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Introdução à Ventilação Mecânica Invasiva e não-Invasiva Profª Giselle Cristina Ensino Clínico de Alta Complexidade Introdução: Ventilação Mecânica é a aplicação por meio invasivo ou não, de uma máquina que substitui, total ou parcialmente, a atividade ventilatória do paciente; Um breve histórico: As primeiras citações sobre a teoria da respiração aparecem nos escrito antigos Egípcios, Chineses e Gregos. 1864 - Jones patenteou um dos primeiros ventiladores de pressão negativa. 1876 - Primeiro "iron lung" do Dr. Woillez de Paris (Pulmão de aço – surto de Poliomielite); Histórico: Histórico: Enfermeiras prestando assistência ventilatória durante a 2° guerra mundial. Histórico: 1951: Construção do primeiro ventilador de pressão positiva - Bird Mark 7 ( Redução do óbito de 70% para 10%). 1967: ventilação controlados eletronicamente; 1970: ventiladores controlados a pressão e a volume com limite de pressão. 1980: ventiladores microprocessados; Objetivos: Correção da hipoxemia e acidose respiratória; Aliviar o trabalho respiratório; Reverter ou evitar a fadiga respiratória; Diminuir o consumo de O2 sistêmico e miocárdico; Prevenir e tratar atelectasias; Estabilizar a parede torácica; Métodos Disponíveis: Métodos Invasivos Métodos Não - Invasivos • Tubos Traqueais e Endotraqueais • Tubos de Traqueostomias • Cânulas Orofaríngea (Guedel); • Cânulas Nasofaríngea; • Mascara Laríngea • Máscaras Faciais; Ventilação Mecânica Invasiva: Ciclo Respiratório: Para entender bem como funciona a ventilação mecânica, é fundamental conhecer as quatro fases do ciclo respiratório. 1. Inspiratória: É a entrada de ar do aparelho para os pulmões; 2. Ciclagem: É a mudança da fase inspiratória para a face expiratória; 3. Expiratória: É a saída do ar dos pulmões para o aparelho; 4. Disparo (Trigger): É a mudança da fase expiratória para a fase inspiratória, ou seja, o ciclo se reinicia; Parâmetros Ventilatórios: É importante conhecer os parâmetros utilizados em VMI. Pressão Inspiratória PEEP Tempo Inspiratório Tempo Expiratório Volume Corrente Fluxo Inspiratório FIO² Sensibilidade Parâmetros – Pressão inspiratória e Expiratória: Pressão Pressão Inspiratória: é a pressão utilizada para enviar o gás para dentro dos pulmões. Promove a expansão e/ou reexpansão das áreas colapsadas. PEEP: É a pressão positiva ao final da expiração. Também pode ser utilizada para evitar, minimizar ou reverter os colapsos alveolares. Comumente o valor é de 5cm/H2O. PEEP: Positive end expiratory pressure Parâmetros: Tempo inspiratório e Expiratório: Parâmetros: Tempo inspiratório e Expiratório: Relação inspiração : expiração: Quando programamos uma frequência respiratória temos que visualizar a janela de tempo. Fazemos isso da seguinte forma: dividimos a frequência programada por um minuto, determinando assim o fluxo: Ex: FR = 10 irpm 60 seg = 6 segundos 10irpm Isso significa que meu ciclo respiratório irá durar 6 segundos entre a inspiração e a expiração. I : E = 1: 1 Teremos 3 seg para inspirar e 3 seg para expirar I : E = 1 : 2 Teremos 2 seg para inspirar e 4 seg par expirar Parâmetros: Volume corrente Parâmetros: FIO2 FiO² = Fração de oxigênio inspirada em uma mistura de gás; É a quantidade de oxigênio oferecida, ou seja, o percentual de oxigênio ofertado. Ex: Foi programado 40% de oxigênio, isto significa que os outros 60% são de ar comprimido; CÁLCULO DA FIO2: 4 X VOLUME (EM LITROS) + 21% Parâmetros: Fluxo Inspiratório Parâmetros: Frequência Parâmetros: Sensibilidade É a capacidade do ventilador perceber um esforço gerado pelo paciente e responder a esse esforço iniciando um ciclo respiratório. Esse parâmetro pode ser a pressão ou fluxo. Quanto maior o ajuste, mais força o paciente tem que fazer para que o respirador perceba que ele quer respirar e abra a válvula de fluxo; Modalidades da Ventilação Mecânica: A ventilação mecânica invasiva pode ser utilizada em algumas modalidades principais de funcionamento: Controlada Assisto/Controlada SIMV Pressão de suporte Ventilação Mecânica Invasiva: Ventilação Mecânica Controlada (Control mode ventilation - CMV): Os ciclos respiratórios são controlados pelo equipamento, independentemente do esforço inspiratório do paciente; Vantagens: Repouso da musculatura respiratória; Permite hiperventilação; Nas situações de instabilidade hemodinâmica; Desvantagens: Paciente é incapaz de respirar entre os ciclos; Níveis elevados de pressão; Barotrauma /Alcalose respiratória; Hipotrofia da musculatura respiratória; Efeito deletérios na hemodinâmica; Modalidade Assisto/Controlada: O que é? Os ciclos respiratórios são iniciados pelo esforço do paciente. O operador determina o esforço necessário para disparar o ciclo (sensibilidade). Quando o disparo ocorre pelo aparelho (através da frequência respiratória pré-determinada), o modo é controlado; quando ocorre disparo pelo paciente, o modo é assisto/controlado.) Modalidade Assisto/Controlada: Indicação: Indicada em situações em que o paciente tenha um esforço inspiratório normal, contudo com uma musculatura respiratória incapaz de realizar todo o trabalho respiratório para manter um ventilação adequada. SIMV-Ventilação Sincronizada Mandatória Intermitente: O que é? Esse modo permite que o ventilador aplique os ciclos mandatórios pré-determinados em sincronia com o esforço inspiratório do paciente. Se o paciente não disparar o ciclo, será disparado pelo ventilador. Indicação: O paciente tem drive respiratório, mas não consegue sustentar durante todo o período em ventilação espontânea; às vezes necessita do auxílio do respirador. Como o paciente participa mais da ventilação, leva a uma menor ocorrência de atrofia da musculatura respiratória. Ventilação com Pressão de Suporte: O que é? Todos os ciclos ventilatórios são espontâneos, ou seja, disparados e ciclados pelo paciente. O ventilador assiste a ventilação através de uma pressão positiva pré-determinada durante a inspiração. Comumente utilizada como modalidade prévia à extubação; Indicação: Indicada para pacientes que apresentem drive respiratório, e que tenha musculatura respiratória conservada. Pode levar a hipoventilação e fadiga muscular. Desmame Ventilatório: O desmame ventilatório consiste em técnica da retirada gradual e progressiva do ventilador mecânico em pacientes portadores de insuficiência respiratória. Critérios para o desmame: Resolução ou melhora da causa da falência respiratória; Suspensão ou diminuição de drogas sedativas e bloqueadores neuromusculares; Estado normal de consciência; Ausência de sepse ou estado gerador de hipertermia; Desmame Ventilatório: Estabilidade hemodinâmica; Desordens metabólicas/eletrolíticas corrigidas com suporte nutricional adequado e controle sérico com reposições eletrolíticas sempre que necessário; Nenhuma expectativa de cirurgia de porte; Boa gasometria (PaO2 > 60 mmHg a uma FIO2 < 40%; PEEP < 5 cmH2O; PAO2/PaO2 > 0.35; PaO2/FIO2 > 200 mmHg); Resultados bons e preferencialmente estáveis dos exames clínicos e complementares (ausência de respiração descoordenada, boa ausculta pulmonar, boa mecânica ventilatória, edema pulmonar tratado, broncoespasmo cedendo e já em valores razoáveis, focos infecciosos controlados). Extubação: Extubação: Significa a retirada da via aérea artificialapós atingidos os parâmetros que garantam a respiração espontânea definitiva. Cuidados: Gasometria satisfatória; Jejum por seis horas antes e após o procedimento; Informar e tranquilizar o paciente; Manter carro de PCR próximo; Desinsuflar o cuff; Aspirar via aérea; Ventilação Mecânica Não-Invasiva (VNI): É um método de VM que não necessita de intubação endotraqueal. Ele utiliza como dispositivo máscaras com cuff que podem ser faciais, nasais ou faciais totais; Essas máscaras são acopladas a um ventilador de pressão positiva ou a um gerador de fluxo; Ventilação Mecânica Não-Invasiva: Indicações: Agudização do DPOC; Edema pulmonar; Doenças Neurológicas; Desmame; Vantagens: Diminui trabalho respiratório e recruta alvéolos. Necessita cooperação do paciente Evitar o TOT; Oferecer conforto; Maximizar a qualidade de vida; Ventilação Mecânica Não-Invasiva: Contra-indicações : Rebaixamento do nível de consciência Hipoxemia refratária Instabilidade hemodinâmica Trauma facial Lesão gástrica aguda Lesão esofágica Ventilação Mecânica Não-Invasiva: Atualmente os aparelhos mais utilizados são os ventilados a pressão positiva, são eles: CPAP, EPAP, BIPAP e RPPI. Ventilação Mecânica Não-Invasiva: CPAP: Modo de ventilação mecânica no qual o paciente respira espontaneamente através do circuito pressurizado do aparelho, com aplicação de pressão positiva via trato respiratório superior com o intuito de aumentar a ventilação alveolar. Conexão entre paciente e ventilador (através de mascaras); Pressão positiva é mantida constante; Ventilação Mecânica Não-Invasiva: Define-se que o CPAP melhora a oxigenação e diminui o trabalho respiratório e o esforço ventilatório, reduzindo a necessidade de intubação e de ventilação mecânica; Ventilação Mecânica Não-Invasiva: Cuidados: Preparo psicológico prévio (sempre que possível - conversar com o paciente preparando para o tratamento que vai ser feito). As máscaras devem ser de uso individual (quando possível); Utilizar máscaras que adaptem melhor ao seu paciente; Estar sempre atento ao peso do circuito do ventilador para não forçar a interface. Medir a circunferência abdominal antes e de 4 em 4 horas; VIA AÉREA VIAS AÉREAS: Questão fundamental Prevenção da hipoxemia – é o que mata! Via aérea desobstruída O que usar para oxigenar? Ventilação eficiente Obstrução das Vias Aéreas Queda de língua Corpo estranho Secreção Fraturas faciais Prevenção da queda de língua: 1. Elevação da mandíbula modificada no trauma 2 .cânulas oro e nasofaríngea SUPORTE VENTILATÓRIO 1.BÔCA-MÁSCARA SUPORTE VENTILATÓRIO: VIA AÉRAS DEFINITIVA INDICAÇÕES: INCONSCIÊNCIA: apnéia, ECG < = 8 e proteçãoVA IMPOSSIBILIDADE DE MANTER AS VIAS AÉREAS POR OUTROS MÉTODOS (fraturas faciais graves, risco de obstrução por hematoma, lesão de vias aéreas; HIPÓXIA/HIPOVENTILAÇÃO/CHOQUE ; lesões por inalação,TCE com necessidade de hiperventilação, ETC. SUPORTE VENTILATÓRIO: INTUBAÇÃO PROPORCIONA VIA AÉREA EFETIVA PERMITE A OFERTA DE OXIGÊNIO SUPLEMENTAR GARANTE VENTILAÇÃO ADEQUADA EVITA BRONCOASPIRAÇÃO PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL SUPORTE VENTILATÓRIO INTUBAÇÃO INTUBAÇÃO ORO-TRAQUEAL: INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL ABORDAGEM CIRÚRGICA CRICOTIREOIDOTOMIA 1.LOCAL DA PUNÇÃO 4. POSIÇÃO 2. INCISÃO 5. FIXAÇÀO 3. INTRODUÇÃO 6. JELCO OUTROS MÉTODOS EMERGENCIAIS MÁSCARA LARINGEA INSERÇÃO ML LINHA PRETA LONGITUDINAL INSERÇÃO ML INSERÇÃO ML CombiTube ™ CombitubeTM
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