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PENSAMENTO E LINGUAGEM

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1 
PENSAMENTO E LINGUAGEM 
 
 
PENSAMENTO 
 
 Pensar é formar conceitos que organizam nosso mundo, resolvem problemas, 
tomam decisões e efetuam julgamentos. 
 Pensamento é uma atividade mental associada com o processamento 
(sensopercepção), com a compreensão e a comunicação de informação. 
 
1. Construção do Pensamento 
 
1.1 Conceito: agrupamento mental de objetos, eventos e pessoas similares. Ao pensar 
sobre objetos, pessoas e eventos do nosso meio, há uma tendência a simplificar – 
formar conceito. 
Exemplo: o conceito de cadeira resume uma variedade de itens: cadeira alta de 
bebê, uma cadeira de balanço, as cadeiras em torno da mesa de jantar, a cadeira de 
dentista. 
 
Uma vida sem conceitos, solicitaria um nome diferente para cada objeto e ideia. 
Exemplos: não seria possível pedir para uma criança jogar bola, porque não haveria 
conceito de bola. 
 
Para explicar o que é estar “zangado”, seria necessário descrever expressões faciais, 
intensidades vocais, gestos e palavras. 
 
OS CONCEITOS PROPORCIONAM MUITAS INFORMAÇÕES COM UM 
MÍNIMO DE ESFORÇO COGNITIVO. 
 
 É possível organizar conceitos por hierarquia. 
Exemplo: um Bairro está dentro de uma Cidade, que está dentro de um 
Estado, que está dentro de um País. 
 
 É possível formar conceitos por definição (explicação precisa; compreensão 
de um conceito). 
Exemplos: por definição uma ave é um animal que tem asas, penas e que 
choca um ovo. 
 
Informados que um triângulo tem três lados, passamos a classificar todas as 
formas geométricas de três lados como triângulos. 
 
 É frequente formar conceitos pelo desenvolvimento de protótipos. Quanto 
mais algo combina com o nosso modelo de um conceito, mais prontamente o 
reconhecemos como um exemplo do conceito. 
 2 
Exemplo: “amor materno” e “amor a si mesmo” se qualificam como amor. 
Mas muitas pessoas concordam que o “amor materno” é um tipo de “amor” 
porque combina melhor com seu protótipo de amor. 
 
 
 
1.2 Resolução de Problemas: envolve trabalho mental para superar os obstáculos que 
impedem a resposta a uma questão. É possível resolver problemas por estratégias 
de: 
 Tentativa e Erro: ensaio e erro. 
Exemplo: Thomas Edison experimentou vários filamentos para a lâmpada 
elétrica antes de encontrar o que funcionava. 
 
 Algoritmo: caminho formal para alcançar uma solução – um procedimento 
passo a passo que garante uma solução. 
Exemplo: encontrar outra palavra usando as letras SPLOIOCAIG – é 
possível experimentar cada letra em cada posição o que levaria muito tempo. 
Computadores utilizam algoritmos, mas seres humanos costumam usar estratégias 
heurísticas. 
 
 Heurística: estratégias de atalho, informais e especulativas para resolver 
problemas, as quais algumas vezes funcionam outras não. Esse tipo de 
estratégia também envolve ensaio e erro. 
Exemplo: para encontrar outra palavra usando as letras SPLOIOCAIG, é 
possível excluir combinações como os dois CG juntos. Usando a heurística 
e por ensaio e erro, alcançar a resposta. 
 
 Insight: compreensão nítida e aparentemente súbita de um problema que 
ajuda a resolvê-lo. 
Exemplo: uma criança de dez anos, por meio de insight, resolveu o 
seguinte problema: como salvar um filhote de pardal que caíra num buraco 
estreito, de um metro de profundidade, em uma parede de cimento? 
Solução: despejar areia devagar, dando, ao pardal, tempo suficiente para 
ficar de pé na areia sempre subindo. 
 
Segundo a concepção dos três processos, o insight envolve um uso 
especial de: 
- codificação seletiva: envolve a informação codificada na memória. Assim 
basta selecionar a informação que é importante aos nossos propósitos e 
separar a informação sem importância. 
Exemplo: em sala de aula o aluno deve separar os pontos críticos e os que 
não são necessários. 
 
- combinação seletiva: combinar informações importantes de modo inédito e 
produtivo. 
 3 
Exemplo: em um trabalho de conclusão de curso, o aluno sintetiza as 
anotações de pesquisa de uma maneira que trate da questão central do seu 
trabalho. 
 
- comparação seletiva: percepção inédita de como a nova informação se 
relaciona com a antiga informação. 
Exemplo: em um trabalho de conclusão de curso, o aluno pode basear-se em 
alguns trabalhos já realizados na área e relacionar a antiga informação com a 
atual. 
1.2.1 Auxílios e Obstáculos à Resolução de Problemas 
Auxílios: 
 Transferência positiva: refere-se ao transporte de habilidades, devido à 
experiência anterior, em resolver problemas similares ou relacionados. 
 
 Transferência intencional (procurando analogias): ao procurar analogias, 
é preciso tomar cuidado para não associar duas coisas que sejam 
analogicamente irrelevantes. O que importa nas analogias não é a 
similaridade do conteúdo, mas quanto suas estruturas de relação se 
correspondem. 
Exemplo: o que há de comum entre a baleia e o cachorro? 
 
Obstáculos: 
 Fixação: incapacidade de perceber um problema a partir de uma nova 
perspectiva. A pessoa fica fixada no uso de uma estratégia que funcionou no 
passado, mas que não funciona para o atual problema. 
Exemplo: combinar o processo de resposta do subteste informação 
 com o subteste compreensão. 
 
 Fixidez funcional (fixação funcional): incapacidade para perceber que 
alguma coisa, cujo uso específico é conhecido, também pode ser usada para 
atender outras finalidades. A fixidez funcional impede a pessoa de resolver 
novos problemas mediante o uso de velhos instrumentos de uma maneira 
inédita. 
Exemplo: procurar uma chave de fenda quando uma faca faria o mesmo 
trabalho. 
 
 Estereótipos: considerado um aspecto de cognição social – são crenças de 
que os membros de um grupo social tendem a ter relativamente, de modo 
uniforme, determinado tipo de característica. 
Exemplo: todo jogador de futebol é ignorante. 
 
 Transferência negativa: impedimento de resolução de problemas como 
resultado de experiência anterior em resolver problemas aparentemente 
relacionados ou similares. 
 4 
Exemplo: dificuldade em analisar casos clínicos de maneira independente. 
“Todos os problemas de aprendizagem estão relacionados com baixo 
potencial de inteligência”. 
 
1.3 Tomada de Decisões e Formação de Julgamentos: no curso da vida diária, os 
julgamentos e as decisões são constantes. O objetivo de julgar e tomar decisões é o 
de selecionar dentre escolhas ou avaliar oportunidades. 
Exemplos: escolher um carro que lhe agradaria mais pela quantidade de dinheiro 
que você tem. 
- escolher um curso, que universidade cursar, qual área seguir, etc... 
 
1.3.1 Atalhos mentais para tomada de decisões: é provável que as pessoas tomem 
decisões baseadas em estratégias heurísticas (estratégias de atalho informais e 
especulativas para resolver problemas, as quais algumas vezes funcionam outras 
vezes não). 
 
 Heurística da Representatividade: quando a partir de uma amostra de fatos 
há generalização. 
Exemplo: conhecer bem algumas pessoas que moram no Rio Grande do Sul 
e tê-las como hospitaleiras e honestas – passar a generalizar que todas as 
pessoas do Rio Grande do Sul apresentem essas características. 
 Heurística da Disponibilidade: fazer julgamentos baseados na informação 
que está prontamente disponível na memória, sem ter o trabalho de procurar 
a informação menos disponível. 
Exemplos: a opção de gastar ou não dinheiro com loterias, depende do 
nosso pressentimento sobre as possibilidades de enriquecer. 
 
- corretores de seguros de vida e contra roubo às vezes exploram nossa 
tendência para acreditar que os eventos são mais prováveis se podemos 
imaginá-los com facilidade.Ao fazer as pessoas imaginarem sua família de 
luto ou seus bens roubados, os corretores podem fazer com que as imagens 
desses desastres perdurem, dando a impressão de que sua ocorrência é mais 
provável e mais intensa à necessidade correspondente. 
 
1.3.2 Tendenciosidade em favor da confirmação: as pessoas demonstram em 
tendenciosidade em favor da confirmação em seu raciocínio, aceitando como 
mais lógicas as conclusões que estejam de acordo com suas convicções. 
Exemplo: Premissa 1 : os defensores da democracia acreditam na liberdade de 
expressão; 
Premissa 2: Os ditadores não acreditam na democracia; 
Conclusão: Os ditadores não acreditam na liberdade de expressão. 
Obs: se essa conclusão parece lógica, você está experimentando a tendenciosidade em 
favor da confirmação – tendência para nossas convicções distorcerem nossa lógica (a 
premissa 1 não exclui a possibilidade de que outros, até mesmo ditadores, acreditem na 
liberdade de expressão). 
 
 5 
Considere outro conjunto de declarações com idêntica forma e lógica. Observe como é mais 
fácil refutar a conclusão: 
Premissa 1: pardais têm penas; 
Premissa 2: galinhas não são pardais; 
Conclusão: galinhas não têm penas. 
A validade dedutiva não é igual à verdade. Uma pessoa pode chegar a uma conclusão 
válida mas completamente incorreta. A exatidão da conclusão depende da veracidade das 
proposições 
 
 
 
LINGUAGEM 
 
São as palavras escritas, faladas ou gesticuladas e as maneiras como combinamos para 
comunicar um significado – facilita e expressa nossos pensamentos. 
 
1. Estrutura da Linguagem 
A linguagem é constituída por sons básicos chamados fonemas; unidades 
elementares de significado que incluem os prefixos e sufixos chamadas morfemas 
(morfo = forma); a semântica (significado) que é o conjunto de regras que usamos 
para extrair um significado de morfemas, palavras e frases; sintaxe (regras para 
ordenar as palavras), que formam a gramática (estudo e tratamento da linguagem). 
 
2. Desenvolvimento da Linguagem 
 Todas as crianças de todas as culturas dominam o complicado sistema de sua 
língua materna, a menos que privações ou problemas físicos interfiram. 
Sons, sentidos, palavras e sequências de palavras, volume, tom de voz, 
devem ser coordenados antes que uma criança seja capaz de comunicar 
eficientemente em conversas. 
 
 Skinner explicou que aprendemos a linguagem pelos princípios familiares da 
imitação e reforço, isto é, repetindo comportamentos que levem a algum tipo 
de resultado positivo. 
 
 
 Pesquisas em linguística demonstraram que as crianças são biologicamente 
preparadas para aprender palavras e usar a gramática. As primeiras 
vocalizações de uma criança não são imitações mas criações originais. 
Sendo que elas não têm muita chance de serem recompensadas porque são 
“incorretas” mesmo que faça sentido para as pessoas envolvidas. 
Exemplo: “acha papel”; “homem-dente” (dentista); “moquito carro”. 
 
 Pesquisadores que estudaram as interações entre crianças pequenas e seus 
pais descobriram que estes raramente corrigem a pronúncia e a gramática 
durante os estágios iniciais do desenvolvimento da linguagem. Eles têm 
 6 
mais probabilidade de responder ao conteúdo dos comentários de uma 
criança. 
 
 Os adultos que cuidam de crianças parecem adaptar sua linguagem para ficar 
um pouco mais à frente delas. À medida que a criança progride, os adultos 
tendem a modificar sua linguagem de modo a ficarem um pouco mais 
avançados do que o nível atual de desenvolvimento delas, estimulando, 
assim, um novo entendimento. Os adultos oferecem o suporte, andaimes da 
aprendizagem, que Vygotsky recomendou. Os adultos ficando ligeiramente 
mais adiantados em sua linguagem, podem criar desequilíbrio, segundo 
Piaget, e estimular o desenvolvimento como resultado. 
 
 Fatores biológicos e relativos à experiência, desempenham um papel no 
desenvolvimento da linguagem. A criança desenvolve a linguagem à 
medida que desenvolve outras habilidades cognitivas, tentando atribuir 
sentido ao que ouvem, procurando padrões e criando regras para 
montar o quebra-cabeça da linguagem. As recompensas e correções 
ajudam a criança a aprender o uso correto da linguagem, mas seu 
pensamento e criatividade são importantes. 
 
3. Pensamento e Linguagem 
 
3.1 A Influência da Linguagem sobre o Pensamento: as palavras transmitem 
idéias, e idiomas diferentes representam maneiras diferentes de pensar. Embora a 
hipótese da relatividade linguística sugerisse que a linguagem determina o 
pensamento, é mais adequado dizer que a linguagem influencia o pensamento. 
 
3.2 Pensamento sem Linguagem: algumas idéias, como a habilidade de perceber e 
lembrar cores diferentes, não dependem da linguagem, às vezes pensamos em 
imagens em vez de palavras, e inventamos novas palavras para descrever novas 
idéias. Assim, podemos dizer que o pensamento afeta a linguagem, que por sua vez 
afeta o pensamento. 
 
Bibliografia 
Myers, D. Introdução à psicologia geral. 5ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e 
Científicos Editora, 1999. p.216-234 (capítulo 10). 
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