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DISFAGIA OROFARÍNGEA: CONCEITO, DIAGNÓSTICO E CONDUTA FONOAUDIOLÓGICA Camila Fussi DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; DEGLUTIÇÃO - CONCEITO O QUE É A DEGLUTIÇÃO? • Ação responsável por levar o alimento pelo trato digestivo, desde a boca até o estômago; • É um processo sinérgico composto por fases intrinsecamente relacionadas, sequênciais e harmônicas, divididas em: fase preparatória; fase oral; fase faríngea e fase esôfago-gástrica; Furkim AM, Silva RG, 1999 DEGLUTIÇÃO - CONCEITO DO QUE DEPENDE A SUA EFICIÊNCIA? • Depende de complexa ação neuromuscular, que envolve sensibilidade, paladar, propriocepção, mobilidade, tônus, força, velocidade, amplitude, precisão e coordenação de movimentos, além da intenção de se alimentar; • É necessário a integridade de vários sistemas neuronais: vias aferentes, integração dos estímulos no SNC, vias eferentes, resposta motora, integridades das estruturas envolvidas e comando voluntário. DEGLUTIÇÃO - CONCEITO PARA QUE A DEGLUTIÇÃO SE EFETIVA? • Função básica: nutrir e hidratar o indivíduo manter do estado nutricional sobrevivência; • Função social/cultural; Silva RG, 1999 Furkim AM, Mecanismo de proteção das vias aéreas DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO FASES DA DEGLUTIÇÃO • Antecipatória; • Oral; • Faríngea; • Esôfago-gástrica; FASE ORAL • Voluntária; • Subconsciente; FASE ORAL • Captação; • Preparo; • Qualificação; • Organização; • Ejeção; FASES FARÍNGEA E ESOFÁGICA • Involuntária; • Subconsciente; DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; DISFAGIA - CONCEITO • Aspiração; • Desnutrição; • Desidratação; • Desprazer; • Isolamento social; Dificuldade na obtenção e ingestão do alimento: DONNER, 86 BUCHHOLZ, 97 PENETRAÇÃO x ASPIRAÇÃO PENETRAÇÃO x ASPIRAÇÃO DISFAGIA - CONCEITO DISFAGIA DISFAGIA DISFAGIA - BRASIL • Início: final da década de 80; • Década de 90: grupos interdisciplinares de atendimento a pacientes com quadros disfágicos; • 2008: Resolução Disfagia CFFa: – Dispõe sobre a competência do fonoaudiólogo para atuar nos aspectos relacionados ao processo de deglutição e acompanhamento das disfagias orofaríngeas; • 2010: Disfagia – especialidade. DISFAGIA QUAL O PAPEL DO FONOAUDIÓLOGO? Diário Oficial da União Seção 1 - N0 239 – 09 de Dezembro de 2008 – PG 163-4; Diário Oficial da União Seção 1 - N0 239 – 09 de Dezembro de 2008 – PG 163-4; ETIOLOGIAS DAS DISFAGIAS • Mecânica; • Neurogênica; • Psicogênica; • Iatrogênica; • Disfagia baixa; Mista? DISFAGIA MECÂNICA • Fatores de risco: – IOT; – TQT; – VMI; – Cirurgias de Cabeça e pescoço; – FAF; – Mal formações congênitas; DISFAGIA NEUROGÊNICA • Fatores de risco: – AVE; – TCE; – Demência; – Parkinson; – EM; – ELA; – Miastenia; – Tumores de SNC; DISFAGIA PSICOGÊNICA • Histeria de angústia; • Avaliação clínica + 3 avaliações objetivas; POTENCIALIZADORES DA DISFAGIA • Estado mental alterado; • Nível reduzido de consciência; • Convulsões; • Presença de TQT + cuff; • Tosse ineficaz; • Ventilação mecânica; • Esofagite; • Medicações; • Dependência motora para VO; BETTS RH, 65 FELDMAN S A, DEAL C W, 66 BONANNO PC , 71 BUCKWALTER, JA; SASAKI, CT, 84 TERRY & FULLER, 89 ROSEMBERG, 92 WATERMAN et al, 92 EKBERG, 92 BLEACH, 93 EIBLING DE, GROSS RD, 96 TOLEP K et al, 96 ZAFEIRIOU et al, 99 NORDMARK et al, 01 BRUCK et al, 01 www.disfagia.com.br camilafussi@uol.com.br PNEUMONIA HOSPITAL GERAL • 5 a 15% de causa aspirativa (Marik, 2000); • 10% é de repetição (Owayed, 2000; Drvaric,1987; Rempel, 1988); FATORES DE RISCO PNEUMONIA ASPIRATIVA • Dependência para alimentação; • Presença de sonda de alimentação; • Higiene oral; • Múltiplos diagnósticos médicos (DPOC; RGE); • Higiene Pulmonar; • Estado mental; • Disfagia; LANGMORE ET AL 1998 DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; Como o fonoaudiólogo pode identificar o paciente de risco? • Paciente de risco x Grupo de risco • Fonoaudiólogo: – Paciente de risco; • Equipe multiprofissional: – Grupo de risco; Como o fonoaudiólogo pode identificar o paciente de risco? • Paciente de risco x Grupo de risco • Fonoaudiólogo: – Paciente de risco; • Equipe multiprofissional: – Grupo de risco; Triagem e avaliação fonoaudiológica Como o fonoaudiólogo pode identificar o paciente de risco? • Profissional especializado; • Experiência clínica; • Raciocínio clínico x Técnico; • Monitoramento clínico; • Exames objetivos; Triagem e avaliação fonoaudiológica Como o fonoaudiólogo pode identificar o paciente de risco? • Triagem fonoaudiológica: – Perfil de pacientes; – Dados de prontuário; – Viabilidade do serviço; • Avaliação fonoaudiológica: – Situação ideal; – Identifica o risco real; – Parte do encaminhamento da equipe multiprofissional e de protocolos já existentes (IOT, AVE, etc); Qual o principal papel da equipe? Reduzir o risco de aspiração Como reduzir o risco de aspiração? • Fono: – Profissional especializado; – Experiência clínica; – Raciocínio clínico x Técnico; – Discussão em equipe; – Exames objetivos; • Equipe: – Educação continuada: • Capacitação; • Treinamento; • Fono + Equipe: – Monitoramento clínico; Como o fonoaudiólogo pode reduzir o risco de aspiração? • Avaliação fonoaudiológica adequada: – Conduta – Objetivos – Estratégias – Prognóstico • Linguagem acessível; • Aderência da equipe/família ao tratamento proposto; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico: – Etiologia:• Diagnóstico médico; • Antecedentes; • Comorbidades; • História pregressa da moléstia atual; • Surgimento e evolução dos sintomas fonoaudiológicos; • Intercorrências clínicas; • Intervenções cirúrgicas; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico: – Histórico Alimentar: • Alimentação habitual; • Utensílios habituais; • Sinais prévios de disfagia; • Manobra ou postura utilizada; • Tempo de refeição x Quantidade ingerida; • Dependência motora para se alimentar; • Dificuldade com consistências, sabores, temperatura, volume, utensílio; • Rapidez em se alimentar; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico: – Histórico alimentar: • Condição nutricional; • Perda de peso. • Presença de via alternativa de alimentação; • Dieta enteral / volume / horários; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico: – Sistema gastrintestinal; – Quadro motor; – Sistema respiratório: • Oxigenioterapia; • VMNI; • VMI; • TQT; • Característica da secreção; • Tosse; – Condições gerais do paciente; – Linguagem e fala; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural: – OFAs; – TQT/VMI; – Saliva; • Avaliação funcional; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • OFAs: – Voz; – Higiene bucal; – Condição dentária; – Reflexos; – Postura; – Tônus, mobilidade, velocidade, amplitude, precisão e força de OFAs; – Movimento isolado e função; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural: – OFAs; – TQT/VMI; – Saliva; • Avaliação funcional; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural: – OFAs; – TQT/VMI; – Saliva; • Avaliação funcional; • Educação continuada; CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASPIRAÇÃO DE SALIVA • Tratamento medicamentoso; • Toxina botulínica intra-glandular; • Tratamento cirúrgico; CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASPIRAÇÃO DE SALIVA • Tratamento medicamentoso: – Anti-colinérgicos: atropina; – Anti-depressivos tricíclicos: amitriptilina; nortriptilina; – Anti-espasmódicos: buscopan®; Transderm Scop® (americano) / Transcop TTT® (italiano); COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional: – Dinâmica de deglutição; – Sinais clínicos de aspiração; – Ausculta cervical; • Educação continuada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional: – Dinâmica de deglutição; – Sinais clínicos de aspiração; – Ausculta cervical; • Educação continuada; AVALIAÇÃO FUNCIONAL • Dinâmica de deglutição: – Fase oral: • Captação; • Preparo; • Qualificação; • Ejeção; • Escape extra-oral x posterior; • Coordenação S/D/R; – Fase faríngea: • Sinais de escape para rinofaringe; • Sinais sugestivos de estase em recessos faríngeos; • Mecanismo hio-laríngeo; • Mecanismo de proteção de vias aéreas; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional: – Dinâmica de deglutição; – Sinais clínicos de aspiração; – Ausculta cervical; • Educação continuada; AVALIAÇÃO FUNCIONAL • Sinais de aspiração: – Tosse, dispnéia, voz molhada; MARIK – Náusea; MERCADO-DEANE, 2001 Camila Fussi/Marina de Lucca AVALIAÇÃO FUNCIONAL • Qualidade vocal/ choro: – Prévia: • Seca; • Molhada; – Durante/ após a oferta de alimento: • Seca; • Molhada; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional: – Dinâmica de deglutição; – Sinais clínicos de aspiração; – Ausculta cervical; • Educação continuada; AVALIAÇÃO FUNCIONAL • Ausculta cervical: – Prévia: • Limpa • ruidosa – Durante a oferta de alimento: • + para penetração/ aspiração; • - para penetração/ aspiração; • Com piora dos ruídos; • Sem piora dos ruídos; COMO DIAGNOSTICAR A DOF? • Histórico; • Avaliação estrutural; • Avaliação funcional; • Educação continuada; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Protocolos de avaliação; • Check-list para identificação do grupo de risco: – Enfermagem; – Nutrição; – EMTN; • Oferecer dieta VO? • Busca ativa; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Protocolos de avaliação; • Check-list para identificação do grupo de risco: – Enfermagem; – Nutrição; – EMTN; • Oferecer dieta VO? • Busca ativa; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Protocolos de avaliação; • Check-list para identificação do grupo de risco: – Enfermagem; – Nutrição; – EMTN; • Oferecer dieta VO? • Busca ativa; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Doença de base e antecedentes: – Neurológica; – Cirurgia de cabeça e pescoço; – IOT; – TQT; • Dieta via oral: – Consistências (houve mudanças? Quem orientou?); – Tempo de refeição > 30 minutos; • Sinais clínicos de aspiração x Tosse voluntária; • Histórico de pneumonia: – Quantas e em quanto tempo; • Perda de peso não programada; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Protocolos de avaliação; • Check-list para identificação do grupo de risco: – Enfermagem; – Nutrição; – EMTN; • Oferecer dieta VO? • Busca ativa; DIAGNÓSTICO MULTIPROFISSIONAL • Protocolos de avaliação; • Check-list para identificação do grupo de risco: – Enfermagem; – Nutrição; – EMTN; • Oferecer dieta VO? • Busca ativa; METAS DA AVALIAÇÃO • Queixa; • Causa da disfagia; • Encaminhamentos; • Objetivos (curto/longo prazo); • Prognóstico; GROHER ME (ed). Dysphagia diagnosis and management. STONEHAM MA: Butterworth 1984 Capacidade de proteger VA; Capacidade de receber VO; ANÁLISE RELACIONAL Como os outros sistemas ou acometimentos, e alguns aspectos da doença de base afetam o distúrbio da deglutição e a intervenção fonoaudiológica? ANÁLISE RELACIONAL Fisiopatologia da disfunção de deglutição; Sinais clínicos de aspiração; Motivo da aspiração; Conduta terapêutica; CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO • Estabilidade clínica; • Nível de consciência; • Nível cognitivo / compreensão; • Tempo pós-extubação; • Tempo pós-traqueostomia; ASPIRAÇÃO • Aspiração; • Quantidade de aspiração; • Material aspirado; • Quadro clínico/ estabilidade; SINAIS FISIOPATOLÓGICOS QUE JUSTIFIQUEM QUANDO? COMO? POR QUÊ? O QUÊ? ASPIRA GERENCIAMENTO FONOAUDIOLÓGICO • Triagem; • Avaliações; • Orientações; • Terapia (abordagem indireta; exercícios; manobras; atenção SCA); • Educação continuada (triagem grupo risco; protocolos para introdução de VO segura); CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO GERENCIAMENTO FONOAUDIOLÓGICO • Fase aguda; • Diminuição do risco de pneumonia aspirativa; • Antecipação da alta; • Redução dos custos hospitalares; • Melhora da qualidade de vida; ODDERSON. Arch Phys Med Rehabil. 1995 Dec;76(12):1130-3 DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula defala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; ATUAÇÃO FONO - UTI PACIENTE CRÍTICO PACIENTE POTENCIALMENTE CRÍTICO ATUAÇÃO T.F. - UTI PACIENTE CRÍTICO PACIENTE POTENCIALMENTE CRÍTICO Camila Fussi/Marina de Lucca ATUAÇÃO FONO - UTI PACIENTE CRÍTICO: • Paciente grave, com comprometimento de um ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto- regulação, necessitando substituição artificial de funções e assistência contínua. ATUAÇÃO FONO - UTI PACIENTE POTENCIALMENTE CRÍTICO: • Paciente grave, que apresenta estabilidade clínica, com potencial risco de agravamento do quadro e que necessita de cuidados contínuos. IOT Camila Fussi/Marina de Lucca - INCIDÊNCIA DE DISFAGIA APÓS IOT - RELAÇÃO ENTRE DISFAGIA E TEMPO DE IOT -CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM DISFAGIA. REVISÃO DE LITERATURA IOT PROLONGADA x DISFAGIA SKORETZ SA, et al. . Chest. 2010; 137(3): 665-73 - FREQUENCIA DA DISFAGIA: 3% A 62% - DURAÇÃO MÉDIA DE IOT: 124,8 A 346,6 HORAS (5,2 A 14,4 DIAS) - AS MAIORES INCIDÊNCIAS DE DISFAGIA (62%, 56% E 51%): IOT PROLONGADA E MÚLTIPLOS DIAGNÓSTICOS - TODOS OS ESTUDOS APRESENTARAM LIMITAÇÕES. Camila Fussi/Marina de Lucca FEES COMO ROTINA APÓS IOT PROLONGADA IDENTIFICAR RISCO DE ASPIRAÇÃO PULMONAR RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES 51 PAC SEM DOF PRÉVIA IOT >48 h FEES = 48 56% (N=27/48) ASPIRAÇÃO 25% SILENTE X IOT ASPIRAÇÃO = 8D X IOT SEM ASPIRAÇÃO = 7.7 D 70% (N=19/27) ASPIRAÇÃO LÍQUIDO 30% (N=8/27) PASTOSO AJEMIAN. Arch Surg. 2001; 136: 434-437 Camila Fussi/Marina de Lucca DISFAGIA PÓS IOT PÓS CIRURGIA CARDÍACA BARKER J et al. Can J. Surg. 2009 Apr; 52(2):119-24. CARACTERIZAR FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA E IOT PROLONGADA (>48h). 254 PAC SEM DOF PRÉVIA IOT >48 h AVAL. CLÍNICA + VDG 51% (N=130/254) DISFAGIA DURAÇÃO DA IOT EVENTO CEREBRO- VASCULAR DURANTE A CIRURGIA PRESENÇA DE SEPSE Camila Fussi/Marina de Lucca FEES COMO ROTINA APÓS IOT PROLONGADA • Aspiração Imagens: Dra Patrícia Santoro FEES COMO ROTINA APÓS IOT PROLONGADA 70 PAC UNIDADE DE TRAUMA IOT > 48H FEES = 24H +- 2H EXTUBAÇÃO 14% ASPIRAÇÃO PAC > 55 ANOS ESTASE VALÉCULA ↑ RISCO DE ASPIRAÇÃO NA EXTUBAÇÃO BARQUIST. Crit. Care Med. 2001; 29(9): 1710-1713 Camila Fussi/Marina de Lucca FEES COMO ROTINA APÓS IOT PROLONGADA • Estase Imagens: Dra Patrícia Santoro FEES COMO ROTINA APÓS IOT PROLONGADA • Estase Imagens: Dra Patrícia Santoro DISFAGIA PÓS IOT NO IDOSO EL SOLH A. Intensive Care Med. 2003; 29:1451-1455 IOT > 48h AVALIAÇÕES EM 48h, D5, D14 GRUPO DE IDOSOS N=42 > 65A 48h 22 ASPIRARAM (52%) 08 SILENTES (36%) D5 17 (40%) D14 06 (14%) GRUPO CONTROLE N=42 < 65A 48h 15 ASPIRARAM (36%) 03 SILENTES (20%) D5 08 (19%) D14 SEM EVIDÊNCIA DE ASPIRAÇÃO IOT E DISFAGIA Kinigk MRG, Chehter E. Rev Soc Bras Fonoaudiol.2007; 12(4) 287-91 • 30 adultos com múltiplos diagnósticos; • IOT 40 horas – 15 dias; • VED: 1ª e 2ª semana após a extubação; IOT E DISFAGIA Kinigk MRG, Chehter E. Rev Soc Bras Fonoaudiol.2007; 12(4) 287-91 IOT E DISFAGIA Kinigk MRG, Chehter E. Rev Soc Bras Fonoaudiol.2007; 12(4) 287-91 IOT x FONO Interface tubo traqueal x laringe Reflexo de tosse Atrofia muscular por desuso Incoorde- nação R/D MAZEROLLES. Rev Laryngol Otol Rhinol (Bord). 2003;124(5):325-30 CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DE PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS TQT x deglutição Camila Fussi/Marina de Lucca TRAQUEOSTOMIAS Impacto • elevação e anteriorização da laringe; • Dessensibilização da laringe; • eficácia da tosse para limpeza de secreções; • Déficit de fechamento de ppvv ( pressão subglótica); • fluxo aéreo expiratório (limpeza laringe); • Compressão traquéia e esôfago – cuff; • Irritação e necrose tecidual; • Afonia; • Alteração do olfato e paladar; • Alteração na umidificação/ aquecimento/ filtragem do ar; CUFF • Blue dye – saliva e alimento; • Ideal x real: – Cuff desinsuflado; – Cuff insuflado; • Nebulização / VMI • Cuff contínuo: malácia, ansiedade, aspiração; – Desinsuflar parcial / totalmente; • Dependente VMI: – Válvula de fala; – VO com cuff; – Controvérsias (pac crônico ou agudo); • Válvula de fala; CUFF Desvantagens • Não há passagem de ar pelas VA superiores; • Perda sensibilidade de oro e hipofaringe; • ↓ elevação laríngea/ ↓ mec proteção VA; • PPVV abertas – pressão subglótica/ tosse; • Maior risco de aspiração; • Compressão esôfago; • Traqueomalácia/ fístula/ estenose; • ↓ olfato e paladar; TRAQUEOSTOMIA Decanulação • Redução progressiva do calibre da cânula; • Oclusão da cânula; • Retirada da cânula; • Curativo oclusivo; • Fechamento natural do estoma; • Plástica (se necessário); TRAQUEOSTOMIA E DISFAGIA • 50% dos pacientes TQT aspiram na VFS, sendo 77% aspiração silenciosa. • Blue Dye Test: – Quando realizar? – Em que condições realizar? – Como realizar? – Quando e como fazer o Blue Dye Test modificado? Considerações sobre o resultado do teste. Elpern . Chest 105:563-566, 1994 Blue Dye Test INVESTIGAÇÃO DA ASPIRAÇÃO EM PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS BLUE DYE TEST Cânula de traqueostomia Cuff insuflado aa ou NebO2 Alternando NebO2 com VMI VMI exclusiva Desinsuflar o cuff Paciente estável? BDT com cuff desinsuflado BDT com cuff insuflado Resultado positivo? Manter cuff desinsuflado Insuflar o cuff Adaptar válvula de fala? Biomecânica de deglutição funcional? BDTM com cuff desinsuflado Manter cuff insuflado Tolera a desinsuflação do cuff? Ver PQ de adaptação de válvula de fala BDTM com cuff insuflado Gerenciamento Fono + Fisio Treino de desinsuflação do cuff Avaliar o paciente na NebO2 sim não sim não Sim/não Terapia fonoaudiológica para disfagia sim não sim não sim não LEGENDA: BDT = Blue Dye Test BDTM = Blue Dye Test Modificado V.F. = Válvula de Fala = se paciente na VMI sem indicação de desinsuflar o cuff ou adaptar V.F. A A CONSIDERAÇÕES • Grupo de risco para o uso de corante azul: – Sepse; queimados; trauma; choque; intervenção cirúrgica; falência renal; Journal of the American Dietetic Association. 104 (11), 2004. • Indicação de VED: quando e como? • Devido ao risco de complicações as recomendações dietéticas não devem ser baseadas apenas nos resultados do BDT; ; CONSIDERAÇÕES • Predomínio da avaliação clínica biomecânica da deglutição x sinais de secreção x idade x resultado do teste: – Objetivo: não é somente identificar a ocorrência de aspiração, e sim compreender a patofisiologia do processo de deglutição; Laryngoscope 114: September 2004 • Discussão em equipe multiprofissional; • Protocolação dos dados; ASPIRAÇÃO: FONO x FISIO Paciente: RG: andar/ leito: AVALIAÇÃO DE DEGLUTIÇÃO DE SALIVA TESTE COM CORANTEAZUL Pingar 4 gotas de corante azul na cavidade oral de 4/4 horas por 48 horas; Marcar o horário e dia em que foi pingado o corante; Marcar (+) se houver saída de corante azul na traqueostomia (durante a aspiração ou tosse) e (-) em caso contrário; O teste (+) indica que houve aspiração de saliva; número da cânula TQ: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: data/ horário: ( )- ( )+ cuff insuflado: ( )S ( )N aa ( ) NebO2 ( ) ____lO2/min VMI: ( )S ( )N obs: obs: _______________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Fono Responsável: VÁLVULAS DE FALA Funcionamento TRAQUEOSTOMIAS E VÁLVULAS DE FALA VÁLVULAS DE FALA Benefícios • Produção de som/ fala; • Restaura a pressão positiva da respiração; • ↑ elevação laríngea + pressão subglótica = mecanismo de proteção de vias aéreas; • Melhora da deglutição - ↓ aspiração; • Gerenciamento de secreções - ↑ sensibilidade orofaríngea; tosse + efetiva (↓ aspirações); • Melhor oxigenação (PEEP); • Decanulação; • Olfato/ paladar = apetite e aporte nutricional; • Qualidade de vida; VÁLVULAS DE FALA Indicações • Pacientes dependentes ou não de ventilador; • Doenças neuromusculares; • Lesões cerebrais; • Quadriplegia; • DPOC; • Traqueomalácia; • Estenose laríngea (leve); • Tumor não obstrutivo de laringe; • Pacientes que não tolerem a oclusão da tq; VÁLVULAS DE FALA Contra-indicações • Obstrução grave de vias aéreas; • Estenose; • Impossibilidade de desinsuflar o cuff; • Instabilidade clínica; • Secreções abundantes; • Risco agudo de aspiração; • Paciente inconsciente / coma; VÁLVULAS DE FALA Adaptação • Aspirar; • Desinsuflar o cuff (blue dye test); • Adaptar → ajustes VM s/n; • Observar: - sinais vitais; - coloração paciente; - postura; - ruídos respiratórios; - reações do paciente; • treinar toda a equipe; VÁLVULA DE FALA VÁLVULA DE FALA VÁLVULA DE FALA Paciente: RG: andar/ leito: PROTOCOLO MULTIPROFISSIONAL PARA ADAPTAÇÃO DE VÁLVULA DE FALA Aspirar a traquéia do(a) paciente (supra e infra-cuff) antes da adaptação da válvula de fala; Conectar a válvula de fala sempre com o cuff desinsuflado; Observar os sinais vitais (FC, FR e SpO2) antes e durante a adaptação da válvula de fala; Em caso de desconforto, cianose, uso de musculatura acessória, ruídos respiratórios, taquicardia, taquipnéia, retirar a válvula de fala (e se necessário re-insuflar o cuff); Higienizar a válvula de fala com água corrente (preferencialmente morna) e deixar secar naturalmente (não introduzir nenhum objeto – como cotonete – para fazer a limpeza); data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: data: horário início: Fr inicial: FC inicial: SpO2 inicial: aa ( ) NebO2 ( ) _____lO2/min horário término: Fr final: FC final: SpO2 final: VMI ( ) obs: responsáveis: DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; QUANDO LIBERAR DIETA VIA ORAL? • IOT: 48 horas após a extubação; • TQT: 24-48 horas após o procedimento cirúrgico; • População de risco para disfagia: após avaliação fonoaudiológica especializada da deglutição; DIETA VO - VMI VFS PAC EM USO / DEPENDENTES VM 58 PAC (X=69.7 ANOS) VO COM VÁLVULA DE FALA VO COM CUFF INSUFLADO ANTES VFS 84.5% VO ZERO APÓS VFS 24.1% VO ZERO 34.5% PASTOSO 32.8% SÓLIDO MACIO 44.6% LÍQUIDO RALO 25% LÍQUIDO NECTAR 7.1% LÍQUIDO MEL 23.3% SEM LÍQUIDO DAVIS. Dysphagia. 2004 Winter;19(1):7-14 Camila Fussi/Marina de Lucca EMTN • Nutrólogo • Nutricionista; • Enfermeiro; • Farmacêutico; • Médico; • Fonoaudiólogo; Portaria 272,abril 1998- anexo I GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; QUE DIETA LIBERAR? • Prescrição médica + prescrição fonoaudiológica: – Consistência; – Volume; – Utensílio; – manobra; – Postura; • Dieta VO de mínimo risco; Como minimizar o risco na ausência do fonoaudiólogo? • Ideal: – Esperar a avaliação do profissional especializado até a decisão de introduzir dieta via oral • Real: – Dieta de mínimo risco; E quando o paciente saca a SNE? • Ideal:– Fluxograma que contemple essa possibilidade; • Real: – Dieta de mínimo risco; DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; COMO MONITORIZAR A DOF? Equipe multiprofissional • Desempenho em todas as refeições: – Diário de desempenho alimentar; DESEMPENHO: ( ) normal ( ) tosse ( ) engasgo ( ) pigarro ( ) dispnéia ( ) voz molhada DESEMPENHO: ( ) normal ( ) tosse ( ) engasgo ( ) pigarro ( ) dispnéia ( ) voz molhada DESEMPENHO: ( ) normal ( ) tosse ( ) engasgo ( ) pigarro ( ) dispnéia ( ) voz molhada DESEMPENHO: ( ) normal ( ) tosse ( ) engasgo ( ) pigarro ( ) dispnéia ( ) voz molhada DATA: HORÁRIO: DIÁRIO DE DESEMPENHO ALIMENTAR ALIMENTOS OFERECIDOS E QUANTIDADE: DIÁRIO DE DESEMPENHO ALIMENTAR DATA: HORÁRIO: ALIMENTOS OFERECIDOS E QUANTIDADE: TEMPO TOTAL DA REFEIÇÃO: obs: Se houver tosse | egasgo | pigarro marcar quantas vezes e com qual alimento TEMPO TOTAL DA REFEIÇÃO: obs: Se houver tosse | egasgo | pigarro marcar quantas vezes e com qual alimento TEMPO TOTAL DA REFEIÇÃO: obs: Se houver tosse | egasgo | pigarro marcar quantas vezes e com qual alimento DIÁRIO DE DESEMPENHO ALIMENTAR DATA: HORÁRIO: ALIMENTOS OFERECIDOS E QUANTIDADE: DIÁRIO DE DESEMPENHO ALIMENTAR DATA: HORÁRIO: ALIMENTOS OFERECIDOS E QUANTIDADE: TEMPO TOTAL DA REFEIÇÃO: obs: Se houver tosse | egasgo | pigarro marcar quantas vezes e com qual alimento COMO MONITORIZAR A DOF? Equipe multiprofissional • Quadro clínico: – Secreção; – Febre; – Nível de consciência; – Alteração radiológica; • Sinais Clínicos de aspiração x Aspiração silenciosa; • Considerações TQT; COMO MONITORIZAR A EVOLUÇÃO DA DOF? Fono Escala FOIS - Functional Oral Intake Scale Nível 1: via oral zero; Nível 2: dependente de via alternativa de alimentação com mínima oferta de alimentação VO; Nível 3: dependente de via alternativa de alimentação com dieta VO parcial (alimento ou líquido); Nível 4: dieta via oral total de apenas uma consistência; Nível 5: dieta via oral total de múltiplas consistências, mas necessita de preparo especial ou compensações; Nível 6: dieta via oral total de consistências múltiplas sem preparo especial, mas com limitações específicas de alimento; Nível 7: dieta via oral total sem restrições. Crary MA, Mann GDC, Groher ME. Arch Phys Med Rehabil. Vol 86, 2005. GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; A importância das consistências alimentares • Avaliação da deglutição; • Seguimento clínico; Com que consistência começar a avaliação da deglutição? • Pacientes que estejam com VO ZERO: – A escolha é feita pelo fonoaudiólogo; – Considerar as restrições clínicas; • Pacientes que estejam se alimentando VO – com ou sem risco de aspiração: – Avaliar com a dieta já recebida pelo paciente; – Fazer as modificações necessárias; O que antecede a escolha da consistência? • Anamnese – Histórico • Nível de consciência • Perfil de pacientes (ex: IOT) • Capacidade e eficácia de tosse • Histórico respiratório • Avaliação estrutural de OFAs e função laríngea • Avaliação da deglutição de saliva Como iniciar a avaliação funcional? E como dar o seguimento? • A escolha da consistência; • A escolha do volume; • A escolha do utensílio; • A escolha de manobras e posturas; Relacionar os achados para a escolha da 1ª oferta e seguir avaliando as manifestações clínicas (BMD + SCA + AC) e as possíveis correlações para a determinação de como seguir em frente. Considerações sobre as consistências alimentares • Dificuldade em padronizar; • A importância da padronização na instituição; • Processo de padronização das dietas para disfagia; Considerações sobre as consistências alimentares • Dificuldade em padronizar; • A importância da padronização na instituição • Processo de padronização das dietas para disfagia Considerações sobre as consistências alimentares • Dificuldade em padronizar: – Exemplos: líquido-pastoso; líquido néctar; líquido xarope; líquido espessado; pastoso-liquidificado; semi-líquido, etc Considerações sobre as consistências alimentares • Dificuldade em padronizar; • A importância da padronização na instituição; • Processo de padronização das dietas para disfagia; Considerações sobre as consistências alimentares • A importância da padronização na instituição: – Comunicação entre as equipes; – Única forma de diminuir o risco por envio inadequado de dietas ao paciente; – Prescritor deve conhecer cada dieta disponível na instituição; – Corrente de responsabilidades; Considerações sobre as consistências alimentares • Dificuldade em padronizar; • A importância da padronização na instituição; • Processo de padronização das dietas para disfagia; Considerações sobre as consistências alimentares • Processo de padronização das dietas para disfagia: – A: Conhecer todas as dietas disponíveis na instituição: – B: Degustação; – C: Padronização dos nomes; – D: Treinamento da equipe multiprofissional; Considerações sobre as consistências alimentares • Processo de padronização das dietas para disfagia: – A: Conhecer todas as dietas disponíveis na instituição: • O que compõe cada uma? • Quais as consistências alimentares de cada dieta? • Como organizar as dietas para que sirvam ao padrão DIETA PARA DISFAGIA? • Conhecer a evolução provável de uma dieta para disfagia; – B: Degustação; Considerações sobre as consistências alimentares • Processo de padronização das dietas para disfagia: – C: Padronização dos nomes: • Ressaltar o risco; • Conhecidos e utilizados por todos – D: Treinamento da equipe multiprofissional: • Deglutição normal x disfagia • A importância da padronização das dietas para minimizar os riscos de complicações clínicas; Evolução provável das dietas para pacientes disfágicos • Dieta para Disfagia – Fase 1 dieta cremosa ou dieta pastosa-liquidificada • Dieta para Disfagia – Fase 2 • Dieta para Disfagia – Fase 3 dieta pastosa (lanches) • Dieta Pastosa Padrão • Dieta Branda • Dieta Geral COM OU SEM LÍQUIDOS Padronização de dietas para disfagia • Dieta para Disfagia – Fase 1: – Pastosos homogêneos – Consistência de creme • Dieta para Disfagia – Fase 2: – Pastosos heterogêneos – Consistências de purê, pudim ou flan Padronização de dietas para disfagia • Dieta para Disfagia – Fase 3: – Sólidos macios – Sem grãos ou carnes • Dieta Pastosa: – Alimentos no grau máximo de subdivisão (triturados, moídos ou desfiados) Padronização de dietas para disfagia • Líquidos: – Sem líquidos – Com líquidos ralos – Com líquidos espessados (xarope / néctar) – Com líquidos espessados (mel) RECURSOS TERAPÊUTICOS A apresentação de propriedades específicas do alimento, promove o amadurecimento de padrõesmotores. Tamanho, forma, viscosidade, textura, temperatura, sabor, volume, utensílio. DISFAGIA: GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; Como definir a conduta com relação à dieta via oral? • Objetivos da avaliação fonoaudiológica da deglutição: – Capacidade de proteção de vias aéreas – Capacidade em receber dieta via oral – Queixas – Necessidade de encaminhamentos – Objetivos x Estratégias – Prognóstico Como definir a conduta com relação à dieta via oral? Avaliando os riscos BMD SCA AC Risco + - - - + + - + encaminhar p/ diag. + - + +- investigar sensibilidade e pulmão - - - ++ aspiração silente - + - + - - + ++ aspiração silente +- - - ? Exame +- + - + +- - + ? Exame Como definir a conduta com relação à dieta via oral? Avaliando a clínica do paciente • Risco; • Nível de consciência estabilizado; • Aderência ao tratamento / orientações; • Necessidade de cuidador treinado; • Segurança no envio da dieta correta: – Consistência – Volume – Utensílio 1. Quantidade de aspiração 2. Condição clínica 3. História de pneumonia 4. Alerta 5. Habilidade de tosse 6. Freqüência de aspiração 7. Padrão respiratório 8. Desejo do paciente 9. Manejo das secreções 10. Aspiração silente 11. Prognóstico de recuperação 12. Habilidade em realizar posturas e manobras 13. Diagnóstico CONDUTA E PRESCRIÇÃO FONOAUDIOLÓGICA • Conduta: critérios para reintrodução de dieta VO; • Prescrição Fonoaudiológica; • Indicação e desmame de via alternativa de alimentação: o papel do fonoaudiólogo; NUTRIÇÃO ENTERAL • EMTN – Para pacientes sem SNE: fono sugere avaliação da equipe de Nutrologia • Considerar suporte nutricional preventivo; • NE: suplemento ou sonda; • Sonda x GTM; • Terapia Nutricional e Fonoterapia para disfagia devem ser próximas e coordenadas; DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO INÍCIO Deglutição efetiva e segura (pelo menos uma consistência)? Manter TNE exclusiva + seguimento FONO Treino VO / liberar dieta fracionada Paciente evolui com desempenho eficiente e boa aceitação da dieta VO? Sim Não Não DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Paciente evolui com desempenho eficiente e boa aceitação da dieta VO? Não Sim Aumentar volume e/ou treino de outra consistência Paciente evolui com desempenho eficiente e boa aceitação da dieta VO? Manter volume e consistência à critério da FONO. Reavaliação diária Não Liberar volume (refeição completa) Sim DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Liberar volume (refeição completa) Sim Observar quantidade ingerida pelo paciente Ingestão VO < 50%? Ingestão VO 50-75%? Ingestão VO > 75%? Manter TNE + VO + acompanhamento FONO. Discutir indicação de pausar dieta 1h antes das refeições Sim Diminuir entre 25 a 50% a TNE ao dia Não DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Diminuir entre 25 a 50% a TNE ao dia Paciente tem indicação de progressão de consistência da dieta VO? Gerenciamento fono Sim Não Segurança para VO exclusiva? Alta fono Sim Não Gerenciamento fono FIM DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Liberar volume (refeição completa) Sim Observar quantidade ingerida pelo paciente Ingestão VO < 50%? Ingestão VO 50-75%? Ingestão VO > 75%? Manter TNE + VO + acompanhamento FONO. Discutir indicação de pausar dieta 1h antes das refeições Sim Diminuir entre 25 a 50% a TNE ao dia Não Interromper TNE (desligar bomba de infusão contínua) Manter SNE fechada por 24h e locada DESMAME DE VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Ingestão VO < 50%? Ingestão VO 50-75%? Ingestão VO > 75%? Interromper TNE (desligar bomba de infusão contínua) Manter SNE fechada por 24h e locada Associar suplementação VO quando necessário Observar evolução do paciente Se paciente estável SACAR SNE Alta EMTN FIM GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL GERENCIAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Fisiologia da deglutição; • O que é disfagia? • Como diagnosticar a disfagia? • Considerações sobre UTI, traqueostomia e válvula de fala; • Quando liberar dieta via oral? • Que dieta liberar? • Como monitorar o paciente disfágico? • A importância da padronização das dietas; • Conduta e prescrição fonoaudiológica; • Sinalizadores de dieta; • Educação continuada; EDUCAÇÃO CONTINUADA • Multiprofissional; • Foco na qualidade de vida do paciente, familiares e cuidadores; • Fono isolada: sem efetividade; LANGMORE SE. Folia Phoniatr Logop. 1999; 51(4-5):220-30 EDUCAÇÃO CONTINUADA Cuidadores • Reconhecimento da população de risco; • Protocolo introdução de dieta VO de forma segura; • Monitoramento dos sinais clínicos de aspiração; • Orientação / gerenciamento; • Higiene oral e uso de próteses dentárias. EDUCAÇÃO CONTINUADA Cuidadores • Conhecimento prévio não diz sobre a aderência ao programa proposto; • Recomendações: consistência e utensílios = maior aderência e mais facilmente recordadas que ritmo e prontidão. Chadwick dd, et al. Int J lang commun disord. 2002; 37(3):345-57 EDUCAÇÃO CONTINUADA Cuidadores Técnicas específicas de alimentação, consistências apropriadas Conhecidas e utilizadas por toda a equipe CHERNEY LR, HALPER AS. Semin Neurol. 1996 Dec;16(4):349-53 Impacto da atuação na internação hospitalar e no quadro clínico do paciente • Diminuição do risco de complicações; • Caracterização do perfil dos pacientes: – Crônicos x Agudos – Com prognóstico x Sem prognóstico • Classificação de pneumonias aspirativas; E qual a melhor estratégia para minimizar o risco? Avaliação criteriosa e por profissional qualificado + Monitoramento clínico multiprofissional + Educação continuada
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