e outro deram-se as mãos. (reciprocidade) 
 
 "Um ou outro" 
 = verbo no singular. 
 Exemplo: Um ou outro assumirá o cargo de gerente. 
 
 "Nem um, nem outro" 
= verbo no singular. 
Exemplo: Nem um, nem outro respondeu à questão. 
 
 "Quem" 
 = verbo na 3ª pessoa do singular ou concordando com o antecedente. 
 Exemplo: Fui eu quem escreveu. 
 Fui eu quem escrevi. 
 
 "Que" 
 = verbo concorda com o antecedente. 
 Exemplo: 
Fui eu que escrevi. 
Foi ele que escreveu. 
Foste tu que escreveste. 
 
 Coletivo 
 = verbo no singular. 
 Exemplo: A multidão invadiu o campo depois do jogo. 
 
 "Um dos que" 
 = verbo no plural (construção dominante) ou no singular. 
 Exemplo: Ele foi um dos que mais trabalharam / trabalhou 
 
 Artigo + Nome Próprio 
a) Artigo singular = verbo singular. 
b) Artigo plural = verbo plural. 
Exemplos: O amazonas é um grande rio. 
Os andes percorrem a América do Sul. 
 
Observação: 
Se forem títulos de obras, pode ocorrer o singular ou plural. 
Exemplo: Os Sertões glorificou ou glorificaram a literatura brasileira. 
 
 
22 
 
 
 "Alguns", "quantos", "muitos", "quais" + "de nós", "de vós" 
 = verbo concorda com "nós" e "vós" ou vai para a 3ª p. p. 
 Exemplos: Alguns de nós lemos o livro. 
 Alguns de nós leram o livro. 
 
 "Algum", "qual" + "de nós", "de vós" 
 = verbo concorda com "algum" e "qual". 
 Exemplo: Algum de nós leu o livro. 
 
 "A maioria de", "a maior parte de", "grande número de" + "nome no plural" 
 = verbo no singular ou no plural. 
 Exemplo: A maior parte dos presentes se retirou/ se retiraram. 
 "Mais de", "menos de", "cerca de", "obra de" + numeral. 
 
 Com verbos verbo + se 
 Verbo intransitivo + se (= índice de indeterminação do sujeito) 
 = verbo no singular. 
 Exemplo: Precisa-se de ferramentas. 
 
 Verbo transitivo direto +se (pronome apassivador) 
 = verbo concordando com o substantivo (=sujeito). 
 Observação: A frase pode ser transformada na voz passiva analítica. 
 Exemplos: Cometeram-se os mesmos erros. 
 Os mesmos erros foram cometidos). 
 
Verbos que indicam fenômenos da natureza (= chover, nevar, ventar, amanhecer, 
etc.) 
= verbo no singular 
Exemplo: 
Choveu muito ontem. 
 
Verbo haver (= existir) 
 = verbo no singular 
 Exemplo: Havia muitas cadeiras vazias na sala. 
 
 Verbos que indicam fenômenos da natureza (= chover, nevar, ventar, amanhecer, 
etc.) 
= verbo no singular. 
 Exemplo: 
 Choveu muito ontem. 
 
Verbo haver (= existir) 
= verbo no singular. 
Exemplo: 
Havia muitas cadeiras vazias na sala. 
 
Verbos que fazem referência a tempo (haver, fazer, ir, estar, ser) 
 = verbo no singular. 
 Exemplos: Há cinco meses que não aparece 
 
 
23 
 
Faz cinco meses que não aparece 
É tarde. 
Faz muito calor. 
Fará invernos rigorosos. 
Observação: 
Nas locuções verbais, os verbos impessoais acima referidos transmitem sua 
impessoalidade ao verbo anterior, chamado de auxiliar. 
Exemplos: Vai fazer cinco anos que... 
Pode haver outras alternativas. 
 
Verbos "dar", "soar"e "bater" + horas 
= verbo concorda com as horas (=sujeito). 
Exemplos: Deu uma hora. 
Deram duas horas. 
 
Observação: 
Numa locução verbal, o verbo auxiliar concorda com as horas. 
Iam dar duas horas. 
 
Verbos "existir", "acontecer", "faltar", "sobrar", etc. (empregados normalmente com 
sujeito posposto) 
 = verbo concorda com o sujeito posposto. 
 Exemplo: Existem razões suficientes. 
 
Observação: 
Numa locução verbal, com verbos dessa natureza, o verbo auxiliar concorda com o sujeito 
posposto. 
Exemplos: Devem existir razões. 
Devem sobrar razões. 
 
Verbo "parecer" + outro verbo 
a) = "parecer" concorda com o substantivo + outro verbo no infinitivo. 
Exemplo: 
As estrelas parecem brilhar no céu. 
b) = "parecer" na 3ª pessoa do singular + verbo concordando com o substantivo. 
Exemplo: As estrelas parece brilharem no céu. 
 
Com o verbo "ser" 
Sujeito (= "quem", "tudo", "isso", "isto", "aquilo") + verbo ser + substantivo 
predicativo plural 
= verbo no singular ou plural. 
Exemplo: Tudo são sonhos dormidos ou dormentes. (Cecília Meirelles) ( verbo concorda 
com o predicativo ) 
Tudo é flores no presente 
 
Sujeito (= pessoa) 
= verbo concorda com o sujeito. 
Exemplo: João era o homem mais feliz naquele dia. (verbo concorda com o pronome) 
 
 
 
24 
 
Sujeito ou predicativo (= pronome pessoal) 
 = verbo concorda com o pronome. 
 Exemplo: 
 Todo eu era olhos e coração. (Machado de Assis) 
 
 Sujeito e predicativo (= substantivos comuns) 
= verbo concorda com o sujeito ou com o predicativo. 
 Exemplos: 
 O tema da aula de hoje foram as figuras femininas da Renascença. (Cyro dos Anjos) 
 O pessoal da turma da noite era atenciosos e comprometidos . 
 
 "É muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de", etc. + preço, peso, quantidade. 
 = verbo no singular 
 Exemplos: 
 Duas horas é muito. / Dois é bom, três é demais. 
 
 Na indicação de datas 
 = existem três possibilidades de construção: 
 Hoje são 14 de abril. 
 Hoje é dia 14 de abril. 
 Hoje é 14 de abril. (em que o verbo concorda com a ideia implícita de dia) 
 
Na indicação de horas 
= verbo concorda com o predicativo (= horas). 
Exemplos: 
Que horas são? 
É uma hora. 
São duas horas. 
São três horas. 
 
A locução "é que“ 
= invariável. 
Exemplos: 
Eu (é que) estudo. 
Tu (é que) estudas. 
Ele (é que) estuda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Atividade: Faça a Concordância Correta Rasurando o Verbo Incorreto: 
 
 
01. [Deu / Deram] dez horas no relógio da sala. 
02. [Deu / Deram] uma hora há pouco. 
03. O carrilhão [bateu / bateram] oito horas. 
04. [Está / Estão] batendo três horas. 
05. Quando [bater / baterem] dez horas, podem sair. 
06. Nisto [deram / deu] três horas o relógio do boteco. 
07. Será que já [soou / soaram] seis horas, o despertador? 
08. [Bateram / bateu] dez horas em três torres. 
09. A torre da igreja [bateram / bateu] dez horas. 
10. [Davam / Dava] dez horas na igreja da cidade. 
11. Naquele relógio já [soaram / soou] duas horas. 
12. [Tinham / Tinha] batido duas horas no cartório do tabelião. 
13. [Falta / Faltam] três minutos para as dez horas. 
14. [Deve / Devem] faltar poucos minutos para as nove. 
15. O jogo de ontem foi ótimo: não [faltaram / faltou] vaias. 
16. [Sobrou / Sobraram] apenas duas balas no meu bolso. 
17. [Basta / Bastam] duas pessoas para arrombar a porta. 
18. [Bastam / Basta] duas crianças para a casa virar do avesso. 
19. Conhecera-o [fazia / faziam] quase vinte anos. 
20. [Vai fazer/ Vão fazer] cem anos que nasceu o genial artista. 
21. [Vai / Vão] fazer dois meses que não chove. 
22 Aqui, [choveu / choveram] vários dias. 
23. [Faz / Fazem] vinte minutos que estou a sua espera. 
24. [Haviam / Havia] muitos anos que não vinha ao Rio. 
25. Talvez ainda [haja / hajam] vagas naquela escola. 
26. [Fazem / Faz] hoje precisamente sete anos. 
27. Na cidade [havia / haviam] poucos médicos. 
28. [Vai / Vão] haver grandes festas. 
29. Nas fazendas [haveriam / haveria] verduras frescas. 
30. Não [havia / haviam] vizinhos naquele deserto. 
31. Hoje [é / são] dez de setembro. 
32. [Haverá / Haverão] desistências. 
 
 
 
 
26 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Regra geral: 
Concordância nominal: 
Chamamos de concordância nominal a adequação entre o gênero e o número 
de um substantivo com as flexões correspondentes de seus modificadores. O 
adjetivo e as palavras adjetivas devem concordar em gênero e número com o 
nome a que se referem: 
Uma mulher bonita – O homem bonito. 
 Aquelas mulheres bonitas – Esses homens bonitos . 
 
O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o 
substantivo a que se referem em gênero e número. 
 Substantivo + Substantivo... + Adjetivo 
Quando o adjetivo posposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda 
com o último ou vai facultativamente: para o plural, no masculino, se pelo 
menos um deles for masculino; para o plural, no feminino, se todos eles 
estiverem no feminino. 
Exemplos: 
Ternura e amor humano. 
Amor e ternura humana. 
Ternura e amor humanos. 
Carne ou peixe cru. 
Peixe ou carne crua. 
Carne ou peixe crus. 
 
Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ... 
Quando o adjetivo anteposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda 
com o mais próximo. 
Exemplos: 
Mau lugar e hora. 
Má hora e lugar. 
 
Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ... 
Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para o 
singular ou plural. 
Exemplos: 
Estudo as línguas inglesa e portuguesa. 
Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa. 
Os poderes temporal e espiritual. 
O poder temporal e (o) espiritual. 
 
Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo 
 
 
27 
 
 Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, 
este concorda com o mais próximo ou vai para o plural. 
Exemplos: 
A primeira e segunda lição. 
A primeira e segunda lições. 
 
Substantivo + Ordinal + Ordinal + ... 
Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o, 
este vai para o plural. 
Exemplo: 
As cláusulas terceira, quarta e quinta. 
 
Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo 
Quando as expressões "um e outro", "nem um nem outro" são seguidas de um 
substantivo, este permanece no singular. 
Exemplos: 
Um e outro aspecto. 
Nem um nem outro argumento. 
De um e outro lado. 
 
Um e outro + Substantivo + Adjetivo 
Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da expressão "um e outro", o 
substantivo vai para o singular e o adjetivo para o plural. 
Exemplos: 
Um e outro aspecto obscuros. 
Uma e outra causa juntas. 
 
"O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... 
possível" - "Os (as) piores ..." - "O (a) melhor ... possível" - "Os (as) 
melhores ... possíveis" 
O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", 
"o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular. 
 
Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o 
plural. 
Exemplos: 
Os dois autores defendem a melhor doutrina possível. 
Estas frutas são as mais saborosas possíveis. 
Eles foram os mais insolentes possíveis. 
Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis. 
 
Particípio + Substantivo 
O particípio concorda com o substantivo a que se refere. 
Exemplos: 
Feitas as contas ... 
Vistas as condições ... 
Restabelecidas as amizades ... 
Postas as cartas na mesa ... 
Salvas as crianças ... 
 
 
 
28 
 
Observação: 
"Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por 
isso, invariáveis : Salvo honrosas exceções. 
Posto ser tarde, irei. 
Visto ser longe, não irei. 
 
Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo 
Essas palavras concordam com o substantivoa que se referem. 
Exemplos: 
Vão anexas as cópias. 
Recebi bastantes flores. 
Vão inclusos os documentos. 
Cometeu um crime de lesa-pátria. 
Cometeu um crime de leso-patriotismo. 
Ele mesmo falou aquilo. 
Ela mesma falou aquilo. 
Elas próprias falaram aquilo. 
 
Meio (= metade) + Substantivo 
O adjetivo "meio" concorda com o substantivo a que se refere. 
Exemplos: 
Meias medidas. 
Meio litro. 
Meia garrafa. 
Meio (= um tanto) + Adjetivo 
O advérbio "meio", que se refere a um adjetivo, permanece invariável. 
 
Exemplos: 
Ela parecia meio encabulada. 
Janela meio aberta. 
Em "meio-dia e meia", "meia" concorda com a palavra "hora", oculta na 
expressão "meio-dia e meia (hora)". Essa é a construção recomendada pela 
maioria dos manuais de cultura idiomática. 
 
 A palavra "meio" funciona como elemento de justaposição em "meias-luas", 
"meios-termos", "meios-tons", "meia-idade", etc. 
 
Substantivo + é bom / é preciso / é proibido 
Em construções desse tipo, quando o substantivo não está determinado, as 
expressões "é bom", "é preciso", "é proibido" permanecem no singular. 
Exemplos: 
Maçã é bom para a saúde. 
É preciso cautela. 
É proibido entrada. 
 
Observação: 
Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente: 
É proibida a entrada de meninas. 
 
 
29 
 
14. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo 
masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino 
 
Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a 
pessoa do sexo masculino, vai para o masculino. 
Exemplos: 
Sua Santidade está esperançoso. 
Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
ATIVIDADDE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 Faça a Concordância Correta, rasurando o termo incorreto. 
 
• Exemplo: Estamos [quite/ quites] com o serviço militar. 
O1. [Salvo / Salvos] os doentes, os demais partiram. 
02. [Excetos / Exceto] os dois menores, todos entram. 
03. Todos estão [salvos / salvo], exceto o barqueiro. 
O4. V. Exa. está [enganada / enganado], senhor vereador. 
05. Meu filho emagrecia a [olhos vistos / olho visto]. 
06. Mais amor [menas / menos] confiança. 
07. Hoje temos [menos / menas] lições. 
08. Esperava [menas / menos] pergunta na prova. 
09. Fiquem [alerta / alertas] rapazes. 
10. Elas estão [alerta / alertas]. 
11. Os militares estão [alerta / alertas]. 
12. Os guardas estavam [alertas / alerta]. 
13. Muito [obrigada / obrigadas] disseram elas. 
14. Muito [obrigado / obrigada] disse a mulher comovida. 
15. Os rapazes disseram somente muito [obrigados / obrigado]. 
16. As meninas me disseram [obrigada / obrigadas]. 
17. A menina me disse [obrigado / obrigada]. 
18. João ficara a [sós / só]. 
19. Eles não se sentiam bem quando ficavam [só / sós]. 
20. Eles ficaram [sós / só] depois do baile. 
21. [Só / Sós] ela faria as lições. 
22. Permitam-me que eu as deixe [só / sós]. 
23. Maria passeou [sós / só] pelo bosque. 
24. [Só / Sós] os dois enfrentaram a fera. 
25. Pedro e Maria viajaram [sós / só]. 
26. Vocês [só / sós] fizeram isso? 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
 
Regência verbal é o mecanismo que regula as ligações entre um verbo (termo 
regente ou subordinante) e seu complemento (termo regido ou 
subordinado) que lhe completa ou amplia o sentido: Assistimos (regente) ao 
desfile (regido = complemento). 
Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo comporta-se 
como intransitivo, transitivo direto e/ou indireto, e qual a preposição 
relacionada com ele. 
 
ALGUNS VERBOS E SUAS REGÊNCIAS 
. 
 Abreviaturas usadas na Regência dos Verbos: TD (= transitivo 
direto). TI (= transitivo indireto). / TDI (= Transitivo direto e indireto). 
Agradar (= satisfazer, contentar) e DESAGRADAR são TI, quando o sujeito da 
oração é nome de coisa. Use-o com a preposição [a]: 
A canção agradou ao público. 
O jogo está agradando ao torcedor. 
O Jogo desagradou ao torcedor. 
 
Agradar (= fazer carinho, acariciar, mimar, afagar) é TD quando o sujeito da 
oração é nome de pessoa. Use-o sem preposição: 
O pai agrada os filhos. [alguém agrada alguém] 
 
Agradecer é TI para pessoa (prep. "a"), e TD para coisa: 
Agradeço a audiência (coisa) aos ouvintes (pessoa). 
Também é possível usar agradecer a alguém por algo. Neste caso, o verbo 
é TI pessoa, acompanhado do adjunto adverbial de causa (o motivo pelo qual 
se agradece): Agradeça a Deus por estar vivo. 
Frases há que só apresentam o objeto direto de coisa ou só o objeto indireto de 
pessoa: Já agradeci aos que me ajudaram. Já agradeci o presente. 
 
Ajudar (alguém, prestar ajuda, auxiliar) é TD: Antônio ajudou o pai. 
Sempre ajuda os amigos. Óculos ajudam a leitura. 
 
Ajudar (alguém a, em) é TDI: Ajudou a mãe [a sair]. 
Ajudou o escritor [nas pesquisas]. 
Ele o ajudou a conseguir emprego. 
 
Ansiar (= desejar ardentemente) é TI. Use-o com a preposição [por]: 
Ansiou por ir ao seu encontro. / Ansiava por me ver fora de casa. 
 
Ansiar (= causar mal-estar, angustiar) é TD: 
Todos ansiamos dias melhores. 
O cansaço ansiava o trabalhador. 
 
Aspirar (= desejar, pretender) é TI. Use-o com a preposição [a]: 
 Nunca aspirei a esse cargo. / O rapaz aspira a uma promoção. 
 
 
32 
 
Aspirar (= inalar, sorver, tragar, absorver) é TD: Aspirou o ar cálido. 
Há máquinas que aspiram o pó do assoalho. 
 
Importante: Se for usar um pronome, use apenas a ele(s); a ela(s), e não lhe, 
lhes: O cargo ficou vago, mas não aspiro a ele. (e não: lhe aspiro) 
 
Assistir (= socorrer, ajudar) é TD. Use-o sem preposição: 
O médico assiste o doente. / Enfermeiras assistiam as vítimas. 
 
Assistir (= presenciar, estar presente a, ver, caber) é TI. Use-o com a 
preposição [a]: Por que não assiste às aulas? 
Assiste ao prefeito o dever de resolver esse problema. 
 
Atender [a] (coisas, pedidos, sugestões, intimações) é TI: 
Atendeu aos pedidos, aos conselhos, as solicitações do pai. 
O diretor não atendeu ao requerimento, aos avisos, à intimação. 
 
Atender (alguém, telefone, campainha, recepcionar, tomar em 
consideração) é TD: O médico atendeu o doente. / Atendeu o telefone. 
As meninas estão atendendo os visitantes. 
 
Chamar (= convocar, fazer vir) é TDI (preposição "a"): 
O Diretor chamou [o aluno] [à sua presença]. 
Estão chamando [o professor] [ao telefone]. 
 
Chamar (= denominar, tachar) é TD. Deve estar sempre acompanhado de um 
pronome átono (me, te, se, nos, etc.): 
Eu me chamo Paulo. 
Ela se chama Maria. / Chamaram–no charlatão. 
 
Chegar, Ir, Vir, Sair, Voltar, Subir e todos os verbos de movimento são 
intransitivos, não exigem complementos (Chegamos! Cheguei! Fui!).Esses 
verbos, geralmente, apresentam um adjunto adverbial. Quando o adjunto 
adverbial for de lugar, usa-se a preposição [a], [para] e não [em]: Chegamos ao 
teatro (e não: no). 
Fui ao Maracanã (e não: no). / Ele foi para a Espanha. 
 
Na norma culta, a preposição [em] depois do verbo de movimento, indica o 
lugar dentro do qual ocorre a ação: O menino ia no bonde (dentro do bonde). 
 
Confiar (= ter confiança) é TI. Use-o com a preposição [em]: 
Confio em meus amigos. 
Ele sempre confiou em sua namorada. 
 
Confiar (= entregar com confiança) e Ensinar são TDI (prep. a): 
 Ensinava [dança] [a Joana]. Ensinamos [alguma coisa] [a alguém] 
Confiou os documentos a você. Confiamos [alguma coisa] [a alguém] 
 
 
 
 
 
33 
 
Esquecer / Lembrar admitem duas construções: 
 
1ª. Se usá-los com a preposição [de], use-os com pronome, obrigatoriamente: 
Esqueci-me do seu nome. 
Você se lembra do dia do meu aniversário? 
 
2ª. Se quiser usá-los, sem a preposição, não use o pronome: 
Você lembra o dia do meu aniversário?/ Esqueci seu nome. 
 
Informar é TD (para coisas e objetos) e TI (para pessoas, prep. "a"): 
Informe os novos preços (coisa) aos clientes (pessoa). 
A mesma regência de informar cabe a: avisar, certificar, notificar, prevenir. 
 
Morar e Residir são verbos TI. Use-os com a preposição [em]: 
Moro na (em + a) Rua Minas Gerais. / Ela reside na Alameda Itu. 
Lembre-se: moramos, residimos em algum lugar, e não a algum lugar. 
 
Namorar é TD. Não use com a preposição [com]: 
Namoro você faz tempo. (e não: namoro com) 
Quer me namorar? (e não: Quer namorar comigo?) 
Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, 
apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência, com cobiça e cobiçar: 
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. 
Eu estava namorando este cargo há anos. 
 
Obedecer E Desobedecer (TI) – Rege a preposição [a]: 
Os corpos obedecem à lei da gravidade. 
O bom filho não desobedece aos pais. 
Para substituir uma pessoa que funcione como complemento desses verbos, 
use "lhe" ou "a ele/ela": Obedeço ao mestre / Obedeço-lhe (a ele). Se não for 
pessoa, só se pode usar "a ele/ela": Obedeço ao código / Obedeço a ele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
ATIVIDADE DE REGÊNCIA VERBAL 
 
Rasure a Concordância Incorreta. 
 
 
01. [Esqueci / Esqueci-me] todo o dinheiro em casa. 
02. [Esqueci-me / Esqueci] de todo o dinheiro em casa. 
03. Não [esquecerei / me esquecerei] de você, Cláudia. 
04. Eles moram [à / na] Rua Dias Ferreira. 
05. O cargo está vago, mas não [lhe aspiro / aspiro a ele]. 
06. Todos em casa assistem [telenovelas / a telenovelas]. 
07. Trata-se de um direito que assiste [o / ao] presidente. 
08. Ópera é gratuita, mas ninguém quis [assisti-la / assistir a ela]. 
09. A empregada aspirou [o pó / ao pó] do tapete. 
10. Você já pagou [o / ao] dentista e [o / ao] médico. 
11. O pai ainda não perdoou [a / à] filha. 
12. Domingo não saí [na / à] rua, só [no / ao] terraço. 
13. O Estado paga muito mal [os / aos] professores. 
14. Você [se lembra / lembra] de mim. 
15. Aos domingos meu pai vai [ao / no] maracanã. 
16. Nunca namorei [com essa / essa] garota. 
17. Só namoro [com gente / gente] fina. 
18. Prefiro ser prejudicado [do que / a] prejudicar os outros. 
19. Prefiro a companhia de Paulo [que a / a] de Joaquim. 
20. Prefiro crítica sincera [do que / a] elogios exagerados. 
21. [Esqueci / Esqueci-me] meu caderno de anotações. 
22. [Esqueci / Esqueci-me] da promessa. 
23. Ainda [lembro / me lembro] da casa que morávamos. 
24. Morávamos [à / na] Praça Verde. 
25. Deus perdoe [aos /os] nossos pecados. 
26. Pagou [à /a] dívida. 
27. Sempre antipatizei [com todos / a todos]. 
28. Eles obedeciam [os / aos] estatutos? 
29. Preferia [mais o / o] campo [do que a / a] cidade. 
30. Os corpos obedecem [leis / às leis] da gravidade. 
31. Meu pai [esqueceu / se esqueceu] de ir à reunião. 
32. [Lembrou / Lembrou-se] de que era feriado. 
33. Por que não [simpatizas / simpatizas com] o diretor? 
34. Obedeça [o / ao] regulamento. 
35. Aspire [o / ao] ar da manhã. 
36. Ele aspira [o / ao] sucesso. 
37. Ele assistiu [o / ao] jogo. 
38. O médico assiste [o / ao] ferido. 
39. O garotinho respondeu [ao / o] pai. 
40. Você já respondeu [ao / o] questionário? 
41. O ataque visava [o / ao] quartel general. 
42. Chegou [na / à] fazenda de tardezinha. 
43. O padre perdoou [o / ao] rapaz, mas não perdoou [a / à] garota. 
44. O cônsul já visou [o / ao] passaporte. 
 
 
35 
 
45. Hilário ajudava [ao / o] pai no escritório. 
46. O filme é bom, pois muitos [lhe assistiram / assistiram a ele]. 
47. Os alunos serão chamados [ao / no] quadro. 
48. Atendendo [o / ao] pedido de V.Sa. [...]. 
49. Já atendemos [as / às] justas reclamações do povo. 
50. O ministro atendeu [o / ao] requerente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo 
ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por 
uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários 
nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o 
regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. 
Observe o exemplo: 
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos 
pela preposição "a". 
Obedecer a algo/ a alguém. 
Obediente a algo/ a alguém. 
 Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que 
os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses 
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. 
Substantivos 
 
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de 
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a 
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por 
Bacharel em Horror a Proeminência sobre 
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por 
 
 Adjetivos 
 
Acessível a Entendido em Necessário a 
Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a 
Agradável a Escasso de Paralelo a 
Alheio a, de Essencial a, para Passível de 
Análogo a Fácil de Preferível a 
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a 
Apto a, para Favorável a Prestes a 
Ávido de Generoso com Propício a 
Benéfico a Grato a, por Próximo a 
Capaz de, para Hábil em Relacionado com 
Compatível com Habituado a Relativo a 
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por 
Contíguo a Impróprio para Semelhante a 
Contrário a Indeciso em Sensível a 
Descontente com Insensível a Sito em 
 
 
37 
 
Desejoso de Liberal com Suspeito de 
Diferente de Natural de Vazio de 
Advérbios 
 
Longe de 
Perto de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
 
1- Complete os termos grifados usando a devida preposição. 
O fumo é prejudicial ____ saúde. 
Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis __população. 
 Seu projeto é passível __ reformulações. 
 Esteja atento __ tudo que acontece por aqui. 
 Suas ideias são compatíveis __ __as minhas. 
 O aluno estava ansioso___ nota da prova. 
 A criança tem medo ____ escuro 
 O professor fez referência ___ conteúdo da prova . 
 
2. Indique onde há erro de regência nominal: 
a) Ele é muito apegado em bens materiais. 
b) Estamos fartos de tantas promessas. 
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. 
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. 
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável. 
 
3) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, 
respectivamente, as preposições: 
a) a – em – de – para. 
b) de – a – de. 
c) por – de – com. 
d) de – com – para com. 
e) com – a – a. 
 
4) Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a regência nominal correta. 
Assinale-a: 
a) Ele não é digno a ser seu amigo. 
b) Baseado laudos médicos, concedeu-lhe a licença. 
c) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição. 
d) Ele se diz especialista para com computadores eletrônicos. 
e) O sol é indispensável da saúde. 
 
5) A regência nominal está conforme a norma culta em: 
a) O filho tornou-se um profissional apto para exercer ao cargo de diretor. 
b) A estrangeira mostrava muita devoção a pesquisa do HIV, naquele hospital. 
c) A população simpatizava-se com as propostas apresentadas pelo Governo. 
d) O homem deve obediência aos princípios harmônicos que a natureza lhe 
oferece 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
TEMOS DA ORAÇÃO – SUJEITO E PREDICADO 
Frase: todo enunciado capaz de transmitir sentido completo em um contextode 
comunicação, de interação verbal. – Fogo! 
Oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja 
estrutura caracteriza-se pela presença de um verbo. A oração é caracteriza 
pela presença de um predicado. A oração apresenta um sujeito, termos 
essenciais, integrantes ou acessórios. 
Período: formado por uma ou mais orações (Período simples ou composto). 
Sujeito: termo da oração do qual se declara alguma coisa: Os grandes 
centros urbanos convivem com graves problemas. 
Tipos de sujeitos: 
Simples: A caminhada diária fez-lhe bem. 
Oculto: Pegou o condomínio com atraso. 
Composto: O nome e o telefone do fisioterapeuta estão na agenda. 
Indeterminado: Publicaram as fotos do e maremoto. Dormia-se em redes. 
Oração sem sujeito: é aquela que se forma apenas pelo predicado, cuja 
declaração não se refere nenhum ser. “ Há vagas para estagiários em 
mecânica. Faz anos que não vou a Curitiba”. 
 
Predicado: tudo aquilo que se declara sobre o sujeito: O publico aplaudiu o 
tenor de pé. 
 
Predicação Verbal: 
Verbos significativos: expressam ação. Podem ser: 
Intransitivos: não precisam de complemento. A reportagem será amanhã; 
Transitivos diretos: pedem complemento sem preposição: A firma terminou a 
pavimentação de Fernão Dias. 
Transitivos indiretos: pedem complemento com preposição. Os empresários 
estrangeiros investem mais em produtos agrícolas brasileiros. 
Transitivos diretos e indiretos: pedem dois complementos, um com preposição 
e outro sem. 
 
Verbos de ligação: servem de elo entre o sujeito e suas características ou 
qualidades: Toda a equipe continuava atenta. 
 
Tipos de predicado 
Verbal 
Nominal 
Verbo-nominal 
 
1)Um mesmo verbo pode requerer ou não complemento, dependendo do 
contexto e sua regência. Observe o emprego dos verbos destacados e 
classifique-os quando a sua transitividade: 
a) O secretário de segurança estuda novas estratégias de combate à violência 
urbana. 
b) Meus vizinhos estudam em boas faculdades públicas. 
 
 
40 
 
c) O jovem ator aspirava a um papel mais importante em sua carreira. 
d) Só no campo aspiro esse ar bucólico tão saudável. 
e) Comia marisco com limão e azeite. 
f) Não comeremos hoje no restaurante da empresa. 
g) À noite assistia, às vezes, aos programas da CNN. 
h) Os bombeiros assistiam os idosos retirados dos escombros do prédio. 
 
2) Identifique no conjunto de orações a que não tem sujeito. 
a) Hei de vencer todas as dificuldades. 
b) Os operários fizeram bom trabalho. 
c) Bateram à porta. 
d) As ondas são perigosas. 
e) Há muitas pessoas honestas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
1- Analise semanticamente o emprego da vírgula nas frases destacadas em cada 
uma das situações a seguir e interprete a diferença entre os enunciados. 
a) “ A vírgula pode ser uma pausa... ou não. 
Não, espere. 
Não espere. 
b) “ a vírgula pode criar heróis. 
Isso só, ele resolve. 
Isso, só ele resolve. 
c) Ela pode mudar uma opinião. 
Não quero saber. 
Não, quero saber. 
d) Ela pode ser a solução. 
Vamos perder, nada foi resolvido. 
Vamos perder nada, foi resolvido. 
2- Faça a correção do uso de vírgula nos itens abaixo. 
a) Os alunos, chegaram atrasados. 
b) O guerreiro, parece estar dormindo. 
c) Encontramos, o tesouro perdido. 
d) Obedecemos, aos nossos pais. 
e) Cheguei, e saí rapidamente. Paguei, as minhas contas. 
 
 
 
 
 
42 
 
EMPREGO DA VÍRGULA 
 
Período simples: 
Quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a 
virgula nos seguintes casos: 
 
1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: adjuntos adverbiais são 
termos de valor adverbial que denotam alguma circunstância do fato expresso 
pelo verbo ou intensifica o sentido deste, ou de um adjetivo, ou de um advérbio. 
As principais circunstâncias são as de tempo, lugar, causa, modo, meio, 
afirmação, negação, dúvida, intensidade, finalidade, condição, assunto, preço, 
etc... 
 
Os adjuntos adverbiais estarão deslocados quando estiverem no início ou no 
meio do período. Em alguns casos, a vírgula não será obrigatória, pois, às 
vezes, ela tira a linearidade, eliminando, assim, a clareza da frase. 
 
Vejamos alguns exemplos de adjuntos adverbiais separados por vírgula: 
A maioria dos alunos, durante as férias, viaja. 
 
 
2. Para isolar o aposto explicativo: 
 
Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. 
 
3. Para isolar o vocativo: 
Ex. Adalberto, traga meus documentos até aqui! 
 
4. Para isolar predicativo do sujeito deslocado, quando o verbo não for de 
ligação: 
Ex. Os jovens, revoltados, retiraram-se do recinto. 
 
5. para separar elementos coordenados: 
 Elementos coordenados enumerações de termos que exercem a mesma 
função sintática. 
Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote. 
 
6. Para indicar a elipse do verbo: Elipse é a omissão de um verbo já escrito 
anteriormente. 
Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado 
prefere filmes de aventura) 
 
7. Para separa data, local: 
Ex.: Londrina, 18 de outubro de 2016. 
 
 
 
 
 
43 
 
A LINGUAGEM CIENTÍFICA 
A linguagem é um instrumento de comunicação 
A linguagem científica tem característica própria que difere da linguagem 
comum. Essa característica foi estabelecida ao longo do desenvolvimento 
científico, como forma de registrar e ampliar o conhecimento. Reconhecer 
essa diferença implica que a aprendizagem da ciência é inseparável da 
aprendizagem da linguagem científica. ( Fonseca, Solange Gomes) 
A linguagem é um instrumento de comunicação 
Principais funções: 
Expressiva: comunicar emoções ou sentimentos 
Persuasiva: determinar a conduta das pessoas, como as propagandas. 
Informativa: transmitir conhecimentos e informações 
A linguagem científica é essencialmente informativa 
Formas de expressão 
Coloquial: linguagem comum, popular. 
Literária: linguagem estética 
Técnica: útil para transmitir conhecimento científico 
 
A linguagem científica é técnica 
 
Formas de texto em prosa 
Dissertação: São expostas, explanadas, interpretadas ideias ou apresentados 
argumentos sobre um determinado assunto. 
 
EXEMPLO 
“A uma dada pressão, a temperatura na qual ocorre a fusão é bem 
determinada para cada substância”.. 
 
Descrição: São descritas características ou elementos constitutivos dos seres: 
pessoas, animais, vegetais, objetos, ambientes, processos, etc. 
 
 “O motor elétrico de corrente contínua é composto de duas partes principais: o 
indutor e o induzido”. 
 
 
Narração: São contados fatos ou fenômenos ocorridos em determinado tempo 
e lugar, com a participação de personagens. 
 
“A polícia de São Paulo instalou um laboratório que permitirá identificar 
criminosos analisando a molécula de DNA do sangue ou de um fio de cabelo 
encontrado no local do crime”. 
A apresentação de um trabalho científico supõe que o autor domine bem o 
idioma em que o texto está sendo escrito, bem como, o conhecimento científico 
sobre o assunto abordado. 
 
 
44 
 
Impessoalidade. 
Toda a escrita científica deve ser impessoal. Deve-se evitar referências 
pessoais, como “meus resultados”, “minhas conclusões”. 
“Eu resolvi...”. Pode-se usar nós, quando se tratar de informar resultados 
obtidos pelo próprio autor. 
 
- Eu calculei todas as possibilidades. 
- Acreditamos que seja possível calcular a posição exata do objeto. 
 
Objetividade 
A ciência é objetiva, não subjetiva. 
A objetividade implica em não haver ambiguidade ou possibilidade de mais de 
uma interpretação. 
EXEMPLOS: 
A sala era enorme e belíssima. 
- A sala tinha 23m de comprimento por 44m de largurae com o teto pintado de 
verde e as paredes de alaranjado. 
 
Clareza e precisão. 
Toda e qualquer questão, problema ou informação deve ser enunciado com 
clareza e precisão. Não é possível expressar claramente um pensamento ou 
ideia se o assunto tratado está ainda confuso na mente de quem escreve. Sem 
clareza de ideias, não pode haver clareza de expressão. 
 
EXEMPLO 
“A luz é determinada pela sua velocidade onde o que importa é o meio, se ele 
for condutor ou não condutor mas ela viaja mais rapidamente naqueles que não 
existem” (alguém que não tem certeza) 
 
“A velocidade da luz é máxima no vácuo e diminui nos meios materiais”. 
(alguém que conhece) 
 
Vocabulário com sentido próprio 
Os símbolos ou as palavras empregadas devem representar as ideias. Deve-se 
escolher termos com significação exata, conforme os dicionários. Os termos 
devem sempre estar em seu sentido próprio, nunca em sentido figurado. 
Nunca usar termos difíceis, neologismos, palavras estrangeiras traduzidas 
inadequadamente, regionalismos, gírias, expressões coloquiais pois seu 
sentido muda conforme a época e o lugar. 
 
1-Rosa (botânico): Flor da roseira, planta da família das rosáceas. Consta de 
muitas pétalas, formadas à custa da transformação de estames. 
 
 2-Rosa (poeta) : Mulher bonita e formosa. 
 
3-A força resultante aplicada em um corpo é igual à massa multiplicada pela 
aceleração adquirida pelo corpo. 
4-O seu colega está forçando a barra. 
 
 
45 
 
 
Vocabulário técnico. 
Cada ciência possui um vocabulário específico que acompanha sua evolução. 
Esta terminologia técnica, livre de ambiguidades, é fundamental para expressar 
os conhecimentos entre os cientistas. Quem escreve um relatório científico 
não pode ignorá-la. 
EXEMPLO 
1- Quando um núcleo de elemento radioativo se desintegra, além de outras 
radiações, ele emite partículas alfa, que são partículas constituídas por 2 
prótons e 2 nêutrons (núcleo do átomo de hélio). Estas partículas podem ser 
usadas para provocar a desintegração de elementos não radioativos. Para isto, 
elas são lançadas contra estes núcleos e, ao atingi-los, causam uma reação 
nuclear. 
3-Quando o miolo do átomo se arrebenta, saem coisas dele. Essas coisas 
provocam noutros átomos rachaduras, de onde saem mais coisas. 
4- 
 
............................................................................................................................... 
 
5- 
 
............................................................................................................................... 
 
 
 
46 
 
6- 
...............................................................................................................................
............................................................................................................................... 
 
Linguagem científica 
INFORMATIVA 
TÉCNICA 
IMPESSOAL 
OBJETIVA 
MODESTA E CORTÊS 
CLARA E PRECISA 
FRASES SIMPLES, PERÍODOS CURTOS ( períodos longos dificultam a 
compreensão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
RELATÓRIO 
 
Conceito: descrição objetiva dos fatos, acontecimento ou atividades, seguida 
de análise rigorosa, com objetivo de tirar conclusões ou tomar decisões. 
Objetivo: descrever, de modo exato, o que observou, viu ou ouviu, o que se 
disse a respeito de um trabalho, de um reunião, de um debate, para satisfazer 
a quem desconhece o fato. 
Orientações: 
Por ser relato de ocorrências ou atividades, o relatório apresenta 
características de fidelidade, objetividade e exatidão de um relato. A análise 
lúcida dos fatos ou dados relatados com indicação de conclusões e decisões. 
1- primeiramente o relatório deve responder à pergunta: o que se passou? 
A base de um relatório é um fato ou conjunto de fatos ou dados que devem ser 
definidos, situados, descritos. Essa descrição pressupõe uma análise 
sistemática e estudo aprofundado da ocorrência: não é um acúmulo de 
informações pormenorizadas, detalhes pitorescos ou pinçados ao acaso. Ao 
contrário, essa descrição deve permitir ao leitor uma ideia precisa e correta da 
realidade, e por isso, o relatório é fiel, objetivo, imparcial, seletivo e crítico. 
Em seguida, o relatório deve responder à pergunta: o que se deve pensar 
sobre o assunto? A característica do relatório é ser ele uma elaboração pessoal 
do relator: exige análise, reflexão, raciocínio, mobilização das capacidades 
científicas e técnicas de quem relata. 
Por elaboração pessoal entende-se: 
Apreciação dos fatos ou dados para análise; 
Classificação das partes constitutivas dos fatos ou dados; 
Verificação do valor de cada parte no conjunto dos fatos ou dados; 
Explicação da apreciação realizada; 
Análise das conclusões ou soluções pertinentes diante dos fatos ou dados; 
Escolha da conclusão mais pertinentes ou solução mais adequada. 
 
Bibliografia 
SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa 
bibliográfica. 9ªed. Porto alegre: Sulina,1981 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São 
Paulo: Cortez,2002. 
 
 
 
 
 
48 
 
 
AMBIGUIDADE 
 
A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma 
mensagem, usada como artifício estético na literatura e na publicidade. No 
entanto a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre 
da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois 
compromete o significado da oração, pois interfere na clareza textual. 
 
Elimine a ambiguidade das frases abaixo: 
1- A mãe de Pedro entrou com seu carro na garagem. 
2- Os alunos insatisfeitos reclamaram da nota no trabalho. 
3- O aluno disse ao professor que era carioca. 
4- A mãe pegou o filho correndo na rua. 
5- O vizinho espantado resolveu ver o que estava acontecendo àquela hora da 
noite. 
 
 
6- O vizinho, espantado, resolveu ver o que estava acontecendo àquela hora 
da noite. 
 
 
7- O turista disse ao guia que era pernambucano. 
 
 
8- O supervisor de turma pegou o aluno correndo no pátio da escola. 
 
 
9- Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto. 
 
10- Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo. 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
TEXTO DESCRITIVO 
 
Descrição é o ato de descrever. Descrever é apontar atributos da pessoa ou 
coisa descrita, que se costuma denominar objeto da descrição. Pode ser uma 
pessoa, um animal, um processo, um ser inanimado, uma cena, um local. 
Assim, o texto descritivo é entendido como o que descreve, fazendo uma 
representação verbal de um objeto (ser, coisa, circunstância do acontecimento 
do fato, paisagem), por meio da indicação dos seus aspectos mais 
característicos, dos seus atributos, dos pormenores que o individualizam, que o 
distinguem. 
O texto descritivo não relata mudança de estado que ocorrem no tempo, 
apenas retrata as propriedades e aspectos que os elementos descritos em um 
certo estado, tomando-os como se estivessem parados no tempo. 
 
DESCRIÇÃO: OBJETIVA E SUBJETIVA 
A descrição objetiva é aquela em que o observador se limita aos valores 
exteriores, aproximando-se o mais possível da realidade, sem emitir juízos de 
valor. 
A descrição subjetiva é aquela em que o observador emite juízos de valor, 
salienta determinadas características que o impressionam. Portanto, o que está 
sendo descrito é filtrado pelo observador. 
Mas, na verdade, salvo as descrições técnicas ou científicas, toda descrição 
revela, em maior ou menor grau, a impressão que o autor tem daquilo que 
descreve, pois não existe texto sem intenção. 
 
Descrição objetiva: 
Descrição exata e precisa do objeto ou ser; 
Maior aproximação possível da realidade; 
Isenta de opiniões e duplos sentidos;Descrição de aspectos físicos; 
Utilização de uma linguagem clara, direta e realista; 
Utilização de uma linguagem denotativa; 
Descrição que torna o texto mais verídico. 
 
EXEMPLO 
A dona tinha aproximadamente 1,70m e 60 kg. Vestia uma blusa rosa decotada 
e uma saia rodada na altura dos joelhos. Seus cabelos eram castanhos 
encaracolados e sua pele morena. 
 
 
 
50 
 
 
Descrição subjetiva 
Confere um cunho pessoal ao objeto ou ser descrito; 
Transmissão de um estado de espírito e de sentimento; 
Descrição de aspectos emocionais; 
Utilização de uma linguagem simbólica e metafórica; 
Utilização de uma linguagem conotativa; 
Descrição que torna o texto mais interessante. 
 
 
A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da graúna. 
Vestia um pijama desbotado e de seda japonesa e tinha as unhas aduncas 
recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro, descascado nas 
pontas encardidas. 
(Lygia Fagundes Telles, “As formigas”) 
 
O texto injuntivo ou instrucional 
 Está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação, 
ou seja, indicam o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma 
receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais e propagandas. 
Sua função é transmitir para o leitor mais do que simples informações, visa, 
sobretudo, instruir, explicar, todavia, sem a finalidade de convencê-lo por 
meio de argumentos. 
São textos os quais incitam a ação dos destinatários, controlando, assim, seu 
comportamento, ao fornecer instruções e indicações para a realização de um 
trabalho ou a utilização correta de instrumentos e/ou ferramentas. 
Recursos Linguísticos 
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. 
Um dos recursos linguísticos marcantes e recorrentes desse tipo de texto, é a 
utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma “ordem”, por 
exemplo, na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”; bula de remédio 
“tome duas cápsulas por dia”; manual de instruções “aperte a tecla amarela”; 
propagandas “vista essa camisa”. 
Há quem estabeleça uma relação entre os textos injuntivos e prescritivos e, 
por outro lado, há os que defendem que são textos sinônimos e pertencem à 
mesma categoria, das quais compartilham funções e finalidades. 
No entanto, os linguistas que preferem dividi-los em dois tipos de textos, 
informam que o texto injuntivo, instrui sem uma atitude coercitiva, recurso 
marcante nos textos ditos prescritivos. 
 
 
51 
 
Para esse grupo de estudiosos, um texto injuntivo pode ser um manual de 
instruções ou uma receita, enquanto os textos prescritivos asseguram um 
tipo de atitude coercitiva, por exemplo, os editais dos concursos, contratos e 
leis. 
Texto prescritivo 
Instrui o leitor acerca de um procedimento; 
Exige que o leitor proceda de uma determinada forma; 
Não permite a liberdade de atuação ao leitor; 
Apresenta caráter coercitivo; 
Utiliza linguagem objetiva e simples; 
Utiliza predominantemente verbos no infinitivo, imperativo ou presente do 
indicativo com indeterminação do sujeito. 
 
EXEMPLO 
 
“O pedido de isenção deverá ser solicitado, das 12 horas do dia 22 de abril de 
2015 até as 16 horas do dia 4 de maio de 2015. Esta solicitação deverá ser 
caracterizada no Requerimento de Inscrição, em campo próprio, devendo o 
candidato informar o seu Número de Identificação Social – NIS, atribuído pelo 
Cadastro Único – CadÚnico.” (Edital Nº. 101/ 2015 - Universidade Federal 
Fluminense) 
 
 TEXTO NARRATIVO 
A narrativa apresenta fatos em sequência e decorrentes de uma relação de 
causa-consequência, isto é, um fato causa uma consequência que dá origem a 
outro fato, e assim por diante. Isso significa afirmar que entre uma ação e 
outra, entre um fato e outro, há um lapso temporal, e é a indicação de 
transcurso do tempo a tarefa principal do autor da narrativa, depois de 
selecionar os fatos narrados. Os fatos são vividos por personagens, em 
determinado tempo e lugar e apresenta um narrador que, diante dos fatos 
narrados, pode assumir dois pontos de vista: o de narrador-personagem ou o 
de narrador-observador. 
ELEMENTOS DA NARRATIVA 
ENREDO 
Também chamado de intriga, trama ou ação, o enredo é composto pelos 
acontecimentos que ocorrem em determinados tempo e espaço e são 
vivenciados pelas personagens. 
Pode ser: Enredo Linear, Enredo Não linear, Enredo Psicológico e Enredo 
Cronológico. 
Estágios do Enredo: 
 
Exposição: 
 
Explica certas circunstâncias da história, 
situando o fato em época e ambiência, e 
onde se faz a apresentação/introdução e 
algumas personagens. 
Complicação Inicio do conflito 
 
 
52 
 
Clímax Ápice da história 
Desfecho/ desenlace Solução do conflito 
 
Foco narrativo: 
Ponto de vista ou perspectiva estabelecido pelo narrador a partir do qual a 
história será contada. A adoção de um determinado ponto de vista afeta o 
modo como a história contada é interpretada pelos seus leitores. 
 
Pessoa Narrador Ponto de vista 
1ª Personagem Todos os acontecimentos, motivações e demais 
personagens são apresentados a partir do seu ponto de 
vista 
 Testemunha Vive os fatos narrados como personagem secundária, 
condição em que pode observar os acontecimentos e 
testemunhá-los ao leitor de forma mais direta e verossímil. 
Entretanto, seu ângulo de visão é limitado, pois não sabe 
o que se passa no pensamento das demais personagens, 
apenas pode levantar hipóteses sobre o que viu ou ouviu. 
 Protagonista Vive os fatos como personagem principal, mas não tem 
acesso aos pensamentos das demais personagens e 
narra os acontecimentos, limitando-se às suas 
percepções, pensamentos e sentimentos, como já posto. 
3ª Onisciente Tem conhecimento total dos fatos, podendo, inclusive, por 
exemplo, antecipar para o leitor algum fato futuro ou 
revelar os traços, os desejos e os sentimentos mais 
íntimos das personagens. 
 Intruso Fala com o leitor ou que julga o comportamento das 
personagens. 
 Observador Simplesmente relata os fatos, registrando as ações e as 
falas das personagens; ele conta como mero espectador, 
uma história vivida por terceiros. 
 
Tipos de Discurso: direto, indireto, indireto livre. 
Tipo Discurso direto 
- O narrador reproduz textualmente as palavras da personagem, da forma 
como ela as diz; 
-Verbos de elocução, aqueles que servem para introduzir a fala da personagem 
: dizer, afirmar, perguntar, responder, declarar, pedir, exclamar; 
-Verbos da área semântica (sentido) de perguntar indagar, inquirir, questionar, 
interrogar; 
verbos que expressam estado de espírito, reação psicológica da personagem, 
emoções: gemer, suspirar, lamentar (-se), queixar-se, explodir. 
Discurso indireto 
O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens; 
Escrito em terceira pessoa, o narrador se utiliza das palavras dele para 
reproduzir aquilo que foi dito pela personagem. 
 
Discurso indireto livre 
 
 
53 
 
A fala interior da personagem (as emoções, as ideias, os sentimentos, as 
reflexões) insere-se em meio à fala do narrador de forma sutil, causando certa 
confusão em relação a quem está se pronunciando (narrador ou a 
personagem). 
TEMPO 
 
O tempo de uma narrativa é caracterizado pela duração da ação nela 
apresentada. Na narrativa, há diferentes tempos, a saber: tempo cronológico, 
quando os fatos são narrados segundo a ordem em que acontecem; tempo 
psicológico, quando a rememoração do passado desencadeia a narrativa; e 
tempo histórico, referente ao momento histórico em que se situam os fatos 
narrados. 
 
Conjunções e locuções conjuntivas 
 
Tempo anterior: antes que; 
Tempo posterior: depois que, assim que; 
Tempo imediatamente posterior: logo que, mal, apenas; 
Tempo simultâneo ou concomitante: quando, enquanto;

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