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ESPÉCIES DE ARGUMENTOS ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA (1)

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Argumento a pari
O argumento a pari (igualdade, paridade, reciprocidade) é aquele que pretende estabelecer tratamento igual ao indivíduo pertencente a uma mesma categoria, de acordo com a regra da justiça, com o fito de se evitarem privilégios.
O argumento a pari gira na esfera da analogia.
Exemplo: apontar a aplicabilidade do princípio da isonomia, jurisprudência a fim de persuadir o julgador.
Argumento da Incompatibilidade
O argumento da incompatibilidade consiste em apontar uma incoerência de proposições em um sistema.
Exemplo: Um condutor é multado por atravessar semáforo vermelho em cruzamento em que, na verdade, não há semáforo. Provada a inexistência do semáforo, a conclusão de que o condutor seja culpado não subsistirá.
3. Argumento da Retorsão
O argumento da retorsão consiste em retomar o argumento adversário para contestá-lo com suas próprias palavras ou atos. É inverter o argumento do adversário.
Exemplo: A exploração, na fase das alegações finais, de contradições existentes no depoimento pessoal da parte contrária com o intuito de expor as incoerências.
Argumento do Sacrifício
O argumento do sacrifício consiste na escolha de uma entre duas coisas, em sacrifício da outra.
Exemplo: A escolha entre o exercício das próprias razões (fazer a justiça com as próprias mãos) e o benefício da segurança jurídica proporcionada por um Estado Democrático de Direito.
Argumento A Fortiori
“A fortiori” significa “ com mais forte razão”, “com mais força”, “com mais razão”.
Exemplo: Se é proibida a entrada de cães em determinado local, com mais razão não será permitida a entrada de ursos no mesmo local.
 O brocardo “Quem pode o mais, pode o menos” é exemplo do argumento “a fortiori”.
Argumento do Desperdício
O argumento do desperdício consiste em sustentar um tese com base em tudo o que já se realizou até determinado momento, a fim de que não se desperdicem os esforços empenhados.
Exemplo: Suscitar o princípio da economia processual para se evitar a nulidade de todo um processo por erro sanável no recebimento de uma citação recebida por pessoa da família do réu, quando este demonstra nos autos ter tido conhecimento dos fatos da demanda.
Argumento Ad Personam
O argumento ad personam consiste na desqualificação da pessoa do adversário.
Exemplo: Ação anulatória de casamento em que se alega erro essencial quanto à pessoa do cônjuge. (art. 1.556 e 1.557 do Código Civil).
Argumento Ad Hominem
O argumento ad hominem consiste em por o interlocutor em contradição com suas próprias afirmações, com sua ideologia, com sua religião, com a concepção partidária e os próprios atos.
Há uma desqualificação do argumento de alguém, mas não há a desqualificação da pessoa do adversário.
Argumento do Ridículo
A técnica argumentativa do ridículo pode ser empregada quando há incompatibilidade do argumento de alguém com o senso comum.
Explora-se o inusitado, o estapafúrdio do argumento original.
A exposição ao ridículo não deve ser da pessoa que argumenta, mas do argumento empregado.
Argumento Pragmático
O argumento pragmático (ad consequentiam) é aquele que permite apreciar um ato ou acontecimento consoante suas consequências favoráveis ou desfavoráveis.”
Utiliza-se o argumento pragmático quando o orador aduz as consequências favoráveis ou desfavoráveis de determinado ato que deve ser praticado ou evitado no presente, conforme as consequências positivas ou negativas que ele decorram.
EXEMPLO: Furto famélico: O réu afirma que praticou o furto com o intuito de alimentar os filhos, pois se não o fizesse estes estariam passando fome e desnutridos.
Argumento pelo Exemplo
O argumento pelo exemplo é uma espécie de indução ( parte do particular para o geral), pois tende a generalizar o que se aceita e levar à formulação de uma lei.
Busca criar uma regra a partir de casos particulares naquilo que têm em comum.
Argumento de Ilustração
O argumento de ilustração, em que pese a semelhança com o “exemplo”, não tem a função de provar, mas de exercitar o imaginário, pois relaciona-se com a argumentação subjetiva.
“Enquanto o exemplo deve ser incontestável, a ilustração, da qual não depende a adesão à regra, pose ser duvidosa, mas deve impressionar vivamente a imaginação para impor-se à atenção.”(Perelman e Tyteca)
Argumento pelo Modelo
O argumento pelo modelo propõe condutas de vida, que levam à ação e, assim, é mais apropriado ao discurso deliberativo.
Ocorre quando se utiliza de um exemplo que represente um modelo para determinado auditório.
Estimula a imitação, por conter elementos valorativos e pode ser pessoa ou instituição.
Argumento por Exclusão
O argumento por exclusão consiste na apresentação de várias hipóteses que, conforme sejam analisadas, vão-se excluindo até que reste apenas uma, que é justamente a tese sustentada pelo emissor.

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