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AUDITORIA DE 
EQUIPAMENTOS, APAREL HOS 
E INSTRUMENTOS 
 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. a Luciana Schleder Gonçalves 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá estudante! Bem-vindo a Aula 5 da disciplina Auditoria de 
Equipamentos, Aparelhos e Instrumentos. 
Neste momento da nossa disciplina, iremos abordar algumas questões 
relacionadas à gestão da qualidade de equipamentos de saúde. Este é um tema 
muito atual, considerando que grande parte das organizações de saúde vem 
passando por mudanças no sentido da melhoria continua de seus processos e 
produtos. 
Esta aula inicia com alguns conceitos fundamentais, aborda os sistemas 
de acreditação, os princípios da gestão da qualidade, algumas das ferramentas 
de gestão da qualidade e de mapeamento de riscos utilizadas na área da saúde. 
Não deixe de conferir os textos indicados para leitura obrigatória, pois eles 
complementam a discussão do material didático. Bons estudos! 
Clique aqui e acesse o vídeo 1 
CONTEXTUALIZANDO 
Temos acompanhado na mídia brasileira diversos casos relacionados à 
má gestão em diversas áreas profissionais. Temos percebido que interesses 
pessoais vêm sobrepondo-se aos interesses coletivos, o que pode ser traduzido 
em uma grave crise moral e ética em nosso país. 
O movimento da gestão da qualidade não é recente em vários cenários da 
indústria e comércio. Quem nunca ouviu a frase “o cliente tem sempre razão” ou 
“é preciso encantar o cliente”? Mas como aplicar essas máximas em meio a uma 
realidade tão conturbada? 
Na área da saúde, esse movimento é relativamente recente. A proporção 
de serviços de saúde acreditados nas redes pública e particular é muito pequena, 
em relação a quantidade total de serviços que existem no país. 
Como você poderá verificar durante os temas desta aula, entre os 
princípios e conceitos de gestão da qualidade, alguns estão bastante 
relacionados à ética, ao comprometimento individual para alcance de objetivos 
 
 
3 
comuns de uma equipe ou de uma organização. Por exemplo, o compromisso 
com a melhoria contínua. 
Por isso, como os equipamentos, materiais especiais, aparelhos e 
instrumentos são parte importante do processo de trabalho em saúde, e mesmo 
de alguns dos seus produtos, o gerenciamento, dentro dos princípios da gestão 
da qualidade, é fundamental. E como verificar se esse gerenciamento é realizado 
da maneira como deve ser? Por meio de auditorias! 
A função dos auditores será basicamente verificar, em uma determinada 
situação, se a norma pactuada entre os atores envolvidos na prestação de 
determinado serviço está sendo cumprida. Essa definição pode ser aplicada para 
os mais diversos contextos, em especial, no dos produtos hospitalares, no qual 
existem protocolos, normas, portarias e fluxos de trabalho já estabelecidos, os 
quais norteiam a prática e podem contribuir para que aconteçam menos desvios, 
menos falhas e, consequentemente, mais segurança. 
Clique aqui e acesse o vídeo 2 
TEMA 1 – CONCEITOS IMPORTANTES 
Qualidade é um termo polissêmico. Isso quer dizer: é possível que ele seja 
definido de diversas maneiras. Um exemplo é a definição de Juran (2009): 
“consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades 
dos clientes e desta forma proporcionam-lhes satisfação em relação ao produto". 
Assim, é perceptível a importância de conhecer quem são nossos clientes, 
o que esperam, pois, a satisfação deles influenciará no conceito de qualidade de 
algum processo ou produto. 
Guarde essa informação e reflita sobre as consequências na área da 
saúde! 
Outra definição importante é a de Tronchim (2006), a qual se refere que a 
qualidade pode ser definida com base em um conjunto de características, tais 
como: 
1. Nível de excelência profissional 
 
 
4 
Esse atributo relaciona-se com as ações de educação permanente, 
desenvolvidas pela instituição de saúde. Elas devem estar arraigadas a cada 
profissional; aos diferentes níveis de expertise dos profissionais nos serviços; ao 
adequado dimensionamento de pessoal; a ações de supervisão e alocação de 
pessoal de acordo com o grau de complexidade dos pacientes; e à cultura da 
qualidade da organização. 
2. Uso eficiente dos recursos 
Contempla as ações de gerenciamento de recursos humanos, 
tecnológicos, materiais, financeiros, e de Informação – as quais relacionam-se 
diretamente com a percepção de qualidade de um serviço, tanto por parte dos 
pacientes quanto dos próprios funcionários. 
3. Mínimo de risco para o paciente 
Esse atributo está voltado ao desenvolvimento e manutenção de uma 
cultura de segurança nos serviços, o que envolve conhecer os principais eventos 
adversos e desenvolver estratégias para diminuí-los, ou seja, mudar a cultura de 
culpabilização dos indivíduos por eventuais erros cometidos. 
Elaborar e desenvolver programas de segurança do paciente estão 
voltados para melhorar a comunicação entre profissionais de saúde, entre 
profissionais e pacientes, e entre instituições de saúde que se relacionam; 
garantir “o procedimento correto no local correto do paciente correto”, ou seja, 
identificação dos pacientes e procedimentos aos quais serão submetidos; medir 
e prevenir riscos de queda; monitorar a infecção hospitalar; e promover a 
segurança no processo de administração de medicamentos. 
4. Um alto grau de satisfação por parte dos usuários 
Primeiramente, é preciso identificar quem é o cliente. Para muitas 
instituições, é o paciente, porém, em alguns casos, por exemplo, quando o 
paciente está inconsciente, a família vira o cliente; em outras situações, o médico 
é considerado o principal cliente, visto que é ele quem traz o paciente para os 
serviços de saúde. Uma vez isso definido, é preciso realizar avaliação da 
qualidade na perspectiva: paciente/família/profissionais de saúde/gestores. 
 
 
5 
5. De acordo com os padrões técnicos 
As práticas em saúde devem ser baseadas em evidências; ou em 
protocolos e guidelines do Ministério da Saúde ou de Associações de 
Especialidades, além de seguir os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) 
das instituições. 
Para tanto, vejamos algumas dimensões para o alcance da qualidade na 
área da saúde, de acordo com Donabedian (1985): 
1. Eficácia: é a obtenção da melhoria da saúde pela aplicação da ciência e 
da tecnologia nas condições mais favoráveis (controladas). 
2. Efetividade: indica o grau de obtenção da melhoria da saúde, ou seja, a 
relação existente entre a melhoria possível e a melhoria efetivamente 
obtida. 
3. Eficiência: é a habilidade em reduzir custos dos cuidados sem diminuir a 
sua efetividade. 
4. Aceitabilidade: é a adequação dos cuidados de saúde aos desejos e 
expectativas dos pacientes e de seus responsáveis. 
5. Equidade: é a conformidade com o princípio de justiça e de honestidade 
na distribuição dos cuidados e dos benefícios da saúde entre os membros 
de uma população. 
6. Legitimidade: é a conformidade dos serviços com as preferências sociais 
expressas nos princípios éticos, nos valores, nas normas, nas leis e nos 
costumes. 
Com base no conhecimento desses conceitos elementares, daremos 
continuidade às discussões sobre a qualidade na área da saúde nos próximos 
temas! 
Clique aqui e acesse o vídeo 3 
TEMA 2 – SISTEMAS DE ACREDITAÇÃO 
 
 
6 
Quando você lê em algum lugar que determinado serviço é acreditado, 
você sabe o que isso quer dizer? De forma bem simples, quer dizer que há 
grande chance de as pessoas obterem serviços de qualidade. 
De forma técnica, significa que os conceitosestudados no tema anterior 
da nossa aula norteiam as práticas daquele serviço, em todas as dimensões. 
Aquino (citado por Seiffert 2011, p. 26): 
O Programa de Acreditação Hospitalar tem como enfoque a garantia da qualidade 
da atenção prestada aos clientes, nos hospitais, de forma que, dentro dos recursos 
disponíveis, haja uma progressiva mudança que impulsione os profissionais, em 
todos os níveis e serviços, para a avaliação de falhas, fragilidades, forças e 
potencialidades da instituição, definindo-se metas claras, com a mobilização de 
todos os envolvidos... A Acreditação é um processo formal pelo qual uma instituição 
acreditadora credenciada avalia e reconhece se uma organização de saúde atende 
a determinados padrões considerados aplicáveis. Abrange a capacidade ou o 
desempenho da instituição, e não do profissional individualmente, enfoca 
estratégias contínuas de melhoria e alcance de padrões ótimos de qualidade, e não 
apenas a conformidade a padrões mínimos destinados a garantir a segurança 
pública. 
No Brasil, uma das certificadoras de qualidade dos serviços de saúde para 
os tipos de serviços de saúde do país é a Organização Nacional de Acreditação 
(ONA). 
Para saber mais a respeito da ONA, acesse: 
ONA – ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO. Disponível em: 
<https://www.ona.org.br/>. Acesso em: 19 abr. 2017. 
Esse processo permite a melhoria contínua de cada serviço, incluindo as 
ações de cuidado, com foco em ambientes seguros, com o objetivo de reduzir ou 
impedir a ocorrência de eventos adversos na área da saúde. 
Mas, qual é a relação entre os programas de acreditação e os 
equipamentos em saúde? 
Já discutimos desta disciplina que os equipamentos fazem parte da 
estrutura dos serviços de saúde. Também, influenciam diretamente nos 
resultados das ações de diversos profissionais na sua ação profissional junto aos 
pacientes, quer no diagnóstico, quer nas terapias, não é mesmo? 
 
 
7 
Um dos requerimentos importantes dos processos de certificação é a 
manutenção atualizada dos registros de testes dos equipamentos, o que inclui 
as dimensões da segurança, calibração e desempenho. Abordaremos mais 
sobre esse assunto nos próximos temas da aula. 
Assim, um programa de controle de equipamentos para fins de 
acreditação inclui controle de custos, qualidade e acidentes; e gerenciamento da 
tecnologia (Brasil, 2010). 
Perceba, temas como ciclo de vida do equipamento em saúde e 
gerenciamento da manutenção já foram estudados em nossas aulas, e são 
elementos chave de um programa de gestão da qualidade de qualquer serviço 
de saúde! 
Como a acreditação, ou as certificações, acontecem após um processo de 
auditoria de todos os serviços prestados pela organização que deseja, 
voluntariamente, ser acreditada ou certificada, é importante lembrarmos que não 
adianta a organização somente realizar de forma correta, mas também, 
documentar seus processos, descrever como faz para continuamente buscar a 
qualidade, e ao encontrar erros, o que e como faz para diminuí-los. 
Assim, como orienta a Anvisa: 
a manutenção dos documentos relativos aos equipamentos é muito importante, 
como no caso da investigação de “incidente” relacionado a aparelho médico que 
seguidamente exige acesso aos relatórios de manutenção, aos diagramas e 
instruções do fabricante, aos programas de treinamento. Também, por ocasião da 
compra de um novo aparelho, [a auditoria] valer-se-á das anotações de frequência 
e dos custos de manutenção dos equipamentos instalados no hospital. (Brasil, 2010, 
p. 268) 
Clique aqui e acesse o vídeo 4 
TEMA 3 – PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE QUALIDADE 
Como você sabe, a maioria das teorias administrativas nascem nas 
indústrias. Nas organizações hospitalares, alguns processos de trabalho podem 
ser padronizados e eles podem até mesmo ser parecidos com as linhas de 
montagem da indústria automobilística, como no processo de limpeza, 
desinfecção e esterilização de materiais. Entretanto, nessas organizações, 
temos algumas diferenças importantes em relação às indústrias, tais como: 
 
 
8 
matéria-prima, processos realizados por diferentes profissionais, diferentes 
produtos e resultados terapêuticos, entre eles, a morte como uma opção, e não 
necessariamente como desfecho negativo do processo de cuidado. 
Ao trazermos conceitos da administração para a área da saúde, é preciso 
ter em mente em que medida podemos adotá-los como são ou se é preciso fazer 
alguma consideração, tendo em vista alguma dessas diferenças. Isso é bastante 
relevante, caso contrário, corremos o risco de tratar seres humanos de forma 
igual à matéria-prima é tratada. Pense nisso! 
Com essa perspectiva em mente, vamos agora discutir sobre os princípios 
da qualidade! Veja: 
1. FOCO NO CLIENTE 
Por isso, comentamos anteriormente que é necessário definir quem é o o 
cliente. Com base nessa definição, atender e exceder às expectativas, 
considerando que uma dimensão da qualidade é a satisfação das necessidades 
dos clientes. 
2. LIDERANÇA 
Às vezes, ouvimos: “fulano é um líder nato!”. É claro que algumas pessoas 
têm características de personalidade que as predispõem à liderança; entretanto, 
é cada vez mais reforçado o fato de existirem conhecimentos, habilidades e 
atitudes (as competências) que podem ser desenvolvidas por qualquer pessoa. 
É importante você conhecer-se e identificar quais são seus pontos fortes e quais 
são seus pontos fracos – aqueles que precisam ser aprimorados. Saber em que 
circunstâncias podemos motivar quem trabalha conosco diante do desafio do dia 
a dia e rumo a objetivos organizacionais é uma característica altamente desejada 
para gestores comprometidos com a qualidade. 
3. ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS 
É importante valorizar o desempenho das pessoas que trabalham na 
organização, pois é somente por meio desse comprometimento, do “vestir a 
camisa”, que os objetivos organizacionais poderão ser alcançados. 
4. ABORDAGEM DE PROCESSOS 
 
 
9 
Sabe-se que o gerenciamento das atividades e também dos recursos pela 
otimização dos processos – que interligam indivíduos, setores, informações, 
ações – potencializa o alcance dos resultados. 
5. ABORDAGEM DA GESTÃO COMO SISTEMA 
Considere a organização como diversos processos interligados, ou seja, inter-
relacionados, trabalhe de forma conjunta, pois há muito mais chance de sucesso. 
6. MELHORIA CONTÍNUA 
Deve ser um objetivo permanente; com metas a curto, médio e longo 
prazo, que possam ser avaliados e precursores de novos objetivos. 
7. ABORDAGEM NOS FATOS 
As avaliações e proposições de melhoria devem ter como base dados, 
informações que gerem indicadores ou conhecimento sobre uma situação a ser 
modificada. 
8. RELAÇÃO MUTUAMENTE BENÉFICA COM FORNECEDORES 
Reconhecer que existem múltiplos interesses em uma determinada 
situação possibilita que a negociação considere uma solução em que todos os 
envolvidos sintam-se minimamente contemplados (relação ganha-ganha). 
Esses princípios precisam estar em mente sempre que for dar início a um 
programa de gestão da qualidade e, também, para que você possa, de tempos 
em tempos, avaliar se suas ações como gestor ou gerente são bem aceitas. 
Clique aqui e acesse o vídeo 5 
TEMA 4 – FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE 
De modo a auxiliar a geração e organização das ideias, quando o 
profissional se depara com uma situação que se procura compreender a maior 
quantidade de fatos para que seja tomada uma decisão, é possível fazermos uso 
de diversas ferramentas. Abordaremos algumas delas, como o diagrama de 
causa e efeito (Ishikawa), brainstorming, 5W2H e PDCA. 
1. Diagramade causa e efeito 
 
 
1
0 
 
Também chamado de diagrama de Ishikawa ou diagrama espinha de 
peixe, é 
utilizado para apresentar a relação existente entre um resultado de um processo 
(efeito) e os fatores (causas) do processo que, por razões técnicas, possam afetar 
o resultado considerado [...] atuando como um guia para a identificação da causa 
deste problema e para a determinação das medidas corretivas que deverão ser 
adotadas. (Galdino et al., 2016, p. 1039) 
Veja a figura 1 a seguir, que mostra o efeito como o problema a ser 
compreendido ou solucionado, e as espinhas de peixe, as causas ou possíveis 
determinantes, que podem ser agrupadas em grandes conjuntos. 
Figura 1 – Diagrama de causa e efeito 
 
Fonte: Galdino et al., 2016. 
2. Brainstorming 
Do inglês, significa tempestade de ideias. É uma ferramenta que, desde, 
1938, é utilizada por equipes que precisam encontrar soluções inovadoras e 
criativas para determinado problema. Para isso, seus membros devem participar 
ativamente, de forma comprometida e em um curto espaço de tempo. 3. 5W2H 
Esse acrônimo vem das perguntas what? (o quê?); who? (quem?); when? 
(quando?); where? (onde?); why? (por quê?); how? (como?); e how much? (com 
quanto?) e, ao responde-las, os tomadores de decisão terão em mãos um ótimo 
início de um planejamento. Veja a figura 2 a seguir, que explicita algumas 
questões que podem ser abordadas em cada uma dessas fases. 
Figura 2 – Metodologia 5W2H 
 
 
1
1 
 
 
Fonte: 5W2H, 2016. 
4. PDCA 
Também chamado de Ciclo de Deming, é uma ferramenta que promove a 
melhoria contínua de um processo com base em planejamento (plan), execução 
(do), avaliação (check) e ação (act), conforme figura 3. 
Figura 3 – PDCA 
 
 
1
2 
 
 
Fonte: Sebrae, 2005. 
Conheça mais sobre as ferramentas de gestão da qualidade e procure 
utilizá-las na prática profissional, muitas delas podem ser utilizadas em 
combinação, como o PDCA e o 5W2H. Você perceberá o quanto elas podem 
contribuir para o conhecimento da sua realidade e para a priorização das 
mudanças necessárias em busca da prestação de serviços com qualidade. 
Clique aqui e acesse o vídeo 6 
 
TEMA 5 – FERRAMENTAS PRELIMINARES DE RISCO 
Considerando a tríade proposta por Donabedian (1985) quando se trata 
da avaliação da qualidade na área da saúde, lembre: estrutura, processos e 
resultados. Muitos gestores têm adotado o uso de ferramentas para guiar o 
planejamento, o levantamento de situações condicionantes ou determinantes, 
 
 
1
3 
 
ações decorrentes e indicadores para monitorização, sempre no intuito de 
identificar situações que apresentam potencial para mudança (nem sempre são 
problemas) e melhorar continuamente. 
Neste tema, iremos abordar mais algumas ferramentas que podem auxiliar 
o mapeamento de riscos, ligados a segurança do paciente: o mapeamento de 
processos e o FMEA e HFMEA. 
1. Mapeamento de processos 
Ao longo de nossa disciplina, temos discutido que a área da saúde passa 
por diversas transformações. Considerando o paradigma da qualidade, 
principalmente quando estabelece que é preciso um olhar diferenciado para a 
maneira que atividades no setor da saúde são produzidas. 
Não é a toa que a gestão por processos é um pilar importante da gestão 
da qualidade, pois entende processo 
como fluxo de trabalho para produção de algo de valor e como coordenação das 
ações, ligado a fatores de trabalho [...] ligado à articulação das atividades, 
identificando-se o papel de cada departamento e pessoa para a agregação de valor 
aos clientes. (Demarchi, 2012, p. 38) 
Assim, o gestor deve compreender os processos aos quais ele está ligado 
direta ou indiretamente. A utilização dessa ferramenta de mapeamento de 
processos contribui para mudanças voltadas à melhoria contínua, congregando 
todos os envolvidos em uma atitude colaborativa (Demarchi, 2012). 
Podem ser criados fluxogramas e definidas questões relacionadas às 
atividades inerentes ao processo, como: 
atividades desenvolvidas para a realização do processo; sequência da execução 
destas atividades; resultado da atividade; recursos necessários (materiais, 
equipamentos, formulários e sistemas de informação); agentes envolvidos 
(profissionais envolvidos nas atividades); clientes e fornecedores(agentes ou 
unidades externas ao serviço mapeado que tenham alguma relação com as 
atividades realizadas) e indicadores utilizados. (Demarchi, 2012, p. 39) 
2. FMEA 
A Failure Mode and Effects Analysis (FMEA), do inglês, análise do tipo e 
efeito de falha, é uma metodologia que 
 
 
1
4 
 
busca, em princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de 
ações de melhoria, que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo. 
Detecta as falhas antes, diminuindo as chances de o produto ou processo falhar [...] 
em produtos/processos já em operação; para aumentar a confiabilidade [em] 
produtos ou processos já em operação por meio da análise das falhas que já 
ocorreram; e para diminuir os riscos de erros e aumentar a qualidade em 
procedimentos administrativos (Hinrichsen et al., 2012, p. 152). 
O quadro 1 a seguir apresenta um formulário FMEA que contempla os 
seguintes requisitos de avaliação: 
(1) função(ões) e característica(s) do produto/processo; (2) tipo(s) de falha(s) 
potencial(is) para cada função;(3) efeito(s) do tipo falha; (4) causa(s) possível(eis) 
da falha; e (5) controles atuais. (Hinrichsen et al., 2012, p. 153) 
A metodologia prevê as fases de identificação; avaliação; planejamento e 
implementação. 
Quadro 1 – Exemplo de Formulário de FMEA 
 
 
1
5 
 
 
Existe também a metodologia de análise dos modos de falha nos cuidados 
da saúde, em inglês, Healthcare Failure Mode and Effect Analysis (HFMEA), 
voltada aos serviços de saúde, na identificação e avaliação de falhas potenciais 
e seus efeitos em um determinado processo, evitando a ocorrência dos eventos 
adversos (Souza; Muhlen; Freitas, 2014). São propostas cinco etapas, como 
pode ser observado na Figura 4. 
Figura 4 – Etapas do HFMEA 
 
 
1
6 
 
 
 
Fonte: Souza; Muhlen; Freitas, 2014, p. 1706. 
Essas ferramentas devem ser utilizadas para conhecimento da situação, 
monitoramento dos processos, e posterior avaliação, por meio, por exemplo, de 
auditorias – com a intenção da verificação da adequação à norma. Assim, o 
gestor tem condições de tomar decisões baseadas em dados e informações, 
contribuindo para a qualidade do serviço prestado. 
Clique aqui e acesse o vídeo 7 
SÍNTESE 
Nesta aula, abordamos aspectos da gestão da qualidade que são bastante 
práticos, de maneira que é possível que você possa leva-los prontamente para 
seu ambiente de trabalho. 
Estudamos que qualquer programa de gestão da qualidade precisa atingir 
todos os profissionais envolvidos nos mais diversos processos de trabalho dentro 
de uma organização: desde o pessoal de serviços gerais, até os cirurgiões. Ou 
seja, nas atividades meio e nas atividades fim. Caso contrário, é bem provável 
que a sonhada qualidade não seja alcançada, principalmente devido o princípio 
de “tudo ou nada”. 
Para tanto, habilidades de liderança, bem como o uso de ferramentas que 
auxiliam no planejamento, diagnóstico situacional, monitoramento e avaliação 
1 . Definir o 
escopo 
2 . Montar uma 
equipe 
. Descrever 3 
graficamente o 
processo 
4 . Realizar a 
análise de 
perigos 
Propor ações e 
medidas de 
resultados 
 
 
1
7 
 
precisam ser desenvolvidas e aplicadas. Juntocom tais habilidades, é preciso 
ter atitude ética, comprometida com objetivos de melhoria contínua e 
comportamentos que estejam embasados na teoria da qualidade. Muitas vezes, 
seu comportamento fala muito mais alto do que as palavras que você diz! 
Clique aqui e acesse o vídeo 8 
 
REFERÊNCIAS 
5W2H: entenda o que é, aplique em nossa planilha. Agarre seu sucesso, nov. 
2016. Disponível em: <http://www.agarreseusucesso.com.br/5w2h-entenda-
oque-e/>. Acesso em: 19 abr. 2017. 
BONATO, V. L. Gestão da qualidade em saúde: melhorando assistência ao 
paciente. O Mundo da Saúde, n. 35 v. 5, p. 319-331, 2011. Disponível em: 
<http://www.institutonsg.com.br/arquivos/download/14.pdf>. Acesso em: 24 abr. 
2017. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Manual 
de Tecnovigilância: abordagens de vigilância sanitária de produtos para a 
saúde comercializados no Brasil. Brasília, DF, 2010. 
CARVALHO, C. O. M.; SARDENBERG, C.; MATOS, A. C. C.; CENDOROGLO 
NETO, M.; SANTOS, B.F.C. Qualidade em saúde: conceitos, desafios e 
perspectivas. Jornal Brasileiro de Nefrologia, n. 26, v. 4, p. 16-222, 2004. 
Disponível em: <www.jbn.org.br/export-pdf/314/26-04-05.pdf>. Acesso em: 
DEMARCHI, T. M. Gestão por processos como ferramenta da qualidade em um 
hospital-maternidade público do município de São Paulo. RAS _, v. 14, n. 54, 
jan./mar., 2012. Disponível em: 
<cqh.org.br/portal/pag/anexos/baixar.php?p_ndoc=267&p_nanexo=297>. 
Acesso em: 24 abr. 2017. 
DONABEDIAN, A. The epidemiology of quality. Inquirity, v. 22, p. 283-92, 1985. 
Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2931371>. Acesso em: 
24 abr. 2017. 
 
 
1
8 
 
GALDINO S. V., REIS, E. M. B., SANTOS C. B,. et al. Ferramentas de qualidade 
na gestão dos serviços de saúde: revisão integrativa de literatura. Revista. 
Gestão de. Saúde, (Brasília) Vol.07 (Supl. 1)jul. 2016. p 1023-1057. 
HINRICHSEN, S. L., POSSAS L., OLIVEIRA, C. L. F., RAMOS, D. M., VILELLA, 
T. A. S. Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA) e metas Internacionais de 
segurança do paciente: estudo-piloto. RAS_, v. 14, n. 57, out./dez., 2012. 
Disponível em 
<http://www.cqh.org.br/portal/pag/anexos/baixar.php?p_ndoc=515&p_nanexo= 
357>. Acesso em: 24 abr. 2017. 
JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: novos passos para o planejamento 
da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Cengage Learning, 2009. 
TRONCHIN, M. R.; MELLEIRO, M. M. MOTTA, N. V. V. P. Indicadores de 
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2, p. 300-305, abr./jun., 2006. Disponível em: 
<http://www.saocamilosp.br/pdf/mundo_saude/35/indicadores_qualidade.pdf>. 
Acesso em: 24 abr. 2017. 
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Manual 
de ferramentas da qualidade. [S.l.], 2005. Disponível em: 
<http://www.dequi.eel.usp.br/~barcza/FerramentasDaQualidadeSEBRAE.pdf>. 
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