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3ª verificação Res até Extinção das Obrigações

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RES 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
É tudo o que existe na natureza, tudo o que a mente humana pode conceber. No sentido jurídico é tudo o que tem significado econômico, que pode ser susceptível da apropriação individual das pessoas, que pode pertencer ao patrimônio de alguém.
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.2. Res Extra Patrimonium
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.1.1. Res Mancipi – são aquelas coisas sob esse poder e compreendem as socialmente mais importantes.
2.1.2. Res Nec mancipi – as demais coisas não relacionadas como mâncipes.
2.1.3. Res corporales – são as materiais, aquelas que caem sob os nossos sentidos, existem concretamente.
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.1.4. Res incorporales – são os direitos de uma maneira geral, a herança, o usufruto, as obrigações, as servidões, ou seja, são as coisas imperceptíveis.
2.1.5. Res móbiles (coisa móvel) – é a que pode ser deslocada de um lugar para outro, sem que sofra na sua essência ou estrutura.
2.1.6. Res immobiles – a que não podia ser deslocada pela sua impossibilidade ou porque influiria em sua estrutura e forma iniciais. Surgiu na idade média.
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.1.7. Res fungibiles – significado de cumprir, executar, fazer o papel de outro. Fungível são as coisas consideradas por seu gênero e não pela sai individualidade.
2.1.8. Res infungibiles – as que não podem ser substituídas por outra do mesmo gênero, sendo considerada a sua individualidade.
2.1.9. Res consumibiles/Res inconsumibiles – consumíveis são as que se consomem imediatamente com o seu uso normal. Inconsumíveis, as que têm determinada durabilidade são susceptíveis de utilização sem que sejam destruídas.
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.1.10. Res divisibiles/Res indivisibiles – Divisível é aquela que pode ser partida, sem perder suas características, tampouco sua natureza. Indivisíveis são aquelas que, fracionadas, terão suas formas, estruturas e fins prejudicados. 
2.1.11. Coisas simples, compostas e coletivas – Origina-se na filosofia estóica e diz respeito à forma de agregação das coisas. Primeira, é considerado simples, constituindo uma unidade orgânica própria, independente, como a pedra, o escravo. Segunda, composta, no sentido de formar um conjunto unitário, sem que as coisas desse conjunto percam sua individualidade: uma casa, um navio.
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2. Classificação
2.1. Res in patrimonio
2.1.12. Coisas Principais – é aquela que existe por si mesmo, abstrata ou concretamente, tem existência própria, autônima.
2.1.13. Coisas acessórias – aquelas cuja existência depende da existência de outra, chamada principal. São os frutos e as benfeitorias.
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2. Classificação
2.2. Res Extra Patrimonium
2.2.1. Res Nullius Divini Iuris ou coisas do direito divino – Classifica-se em: 
Res sacrae; 
Res religiosae; 
Res sanctae.
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2. Classificação
2.2. Res Extra Patrimonium
2.2.2. Res Nullius Humani Iuris ou coisas de direito humano – 	Classifica-se em: 
Res commumes omnium; 
Res universitates; 			
Res publicae.
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PROPRIEDADE 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
Segundo Ricardo Gutierrez, reflete a idéia de apreensão material de algo, sem descartar o uso da força. O termo mais condizente é proprietas, que se origina de proprius, de uso nomeadamente no principado.
O direito de propriedade era uma faculdade que ligava o homem a determinada coisa. Tratava-se, de um poder jurídico, identificado ou não com o poder de fato (posse). Verifica-se que o direito de propriedade sofreu inúmeras transformações.
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2. Caráter Absoluto
Era o caráter absoluto do direito de propriedade, no inicio, materializado por meio do ius utendi (direito de usar), ius fruendi (direito de fruir) e o ius abutendi (direito que tinha o proprietário de abusar da coisa).
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3. Espécies
Propriedade quiritária – era a propriedade prevista na lei decenviral, uma instituição do ius civile, portanto, peculiar aos cives romani dos primeiros tempos. Chamava-se quiritária, porque era própria dos romanos. 
Propriedade pretoriana ou bonitária – foi criação do pretor. Estava presente nas ações divisórias, quando cabia ao magistrado fazer entrega da coisa litigiosa a uma das pares.
Propriedade peregrina ou do ius gentium – era aquela que o proprietário não tinha seus direitos reconhecidos pelo ius civile.
Propriedade provincial – originou-se da posse do ager publicus. Esse tipo de propriedade não era susceptível da aquisição individual, apenas de posse, pelos particulares, mediante o pagamento de um imposto especial, chamado stipendium ou tributum.
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4. Modos de aquisição da Propriedade. 
São aqueles fatos jurídicos aos quais a lei atribui eficácia para a aquisição da propriedade.
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4.1. Modos de aquisição do Ius Civile 
São os fatos jurídicos, permitidos por lei, objetivando a aquisição do domínio. 
 4.1.1. Mancipatio – era um modo convencional e solene, materializado numa declaração do adquirente (mancipio accipiens) que se apoderava da coisa na presença do proprietário dela (mancipio dans) perante cinco testemunhas (cidadãos romanos), e do porta-balança.
 4.1.2.In Iure Cessio – modo, também, convencional e solene, que se materializava no abandono da coisa perante o magistrado.
 4.1.3.Adjudicatio ­ - era o modo não convencional de aquisição da propriedade decretada pelo magistrado.
 4.1.4.Por Lei – era a aquisição da propriedade por determinadas pessoas que preenchiam condições especificadas em lei.
 4.1.5.Usucapião – Consistia na aquisição da propriedade pelo decurso de prazo, mediante a existência de certos requisitos: justa causa ou justo título, posse mansa e pacífica da coisa, res habilis de ser adquirida, por usucapião.
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4.2 Modos de aquisição do Ius gentium
4.2.1. Traditio – era um modo não convencional, não solene, de trnasferência consensual da posse ou da propriedade de uma coisa, que simplesmente passava da mão do alienante para a do adquirente. Era um processo próprio do Ius Gentium.
4.2.2. Occupatio – era a aquisição da propriedade de uma coisa sem dono, mediante a tomada de posse e a intenção de ser dono. Predominavam os seguintes requisitos: a tomada de posse e que a coisa pretendia fosse res nullius.
4.2.3. Accessio – união de coisas, acréscimo, aumento. É a aquisição da propriedade pela aplicação do principio.
4.2.4. Especificação – acontecia a aquisição da propriedade quando uma pessoa produzia nova espécie (novum species facere), utilizando a matéria-prima de outrem.
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5. Perda da Propriedade
	Perdia-se a propriedade:
pela extinção ou perecimento da coisa;
pelo abandono; 
pela transferência de dominium a outrem;
pela renúncia, ficando a coisa extra commercium; 
pelos modos previstos de transferência da propriedade; e 
pela desapropriação no interesse público. 
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POSSE 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Definição
	
É o poder físico exercido sobre a coisa, pelo proprietário ou outrem. Não constitui um poder jurídico, mas um poder de fato, protegido juridicamente.
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2. Distinção de Propriedade
		Propriedade é o poder jurídico sobre a coisa, portanto um estado de direito. Posse é um estado de fato, protegido pelo direito.
	Para Ihering, a posse é a exteriorização da propriedade. Nem sempre, porém, a posse corresponde à propriedade.*
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3. Elementos da Posse
Animus – é o elemento subjetivo, a interação
Corpus ou possessio corpore – é o elemento objetivo, de ordem física, material, concreta, a dominação de fato, o apoderamento da coisa.
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4. Espécies de Posse
Possessio naturalis – aquela que corresponde à simples detenção, constituindo uma relação de fato com a coisa, sem a intenção de apoderar-se dela porque se detinha em nome de outrem.
Possessio civilis – é a relação de fato com a intenção de ter a coisa para si, baseada numa justa causa, ou seja, sob uma relação reconhecida como idônea. Era tutelada pelo pretor por meio da octio publiciana.
Possessio ad interdicta – indica uma relação de fato que se estabelece com a detenção da coisa e a vontade de possuí-la. Chamada, também, posse jurídica.
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5. Objeto da Posse
	Todas as coisas corpóreas (exceto no direito justinianeu) que fosse res in commercio ou res in patrimônio e que, portanto, podiam tornar-se objeto de propriedade.
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6. Inicio e Término da Posse
		Inicia quando se conjugam animus et corpus, sendo necessária a apreensão material da coisa pela própria pessoa ou um terceiro.
		Termina quando desaparecem seus elementos constitutivos, ou um deles, ou que foge, ou quando o proprietário aliena um imóvel e por espírito de liberalidade do adquirente, continua habitando esse imóvel por algum tempo.
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7. Proteção Possessória
No entendimento de Savigny, a proteção possessória se fundamenta na idéia de ordem pública. Proteger a posse é também proteger o proprietário. 
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8. Fundamento Filosófico
Os Romanistas modernos encontraram fundamento para a proteção possessória, na interpretação do direito justinianeu.
Para Ihering, “a proteção da posse é apenas um complemento necessário à tutela da propriedade”. Está no campo do interesse privado, contestando a teoria de Savigny, considerando que muitas vezes a posse e propriedade se confundem na mesma pessoa: o proprietário. Proteger a posse é também proteger o proprietário.
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9. Interditos
	A ação do proprietário contra terceiro era a reivindicatio. O possuidor, por sua vez, tinha ao seu alcance os interditos possessórios.
	A proteção da posse era feita por meio dos interditos, uma determinação do pretor, atendendo solicitação dos litigantes, para proteger a posse ameaçada ou violada. A possessio civilis e ad interdicta pelos interditos, que eram de duas espécies: Retinendae Possessionis Causa; Recuperandae Possessionis Causa (continham determinação do pretor para que fosse restituída ao legítimo possuidor a coisa que lhe havia sido tomada).
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Iura In Re Aliena 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
	A propriedade é o direito real por excelência, o mais extenso e o mais antigo direito real. É o direito de usar, gozar e dispor da coisa, e de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha.
	Os Iura In Re Aliena estavam compreendidos nos direitos reais de gozo ou de fruição e nos direitos reais pretorianos. Os primeiros eram as servidões prediais e pessoais; os demais, os direitos reais pretorianos ou direitos reais de garantia.
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2. Espécies: Direitos Reais de Gozo
Usufructus – “Usufruto é o direito de usar e fruir da coisa alheia sem lhe alterar a substância” (Ulpiano). Era uma forma de se beneficiar determinadas pessoas, a quem não se queria fazer herdeiro, sem privá-las, contudo, de sua sobrevivência. Tinha por objeto coisas corpórea, móveis e imóveis, inconsumíveis. O usufruto se extinguia pela morte do usufrutuário; pela capitis deminutio máxima e média; pelo não-uso da coisa; pela renúncia do usufrutuário; pela consolidatio. 
 
Usus – era um direito real intrasferível concedido a alguém para a utilização de res aliena inconsumível. O uso se extinguia pelas mesmas razões do usufruto. Era uma espécie de usufruto limitado.
Habitação – no direito justinianeu, a habitação surgiu como um direito real autônomo, intransferível, gratuito, facultando ao seu titular habitar o imóvel alheio ou alugá-lo. O intuito extinguia-se pelas mesmas regras do usufruto, exceto a capitis deminutio e o não-uso. 
Operae servorum et animalis alterius – era entendido como usufruto e uso. Era o direito de utilizar os serviços de animais e escravos alheios. Originava-se de um testamento e podia ser objeto de locação. Os beneficiários eram os herdeiros próximos ou a mulher do testador.
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3. Direitos Reais Pretorianos
São aqueles que se originavam da atividade jurisdicional do pretor ou de legislação imperial. São chamados direitos reais pretorianos, ou, ainda, direitos reais de garantia.
Ius In Agro Vectigali – direito sobre o campo.
Enfiteuse – tinha seu direito sobre a coisa protegido por uma actio in rem.
Superfície – era o direito de usufruir, por longo tempo, de um terreno irbano para fim de construção.
Hipoteca – extinguia-se pela destruição da coisa; pela renúncia; pela confusão; pela extinção da dívida em razão de pagamento.
Penhor – consistia na entrega ou transferência da posse de uma coisa, móvel ou imóvel, pelo devedor, ao credor, como garantia do pagamento de uma dívida.
Anticrese – concedia ao credor o uso e gozo da coisa entregue em garantia.
Propriedade Bonitária ou Pretoriana – era um direito real sobre coisa alheia.
 
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 Obligatio 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
O direito das Obrigações está incluído no universo dos direitos pessoais, aqueles que, para os jurisconsultos romanos, eram os direitos que, quando violados, possibilitavam a utilização de actiones in personam. É, portanto, a obra por excelência do pensamento jurídico romano.
O direito das obrigações passa a se desenvolver segundo uma linha de proteção ao devedor, sem descurar os interesses do credor, constituindo um ponto de equilíbrio entre a situação de um e a pretensão do outro.
Obrigação é a relação jurídica, de caráter patrimonial, em virtude da qual uma pessoa, o credor, tem a faculdade de pretender ou exigir de outra, o devedor, um determinado comportamento positivo ou negativo, a prestação.
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2. Elementos 
Sujeito Ativo – o credor. Aquele que tinha o direito de exigir o cumprimento da obrigação.
Sujeito Passivo – o devedor. Pessoa que estava obrigada a satisfazer o débito, a efetivação da prestação.
Vinculo Jurídico – vinculação estabelecida entre credor e devedor.
Objeto – o que era devido, a prestação. Ato que o sujeito passivo deveria realizar em favor do sujeito ativo. Materializa-se em três maneiras: dar, fazer e prestar. 
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3. Classificação
Quanto às fontes – são todos os fatos naturais ou jurídicos que dão origem ao vínculo obrigacional.
Quanto ao objeto – destacam-se: alternativas; Facultativas; Certas; Incertas ou genéricas; Divisíveis; Indivisíveis.
Quanto aos efeitos – Unilaterais (aquelas que obrigavam apenas uma parte) e Bilaterais (obrigavam ambas as partes).
Quanto aos sujeitos – singularidade de sujeitos; Pluralidade de sujeitos; Ambulatoriais (sujeito indeterminado); Parciais e Solidárias.
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CONTRATOS 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Conceito
Origina-se de contrahere, no significado de contrair, arrastar, tratar com.
No perpassar do tempo, o contrato tornou-se um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas em torno do mesmo objeto.
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2.Requisitos para Validade
Sujeito capaz – pessoa apta a adquirir direitos e obrigações na ordem jurídica. Deve adquirir capacidade de direito e capacidade de fato.
Objeto lícito – é o que não se conflita com a lei, que não atentacontra os bons costumes.
Consentimento – é a manifestação, a exteriorização recíproca de vontades, isenta de vícios. Citam-se a violência (constrangimento físico), o erro (é a falsa noção da realidade) e o dolo (todo ato ou ação fraudulenta que se destina a induzir alguém ao erro, levando-o a praticar ou celebrar um contrato). 
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3. Espécies:
Inominados 
Verbais ou Orais
Reais
Consensuais 
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Inominados – são aqueles que não têm nomes próprios. Eram quatro tipos: Do ut des (era o caso, da troca ou da permuta de um objeto por outro); Do ut facias (consistia na entrega de uma coisa, tendo como contraprestação um determinado comportamento); Facio ut des (é o inverso do contrato anterior, consistia num determinado comportamento e a contrapartida era uma dação); Facio ut facias (dizia a respeito a comportamento recíproco).
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Verbais ou Orais – os que se materializavam mediante o pronunciamento de formas solenes. Eram cinco espécies: 
Nexus ou Nexum; 
Sponsio (consistia numa série de perguntas e respostas); 
Stipulatio; 
Dictio dotis; 
Ius jurandi liberti (consistia num juramento do liberto ao seu patrono, feito solenemente). 
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Reais – são aqueles que para se concretizarem necessitavam, além do acordo de vontade das partes, a efetiva entrega da coisa. Eram denominados de mútuo (mais antigo dos contratos reais), comodato (empréstimo de uso), fidúcia (garantia dada pelo devedor ao credor), depósito (contrato pelo qual uma das partes entregava à outra), penhor (contrato acessório, pelo qual uma pessoa transferia a outra) e anticrese (espécie de convenção acrescentada ao contrato de penhor, mediante a qual o devedor deveria entregar uma coisa ao credor para que dela desfrutasse como pagamento de uma dívida.
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Consensuais – são aqueles que se formavam pelo simples acordo de vontades entre as partes, não exigindo, de imediato, a entrega da coisa. Destacavam-se: Emptio et Venditio (era o contrato mediante o qual uma das partes se obrigava a transferir à outra); Mandatum (é um contrato consensual, bilateral imperfeito, de boa-fé, e próprio do ius gentium); Societas (surgia quando duas ou mais pessoas se obrigavam a colocar em comum bens ou esforços para alcançar um fim patrimonial que lhes era proveitoso); Locatio (é o contrato pelo qual uma das partes, se obrigava a propiciar à outra).
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QUASE-CONTRATO 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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Noção
	Era o ato lícito e voluntário que tornava seu autor credor de outrem, sem que tivesse acontecido prévio acordo de vontade entre as partes.
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Espécies
Gestão de Negócios
Pagamento Indevido
Tutela
Legado
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Gestão de Negócios
	Era um ato voluntário e lícito praticado por alguém, que sem ter recebido autorização, interferia na administração do patrimônio alheio, para evitar determinado prejuízo. Os efeitos da gestão de negócios refletiam-se sobre o gestor e o gerido.
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Pagamento Indevido
	Era a aplicação do princípio jurídico solve et repete, segundo o qual quem pagou sem justa causa tem direito à restituição; ou quem receber sem justa causa tem a obrigação de restituir.
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Tutela
	Inclui entre os quase-contratos porque não existe acordo de vontade entre o pupilo e o tutor.
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Legado
	O testador conferia a determinada pessoa um benefício de natureza patrimonial, oriundo de sua herança.
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DELITO 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
	Segundo Gaio é a fonte da obrigação o delito, um ato ilícito produtivo de dano, lesivo ao direito de outrem e, por isso, resultante de uma obrigação, imposta ao autor ou réu, de pagar uma determinada pena pecuniária.
	Delito é um ato antijurídico praticado por um homem contra outro homem. Delito e pena são conceitos correlativos e inseparáveis. O delictum era fonte das obrigações. 	
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2. Espécies
Delitos Privados
Delitos Públicos
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Delitos Privados – chamados crimina. Eram os atos ilícitos que atingiam a pessoa ou bens do particular, acarretando o pagamento de certa quantia de dinheiro. Os delitos privados estavam agrupados em delitos civis (Injúria, Furtum, Rapina, Dammum data injuria) e delitos pretorianos (são a violência, o dolo e a fraude).
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Delitos Públicos – eram aqueles considerados lesivos aos interesses da cidade ou do Estado Romano. Era uma pena pública, imposta por tribunais especiais, que consistia na morte ou em castigos físicos ou, ainda, em multa em benefício do Estado. Predominava: Perduellio, Parricidium, Falso testemunho, Incêndio voluntário, Roubo noturno de colheita. 
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3. Evolução do Direito Penal Romano
O sistema dos delitos privados em Roma está ligado à evolução do direito penal tendo passado por quatro fases que acentuam ou revelam a passagem da justiça privada para a justiça pública: 1. Vingança Privada; 2. Composição Voluntária (era conhecida na Lei Decenviral); 3. Composições legais ou arbitramento obrigatório (vigente na fase intermediária do direito romano); 4. Repressão pelo Estado ou justiça pública (coube-lhe a identificação e o reconhecimento do crime e sua repressão).
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QUASE-DELITO 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
No quase-delito, o resultado é decorrente de negligência, imprudência ou imperícia.
No texto das Instituições de Justiniano, encontra-se referência a quatro atos ilícitos como quase-delito: processo mal julgado pelo juiz; objeto arremessado que atinge transeunte; objeto suspenso sobre via pública ou privada; prejuízos causados por preposto.
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2. Espécies
Processo mal julgado pelo Juiz
Objeto atirado que atinge transeunte 
Objeto suspenso em via pública
Danos causados à coisa alheia por prepostos. 
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2. Espécies
Processo mal julgado pelo Juiz – O Judex deixava de seguir certos princípios estabelecidos em lei, excedendo seus poderes ou prolatando sentença eivada de erro, corrupta, de má-fé ou por negligência.
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2. Espécies
Objeto atirado que atinge transeunte – é a responsabilidade objetiva ou responsabilidade sem culpa, prevista em lei.
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2. Espécies
Objeto suspenso em via pública – é a existência de objeto, colocado em suspenso sobre via pública ou privada, de tal forma que caindo pudesse atingir um transeunte.
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2. Espécies
Danos causados à coisa alheia por prepostos – era a aplicação do princípio de que os proponentes deviam responder pelos seus prepostos. 
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 OBRIGAÇÕES QUE NASCEM DA LEI 
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
Eram aqueles que não se enquadravam nos fatos jurídicos disciplinados por contrato, quase-contrato, delito e quase-delito. 
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2. Espécies
Condição Jurídica do Proprietário – realizar a demarcação dos limites de sua propriedade; zelar pela conservação dos marcos divisórios; destruir as construções que impediam o escoamento de águas fluviais.
Condição Jurídica do Detentor de Carga – Aquele que tinha a coisa em seu poder estava obrigado a exibir ou devolver o objeto da detenção quando solicitado pelo depositante.
Condição Jurídica do Patronato – quando libertava o escravo, tinha o dever de prestar-lhe uma pensão alimentícia.
Do Ascendente – Pensão alimentar cabível entre ascendente e descendente.
Do Marido – Essa obrigação surgiu na época clássica por meio da actio ex-stipulatu e da actio rei uxoriae. No direito justinianeu, era um só tipo deação: a actio dotis.
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3. Garantia e Reforço das Obrigações
		Garantias eram os meios que tinha o credor, a fim de se proteger contra a inadimplência do devedor. Era uma relação jurídica que nascia da espontaneidade, tendo um caráter eventual.
Garantias Pessoais – eram as fianças ou cauções, contratos em razão dos quais o fiador se comprometia com o credor a garantir o implemento emprestado das mãos do terceiro, podia mover contra o mandante a actio mandati contraria.
Garantias Reais – eram os bens móveis ou imóveis, pertencentes ao próprio devedor, que respondiam pelas dívidas contraídas. 
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Reforço das Obrigações ocorria quando entre o credor e o devedor se estabelecia uma obrigação acessória, como garantia do cumprimento da obrigação principal.
Arras – consistia em certa importância em dinheiro ou coisa, que uma das partes dava à outra como certeza de que o contrato consensual, geralmente de compra e venda, seria firmado.
Constitutum debiti proprii – era um pacto pretoriano, o devedor prometia ao credor o pagamento de um débito existente, numa determinada data.
Cláusula Penal ­– era um contrato acessório ou uma disposição testamentária. A pena podia ter seu valor superior ou inferior ao da obrigação principal. 
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Extinção das Obrigações
DIREITO ROMANO
Professor José Orlando de Farias 
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1. Noção
	A obrigação se extingue por fatos diferentes. São os fatos jurídicos que extinguem o vinculo obrigacional entre as partes, credor e devedor, podendo ocorrer voluntária ou involuntariamente.
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2. Modos de Extinção
2.1. Voluntários
2.2. Involuntários
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2. Modos de Extinção
	2.1. Voluntários
Originam da vontade de uma ou das partes: pagamento, perdão ou renúncia da dívida.
2.1.1. Pagamento ou execução voluntária – era o modo ordinário, por excelência, de extinção da obrigação. O gestor de negócios não podia receber pagamento em lugar do credor.
2.1.2. Perdão ou renúncia da dívida – podia ser feito de duas maneiras: acceptilatio (modo que se fundamentava no principio do paralelismo das formas) e pactum de non petendo (era um ajuste ou acordo). 
2.1.3. Datio in solutum – era um caso especial de extinção das obrigações pelo pagamento.
2.1.4. Compensação – era a colocação na mesma balança de um débito e de crédito, envolvendo pessoas, que eram credores e devedores entre si.
2.1.5. Novação – era a substituição de uma obrigação antiga por uma nova, colocada em seu lugar.
2.1.6.Termo extintivo – era um acontecimento futuro e certo ao qual estava vinculada a extinção de uma obrigação.
2.1.7. Condição resolutiva – vinculada também a um acontecimento futuro, porém, incerto, que se materializando, determinava a extinção do vínculo obrigacional.
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2. Modos de Extinção
	2.2. Involuntários
2.2.1. Morte – é a regra geral. As dívidas se extinguiam pela morte do mandatário ou de um dos sócios.
2.2.2. Capitis deminutio – era a mudança ou a perda do status libertatis, civitatis ou familiae.
2.2.3. Perda da coisa – extinguia a obrigação, liberando o devedor, quando se tratasse de coisa certa, quando o devedor culpa não tivesse.
2.2.4. Confusão – ocorria quando na mesma pessoa reuniam-se as figuras do credor e devedor, por exemplo, o devedor se tornava herdeiro do credor e vice-versa.
2.2.5. Prescrição – as obrigações eram perpétuas, nunca se extinguiam.
2.1.

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