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TEORIA DO CONFLITO

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TEORIA DO CONFLITO
Métodos de solução de Conflitos.
Conflito - Conceito
“Um processo interacional que se dá entre duas partes ou mais partes em que predominam as relações antagônicas, nas quais as pessoas intervêm como seres totais com suas ações, pensamentos, afetos e discursos, que algumas vezes, mas não necessariamente, podem ser processos agressivos que se caracteriza por ser um processo co-construído pelas partes e que pode ser conduzido por elas ou por um terceiro.” Fiorelli, 2008, p.07
 Percepções e interpretações divergentes das partes sobre um determinado assunto.
O que significa o termo conflito?
"do latim conflictu; embate dos que lutam; discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavença; guerra; luta, combate; colisão, choque. 
Nós não devemos ter medo do conflito, porém devemos reconhecer que existe um modo destrutivo e um modo construtivo de se proceder em tais momentos.
Duas maneiras de encará-los: 
NEGATIVA - o conflito é algo apenas prejudicial, devendo ser evitado a todo custo.
 POSITIVA - verificar o que ele pode trazer de benéfico (diferenças de opiniões e visões), aprendizagem e enriquecimento (em termos pessoais e culturais).
Processos Construtivos e Destrutivos
Processo destrutivo é caracterizado pelo enfraquecimento ou rompimento da relação social preexistente à disputa em razão da forma pela qual é conduzida. A tendência desse tipo de conflito é expandir ou tornar-se mais acentuada ao longo do seu desenvolvimento. 
Dessa forma o conflito torna-se "independente de suas causas iniciais", assumindo uma feição de competição e cada parte busca ser o vencedor. Esse processo não permite a coexistência ou convivência das partes.
Processo construtivo 
Tende a fortalecer a relação social já existente. As suas características são:
I) capacidade de estimular as partes a desenvolver soluções criativas que permitam a compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos;
II) capacidade das partes ou do condutor do processo motivarem todos os envolvidos para que prospectivamente resolvamos questões sem atribuição de culpa;
III) desenvolvimento de condições que permitam a reformulação das questões diante de eventuais impasses; e
IV) disposição das partes ou do condutor do processo a abordar, além das questões juridicamente tutelados, todas e quaisquer questões que estejam influenciado a relação das partes.
Os modelos construtivos conhecidos hoje em dia são a Mediação e a Conciliação
Causa-raiz do Conflito
É a mudança, real ou apenas percebida, ou a perspectiva de que ela venha a ocorrer.
Exemplos: fusão de empresas, a troca de chefias (profissão), o casamento de um filho ou uma filha, o falecimento de um ente querido, um divórcio, uma nova etapa da vida (distância), etc.
A natureza do conflito
 Bens – patrimônio - direitos, etc; 
Princípios - valores e crenças de qualquer natureza, inclusive políticas, religiosas, etc;
poder, em suas diferentes acepções;relacionamentos interpessoais.
Fatores que influenciam os conflitos
Expectativas em relação à mudança;
expectativas relacionadas aos relacionamentos;
resistência à mudança;
diferenças de personalidade;
efeitos da mudança sobre os valores (senso de justiça);
modificações na estrutura do poder (a mudança reduz o poder de um dos envolvidos);
Estratégia.
É a forma de gerir uma situação através de técnicas aprendidas ou estilos. 
Estilos de lidar com o Conflito: Podemos considerar duas dimensões:
preocupação consigo próprio e preocupação com os outros. Produzindo cinco estilos específicos (Rahim,1986),
Estilos:
1. Evitamento -uma baixa preocupação consigo próprio e com os outros.
2. Acomodação - uma baixa preocupação consigo próprio e uma alta preocupação com o outros.
3. Dominação - uma alta preocupação consigo próprio e uma baixa preocupação com os outros.
4. Concessão Mútua -uma preocupação média consigo próprio e com os outros
5. Integração - uma alta preocupação com os outros e consigo próprio
Fatores que influenciam os estilos utilizados para lidar com o Conflito:
Diferenças individuais – idade, sexo, atitudes, crenças, valores, experiências
Diferença de personalidade - pessoas autoritárias e dogmáticas têm certa tendência para dominar o que gere mais conflito, enquanto pessoas com baixa auto-estima têm tendência para evitar o conflito (Chiavenato,1999)
Conflito – característica:
O conflito não é estático, é um processo; sequencia de acontecimentos.
Em cada nível do conflito a pessoa, o grupo, ou a parte, irá assumir uma estratégia.
Espirais de Conflito
Alguns autores consideram que o conflito se insere em um contexto de um ciclo vicioso de ação e reação pelas partes, sendo que a reação, normalmente é mais severa que a ação que a precedeu, isso poderá culminar em uma disputa. Quando essa cadeia não é controlada corre-se o risco, inclusive, de as partes perderem de vista seus verdadeiros anseios e as causas que inicialmente eram originárias, tornam-se secundárias.
Métodos Tradicionais e Alternativos
Método tradicional : Julgamento
Métodos alternativos ou MESC – métodos extrajudiciais de solução de conflitos:
Negociação 
Mediação 
Conciliação 
Arbitragem 
Negociação
Conceito: 
Para Stephen Kozichi “a negociação é um procedimento bem simples. É basicamente uma questão de dois lados se sentarem para chegar a um acordo: uma solução que deixe ambas as partes felizes, a clássica situação do ganho mútuo” (KOZICHI, 1999, p.15). 
Na moderna negociação, compreende-se que negociar não é discutir, não se confunde com manipulação nem exige agressividade; a negociação requer objetivo, determinação e preparação.
 De maneira geral, diferenças de personalidade influenciam no resultado da negociação; se uma das partes apresenta timidez, dificuldade para se expressar, e a outra se mostra agressiva, independente, bem falante, a mesa de negociação se desequilibra. 
Para Dante P. Martinelli e Ana Paula de Almeida (1997) o negociador hábil deve realizar os seguintes procedimentos:
a)	Separação das pessoas dos problemas;
b)	Concentração nos interesses das partes;
c)	Busca do maior número possível de opções;
d)	Predeterminação de critérios objetivos;
e)	Programação das fases da negociação; e
f)	Evitar barganha posicional; 
Mediação
O mediador é um terceiro imparcial, já que não deve defender ou favorecer os interesses de uma das partes em detrimento da outra. 
No dia 26 de junho de 2015, foi sancionada pela então presidente da República, Dilma Rousseff, a lei 13.140, mais conhecida como a lei de mediação. 
A norma, que entrou em vigor no final de dezembro daquele ano, regulamentou o procedimento de mediação entre particulares, a prática da mediação judicial e da mediação extrajudicial, além de prever o uso desse método consensual de resolução de conflitos por parte da Administração Pública.
O mediador não decide por eles... Cataliza a comunicação, favorecendo uma nova forma de diálogo, que promove o sentimento de inclusão e estimula o desenvolvimento de soluções criativas, que possam ser aceitas pelas partes.
Ademais, o mediador utiliza a modelagem, que “É o processo de reforçar aproximações sucessivas ao comportamento desejado” , para incentivar o diálogo entre as partes.
A mediação possui quatro objetivos principais:
 a resolução de conflitos, 
a prevenção de novos conflitos, 
a inclusão social e 
a pacificação social. 
É um processo educativo pois ensina as partes a se comunicarem, a participarem da tomada de decisão, a se comportarem em situação adversa, a utilizarem seus direitos e deveres.
Os casos que não cabem mediação:
Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada
Civilmente incapaz - Menores de 18 anos 
Que não tenha perfeitas faculdades mentais
*até 16 anos – absolutamente incapaz – precisa ser representado
*entre os 16 e 18 – são assistidos
Modelos
Atualmente existem três escolas clássicas para orientar as diferentes formas de desempenhar a mediação 
1- MODELO TRADICIONALNão está centrado nas partes, ou na relação que existe entre elas, mas sim o acordo que pode ser gerado. 
2- MODELO TRANSFORMATIVO – 
 Centrado nas teorias comunicativas e na relação interpessoal. Pretende auxiliar as pessoas a (re)tomarem a consciência de suas qualidades, das suas necessidades e das suas capacidades (de escolha e decisão). 
Privilegia as partes, não o conflito. 
3- MODELO CIRCULAR NARRATIVO - A comunicação é o elemento privilegiado e precisa ser considerada como um todo, englobando as pessoas em conflito, a mensagem que se transmite (verbal e não verbal).
Conciliação
Conciliação: tem um terceiro que é imparcial porém tem a interferência diretamente na solução do conflito. Não propicia o estabelecimento de uma nova comunicação entre as partes. O objetivo é a produção de um acordo.
Arbitragem
É um técnica para solução de controvérsias por meio da intervenção de um ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nesta convenção, sem intervenção do Estado, sendo a decisão destinada a assumir eficácia de sentença judicial (Carlos Alberto Carmona)
A arbitragem é um método alternativo de resolução de conflitos, o qual sem a participação do Poder Judiciário. Caracterizada pela informalidade, embora com um procedimento escrito e com regras definidas por órgãos arbitrais e/ou pelas partes, a arbitragem costuma oferecer decisões especializadas e mais rápidas que as judiciais
Quem Pode Ser Juiz Arbitral?
Consoante o Art. 13 da Lei 9307/96 qualquer pessoa capaz e de confiança das partes pode atuar como mediador ou árbitro. Recorrendo-se aos primeiros artigos do novo Código Civil constata-se que as pessoas capazes são, basicamente, os maiores de 18 anos e mentalmente suficientes. Com isso, exclui-se a necessidade de qualquer formação na área de Direito ou em qualquer outro ramo do saber contemporâneo. 
Níveis de conflito
Nível 1- Discussão – é normal, racional, aberta, objetiva.
Nível 2 - Debate - as pessoas começam a fazer generalizações e buscar padrões de comportamento. O grau de objetividade começa a se reduzir.
.
Níve3 - Façanhas - as duas partes demonstram uma grande falta de confiança no caminho escolhido.
 Nível 4 - Imagens fixas - são estabelecidas imagens pré-concebidas da outra parte. Há uma pequena objetividade e as posições começam a se tornar fixas e rígidas
Nível 5 - “Loss of face” - torna-se difícil para cada uma das partes retirar-se.
 Nível 6 - Estratégias - a comunicação se restringe a ameaças, demandas e punições.
 Nível 7 - Falta de humanidade - começam a acontecer os comportamentos destrutivos. Os grupos começam a sentir-se e se ver como menos humanos.
 
Nível 8 - Ataques de nervos - a autopreservação passa a ser a única motivação. Indivíduos ou grupos preparam-se para atacar e ser atacados.
Nível 9 - Ataques generalizados - não há outro caminho a não ser um lado vencendo e o outro perdendo.
 Se o conflito é ignorado ou reprimido, ele tende a crescer e se agravar. 
Porém, se ele é reconhecido e são tomadas ações construtivas, então ele pode ser resolvido mais facilmente, podendo inclusive tornar-se uma força positiva para a mudança.
Diferenças
Conciliação 
Bastante confundida com a mediação, porém são distintos. Na primeira o conciliador faz sugestões, interfere, oferece conselhos. Na segunda, o mediador facilita a comunicação sem induzir as partes ao acordo.
Arbitragem
As Pessoas envolvidas elegem um árbitro para decidir suas divergências. Não possuem portanto o poder de decisão.
Referências 
MORAIS, Jose Luis Bolzan. Mediação e arbitragem: alternativas à jurisdição! Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999.
SALES, Lília Maia de Morais. Justiça e mediação de conflitos. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
https://www.passeidireto.com/arquivo/20314771/mediacao-de-conflitos
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. AZEVEDO, André Gomma de (Org.). Manual de Mediação Judicial, 5ª edição. Brasília: Conselho Nacional de Justiça, 2015.

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