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Desirée Vieira Leopardo – Medicina 
Marcadores Tumorais
Introdução
Os marcadores são investigados inicialmente como testes de rastreamento para diagnóstico das doenças neoplásicas.
Para um teste de rastreamento ser eficaz, ele precisa de:
Alta sensibilidade;
Alta especificidade.
Sensibilidade:
Habilidade de detectar corretamente as pessoas doentes;
Quanto mais sensível for um teste, maior sua capacidade de detectar pessoas acometidas, provocando poucos resultados falso-negativos.
Especificidade:
Habilidade de detectar corretamente as pessoas que não estão doentes;
Quanto mais específico for um teste, menor o risco de uma pessoa testar positivo para uma doença de forma errada, provocando poucos resultados falso-positivos.
Marcador tumoral ideal:
Alta sensibilidade;
Alta especificidade;
Permite o diagnóstico da neoplasia;
Auxilia no estadiamento;
Auxilia na avaliação da resposta terapêutica;
Auxilia na detecção precoce da recidiva;
Ser órgão-sítio específico;
Ter meia-vida curta;
Baixo custo e fácil replicabilidade;
Capacidade de diferenciar um paciente saudável de outro doente em 100%.
Marcadores Tumorais
Definição:
São substâncias produzidas por células do corpo humano ou pelas células tumorais. Podem ser proteínas, antígenos de superfície, enzimas ou hormônios.
Seus níveis costumam estar muito mais elevados quando associado a processos neoplásicos.
Atualmente consideramos também padrões de expressão gênica ou alteração no DNA.
Função atual:
Auxiliar no diagnóstico de uma neoplasia;
Auxiliar no estadiamento de algumas neoplasias;
Fator prognóstico para algumas neoplasias;
Definição da terapêutica utilizada;
Avaliação de resposta ao tratamento antineoplásico;
Seguimento e avaliação de recidiva doença neoplásica.
Caso Clínico:
Paciente, 58 anos, sexo feminino, deu entrada no serviço de oncologia em estado histérico e aos prantos porque precisava agendar uma consulta na oncologia urgentemente já que seu clínico havia notificado que ela estava com câncer de intestino.
Paciente alegava dores abdominais há 4 meses associado a episódios de diarreia alternando com obstipação.
Em consulta com médico clínico, o mesmo pediu um hemograma, bioquímica e marcadores tumorais.
Após chegar o resultado dos exames mostrando um CEA no valor de 3500 ng/ml, foi solicitado um PET-CT que mostrou o seguinte resultado:
Normalmente a dosagem dos marcadores é feita no sangue ou nas amostras do tumor.
É importante realizar uma dosagem seriada para avaliar a ¨dinâmica¨ do marcador do que valorizar o valor absoluto.
Tipos de Marcadores:
Alfafetoproteína:
Presente do soro fetal, produzida pelo fígado, saco vitelino e intestino;
Pode estar aumentada:
Cirrose hepática;
Gestantes;
Hepatites;
Hepatocarcinoma (70 a 80% dos casos);
Tumores testiculares não seminomatosos.
Uma das raras exceções onde é possível realizar um diagnóstico de neoplasia maligna sem biópsia ocorre no aumento da alfafetoproteína associado a tomografia de abdome de três fases, para avaliar o fígado mostrando lesão característica relacionada ao hepatocarcinoma.
β-HCG (gonadotrofina coriônica humana):
Aumento normalmente durante a gestação;
Aumento em tumores de origem germinativa (testículo e ovário);
Coriocarcinoma;
Carcinoma embrionário;
Mola hidatiforme;
Doença trofoblástica gestacional.
βeta2-microglobulina:
Relacionado aos Linfomas Não-Hodgkin e Mieloma Múltiplo;
Fator prognóstico importante.
Cromogranina A:
Presente em tecidos neuroendócrinos;
Presente nos tumores endócrinos:
Feocromocitoma;
Tumor carcinoide;
Carcinoma Medular de Tireóide.
CA 125:
Relacionado ao câncer de ovário de origem epitelial e endométrio;
Bom marcador para controle da resposta ao tratamento;
Bom fator prognóstico após o tratamento;
Aumento ocorre em outras situações:
Cirrose;
Cistos ovarianos;
Endometriose;
Pancreatite.
OBS.: Não é indicado para rastreamento de tumores ginecológicos.
CA15-3:
Produzida pelas células epiteliais glandulares;
Pode ter relação com tuberculose, Lúpus, Hepatite Crônica;
Relacionado ao câncer de mama;
Também pode estar aumentado em outros tumores: pulmão e ovário;
Não tem o potencial de rastreamento a exemplo do CA125;
Sensibilidade baixa em doença iniciais;
Auxilia bastante no controle da resposta terapêutica.
CEA – antígeno carcinoembrionário:
Relacionado ao tumor colorretal;
Pode ser encontrado em tumores de mama, pulmão, gastrointestinal, trato biliar e tireoide;
Útil para avaliação de resposta terapêutica e controle de recidiva (importante o diagnóstico precoce da recidiva dos tumores colorretais).
Encontra-se aumentada também na cirrose alcoólica, doença de Crohn, bronquite e insuficiência renal;
Paciente fumantes possuem um aumento nos valores basais normais (3,5 para 7,0ng/ml).
CA 19-9:
Relacionado ao câncer de pâncreas e vias biliares;
Também pode ser utilizado em tumores de Colorretal;
Pancreatites, doenças auto-imunes e doenças inflamatórias intestinais podem elevar seu valor
Seu aumento associado a lesão em exame de imagem não permite o diagnóstico definitivo de câncer de pâncreas
PSA:
O mais próximo do marcador ideal, utilizado no câncer de próstata;
Secretado nos ductos prostáticos, está em alta concentração no líquido seminal;
Tem bom valor prognóstico;
Auxilia no controle da resposta terapêutica;
Auxilia na monitorização da recidiva;
Toque retal e prostatite podem aumentar o seu valor.
BIOMARCADORES:
Exemplos de Genes alterados ou desregulação da expressão:
Her2 (Cer-b2)
EGFR
KRAS
Alk
BRCA1 e BRCA2
Fusão do BCR-ABL
BRAF – mutação V600
Ckit/CD117
PD/L1
CD20
Oncogene cer-B2:
Receptor de membrana celular;
Está amplificado ou hiperexpresso em 20% dos tumores de mama;
Sua presença está relacionada a um pior prognóstico e maior agressividade da doença;
Tem importância terapêutica, por já haver medicação que bloqueia essa sinalização;
Encontrado em outros tumores, como por exemplo, gástrico e de cólon.
Considerações Finais:
Marcadores tumorais se tornaram ferramentas importantes no seguimento de pacientes com tumores já diagnosticados (prognóstico);
Auxiliam na decisão terapêutica;
Controle de recidiva da doença;
Os marcadores tumorais não são indicados para rastreamento (screening) – como o CA-125, por exemplo;
Não preenchem os critérios necessários de sensibilidade e especificidade para serem utilizados com segurança;
Se usados de forma indiscriminada como agentes de rastreamento podem provocar quadros de overdiagnosis e overtreatment.

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