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DIREITO CIVIL 1 RESUMO DOS BENS

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DIREITO CIVIL I 
 
1. Conceito de Bens, Patrimônio e objeto de direito: 
Bens: 
Os bens são definidos como coisas ou objetos que possuem utilidade e servem para 
atender uma necessidade humana. Eles podem ser trocados/vendidos numa relação jurídica por 
causa de seu valor econômico ou pelo interesse que desperta. Estão classificados dentro do 
Código Civil (Lei nº 10.406/2002) no livro II - Dos Bens, nos artigos 79 a 103. 
Patrimônio: 
É o conjunto de bens que uma pessoa possui, podendo ser bens materiais ou 
imateriais, corpóreos ou incorpóreos, tangíveis ou intangíveis. 
Objeto de direito: 
É o bem ou a vantagem determinada pela ordem jurídica em relação à pessoa. 
2. Conceituar as diferentes classes de Bens: 
2.1. Considerados em si mesmos 
Bens Móveis: 
“São aqueles suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem 
prejuízos em sua estrutura, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social”. 
(Art. 82 CC). 
Ex.: livros, eletrodomésticos, celular, etc. 
Podem ser classificados em: 
a) Bens móveis por natureza: São bens que podem ser transportados naturalmente 
ou por uma pessoa. 
Ex.: Animais, materiais que ainda não foram utilizados para construção ou os 
materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
b) Bens móveis por determinação legal: Móveis com fins legais, como as energias 
com valor econômico, direitos pessoais patrimoniais e suas ações, direitos reais sobre os objetos 
móveis e suas ações. 
Ex.: O direito autoral sobre um objeto móvel, ou seja, toda a produção intelectual, 
como patentes, desenho industrial, obras artísticas, etc. 
c) Bens por antecipação: Aqueles incorporados ao solo, mas com objetivo de 
transformá-los em móveis. 
Ex.: As árvores cortadas para a produção de um determinado produto. 
Bens Imóveis: 
São aqueles que não podem ser deslocados, sem que haja danos em sua estrutura. 
“São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente” (Art. 79 
CC). 
Ex.: Apartamento, casa, etc. 
Os bens imóveis podem ser divididos em: 
a) Bens imóveis por natureza – o solo, a superfície com todos os seus elementos, 
como as árvores; Imóveis por acessão física industrial ou artificial – são aquelas adquiridas por 
meio do trabalho humano e incorporadas ao solo. 
Ex.: plantações, construções, etc. 
b) Bens imóveis por acessão intelectual – são aqueles que se mantêm imóveis pela 
vontade do proprietário. 
Ex.: objetos de decoração, máquinas, etc. 
c) Bens imóveis por determinação legal – são direito que não podem ser móveis ou 
imóveis, mas para fins de segurança jurídica o legislador considera imóvel. 
Ex.: penhor agrícola, apólices da dívida pública, etc. 
Bens Fungíveis: 
São aqueles bens móveis “que podem substituir-se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade” (Art. 85). 
Ex.: dinheiro, roupa, gado, etc. 
Bens Infungíveis: 
São aqueles que não podem ser trocados, pois são únicos. 
Ex.: uma escultura, um quadro famoso, etc. 
É importante destacar que um bem fungível poderá rapidamente se tornar infungível 
em determinada situação. Por exemplo, como foi dito, o dinheiro é um bem fungível, mas se o 
indivíduo for um colecionador ele se tornará infungível, pois esse indivíduo irá considerá-lo 
único. 
Bens Consumíveis: 
São “bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação” (Art. 86). 
Ex.: alimentos, bebidas, etc. 
Bens Inconsumíveis: 
São aqueles que podem ser usados por um longo período, pois não se destroem 
rapidamente. 
Ex.: Roupas, carros, etc. 
Bens Divisíveis: 
“São os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam” (Art. 87). 
Ex.: Terreno, barra de ouro, etc. 
Bens Indivisíveis: 
São aqueles que não podem ser repartidos, caso contrário, o bem perderá o seu valor 
econômico. 
Ex.: Animal, navio, relógio, etc. 
Bens Singulares: 
São “os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente 
dos demais” (Art. 89). 
Ex.: Um boi, um carro, mesmo fazendo parte de outra coisa maior (boiada, 
concessionária), pode ser vendido separadamente. 
Bens Coletivos: 
São bens que constituem “universalidade de fato a pluralidade de bens particulares 
que, pertencentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária”. “Os bens que formam essa 
universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias” (Art. 90). 
Ex.: Rebanho (conjunto de vacas), biblioteca (conjunto de livros). 
2.2. Reciprocamente Considerados 
Bens Principais: 
São os bens “que existe sobre si, abstrata ou concretamente” (Art. 92), que 
independentes de outros. 
Ex.: Um terreno. 
Bens Acessórios: 
São aqueles que dependem do principal para existir; supõe a existência do principal. 
Ex.: as plantações que precisam de um terreno. 
2.3. Públicos e privados 
Bens Públicos: 
São “os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem” (Art. 
98), ou seja, aqueles pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios. 
São classificados em: 
a) Bem de uso comum – é aberto e é de livre acesso a todas as pessoas. Ex.: Rios, 
praia, mares, estradas, ruas, praças, etc. 
b) Bem de uso especial – quando tem um fim específico. Ex.: Escolas públicas, 
quarteis, etc. 
c) Bens dominicais – responsáveis por formar o patrimônio do órgão público. Ex.: 
terrenos que fazem parte dos órgãos públicos e constituem seu patrimônio. 
Bens Privados (Particulares): 
São aqueles usufruídos por pessoas ou empresas privadas ou particulares.

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