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Absorção da Tiamina (Vit B1) Após uma refeição, predomina no lúmen intestinal a tiamina na forma livre, a qual resulta da hidrólise da tiamina pirofosfato (TPP) presente nos alimentos, e é na forma livre que a Vitamina B1 é absorvida no intestino delgado proximal na presença de meio ácido, pelo transporte ativo (em pequenas doses) e difusão passiva (em grandes doses), no interior das células da mucosa intestinal (enterócitos) onde volta a ser fosforilada em tiamina pirofosfato (TPP) por ação da difosfocínase da tiamina. A TPP ativada é levada para o fígado pela circulação portal. Dessa forma parte da vitamina retorna ao lúmen intestinal com a bile, em um ponto bem distante do local de absorção máxima. Nos alcoólatras parece existir uma deficiência de absorção de tiamina que provavelmente em grande parte é responsável pela incidência de déficit tiamínico observado nesses indivíduos. A tiamina é encontrada nas células como monofosfato ou pirofosfato e distribuída em todos os tecidos e as mais altas concentrações encontram-se no fígado, cérebro, rim e coração. Transporte Toxicidade Se houver um excesso de tiamina, este será excretado pelos rins através da urina. A administração oral de doses elevadas de tiamina pode ser secretada pela mucosa intestinal dentro do lúmen, aparecendo nas fezes sob forma de tiamina não absorvida. Absorção da Riboflavina (Vitamina B2) A Riboflavina e FMN (flavina mononucleotídeo) são absorvidas no trato gastrintestinal através de mecanismo de transporte específico que envolve a fosforilação da riboflavina em FMN. Grande parte da riboflavina absorvida é fosforilada na mucosa intestinal pela flavoquinase e entra na circulação sanguínea como riboflavina fosfato. No plasma sanguíneo, liga-se de forma inespecífica a proteínas como albumina e algumas imunoglobulinas, além da ligação específica às proteínas transportadoras de riboflavina, especialmente durante a gestação. A absorção depende do número de transportadores no epitélio intestinal ou da variação da atividade desses transportadores, regulados pela disponibilidade corporal da vitamina. Embora pouco absorvida, a riboflavina pode ser produzida pela flora bacteriana do intestino grosso. Transporte Toxicidade Devido à sua baixa solubilidade e à limitada absorção do trato gastrointestinal, a B2 não tem toxicidade por via oral significativa ou mensurável. Em doses parenterais extremamente altas pode haver cristalização da riboflavina no rim devido à sua baixa solubilidade. Absorção do Ácido Pantotênico (Vitamina B5) A coenzima A ingerida nos alimentos é hidrolisada no lúmen intestinal. A absorção ocorre por transporte ativo dependente do sódio, mas também por difusão simples, numa razão constante por todo o intestino delgado. No sangue, o ácido pantotênico absorvido liga-se aos eritrócitos. O próprio processo de absorção é aparentemente baseado na difusão passiva, sendo o mesmo processo para a absorção do pantenol que é oxidado em óxido pantotênico no organismo. Nas células, a CoA é sintetizada do ácido pantotênico, a partir da enzima pantotenato quinase. Por sua vez, o catabolismo da CoA leva à formação do pantotenato, excretado na urina. Transporte Através de carreadores dependentes de sódio, o ácido pantotênico é internalizado, estocado e distribuído para todo o corpo. Toxicidade O ácido pantoténico é geralmente considerado como sendo não-tóxico e nunca foram relatados quaisquer casos de hipervitaminose. Quantidades tão elevadas como 10 g em seres humanos apenas produziram pequenas perturbações gastro-intestinais.
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