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Enfª Bruno Eduardo Menck da Silva DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL EM ENFERMAGEM Sistema de Saúde Brasileiro Interferem na produção de cuidados à saúde da população Adequação qualitativa e quantitativa de profissionais de enfermagem SOCIAIS ECONÔMICOS POLÍTICOS PROBLEMAS ESTRUTURAIS DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL EM ENFERMAGEM Conceitos: Etapa inicial do processo de provimento de pessoal, que tem por finalidade a previsão da quantidade de funcionários por categoria, requerida para suprir as necessidades de assistência de enfermagem, direta ou indiretamente prestada à clientela. Kurcgant et.al,1998 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL EM ENFERMAGEM Processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação do quantitativo e qualitativo de enfermagem, necessário para prover a assistência, de acordo com a singularidade dos serviços de saúde, que garantam a segurança dos usuários/clientes e dos profissionais. (Fugulin, Gaidzinski, Castilho, 2010) PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM Maior tempo de dedicação ao cliente, obtenção de conhecimentos e habilidades para qualidade da assistência. Dimensionamento De pessoal Padronização e Otimização das Condutas, dos Procedimentos e Das rotinas. VARIÁVEIS INTERVENIENTES NO PROCESSO DE DIMENSIONAMENTO Recursos materiais e tecnológicos; Complexidade das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem; Habilidades e competências técnicas dos profissionais; Método de trabalho utilizado no trabalho; Planta física; Número de leitos; Jornada diária de trabalho; Política, missão, visão, valores da instituição. Atividade privativa ¹ do Enfermeiro Gerencial: -prover e manter pessoal de enfermagem qualificado e em número suficiente; -garantir a continuidade da assistência; -promover assistência livre de danos; ¹ -Artigo 8º do Decreto nº 94.406/87(BRASIL, 1987) SUCESSO NO DIMENSIONAMENTO Profissional Trabalho Perfil da clientela Cliente IMPORTÂNCIA DO DIMENSIONAMENTO A inadequação numérica e qualitativa dos recursos humanos, lesa o usuário no seu direito de assistência à saúde livre de riscos; Pode comprometer legalmente a Instituição pelas falhas ocorridas na assistência. OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE DIMENSIONAMENTO PLANEJAMENTO ALOCAÇÃO AVALIAÇÃO CONTROLE CONHECIMENTO HABILIDADES COMPETENCIA DESEMPENHO EFICIENTE: NEGOCIAÇÃO DO QUADRO DIRECIONAMENTO DAS POLÍTICAS DE RH Proposta metodológica para o dimensionamento de pessoal de enfermagem Identificação do perfil dos pacientes quanto à complexidade assistencial (nj); Determinação do tempo de assistência (hj), de acordo com a categoria profissional (Pkj); Identificação do percentual de ausências previstas e não previstas da equipe de enfermagem (ISTk); Identificação da jornada efetiva de trabalho (tk.pk); Aplicação da equação para dimensionar o pessoal de enfermagem. Gaidzinski, 1998 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES SCP SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES EM GRUPOS DE CUIDADO, E A QUANTIFICAÇÃO DESSES CUIDADOS COMO MEDIDA DE ESFORÇOS DE ENFERMAGEM REQUERIDOS (GIOVANNETTI, 1979). FORMA DE DETERMINAR O GRAU DE DEPENDÊNCIA DE UM PACIENTE EM RELAÇÃO A EQUIPE DE ENFERMAGEM (GAIDZINSKI, 1994). SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES PERROCA, 1996 e 2000: Classificação de pacientes, baseado nas necessidades básicas preconizadas por HORTA (1979). Estado mental e nível de consciência; Oxigenação; Sinais vitais; Nutrição e hidratação; Motilidade; Locomoção; Cuidado corporal Eliminações; Tapêutica; Educação a saúde; Comportamento; Comunicação; Integridade cutâneo-mucosas RESOLUÇÃO COFEN – Nº 189/96 Etabelece critérios para o dimensionamento de pessoal de enfermagem, recomendou o SCP de FUGULLIN et al. (1994), porém não considerou a categoria de cuidados de alta dependência – pacientes crônicos. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES FUGULIN et.al, 1994 Classificação de pacientes baseado no grau de complexidade CUIDADOS MÍNIMOS: Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas fisicamente auto- insuficientes quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas. ALTA DEPENDÊNCIA: Pacientes crônicos que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades; SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS: Pacientes sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas. CUIDADOS SEMI-INTENSIVOS: Pacientes recuperáveis, sem risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. CUIDADOS INTENSIVOS: Pacientes recuperáveis, com risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES Objetivos: O SCP possibilita a enfermeira, em suas atividades de gerenciamento, Avaliar e adequar o volume de pessoal de enfermagem disponível. A utilização do SCP pode auxiliar a enfermeira a justificar a necessidade de pessoal adicional, quando ocorre aumento de trabalho na unidade. O resultado da classificação diária dos pacientes possibilita a identificação da média diária de pacientes internados de acordo com o grau de dependência da equipe de enfermagem Para obtenção de uma amostra que reflita o perfil dos pacientes atendidos PERÍODO MÍNIMO DE 30 DIAS MÊS TÍPICO UMA VEZ AO DIA EQUAÇÃO PARA DIMENSIONAR O PESSOAL DE ENFERMAGEM – “Q” (Gaidzinsk, 1991) EQUAÇÃO PARA DIMENSIONAR O PESSOAL DE ENFERMAGEM – “Q” (Gaidzinsk, 1991) Tempo médio de assistência de enfermagem, por cliente, distribuído segundo a categoria profissional do agente prestador do cuidado = (hjk) Percentual de cada categoria (Pk) = distribuição do tempo de assistência entre as categorias de enfermagem. Carga de trabalho na unidade (nj . hj) = produto da quantidade média diária de pacientes/clientes assistidos, segundo o grau de dependência da equipe de enfermagem ou do tipo de atendimento, pelo tempo médio de assistência de enfermagem utilizada, por cliente, de acordo com o grau de dependência e atendimento realizado. C=nj . Hj C = carga de trabalho; nj = quantidade média diária de pacientes/clientes assistidos, segundo o grau de dependência ou o tipo de atendimento; Hj = tempo médio diário de cuidado, segundo o grau de dependência ou tipo de atendimento; J = qualquer grau de dependência ou tipo de atendimento. HORAS DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SCP 3,8 – HE, por cliente, na assistência mínima; 5,6 – HE, por cliente, na assistência intermediária; 9,4 – HE, por cliente, na assistência semi-intensiva; 17,9 –HE, por cliente, na assistência intensiva. POR LEITO, NAS 24 HORAS Resolução COFEN 293/04 Artigo 4° § 7° - Para berçário e unidade de internação em pediatria, caso não tenha acompanhante, a criança menor de seis anos e o recém- nascido (RN) devem ser classificados como necessidades de cuidado intermediário § 9° Ao cliente crônico com idade superior a 60 anos, classificado pelo SCP com demanda de assistência intermediária ou semi intensiva deverá ser acrescido de 0,5 às horas de Enfermagem especificadas no art. 4°. Intermediários – 5,6 horas + 0,5 = 6,1 horas Semi-Intensivos – 9,4 horas + 0,5 = 9,9 horas Segundo SCP (Resolução COFEN 293/04): Assistência mínima e intermediária: 33 a 37% de enfermeiros e os demais de técnicos e auxiliares de enfermagem; Assistência semi-intensiva: 42 a 46% de enfermeiros e os demais de técnicos e auxiliares Assistência intensiva: 52 a 56% de enfermeiros e os demais de técnicos de enfermagem. Distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem A distribuição percentual dos profissionais deverá seguir o grupo de pacientes de maior prevalência, ou seja possuir a maior medida de carga de trabalho ÍNDICE DE SEGURANÇA TÉCNICA Acréscimo no quantitativo de pessoal de enfermagem por categoria profissional, para a cobertura de ausências ao serviço. Ausências previstas Folgas Feriados Férias Ausências não previstas Faltas Licenças Suspensões (Gaidzinski,1991) Ausências previstas por folga semanal (E%) = e .100 d – e E% = percentual de folgas; E = número de dias de folga, por semana, dos trabalhadores de enfermagem; D = número de dias trabalhados na unidade Ausências previstas por feriados (F%) F% = f . 100 D – f F% = percentual de dias feriados; f = dias feriados anos; D = dias do ano, 365 dias. Ausências previstas por férias (Vk%). O valor máximo para férias, de acordo com a legislação, é de 30 dias/ano por trabalhador de qualquer categoria profissional. Vk% = vk . 100 D- vk VK = percentual de férias, segundo a categoria profissional; Vk = média de dias de férias da categoria profissional; D = dias do ano, 365 dias Ausências não previstas (Ak %) = soma de faltas abonadas e não abonadas, licença médica, licença maternidade, licença prêmio, licença por acidente de trabalho, licença por INSS; outras (casamento, nojo, paternidade, etc) e suspensões A% - percentual de ausências não previstas, segundo a categoria profissional ; Ʃ ak,i = somatório dos dias médios de ausências não previstas, segundo os tipos de ausências por categoria profissional; D = dias do ano, 365 dias Tempo efetivo de trabalho (t . p) = tempo diário de trabalho da equipe de enfermagem, determinado pela instituição. tefetivo = t . p t = jornada de trabalho da categoria profissional p = proporção do tempo produtivo da categoria profissional FÓRMULA DE FUGULIN QP = Nº LEITOS (%) X HS ENF X DS + IST JST Onde: QP = quadro de pessoal; DS = dias da semana; JST = Jornada semanal de trabalho. IST = Índice de Segurança Técnica Obs.: nº de leitos é pela taxa de ocupação. Resolução Cofen 293/2004, considera: Índice de segurança técnica – IST – 15% nunca inferior Jornada semanal de trabalho – JST Considerar 20, 24, 30, 32,5, 36 e 40horas Período de tempo de :4, 5, 6, 8 e 12 horas - PT Assistência mínima e intermediária, de 33 a 37% de enfermeiros e os demais são técnicos de enfermagem; Assistência semi-intensiva, de 42 a 46% de enfermeiros e os demais são técnicos e/ou auxiliares de enfermagem; Assistência intensiva, de 52 a 56% de enfermeiros, demais são técnicos de enfermagem. A distribuição de profissionais por categoria deverá seguir o grupo de pacientes de maior prevalência. Distribuição percentual dos profissionais de enfermagem: Resolução Cofen 293/2004, considera: QP = KM X THE THE = {(PCM X 3,8) + (PCI X 5,6) + (PCSI X 9,4) + (PCIt X 17,9)} • Cálculo da quantidade de Profissionais (QP) de enfermagem para unidade de internação • Onde THE (total de horas de enfermagem) calcula-se como segue abaixo: Constante Marinho – Km KM = DS X IST JST Onde: DS = dias da semana = 7 JST = jornada semanal de trabalho (20, 30, 36, 40 horas) IST= Índice de segurança técnica = 15% Km é uma constante: KM (20) 0,4025 KM (24) 0,3354 KM (30) 0,2683 KM (32,5) 0,2476 KM (36) 0,2236 KM (40) 0,2012 KM (44) 0,1829
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