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Extração e refino de óleos vegetais - Soja Preparo do grão Pré-limpeza É realizada a eliminação da sujidade mais grossa antes do armazenamento. Na matéria-prima recebida, são avaliados por amostragem: o teor de umidade, a quantidade de material estranho e a incidência de grãos quebrados, avariados e ardidos. É realizada por máquinas especiais, dotadas de peneiras vibratórias ou de outro dispositivo, que separam os grãos dos contaminantes maiores. A pré-limpeza, antes do armazenamento, diminui os riscos de deterioração e reduz o uso indevido de espaço útil do silo. 3 Secador Ocorre a secagem do grão até 10% de umidade. Em seguida é realizada nova limpeza para prevenir danos ao farelo e aos equipamentos. Silo/Pulmão Onde os grãos são armazenados antes de serem processados. Deve ter um controle de temperatura e umidade relativa. Um desajuste no binômio gera reações enzimáticas (hidrolise de lipases) e oxidativas que reduzem a qualidade do óleo que será processado, pois formam compostos como AG livres ou oxidados (peróxidos). Quebrador – onde separa a casca Soja deve perder a casca (6 a 8%) pois não é possível extrair óleo e a mesma ocupa espaço no extrator, danifica o aquecedor e laminador. Quebra dos grão ocorre por quebrador de rolos, composto por 2 pares de cilindros ranhurados que giram em velocidade diferente. Aspecto de qualidade: Uniformidade no tamanho das partículas para facilitar o desprendimento, separação de cascas e NÃO formação de finos. Objetivo: Fornecer uma completa exposição das células que contém o óleo a ser extraído. Finos dificultam a separação do solvente/óleo do farelo úmido, impede separação casca/cotilénode. Antes do quebrador deve ter um separador magnético. CUIDADOS: Distância e pressão entre os cilindros, ponto de vista de qualidade e de rendimento. Aquecimento/condicionamento Faz um ajuste de umidade para 11% para tornar a soja mais plástica para ser extraída. Os grãos quebrados são aquecidos a 70/75°C por 20/30 min. As células de óleo aumentam de tamanho, o óleo está fluidificado e lubrifica toda a parede das células. As proteínas se coagulam evitando danos na laminação. Em algumas plantas essa etapa é substituída pela de expansão. Laminação Rompe as células de óleo até 0,2 ou 0,3 mm. Reduz as distâncias que solvente e óleo devem percorrer dentro e fora do grão. Flocos são obtidos pela passagem dos grãos quebrados e aquecidos por uma par de cilindros lisos. Defeitos na laminação: qnd flocos saem com espessuras diferentes. A partir de 0,5 mm o farelo conterá muito óleo residual. Expansão Aumenta em 40% a capacidade dos extratores. Prepara a matéria-prima, tornando-a mais porosa, mais permeável ao solvente, produz miscelas mais concentradas. Umedece o grão, aquece e injeta vapor (por diferença de pressão). Permite maior contato com o solvente, percolação e drenagem + eficiente, > rendimento na extração, facilita a retirada de solvente do farelo, tem maior resistência a formação de finos. Extração Prensagem Consiste em aplicar pressão através da tração de animais ou a partir da prensagem mecânica. Baixo custo de instalação, usado em operação de até 3 mil t/dia, não emprega solvente, produz óleo que não precisa ser refinado. Recomendado para grãos ricos em óleo. Ex: Azeitona. Solvente Aumenta a eficiência da extração. Promove completo desengorduramento do grão produzindo resíduo com apena 1% de óleo no farelo. Eficiência depende: preparo adequado do grão, tipo de extrator e condições de operação. Matriz: estrutura do grão formada de óleo, substância sólida, umidade e ar. Miscela: quantidade de óleo disperso, carregado, no solvente. Hexano é o solvente mais utilizado. Pq o hexano é o mais usado? Totalmente apolar Dissolve prontamente o óleo Imiscível em água Não reage com os equipamentos Baixo calor latente de ebulição Problema: altamente inflamável, explosivo e tóxico. Qual deve ser o solvente ideal? Alta solubilidade em óleo sob baixa temperatura. Alta seletividade pelo tgc Ser inerte quimicamente (prt os equip). Ser não inflamável, não explosivo, não irritante, não caústico e não venenoso. Baixa viscosidade e tensão superficial. Ser facilmente removido do farelo. ETANOL: maior gasto energético (> PE) e exige na extração temperatura próxima ao PE. Processo de extração Após passar pelo extrator o farelo sai desengordurado e rico em solvente. Processo ocorre a quente para maximizar a solubilização do óleo no solvente ou na miscela. Temperatura influencia na velocidade da extração pq: viscosidade da miscela e a solubilidade do óleo. Processo de extração O óleo de melhor qualidade é extraído no primeiro estágio 70 a 90% do óleo. A segunda parcela necessita de maior contato com o solvente para ser extraído e é rico em AG livres, fosfatídeios e outros componentes celulares. Recuperação do solvente: evaporação e condensação. Extração: miscelas ricas em óleo são asperguidas nos grãos preparados , ocorre o contato óleo-miscela, miscela arrasta óleo das células que passa a ser miscela saturada. Os grãos recebem várias aspersões de miscelas até a máxima lixiviação de óleo. A miscela saturada vai para recuperação. Recuperação do solvente Dessolventizador - miscela Refere-se a etapa de retirar o solvente da miscela e voltar ao processo. A miscela é aquecida a vácuo (requer pouca elevação de temperatura 115°C, sem causar danos a qualidade do óleo), o solvente é evaporado e recuperado após o processo de condensação. Depois de condensado o solvente é aquecido e volta para o extrator. Dessolventizador – farelo úmido Farelo entra em contato com vapor puro, o solvente evapora. O solvente é recuperado pela condensação. O farelo é tostado para reduzir compostos antinutricionais (antitripisinas e lectinas). O controle dessa tostagem é monitorado pela atividade da UREASE. Quando ela é desnaturada outros compostos também o foram, pois tem mesma faixa de temperatura de desnaturação protéica. Farelo origina derivados protéicos como proteína vegetal texturizada, concentrados e isolados proteícos e outros aditivos. Granulador Um secador realiza agoma redução de umidade para 14-15%. A granulação permite um aumento de densidade, reduz o volume para transporte e estocagem. Lecitina é adicionada para enriquecer a ração com energia, lipídeos e teor de fósforo. Refino Refino Substâncias que carregam cor: carotenóides, clorofila e gossipol. Que afetam a estabilidade: tocoferóisol, substâncias fenólicas como gossipol e sesamol. Que afetam aroma e sabor: aldeídos, cetonas, lactonas e derivados de AG. Inertes: esteróis, álcoois graxos e hidrocarbonetos Arrastados mecanicamente: gomas e mucilagens, resinas e ceras. 3 etapas obrigatórias: neutralização, clarificação e desodorização. Degomagem – retirada da goma Remoção de fosfolipídeos ou fosfatídeos. Precipitam (higroscópicos) e se depositam no fundo dos tanques. Carregam muito óleo e aumenta as perdas. Formação de goma aumenta as perdas durante a neutralização, pois emulsificam o óleo que é perdido para a borra ou soapstock. Degomagem Dosagem fósforo. Fração hidratável: retirada por adição de água e centrifugação. Fração não hidratável: Sais de Ca e Mg dos ácidos formados depois da ação de enzimas fosfolipases ativadas após dano celular do grão submetido a secagem em altas temperaturas. Sua retirada se dá pela adição de ácido fosforíco ou cítrico para torna-lo hidratável, seguido de centrifugação. Óleo deve ser secado após o processo. Neutralização Retirada de ácidos graxos livres. AG livres + soda caústica = ác. orgânicos ou sabões. Coagulação por degradação ou por hidratação. Soda deve ser adicionado após cálculo do que realmente precisa, senão vai saponificar o óleo neutro. Processo: óleo vai pra desaerador para retirar bolhas de ar, depois segue para trocador de calor e para um misturador. Após a formação do sabão ocorre novo aquecimento em trocador e centrigugação. Adiciona-se água quentepara a retirada da soda. Neutralização Short mix: 80/90°C, curto tempo de reação entre soda e óleo, de 1 a 15 segundos. Indicado para óleos mais ácidos. Long mix: 40°C de 3 a 10 min. Óleos de boa qualidade e baixa acidez. Soapstock: sabão, óleo neutro, fosfatídeos, resinas, mucilagens, proteínas e pigmentos. Clarificação Melhora sabor, odor e estabilidade oxidativa. Usa a adsorção para remover compostos de enxofre, sabões residuais, metais, parte de pigmentos mais estáveis. Adsorvente: silicatos hidratados de alumínio, de magnésio, terras clarificantes, carvão ativo. Desodorização Retirar compostos voláteis que atribuem sabor e odor desagradáveis (aldeídos, cetonas). Método: destilação com corrente de vapor a vácuo. Realizada a alata temperatura para volatilizar mais os compostos indesejáveis. Refino físico AG livres são removidos por evaporação. Tratamento com ácido e clarificação por terras depois desodorização. Processo ideal para óleos de alta acidez 8%, como óleo de dênde. Vantagens: Aumento do rendimento do óleo refinado AG podem ser recuperados e comercializados. Não há produção de soapstock. Processo: Aquecer o óleo a 270°C e empregar vapor de arraste para retirar compostos indesejáveis. Óleo é resfriado a 60°C antes de deixar o desodorizador. Obs: tem menor valor que o refino clássico, por presença de alto teor de AG.
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