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Universidade Estácio de Sá Curso de Nutrição Disciplina :Bromatologia Campus : Estácio R9 Professora: Luana Limoeiro Ferrão ESCRITA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO TEMA: AS CARACTERÍSTICAS FISICO-QUIMICAS DO ABACAXI E A ATIVIDADE DA BROMELINA NOS FRUTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS Alunos: Juliana Siqueira Leitão - 201602326738 Marco Antonio Ablen Quintarelli - 201601576978 RESUMO : O nosso trabalho visa levantar a forma de comercialização e de consumo do fruto do abacaxi pela população brasileira . Nas formas “ in natura “ e minimamente processado. Conhecer as suas características físico-químicas e organolépticas além da utilização da bromelina , enzima produzida pelo fruto de grande utilização na indústria brasileira de alimentos e medicamentos. 1.INTRODUÇÃO Entre as principais espécies de frutos que conhecemos e de grande utilização comercial e industrial temos o popular abacaxi. Das diversas espécies existentes as mais comuns e comerciais são : abacaxi amarelo (Ananas comosus L.Merril ), abacaxi pérola e o abacaxi havaiano (Smooth Cayenne). Todos estas espécies bastante consumidas, tanto in natura como industrializados, pois apresentam ótima qualidade organoléptica. são boa fonte de vitaminas, açúcares e fibra, além de auxiliar no processo digestivo. A fruta contém nutrientes como a Vitamina A, boa para a visão, e a B, que favorece o sistema nervoso. Levando em consideração a funcionalidade da bromelina, esta enzima auxilia na digestão das proteínas. (Gonçalves e Carvalho, 2000). O abacaxi é um fruto composto, constituído por 100 a 200 “frutilhos” do tipo “baga”( popularmente conhecido como “olhos” ou “escamas” fundidos entre si, No eixo ou cilindro central com formato normalmente cilíndrico ou ligeiramente cônico). A polpa apresenta a cor branca, amarela ou laranja – avermelhada , dependendo da espécie. O peso, também dependendo da variedade pode variar de 1 a 2,5 kg por fruto Considerar as transformações que ocorrem nos frutos após sua colheita são importantes tanto nos aspectos bioquímicos como fisiológicos para garantir a qualidade final do alimento, seja ele para ser consumido “in natura“, minimamente processado ou industrializado. Por esses motivos, o conhecimento da fisiologia pós-colheita é indispensável no armazenamento do produto quando se deseja manter suas qualidades físico-químicas, organolépticas e nutricionais. Conhecer um pouco as características fisiológicas dos frutos e o comportamento do amadurecimento destes desde a colheita até a venda ao consumidor final, passando por alguns processos de preparação e fracionamento para a venda de um produto final mais conveniente para o consumidor é a intenção deste artigo. Levando em consideração a ação da enzima bromelina que é de grande importância para a nossa economia. 2. Revisão Bibliográfica 2.1 – Características Fisico-químicas do abacaxi As análises estatísticas referentes às análises de proteínas, atividade proteolítica e atividade específica da bromelina das polpas e cascas foram realizadas, visando a determinar quais dos parâmetros avaliados são significativamente diferentes nas referidas amostras. os testes utilizados foram a análise de variância (AnoVA) e o teste de Duncan, com 95% de confiança. Todas as análises foram realizadas com a rodela da região mediana equatorial do fruto com ±2 cm de largura. As rodelas, depois de cortadas, foram colocadas imediatamente no freezer e posteriormente trituradas, sem o miolo central, em liquidificador doméstico. Evidenciou-se que as polpas dos abacaxis Pérola e Smooth Cayenne apresentaram níveis de açúcares redutores e não redutores constituídos pela glicose e frutose significativamente maiores que a do abacaxi amarelo. Com exceção do abacaxi amarelo, todas as cascas forneceram valores de atividade proteolítica e teores de proteínas significativamente mais elevados que suas respectivas polpas. Este fato sugere a utilização dos resíduos de abacaxi provenientes das indústrias de conservas e sucos de abacaxi, principalmente das cascas, como matéria prima para a obtenção da bromelina. A análise físico-química das 3 espécies de frutos valores de pH das polpas das cultivares evidenciou a diferença Ananas Comosus como tendo o pH mais elevado, enquanto os da espécie Smooth Cayenne foi identificada como a de pH mais baixo As polpas dos frutos Ananas Comosus e Pérola apresentaram valores de acidez inferiores aos encontrados para as polpas das demais espécies.Destacando-se a polpa do Smooth Cayenne com maior índice de acidez. Outros componentes importantes da polpa do abacaxi das amostras são os alto teores encontrados de magnésio, que ajuda o relaxamento das fibras musculares e o ferro, que pode ajudar a prevenir anemia. Salientando também a vitamina C. Uma fatia de abacaxi ajuda a suprir 20% das necessidades diárias dessa vitamina que o corpo precisa. A fruta possui 80% de água em sua composição, o que facilita a hidratação do corpo. Além disso, o abacaxi tem função anti-inflamatória e, por causa do ácido ferúlico, é antioxidante e ajuda na diminuição da ação dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento das células. Os fitoesteróis presentes, são substâncias que diminuem o nível do colesterol alto no sangue. 2.2 – Frutos minimamente processados O processamento mínimo de frutos provoca alterações na sua fisiologia e pode comprometer a vida do produto exposto em prateleira, caso tais alterações não sejam controladas através de cuidados adequados no seu processamento. Consideramos estes produtos minimamente processados quando estes são vendidos descascados, fatiados ou inteiros embalados em atmosfera modificada e conservados em refrigeração em até 10º c. Acredita-se que estas alterações estejam intimamente associadas a mudanças estruturais da parede celular e suas enzimas. A parede celular é uma intrincada associação entre carboidratos, proteínas e compostos fenólicos, responsáveis pela salvaguarda da estrutura celular. O processamento mínimo inadequado pode desorganizar esta estabilidade celular através da produção de etileno, ativação enzimática e contato entre enzimas e substrato. Diversas análises de conservação sob atmosfera modificada foram feitas com as 3 espécies de abacaxi e algumas características foram identificadas. O uso de atmosferas modificadas ativas permitiu que o abacaxi minimamente processado sofresse menor degradação da parede celular com menor solubilização das hemiceluloses. Abacaxis minimamente processados e armazenados sob atmosfera modificada obtiveram uma vida de prateleira média de 6 dias, a 5º C. 2.3 – Bromelina A bromelina é um conjunto de isoenzimas proteolíticas encontradas nos vegetais da família Bromeliaceae, da qual o abacaxi é o mais conhecido. Esta enzima é utilizada em diferentes setores, todos baseados em sua atividade proteolítica, dentre as quais se destacam a propriedade de facilitar a digestão de proteínas, sendo por isso adicionada em medicamentos digestivos, e a capacidade de amaciamento de carnes.. Nas três espécies pesquisadores avaliaram alguns parâmetros químicos e a atividade da bromelina nas polpas e nas cascas destes frutos. O abacaxi da espécie Smooth Cayenne foi o que apresentou maior índice desta enzima apresentou o menor pH e a maior acidez . 3 – Conclusões Mediante a este trabalho, concluímos que os frutos do abacaxi, independente das espécies mencionadas neste artigo são de grande importância econômica e nutricional para a população brasileira. Tanto da forma de venda dos frutos “in natura” e minimamente processados ( descascados e fatiados ) emembalagem à vácuo conservados sob refrigeração e de seu sub-produto a bromelina , enzima de uso farmacêutico e industrial. Das diversas espécies pesquisadas a preferência de consumo “in natura” e minimamente processados dá-se nas espécies Pérola e Smooth Cayenne devido a melhor aceitação junto ao consumidor pelo sabor ( mais doce) enquanto que o abacaxi amarelo (Ananas Comosus L. Meryl) O Brasil é um dos países onde existem os maiores cultivares desta fruta, só perde para a Tailândia onde o consumo é quase que totalmente absorvido pelo mercado interno. 3 – Referências Bibliográficas 1.AMARAL, C.MOITINHO. Frutas do Brasil 5, Abacaxi pós colheita,São Paulo , p.37-38, 1.999 AWAD, M. Fisiologia pós-colheita de frutos. São Paulo: Nobel, 1993. 2.ALBERSHEIM, P.; NEVINS, D.; ENGLISH,P.; KARR, A . A method for the analysis off sugars in planr cell wall polyssacaharides by gas-liquid chromatography. Carbohydrate Research, Amsterdan, n.5, p.340-345, 1967. 3.BITTER, T; MUIR, H.M. A modified uronic acid carbazole reaction. Analytical Biochemistry, New York, v.34, p.330-334, 1962. 4.BRINSON, K.; DEY, P.M.; JOHN, M.A . et al. Post-harvest changes in Mangifera indica mesocarp cell wall and cytoplasmic polissaccharides. Phytochemistry, Oxford, v.27, n.3, p. 719-723, 1988. 5.BLUMENKRANTZ, N.; ASBOE-HANSEN, G. New method for quantitative determination of uronic acids. 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