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Guia de Pediatria

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Pediatria
SUMÁRIO
Anamnese -------------------------------------------------------------------------------------- 3
Exame Físico ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
Puericultura ----------------------------------------------------------------------------------- 8
Alimentação ----------------------------------------------------------------------------------------9 
Vacinas --------------------------------------------------------------------------------------------- 14
Infecção das Vias Aéreas Superiores – IVAS ------------------------------------------ 16
Amigdalite Aguda ------------------------------------------------------------------------------- 18
Faringoamigdalite -------------------------------------------------------------------------- 21
ITU Lactente --------------------------------------------------------------------------------- 22
Verminose ---------------------------------------------------------------------------------------- 25
Otite Média Aguda ------------------------------------------------------------------------ 28
Pneumonia Ambulatorial --------------------------------------------------------------------- 31
Rinossinusite Aguda ----------------------------------------------------------------------- 33
Impetigo ------------------------------------------------------------------------------------------ 34
Desidratação ------------------------------------------------------------------------------------- 36
Desnutrição -------------------------------------------------------------------------------------- 44
Anexo ---------------------------------------------------------------------------------------------- 47
Anamnese
Até 6º mês – consultas mensais
Rouquidão
Laringite
Asma (mal asmático)
Resfriado
Corpo estranho
ROUQUIDÃO
1) Laringite Estridulosa
Causa viral
Rouquidão, dispneia aguda, dificuldade respiratória
Ausculta: roncos (sem estertores ou sibilos), há transmissão do estridor
BEG, afebril (maioria)
Mais frequente em atópicos (dermatite, rinite, asma brônquica, prurigo estrófilo (alergia a picada de inseto)) e quando há mudança climática
Início súbito, no meio da noite
Tratamento
Hidratação oral
Vapor d’água (vaporização com água, sem medicação – uso de vaporizador)
Corticóide VO – dexametasona
Manda de volta para casa se faz vaporização, e retornar ao médico se necessário
Internação: devido a condições sociais do paciente – tentativa improvisar
2) Laringite Infecciosa Aguda
Causa viral
Rouquidão, febre, estava com suspeita de resfriado comum
Aparece após 72h – precedida de IVAS
Tratamento
Hidratação oral
Vapor d’água (vaporização com água, sem medicação – uso de vaporizador)
Corticóide VO – dexametasona
Manda de volta para casa se faz vaporização, e retornar ao médico se necessário
Internação: devido a condições sociais do paciente – tentativa improvisar
Uso de ATB se necessário – pode evoluir para infecção secundária (rinossinusite, pneumonia, etc)
3) Epiglotite
Etiologia bacteriana: Haemophilos influenza
Prevenção: vacinação (2, 4 e 6 meses + reforço com 1 ano) - ↓incidência
Rouquidão, dificuldade respiratória, facies toxêmica (boca entreaberta, tiragem de fúrcula e intercostal), febre alta
Risco de óbito com 6 a 8h de evolução
Tratamento
Acesso venoso para hidratação
ATB específico: ceftriaxona (cobre Haemophilos)
Corticoide EV: flebocortide
Avisar equipe cirúrgica – risco traqueostomia (se necessário)
CHIADO
Ausculta: sibilo
Indica secreção baixa
Diagnóstico diferencial com fungor nasal 
Ouve-se sem estetoscópio
Com estetoscópio e nariz obstruído não é mais audível
Ausculta ronco de transmissão – não há secreção pulmonar, há apenas secreção alta (nariz)
Tratamento
Soro fisiológico
Vapor d’água
Descongestionante sistêmico se necessário (naldecon®, descongex-plus®, descon®)
Avaliar se há secreção superior e inferior
DOR ABDOMINAL
Suspeitas: 
Intoxicação alimentar
GECA (virose)
Apendicite
AmigdaliteAvaliarSempre
Pneumonia de base (ausculta com estertor creptante presente ou ausente e ↓MV, raio X)
DISÚRIA
Pensar em ITU
Pedir urina I + bacterioscopia, se positiva faz cultura
Quando em faixa escolar e sexo feminino perguntar sobre corrimento (verde-amarelado) e prurido (vaginal ou anal)
Se presente → vulvovaginite (etiologia mais frequente são as verminoses (oxiúrus))
Avaliar higiene da paciente
ALIMENTAÇÃO
Mamadeira: leite de vaca, leite ninho ou NAN
Preparar com leite de vaca
Ao ½: 50% leite + 50% água 
2/3: 75% leite + 25% água
Integral: 100% leite, sem diluição
Sempre quando diluir o leite deve-se acrescentar hidrato de carbono em 8% (5% de açúcar e 3% de farinha) – compensação do aporte calórico
Perguntar nº de mamadeiras por dia
Depois que inicia-se a alimentação máximo de 4 mamadeiras/dia
Única vitamina reposta é a D (geralmente associada com vitamina A)
HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA
Avaliar tudo que aconteceu no berçário
1) Bossa: 
Coleção serossanguinolenta no couro cabeludo – geralmente ocorre por parto difícil – não é puncionada
Atinge toda extensão da cabeça (difusa) – regride 24-48h de evolução
2) Cefalo-hematoma
Extravasamento serssanguinolento, mais profundo a nível de periósteo
Não regride em 24-48h – podendo ficar até 20 dias na criança
Risco de anemia na criança – avaliar palidez cutânea
Não puncionar – risco de infecção
3) Fratura de Clavícula
Palpação da clavícula ao exame – sente-se creptação (semelhante ao enfisema subcutâneo)
Avaliar reflexo do Moro – está alterado no lado quebrado
4) Coto Umbilical
Queda normal em 7 a 10 dias
Avaliar cicatrização, secreção, mau cheiro
Verificar presença de granuloma 
Tratamento 
Nitrato de prata bastão – queima o granuloma
Quando grandes são ligados com fio de algodão e espera-se necrosar
5) Cronologia do Crescimento
1º mês: firma a cabeça
3º mês: sustenta a cabeça, ao decúbito ventral a criança levanta a cabeça
6º mês: senta
8º mês: criança em pé com apoio
9º mês: engatinha ou não
1 ano: anda sem apoio
Alterações podem ocorrer por:
Falta de alimentação
Falta de estímulo
Alterações neurais
6) Doenças Anteriores
Catapora: mácula, pápula, vesícula, crosta (polimorfismo)
Começa tronco (centro para periferia)
Asma 
HISTÓRIA FAMILIAR
Sempre perguntar casos na família:
Asma
Diabetes mellitus
Tuberculose
Hipertensão arterial
Atopias 
Câncer 
Exame Físico
SEMPRE tirar TODA a roupa da criança
GERAL
1) Pressão Arterial
Somente em casos especiais
Queixas:
Olhos inchados
Abdome e MMII edemaciados
Urina avermelhada (GNDA - glomerulonefrite)
2) Pele
Tirar toda roupa
Escarlatina
Pele em lixa – hiperemia + pele grossa
Etiologia: Streptococcus β-hemolitico do grupo A
Exantema puntiforme
Língua em framboesa
Sinal de Filatov: face hiperemiada com palidez perioral
Sinal da Pastia: linhas acentuadas em região cubital, semelhante a dermetófitos
Pode evoluir para GNDA
3) Gânglios
Há certos aumentos de gânglios que são normais – apenas para defesa
Quando há associação: gânglios maiores + febre alta + emagrecimento (↓peso) → pedir hemograma, raio X de tórax e teste de Mantu (ou PPD)
ESPECIAL
Crânio tabes: sinal de raquitismo, quando aperta região occiptal há afundamento
Cabelos – pediculose (piolhos)
Estrabismo 
Primeiros 6 meses a 1 ano – estrabismo fisiológico
> 1 ano – encaminhar ao oftalmologista, em alguns casos encaminha-se já aos 6 meses
Diagnóstico diferencial com hipertelorismo
Otoscopia – 1 a 3 meses somente se necessário – risco machucar a criança
Primeiros meses fazer só quando queixa
Anquiloglossia – freio da língua espesso, “língua presa”
Sem indicação para odontologista
Tratamento: corte do freio de língua (cirúrgico ou ambulatorial)
Pescoço
Avaliar risco meningite (pensar quando febre + alterações)
Rosário raquítico – sinal do raquitismo
Auscultas
Crepitação 
Intralveolar
Mais finoPresente na inspiração
Broncopneumonia
Sibilos + roncos (mais grosseiro) + subcrepitante (inspiração e expiração, mais solto) – asma
Bolo de ascaris
Clínica 
Palpação reintrancias
Dor abdominal
Vômito
Febre alta
Abdome distendido
Desnutrição (cílios alongados, pavilhão auricular ao dobrar não apresenta resistência)
Circulação colateral
Tratamento
Óleo mineral por SNG até sair pelo reto
Medicação própria
Hérnia umbilical
Cirurgia com 3 a 3,5 anos
Sem risco encarcerar ou estrangular
Coto umbilical – cai com 7 a 10 dias
SEMPRE avaliar órgãos genitais
Fimoses:
Grau I – só vê meato uretral
Grau II – expões parte da glande
Grau III – expõe toda glande, mas forma anel que estrangula (parafimose)
Grau IV – 
Esmegma – sem necessidade de retirar
Maior causa de prolapso retal em crianças = verminoses → reversível com tratamento
Membros – avaliação após 3 a 4 meses do início da deambulação
Reflexos – presentes primeiros 3 a 4 meses
Moro até 3º mês
Marcha reflexa – até 1 mês
Sistema nervoso – avaliação não é feita na criança maior
Avaliar se criança eutrófica ou não
Miiase furunculóide – berne 
Puericultura
Nova puericultura – criança que vai viver 100 anos → longevidade + qualidade de vida
Peso/estatura/perímetro cefálico – tríade essencial para avaliação
Promoção/prevenção saúde – da anticoncepção à adolescência
Qualidade de vida
Avaliação de diversas doenças que antes não eram da pediatria, com o objetivo de prevenção:
Fumo
Álcool
Obesidade
Diversas (vacinas) 
Sal/açúcar
Tríade: mãe (ou responsável), criança e pediatra
Consultas – sempre que possível ir ambos os pais
Avaliar o ambiente – influência constante no desenvolvimento da criança
Retirada sacarose dos leites para criança não sentir o sabor
Retirar sal das sopinhas
Aleitamento materno exclusivo - ↓doenças
Orientar, mas não determinar
Consultas:
Primeiros 6 meses: mensal
6 meses – 1 ano: 2/2 meses
> 1 ano: 3/3 meses
Alimentação
Aleitamento Materno
Sem custo
Vínculo mãe/filho
↓risco contaminação
Profilaxia doenças
↓necessidade da chupeta – evita distúrbios ortodônticos
Para mãe 
Uso como ACO (criança sem outro leite, água ou chá)
Prevenção ca de mama
Obstáculos amamentação:
Medicação
AINE’s e analgésicos NÃO contra-indicam a amamentação
Drogas
HIV
Mães com depressão – avaliar a medicação utilizada
Lábio leporino – assusta mãe, que recusa-se a amamentar
Mamilo curto, invertido ou achatado – pode-se tentar, não é contra-indicado
Uso de peça denominada intermediário – mãe acopla à glândula mamária e criança pode sugar, faz um esforço maior
Pré-termo – sucção débil, não consegue amamentar
Ordenha manual- retira-se o leite
Movimento da mama para retirar o leite
À temperatura ambiente leite fica até 6h sem alterar
Geladeira – 24h
Freezer – 3-6 meses
Uso de vidros – ferve-se o vidro para esterilizar – retira o leite direto da mama para o vidro
Apojadura dolorosa – leite demora para descer
Leite endurece, pois a criança não consegue sugar
Tempo de duração da mamada 10-15 minutos (até 20’)
Alimenta-se de 1 mama inteira e depois, se necessário, dar a outra
Se a criança é inquieta – dá 1 depois a outra na mesma mamada para ativar a criança
Esvaziamento gástrico ideal de 3/3h, porém ocorre geralmente 2/2h ou 1/1h
Mamada pela madrugada:
Primeiros meses – altamente necessária – varia com o ritmo de dormir da criança
É tolerada até os 4 meses
Após 5-6 meses não é mais necessária – deve-se retirar
Intervalo entre as mamadas
1º mês: livre demanda
2-3 meses: 3/3h
> 3 meses: 4/4h
Colostro – amarelado, grosso, espesso; com o tempo vai raleando (mais claro e fino)
Queixas de vômito – pode indicar excesso de alimentação
Vômito + sangue- lactente com leite materno = fissura mamária
Tratamento:
Sol direto no local
Cremes: massê, millar, bepantol
Causa: má pega da criança
Prevenção: higiene com água e sabão no local, lavagem das mãos, um bom banho
Mãe sente dor ao amamentar – avaliar mama
Para amamentar faz-se ordenha
Mastite
Criança com sucção débil
Acúmulo de leite
Local hiperemiado e dolorido – inflamação local
Tratamento: compressas frias (gelo), AINE’s (não contra-indica amamentação), tentativa de ordenha
Ingurgitamento mamário
Empedramento
Criança não mama – acúmulo de leite
Tratamento: compressa de gelo + ordenha manual
Chupeta
Ideal apenas amamentação – não precisa de chupeta
Algumas crianças tem uma maior necessidade de sucção
Usada para acalmar a criança
Usada somente se necessário
NUNCA usar a mel em < 1 ano – risco botulismo 
> 1 ano – ação laxativa
Mamadeiras
1) Fórmulas Infantis
Quando o leite é insuficiente – necessário complementar com fórmula infantil (NAN 1 – 1º semestre; NAN 2 – 2° semestre)
Sempre dar o NAN após a mamada no peito – NUNCA um ou outro
1 medida para cada 30 mL de água fervida
Leite complementar dado no copinho ou colher – evitar mamadeira (risco parar amamentação)
Se não puder usar o NAN deve-se usar leite ninho ou leite de vaca
Fórmulas: nestogeno 1 e 2, aptamil 1 e 2, NAN 1 e 2
2) Leite ninho
0-30 dias à 7,5% (7,5g de leite + 100mL de água fervida) + Hidrato de Carbono
1-6 meses à 10% (10g de leite + 100mL de água fervida) + HC
> 7 meses à 15% (15g de leite + 100mL de água fervida) = leite integral
8% de HC (5% açúcar + 3% farinha)
3) Leite de Vaca
Deve ser bem fervido, diluído em água e acrescentar hidrato de carbono
0-30 dias: LV1/2 (50% leite + 50% água) + HC
1-6 meses: LV2/3 (75% leite + 25% água) + HC
> 6 meses: LV integral
8% de HC (5% açúcar + 3% farinha)
4) Medidas1 colher de café: 2,5g
1 colher de chá: 5g
1 colher de sobremesa: 10g
1 colher de sopa: 15g
Volume da mamada
1º trimestre: 2 primeiros algarismos do peso em gramas X 2,5
4º/5º mês: 2 primeiros algarismos do peso em gramas X 3
Colher
Rasa
Cheia
O volume da mamada é controlado nas consultas
Quando há necessidade aumenta-se 30mL por vez – mãe reclama que o filho não fica satisfeito com o que é dado
Porém muitas vezes pode ocorrer o inverso e a criança não aceitar tudo que lhe é oferecido
5) Açúcar (5%)
Sacarose – ação laxativa
Cristal – menos produtos químicos
Pode-se usar refinado ou mascavo
Destrinomaltose (Nidex®)
Ação menos laxativa que a sacarose
Dextrosol - glicose
Tendência mais obstipante – usada quando há diarreia
6) Farinhas (3%)
Primeiros 3/4 meses – ausência de enzimas desdobradoras de amido (na mucilagem não precisa de enzimas, na farinha precisa) 
A) MUCILAGEM
Primeiros 3/4 meses
Corresponde ao caldo de cozido de 1L de água + 50g de arroz
Mucilagem de arroz é a mais utilizada
Misturar água + leite fervido + mucilon – agitar bem – esperar esfriar a temperatura ambiente
B) FARINHA
Farinha de arroz = creme de arroz
Corresponde a papa + caldo de cozido de 1L de água + 50g de arroz
Apresentações:
Pré-cozida ou instantânea: nutriton, nutribon, mucilon (arroz, aveia, 4 cereais), farinha láctea
Não pré-cozida: creme de arroz (obstipante), creme de milho (laxativo), aveia, maizena
SEMPRE acrescentar 50mL de água a mais para cozinhar, independente do volume da mamadeira, pois corresponde a quantidade que evapora durante o cozimento
Leite de soja – utilizado quando há suspeita de alergia ao leite de vaca
Deve-se ter cuidado pois a criança pode ter alergia ao leite de soja também
Prosobic®, NAN soy®
Zymil® - leite de vaca sem lactose – usado para intolerantes
Volume mamadeiras:
240mL
150mL
50mL (chuca)
REPOSIÇÃO
1) Vitamina D
Primeiros 30 dias reposição apenas de vitamina D (200-400U/dia)
Comercializada associada com a vitamina A
Usada geralmente até os 2 anos
Vitamina A + D:
Ad-til®: 2 gotas/dia
Aderogil D3®: 4 gotas/dia
Vitadesan®: 5 gotas/dia (rede pública)
Protovit®: 12gotas/dia (associa vitaminas A, D e complexo B)
650mL/dia de NAN ou leite materno exclusivo + exposição ao sol →não é necessário reposição de vitamina D
2) Ferro
Feita como profilaxia de anemia
Início 6º/7º mês se paciente em usode NAN/leite materno e 2º/3º mês se em uso de leite de vaca
Sulfato ferroso 1mg/Kg/dia até 2 anos (diário)
1 gota = 1,25mg → 1gota/Kg/dia
Neutrofer, ultrafer, noripurum (quelatos e glicinatos)
0,5 gota/Kg/dia
1 gota = 2,5 mg
Em alguns casos usa-se 1x/semana
Sulfato ferroso solução até 18 meses
5 mL/semana
Para tratamento de anemia usa-se sulfato ferroso 3-5mg/Kg/dia por 4 meses, no mínimo
A correção do hemograma ocorre geralmente com 1 mês, mas são necessários 3 meses para repor o estoque de ferro
Alimentação a Partir 6º Mês
1) Criança em uso de leite materno exclusivo ou NAN
7 meses – introdução dos sucos de frutas e papa de frutas SEM AÇÚCAR
Suco: introduzido entre o intervalo das mamadas – 1 a 2x/dia
Laranja, cenoura, beterraba, goiaba, manga
Início em pequena quantidade com aumento gradual (10mL→20mL→30mL→...)
Papa: quando introduzida elimina 1 horário de mamada
Banana, maçã (obstipante), mamão, abacate (laxativos), pêra, caqui (neutros)
Por 3 dias dar a mesma fruta nas primeiras vezes para avaliar a resposta da criança aquela fruta
Aumento gradual: ½ → 1 → 1,5 → 2 → ...
As frutas são amassadas e oferecidas com colher
Até 8 cuspidas é considerado normal – a criança pode recusar a alimentação nova
Comer banana todos os dias = obstipação – risco sangramento
8 meses – 1ª sopa de legumes
1 pedaço de carne (músculo) + batata + cenoura + chuchu - amassados e oferecidos de colher
Pouco ou nenhum sal
NÃO deve-se colocar açúcar
Não usar liquidificador
Inicialmente criança come pouco – completa com mamada, depois com o tempo substitui totalmente 1 mamada
9 meses – 2ºª sopa de legumes + gema de ovo
Nhame, abobrinha, carne
Sai outra mamada
Gema – não pode ser crua 
10 meses – introduz substância alérgenas
Clara de ovo, chocolate, peixe
11-12 meses – aumenta consistência alimentos
2) Criança em uso de leite de vaca ou ninho
0-30 dias: LV ½ + HC + água nos intervalos
1 mês: LV 2/3 + HC + água nos intervalos + Vitamina A e D + banho de sol
2 meses: suco de frutas 2x/dia
3 meses: papa de frutas
4 meses: 1ª sopa de legumes
6-7 meses: 2ª sopa de legumes
8-10 meses:introdução substâncias alérgenas (clara de ovo, chocolate, peixe)
11-12 meses: aumenta consistência dos alimentos
Criança com aleitamento materno exclusivo já tem sua necessidade de água suprida
Oferecer papa melhor que suco – profilaxia para obstipação
Intervalos entre a introdução de um alimento e outro – mínimo de 30 dias
Sempre quando introduzir um alimento tira 1 mamadeira
Esquema leite de vaca
4 meses – come 3/3h
6h – mamadeira
SUCO
9h – papa de frutas
12h – 1ª sopa de legumes
SUCO
15h – mamadeira
18h – mamadeira
21h – mamadeira
7 meses – come 4/4h
7h – mamadeira
SUCO
11h – sopa + papa de frutas (sobremesa)
15h – mamadeira ou vitamina ou mingau
SUCO
19h – sopa + papa de fruta
23h – mamadeira
Erupção dentária 6-7 meses – pode acordar de madrugada
Pode dar danoninho como sobremesa
Depois de introduzido almoço e jantar – apenas 3 mamadas/dia
Mamadeira 240mL – furo – vira e goteja
Crianças seletivas – poucas vitaminas – uso de pediasure® (suplemento alimentar), coloca-se com água ou leite
Vacinas
BCG
Braço D – verificar marca
Reação ulcerada com pápula, secreção, fístula, crosta = normal → reação da vacina
Teste PPD ou pantu – verifica se há proteção
Gânglio infraxilar – reação da vacina → BCGite – conduta expectante
HEPATITE B
Ao nascer 1ª dose
Vasto lateral da coxa, dolorida, sem reação febril
POLIO
2 meses 1ª dose (Zé gotinha) – VO
A partir agosto 2012 – pólio injetável
TETRAVALENTE
DPT (tríplice bacteriana) – difteria, tétano e coqueluche + Hib (Haemophylos)
Agosto 2012 – pentavalente = tetra + hepatite B; sai a tetra
↑dor local, febre alta (38-39ºC) – no dia da vacina, até 3 dias considerado reação vacinal – uso de medicação apenas se a criança está clinicamente mal, prostrada – uso para melhorar o quadro
 Exantema súbito – 6 meses a 3 anos, febre alta 3-4 dias, com exantema tronco da criança – não funciona com medicação
ROTAVÍRUS
Avanço contra diarreias (principal causa de morte)
VO
PNEUMOCOCICA-10-VALAENTE
Vantagem – pode ser dada aos 2 meses
IM – vasto lateral da coxa
MENINGITE C
↑índice de mortalidade
Febre alta + equimoses
Causa meningococcemia
Até 6 meses calendário completo – agora apenas reforços
FEBRE AMARELA
Mal estar, mialgia, febre alta
TRÍPLICE VIRAL
Reação: febre alta, irritabilidade, coriza, espirros, tosse, exantema macular (sarampinho) → ocorre 5º ao 12º dia da tomada da vacina – dura no máximo 3 dias
DUPLA DO ADULTO
Difteria + tétano
VACINAS PARTICULARES
Varicela
R$160,00 dose
2 doses
Pode levar ao óbito
Hepatite A
Pode levar ao óbito
3-5% hepatite fulminante
2 doses
HPV
Infecção das Vias Aéreas Superiores - IVAS
Rinofaringite aguda – resfriado comum
Tratamento básico:
Analgésico + antitérmico
SF 0,9% para as narinas
Respeitar o apetite das crianças
Complicações (grande importância):
Otite média aguda
Rinossinusite
Pneumonia
SITUAÇÕES
1) Tosse,coriza, espirros, lacrimejamento, febre (37,5-39,5ºC)
Varia com o paciente
↑Tº - criança febril pode estar normal, sonolenta ou extremamente irritada → tentar ↓Tº para reavaliação
Sonolência ou irritação + febre alta + Ø alterações exame físico = meningite
Ausculta = pulmão limpo
Coriza: clara, hialina
Tratamento:
Analgésico + antitérmico (preferência aos que a mãe usa)
Paracetamol: 1gota/Kg de 6/6h
Dipirona: 0,5 – 1 gota/Kg de 6/6h
Ibuprofeno (alivium®): 1 gota/Kg/dia 8/8h
SF 0,9% nasal
< 2 anos: 2 a 4 gotas cada narina 4-5x/dia
Pré escolar: ½ conta gotas cada narina 4-5x/dia
Escolar: 1 conta gotas cada narina 4-5x/dia
Respeitar apetite da criança
Insistir em alimentação pode levar ao vômito – perda do parâmetro de avaliação
Hidratação oral vigorosa
2) Queixa: tosse + peito cheio – tosse, coriza (amarela ou esverdeada), com ou sem febre, pulmão com roncos de transmissão
OBS: febre = Tº > 37,6ºC
Fungor nasal – escuta sem esteto
Com esteto ausculta ronco de transmissão
Oclui a narina e não escuta-se mais
Modifica com a mudança de posição da secreção
Tratamento 
Analgésico + antitérmico (preferência aos que a mãe usa)
Paracetamol: 1gota/Kg de 6/6h
Dipirona: 0,5 – 1 gota/Kg de 6/6h
Ibuprofeno (alivium®): 1 gota/Kg/dia 8/8h
SF 0,9% nasal
< 2 anos: vapor d’água ou inalação
Pré escolar: ½ conta gotas cada narina 4-5x/dia
Escolar: 1 conta gotas cada narina 4-5x/dia
Respeitar apetite da criança
Insistir em alimentação pode levar ao vômito – perda do parâmetro de avaliação
Hidratação oral vigorosa
3) Tosse + peito cheio; ausculta com roncos pulmonares + subcreptantes + sibilos esparsos (asmático resfriado)
Tratamento:
Uso de mucolítico
Ambroxol (bissolvon®, fluibron®)
< 2 anos: 2,5 mL 8/8h
Pré-escolar: 5 mL de 8/8h
Escolar: 7,5 mL de 8/8h
N-acetilcisteína
Acebrofilina (bricanil®) – usado para asmáticos resfriados, ajuda como anti-alérgico
4) Queixa: tosse seca; ausculta: normal, pulmão limpo
Pode ser a evolução do caso A
Quando interferir?
Quando a criança deita e começa a tossir
Quando a criança tosse quando alimenta e vomita
Tratamento
Uso de sedativo da tosse
Fendizoato de cloperastina (seki®)
< 2 anos: 2,5 mL de 8/8h
Pré-escolar: 5 mL de 8/8h
Escolar: 7,5 mL de 8/8h
Tosses rebeldes – tosse com vômito sem melhora com seki® > 15 dias
Gotas binelli: 1 gota/Kg de 8/8h
Belacodid: 1 gota/Kg de 8/8h
Sempre informar a mãe que pode evoluir (piorar)
Sem necessidade pedir raio X de seios da face
Diagnóstico rinossinusite aguda = clínica
Exantema súbito – doença febril viral, surge exantema após 3 dias em tronco
Complicação: convulsão devido o estado febril
Crianças com tendência à crise convulsiva – uso anti-térmico 4/4h
Dipirona melhor para ↓Tº
Amigdalite Aguda
Hiperemia NÃO é igual à amigdalite
Hiperemia + febre = analgésico + antérmico + observação por 72h
É um inflamação da mucosa da faringeque envolve as amígdalas e extensões adjacentes
Podem ser divididas em:
Amigdalites
Faringoamigdalites
Nasofaringites 
ETIOLOGIA
Bacteriana (20%)
1º agente: Streptococcus β-hemolítico do grupo A
Alguns casos (raro): Haemohylos, S. aureus
Viral (80%)
Rinovírus (400 tipos)
Adenovírus
Influenza (já existe a vacina)
Para influenza
Sincicial respiratório
Lactente < 2-3 anos – é viral até que se prove o contrário
CLÍNICA
Inicio súbito de febre (38-39ºC, varia de criança para criança) e dor de garganta
A criança encontra-se:
Prostrada
Abatida
Cefaleia (mais frequente pré-escolar e escolar)
Náuseas
Dor abdominal (comprometimento de gânglios mesentéricos – adenite mesentérica)
Vômitos
Anorexia (podem estar se alimentando normal)
Se com otite média aguda concomitante SEMPRE há recusa alimentar
Observar (raramente) – clínica de etiologia viral:
Rouquidão
Coriza
Tosse
Obstrução nasal
EXAME FÍSICO
Abatida
Febril (39ºC)
Linfoadenomegalia cervical dolorosa
Orofaringe:
Viral
Hiperemia
Hipertrofia
Pontilhados brancos
Bacteriana (pensar em estreptococus β-hemolítico grupo A)
Hiperemia
Hipetrofia
Petéquias no palato
Exudato amarelo
Quando desconfiar que é viral?
Lactentes
Tosse
Rouquidão + dor de garganta
Coriza
Obstrução nasal
Recomendações para o exame físico:
Contenção da criança
Braços para cima e para trás
Não dar mamadeira antes do exame
Existem estudos que demonstram a presença de placas nas amígdalas, mesmo de etiologia viral – observar 72h → viral regride, bacteriana evolui
Apenas hiperemia: uso apenas de analgésico + observação por 72h
Viral – melhora
Bacteriana – evolui com febre persistente, placa e pontilhado
Bacteriana: auto-limitada, ↓Tº com 7 a 8 dias – pode evoluir para complicações (febre reumática)
Presença de petéquias + faixa escolar fala à favor de bacteriana
ESCARLATINA
Alterações orofaringe + hiperemia intensa em tronco (infra-axilar, pubiana) + febre
Pele em lixa – lesões puntiformes (exantema)
Língua em framboesa
Sinais patognomônicos
Sinal de Filatov: palidez Peri-oral
Sinal de Pastia: linhas acentuadas, como dermografismo em face extensora de MMSS
Todos os sinais podem estar presentes ou não
Após algum tempo = descamação de todas as mãos e pés (mais tardio) – necessário tratar o estreptococos
Evolução: 
Hematúria
Olhos inchados
Edema de MMII
Evolução para GNDA (glomerulonefrite difusa aguda)
Diagnóstico diferencial com alergia
Tratamento igual ao da amigdalite (penicilina)
Pode-se usar depaciclina
TRATAMENTO
1) Viral
Analgésico + antitérmico (preferência aos que a mãe usa)
Paracetamol: 1gota/Kg de 6/6h
Dipirona: 0,5 – 1 gota/Kg de 6/6h
Ibuprofeno (alivium®): 1 gota/Kg/dia 8/8h
↓uso devido efeitos colaterais e mascara evolução dos quadros
SF 0,9% nasal
< 2 anos: vapor d’água ou inalação
Pré escolar: ½ conta gotas cada narina 4-5x/dia
Escolar: 1 conta gotas cada narina 4-5x/dia
2) Bacteriana
Penicilina benzatina (bezetacil®) – 50.000 U/Kg
< 25 Kg 600 000 U – ½ frasco – dose única
> 25 Kg 1 200 000 U – 1 frasco dose única
300 000, 600 000 e 2 400 000 saíram do mercado – apenas 1 200 000 ainda no mercado
Aplicada apenas intra-hospitalar
Associar penicilina benzatina + penicilina procaína (despacilina®) 
Início de ação rápido
↑diluição e ↓ efeito doloroso
Penicilina procaína:
< 10Kg 200 000U – ½ frasco
> 10Kg 400 000U – 1 frasco
Associação com benzatina = dose única; só penicilina procaína uso por 7 dias
Amoxicilina
50 mg/Kg/dia de 8/8h por 10 dias
Apresentações:
Para cada 5 mL: 500, 250, 125 mg
Cápsula: 500 mg
Pode ser usada 12/12h amoxicilina BD
5 mL = 400 mg
Alérgicos à penicilina
Eritromicina
Efeito colateral: vômito
40 – 50 mg/Kg/dia 6/6h por 10 dias
Apresentações: 5mL = 125, 250 ou 500mg
Azitromicina
Grande espectro de ação
Efeito colateral: vômito
10mg/Kg/ dia 24/24h por 3-5 dias
Apresentação: 
600, 900 e 1500mg
5mL = 200mg
3 dias – virgem de tratamento
5 dias – refratária, não responde a outro ATB
Quando a criança está vomitando + alergia à penicilina
Lincomicina (frademicina®)
Infantil 300mg, adulto 600mg – IM 12/12h ou 24/24h por 10 dias
Oral - ↓absorção – não usado
3º dia sem febre mas com placa NÃO indica que não foi solucionado
CUIDADO! Com caseum não faz o tratamento
Faringoamigdalite
Amigdalite Aguda
Bacteriana
Amígdalas congestas, hiperemiadas, exudato, febre sem sinal de resfriado, petéquias em palato mole
Uso de ATB aguarda 72h – tempo para ação do ATB 
Estreptococos β-hemolítico
Criança com amigdalite bacteriana – uso amoxicilina – após 72h continua com febre e sem melhora do quadro
Verificar se o ATB está sendo dado corretamente
Associar com clavulanato (amoxicilina + clavulanato) – aguarda mais 72h – criança volta apática e desanimada
SEMPRE antes de trocar ATB pedir um hemograma
Linfocitose + linfócitos atípicos = MONONUCLEOSE
Várias apresentações: febre, febre + dor de garganta, febre + dor abdominal
Tratamento: repouso + sintomático
Penicilina benzatina – lactente – agulha 25x7 ou 25x8
Gengivoestomatite Aguda
REG
Intensa hiperemia em orofaringe
Apenas hiperemia = sintomático (analgésico +antitérmico) + observar por 72h → pode evoluir para cura ou piorar
Coloca espátula = sangramento – devido gengiva extremamente hiperemiada
Febre alta – mesmo com uso de antitérmicos dura 6-7 dias
Altamente doloroso – criança não deixa higienizar o local – pode ocorrer infecção secundária
Orientar a mãe quanto a patologia – baixa resposta à medicação, febre 6-7 dias, tentar alimentar a criança
Complicações:
Infecção secundária
Desidratação
Desnutrição 
Tratamento:
Analgésico sistêmico + tópico (região oral)
Paracetamol: 1gota/Kg de 6/6h
Dipirona: 0,5 – 1 gota/Kg de 6/6h
Ibuprofeno (alivium®): 1 gota/Kg/dia 8/8h
Cepacol, cepacaína
Hexomedine (hexomedina) spray 2 a 3x/dia principalmente antes das refeições
Herpangina
Apenas na orofaringe – só palato e pilares – não é extensa como gengivoestomatite herpética
Febre mais baixa
Criança come um pouco melhor
Tratamento 
Analgésico sistêmico + tópico (região oral)
Paracetamol: 1gota/Kg de 6/6h
Dipirona: 0,5 – 1 gota/Kg de 6/6h
Ibuprofeno (alivium®): 1 gota/Kg/dia 8/8h
Cepacol, cepacaína
Hexomedine (hexomedina) spray 2 a 3x/dia principalmente antes das refeições
Mononucleose Infecciosa
Sinais de resfriado: respiração bucal, coriza, espirros
Tratamento:
SF 0,9% + sintomático
Febre Faringoconjuntival
Febre alta + dor de garganta + conjuntivite
Adenovírus
Conjuntivite folicular
Pode apresentar: 
Se criança com quadros de base (rinite, adenoide, etc) – acúmulo secreção alta → tosse + vômito
Tratamento:
Sintomático
Hidratação
Alimentação leve, líquida e fracionada
Demora 72h para ↓Tº - 6 a 7 dias
Candidíase
Língua + mucosa esbranquiçada
Candidíase = monilíase = sapinho
Preocupação mãe = passar para estomago
Tratamento
Nistatina 0,5 a 1 mL de 6/6h por 10 dias 
ITU Lactente
“...ao mesmo tempo que é hiper diagnosticada é hipodiagnosticada”
Mãe induz pensamento do pediatra
SITUAÇÕES DE CLÍNICA
Criança com 8 meses, com febre há 24h
Exame clínico sem alterações (avaliar gengiva)
Pode ser resfriado, erupção dentária, virose, exatema súbito (febre por 3 dias com surgimento de exantema no tronco, também chamada roséola infantum ou 6ª moléstia)
Se em 72h não desaparecer a febre, pedir urina I + bacterioscopia
...se está irritada
6-7 meses erupção dentária
Tríade:
Irritabilidade
Acorda várias vezes ao dia
Recusa alimentação
20 dias de vida, chorosa, sem alteração ao exame, e em aleitamento materno → cólica
1º pensar em fome – leite insuficiente – observar no fim do mês se não houve um crescimento adequado
Choro fácil, emburrada, não dorme direito → ITU (?)
Pedir urina I + bacterioscopia
...leva muito a mão ao ouvido
OMA ou otalgia, eczema de conduto, atopia
...anorexia e/ou recusa alimentação
Pode ser por excesso de alimentação
No momento em quese inicia almoço e jantar são aceitos no máximo 2 a 3 mamadeiras – intervalos entre as refeições são de 4/4h
...vômito e diarreia
Se não achar uma causa, realizar orientação (dieta) e, se necessário prescrever anti-emético
Se a diarreia parou, mas o vômito não, e a criança volta ao hospital → deixar em observação, se não melhorar deve internar e pedir urina I + bacterioscopia
Atentar a possibilidade de meningite – criança pode convulsionar
...curva pondo-estatural que não vai bem
3000g + 700g + 700g + 100g → pode ser ITU, portanto deve-se pedir urina I + bacterioscopia
4-5 meses peso nascimento duplica
1 ano peso nascimento triplica
2 anos peso nascimento quadruplica
...dermatite amoniacal refratária aos tratamentos habituais
Retirar casos alergênicos (fralda, xixi, ...)
Tratar com pomada protetora – se não melhorar ou até mesmo piorar pode ser infecção secundária (ex: cândida) ou ITU
Para cândida prescrever nistatina e corticoide e em casos resistentes cetoconazol
... cor e odor acentuado
Pré-escolar – atentar a queixa de “dor de barriga”
1º pensar em verminose e tratá-la
Lembrar que pode coexistir verminose e ITU
Escolar
♀ - questionar corrimento
Pensar em ITU após o corrimento, se existir, for tratado
EXAMES
1) Urina I + bacterioscopia
Como colher?
1ª opção: punção supra-púbica
2ª opção: saco coletor, com vários inconvenientes como o uso e a antissepsia
Espera-se encontrar na urina I presença de leucócitos, porém a presença desse não é patognomônica de ITU, podendo ocorrer também infecção de orofaringe e outras situações
SEMPRE pedir bacterioscopia
2) Urocultura, contagem de colônias e antibiograma
É o melhor exame para avaliar a real presença de ITU e os ATB resistentes e sensíveis
Solicitado quando urina I + bacterioscopia alterados
Quando o nº de colôicas > 100 000
Se for necessário entrar com ATB sem o resultado da cultura
TRATAMENTO (antes antibiograma)
Sulfametazol + trimetropin (bactrin®)
40 mg/Kg/dia 12/12h por 10 dias
Apresentação 5mL = 200 mg
Tem no SUS e fácil administração
Cefalexina – 100 mg/Kg/dia de 6/6h por 10 dias
Apresentação: 5mL = 250 ou 500 mg
1 cápsula = 500 mg
Mais segura que a sulfa porém sua administração é mais difícil , pois deve ser realizada em 4 tomadas
Verminose
Queixas:
Dor abdominal
Comer terra
Vontade de comer coisas continuamente
Barriga grande
Machas hipocrômicas na face (ptiríase alba) – estreita relação com crianças portadoras de atopias (asma, rinite, bronquite, etc)
Ideal: realizar primeiramente o exame protoparasitológico para identificar o agente causador
Exames:
Protoparasitológico ou apenas parasitológico quando informar que o material a ser analisado são as fezes → coleta de 1 amostra simples
Pouco pedido
Baixa chance de detectar agente
Protoparasitológico (MIF – mertiolate, iodo, formol) - 1 pote com o líquido utilizado pelo laboratório → coleta de 3 amostras (1 pote) em dias diferentes (consecutivos ou alternados)
Mais solicitado
Grande facilidade para as mães
Protoparasitológico seriado 3 amostras fezes frescas → coleta de 3 amostras em dias diferentes e levar ao laboratório no mesmo dia da coleta 
Mais trabalhoso e dispendioso
Positividade maior
Pedir sempre quando a queixa é dor abdominal crônica (“dor abdominal a esclarecer”), e já foram descartados como possibilidade: ITU, intolerância à lactose, alergia a proteína do leite de vaca, alterações psicossomáticas
Giardia lamblia – criança nauseada na hora da alimentação, vômito, dor abdominal, alimentos saem nas fezes não digeridos (atapetamento da mucosa intestinal), dor semelhante a gastrite, diarreia que pode cronificar
Quando resultado do exame vier negativo, usa-se vermífugo polivalente (mebendazol ou albendazol), mesmo quando a criança não apresentar qualquer clínica
Se possível repetir exame (ideal)
Os polivalentes não agem sobre a Giardia e sobre a Entamoeba hystolitica e Entamoeba coli
Oxiúrus aparece com exame especial – swab anal
Pode levar ao corrimento e dermatite em meninas
Infecção vaginal secundária
Realizar exame protoparasitológico 6 em 6 meses
Polivalentes (exame negativo)
Mebendazol – 100mg, 2x/dia por 3 dias
Após 15 a 20 dias repetir tratamento (proto +)
Se amostra negativa não é necessário repetir
Apresentações:
5mL = 100mg ou 1cp = 100mg
Nomes comerciais: pantelmin®, necamin®
Usado a mais tempo, mas vem sido substituído pelo albendazol por este ser dose única
Albendazol – dose única, 400mg
Apresentações:
1cp = 400mg 
Comprimido mastigável - > 4anos
10mL = 100mg
Mais usado em crianças menores
Nomes comerciais: zentel®, parasin®
Repetir após 15 a 20 dias
Dose dupla → tratamento tênia
Ascaris lumbricoides
Conhecida como lombriga
Causa semi-oclusão intestinal
Tratamento
Polivalentes (mebendazol ou albendazol), repetindo esquema após 7 dias (pico reprodução ascaris)
Levamisol (droga específica) 
Pouco usada, pois não tem na rede pública e sua apresentação é apenas como comprimidos
Apresentações:
1cp = 80mg até 6 anos
1cp = 150mg ≥ 7 anos
Dose única
Repetir após 7 dias
1º exame protoparasitológico – 2 anos
Contaminação pode ocorrer pela água do banho
Os vermífugos podem ser usados a partir dos 2 anos, porém se a criança se contaminar antes deve ser tratado
Giárdia lamblia
Metronidazol (flagil®)
20mg/Kg/dia 12/12h ou 8/8h por 7 dias
Tem na rede pública
Entamoeba histolytica
Tipos
Histolytica – enteropatogênica 
Coli – não patogênica 
Difícil diagnóstico diferencial
Dor abdominal, diarreia, enjoo com exame positivo para Histolytica → tratamento
Com essa clínica, mas com exame positivo para Coli – o que predomina é a clínica, portanto trata-se como Histolytica
Metronidazol
40mg/Kg/dia por 10 dias
2 ou 3 tomadas
Apresentações
10 mL = 400mg (5mL = 200mg)
Oxiúrus 
Crianças irritadas, humor alterado, agitadas, inquietas → tentativa coçar
Meninas – corrimentos, hiperemia vulvar, prurido, escoriações locais
Exame: swab anal (se possível)
Pode iniciar o tratamento sem o exame protoparasitológico
Tratamento
Mebendazol
100mg, 2x/dia por 3 dias
Repetir após 15 a 20 dias
Albendazol
400mg dose única
Repetir após 15 a 20 dias
Pamoato de pirvínio (pyr-pam®, py-verm®)
10mg/Kg/dia, dose única
Repetir após 15 a 20 dias
Específico para oxiúrus
Apresentação:
5mL = 50mg
1cp = 100mg
Fezes ficam vermelhas, semelhante a sangramento → informar a mãe
Exame protoparasitológico positivo para mais de um verme, tratar 1º o ascaris lumbricoides com droga específica, devido ao risco de migração (fígado, pulmão (sd Loeffer))
Otite Média Aguda
Processo inflamatório agudo do ouvido médio; é usualmente complicação bacteriana da reação inflamatória da rinofaringe, sobretudo de origem viral
Criança chega com sintomas de resfriado comum – tosse, coriza, febre ou não → tratamento sintomático
Inflamação da mucosa nasal (resfriado) → trompas auditivas → ventilação e drenagem (alteração) → infecção do ouvido médio por bactérias
FATORES DE RISCO
Lactente – 29 dias a 2 anos
Trompa mais curta, mais horizontalizada (predisposição acúmulo de secreção)
Criança – hipertrofia do tecido linfoide (maior dificuldade respirar e ventilar)
Dificulta drenagem de secreção
Criança ronca, tem voz anasalada, respira pela boca, baba
Postura (horizontalizada ao mamar) → afeta crianças entre 6 e 36 meses → posição da trompa do lactente (horizontalizada)
Não mamar deitado, pois o leite vai para a trompa e causa otite química pelo leite
Criança com rinite alérgica – maior predisposição a OMA
Resfriado = maior acúmulo de secreção
Sexo masculino (sem explicação)
Desmame precoce
Creches (epidemia resfriado)
Crianças socialmente menos favorecidas (desnutridas)
ETIOLOGIA
Viral – 25%
Bacteriana – 60 a 75% (principal etiologia, diferente das amigdalites)
Pneumococo (S. pneumoniae)
Haemofilos influenza frequência
Moraxella catarralis
S. pyogenes5% dos casos
S. aureus
DIAGNÓSTICO
História clínica
Iniciou com um resfriado comum foi prescrito SF 0,9% e sintomáticos 
Após 3 a 4 dias apresenta choro intenso e dor de ouvido
Diferenciar cólica e otalgia em RN e lactente → otalgia = dor constante, choro contínuo
Recomendar analgésico em gotas e aplicação de calor local
QUADRO CLÍNICO
Dor, inquietude, febre alta, recusa alimentação
Coriza serosa e mucopurulenta
Reclama de dor na nuca, secreção nasal mucopurulenta
Pode haver vômito, diarreia (reflexo à infecção e excesso de secreção), e as vezes meningismo (dor na nuca e febre intensa)
Conduta para diferenciar OMA e meningite:
Medicamentos sintomáticos (analgésicos) + observação por 24 horas (dá o diagnóstico diferencial) – se for meningite o quadro fica mais claro, podendo aparecer rigidez de nuca e sinais mais claros da meningite
OTOSCOPIA 
Muito importante
Feita com boa contenção e otoscópio adequado
Achados
Maioria das vezes hiperemia está sempre presente
Isolada não é considerado OMA
Choro intenso pode causar hiperemia na membrana
Opacificação da membrana timpânica (+ febre e dor)
Abaulamento (fácil de ser visualizado)
Perfuração
Mãe chega com queixa que o filho está com o “ouvido vazando”
Líquida, catarral, inodoro
Otorréia: secreção purulenta e fétida
Em alguns casos existe apenas otalgia, sem nenhum achado otoscópico
Está resfriada, mas reclama de dor no ouvido
Pode ser uma otalgia isolada, sem OMA → tratar com analgésico
Em alguns casos uma otite de 20-30 dias atrás deixa uma hiperemia residual
Choro intenso pode causar hiperemia à otoscopia (reflexo vermelho)
Não considerar OMA
Opacificação + febre alta + dor = OMA
TRATAMENTO
Apenas hiperemia
Calor local
Analgésicos sistêmicos
Aguardar 24-48h
Quando há rinofaringite associada + ↑↑secreção
Soro fisiológico
Descongestionantes 
Locais: neosoro ou rinoton 3x/dia por 5 dias
Sistêmicos: decongex plus 1 gota/Kg 8/8h ou xarope 2,5 mL 8/8h
Usar apenas com mães confiáveis, que não vão fazer uso abusivo (leva à dependência)
ATB
Amoxicilina 50mg/Kg/dia, 8/8h, por 10 dias
Apresentações:
Cada 5mL 125, 250 ou 500mg
Se a criança for alérgica a penicilinas: 
Azitromicina 10 mg/Kg/dia, 1x/dia (dose única diária), por 5 dias
Apresentação: 5 mL = 200mg
Paciente em uso de antibióticoterapia - observar por 72h:
Se melhorou – continuar até completar 10 dias
Se não melhorou nem um pouco nessas 72h – trocar ATB:
Pensar em pneumococo resistente, Haemofilos influenza ou Moraxella catarralis
Amoxilina + ácido clavulânico (clavulanato de potássio) 50mg/Kg/dia, 12/12h u 8/8h, por 10 dias
Novamox®
Apresentação: 5mL = 200 ou 400mg
Clarrelin®, Sigmaclav® 
Outra opção: introduzir uma cefalosporina de 2ª geração
Cefaclor (ceclor®) 40mg/Kg/dia, 8/8h, por 10 dias
Apresentações: 5mL = 125, 250 ou 375mg
Em caso de pneumococo resistente a penicilinase
Amoxicilina 90mg/Kg/dia, 8/8h, por 10 dias
Usada com famílias que não tem condição de comprar novamox® ou ceclor® (ausentes da rede pública)
Paciente que chega com OMA + vômitos incoercíveis:
Ceftriaxona 50 mg/Kg/dia, 1x/dia, por 3 dias
Apresentações: frasco/ampola: 250mg, 500mg ou 1g
Dolorosa, IM, diluição na lidocaína
Alto custo, porém é uma opção mais fácil
Antes da ceftriaxona era usada a penicilina procaína 12/12h por 7 dias apenas intra-hospitalar
Se houver apenas hiperemia na otoscopia – tratar apenas sintomatologia – não dar ATB
Se a criança recusa alimentação: não forçar, usar apenas TRO, ver o que a criança aceita
Uso de AINE’s prescrito no PS podem mascarar o quadro de OMA, possibilitando a evolução para uma meningococcemia
Pneumonia Ambulatorial
CASO CLÍNICO
4 anos, vômito + dor abdominal há +/- 12h
Nega diarreia 
Febre 39ºC, hidratada, REG, AP e AC normais, otoscopia normal, orofaringe sem alterações
Abdome distendido, flácido, sem dor a descompressão brusca
Ausência de sinais meníngeos
Comeu baconzitos, coisa que geralmente não come
Qual seria a conduta?
1º momento:
Dipirona 6/6h
Pausa alimentar por algumas horas
Hidratação oral em pouca quantidade
Anti-emético se necessário
Observação 
Não foi pedida urina I (EAS + bacterioscopia), não foi requisitado protoparasitológico, nem hemograma → deve-se esperar 72h para requisitar esse exames
No 2º dia a criança foi examinada
Febre mais baixa (38,7ºC)
Cessação do vômito, mas dor abdominal persistia
Ausculta: ↓MV
Pedido raio X → condensação em base pulmonar E
Criança tratada a nível ambulatorial
PNEUMONIA
Quando uma criança desta está com pneumonia a primeira dúvida é tratar ou não tratar á nível hospitalar
Tratar em nível ambulatorial se em BEG ou REG
Agentes etiológicos mais comuns nesta faixa etária:
Pneumococo – início abrupto
Haemophillus – início insidioso 
TRATAMENTOFórmulas de Peso:
♂ idade x 2 + 8
♀ idade x 2 + 10
Pneumonia por pneumococo
Penicilina procaína 50 000U/Kg/dia
Apresentação: 1 frasco = 400 000U
< 10 Kg ou < 1 ano: 200 000U, 12/12h, por 7 dias 
> 10 Kg ou > 1 ano: 400 000U, 12/12h, por 7 dias
Pedir para a mãe adquirir um termômetro para aferir temperatura da criança por 5 dias, 3x/dia – montar um tabela
	
	M
	T
	N
	5ª (dia do atendimento)
	
	39ºC
	38ºC
	6ª
	37ºC
	36,9ºC
	36,7ºC
	Sab
	35,8ºC
	37ºC
	36,5ºC
	Dom (reatendimento)
	36,9ºC
	36,4ºC
	37ºC
	2ª
	36,8ºC
	36,5ºC
	36,5ºC
Pedir para reavaliar a criança 3 dias depois – a criança apresentou apenas mais um pico febril no mesmo dia do atendimento
Indica que o diagnóstico etiológico foi certeiro e que a criança está respondendo ao tratamento
Caso Clínico: no dia do reatendimento a AP tinha ↓MV ainda, com crepitações (significa que a pneumonia está em resolução), dor abdominal havia desaparecido
Como só teve mais 1 pico febril, mostra que a penicilina procaína foi eficaz
Outro esquema terapêutico, usado quando a criança está vomitando muito:
< 25Kg: 600 000U de penicilina benzatina (1/2 frasco)
> 25Kg: 1 200 000U de penicilina benzatina (1 frasco)
 +
Penicilina procaína 400 000U
IM, dose única
Para criança que não está vomitando:
Amoxicilina 70mg/Kg/dia, de 8/8h ou 12/12h por 10 dias
Lembrar que a febre pode levar até 72h para ceder – observar mais o estado geral da criança
Opção para Haemophillus
Ceftriaxona 100mg/Kg/dia, 12/12h ou 24/24h, por 5 dias VO
Em caso de alergia a amoxicilina, pode-se usar cefalexina (cefalosporina de 3ª geração)
Rinossinusite Aguda
IVAS – evolui para:
Pneumonia
OMA
Rinossinusite aguda
Diagnóstico de IVAS – é feita medicação, mas a criança retorna
↓alimentação – recusa-se a alimentar
Secreção (coriza) amarelo-esverdeada
Febre contínua
Diagnóstico da rinossinusite é clínico
7 a 10 dias de evolução, sem melhora do quadro 
Em casos mais graves pode evoluir com 2 a 3 dias 
Há: febre (↑↑Tº) edema palpebral, cefaleia frontal, tosse noturna, secreção amarelo-esverdeada
Secreção fluindo para orofaringe – tosse, engasga
Analgésico não mascara patologia
AINE’s mascaram a doença – pode interferir – mudança viral para bacteriana
ETIOLOGIA
Pneumococo
Haemophylos
Moraxela catarralis
TRATAMENTO
Amoxicilina
50 mg/Kg/dia de 8/8h ou 12/12h por 10 dias
Se melhora em 72h:
Amoxilina + ácido clavulânico (clavulanato de potássio) 50 mg/Kg/dia, 2x/dia (12/12h), por 10 dias
Novamox®
Apresentação: 5mL = 400mg
Dobra-se a dose se pneumococo resistente: 100mg/Kg/dia
Outra opção: introduzir uma cefalosporina de 2ª geração
Cefaclor (ceclor®) 40mg/Kg/dia, 8/8h, por 10 dias
Apresentações: 5mL = 125, 250 ou 375mg
Alérgicos à penicilina:
Eritromicina
Efeito colateral: vômito
40 – 50 mg/Kg/dia 6/6h por 10 dias
Apresentações: 5mL = 125, 250 ou 500mg
Azitromicina
Grande espectro de ação
Efeito colateral: vômito
10mg/Kg/ dia 24/24h por 3-5 dias
Apresentação: 
600, 900 e 1500mg
5mL = 200mg
3 dias – virgem de tratamento
5 dias – refratária, não responde a outro ATB
Arredondar dosesempre para cima
Impetigo
Mais frequente no RN e crianças até 5-6 anos
Altamente contagioso, provocando auto-inoculação
Mais frequente face e extremidades
Pode haver linfoadenopatia
ETIOLOGIA
Estreptococos
Estafilococos
Misto (associa os dois agentes)
FISIOPATOLOGIA
Mácula eritematosa puntiforme
Vesículas ou bolhas serosas
Melicéria
Rompem-se e deixam erosão
Crosta mais amarelada
Borda sircinada (serrilhada)
CURA
Vai desaparecendo
Lesão crosta
CLÍNICA
Piodermite mais frequente na criança
RN
7-10 dias de vida
Lesões bolhosas axila, pescoço, couro cabeludo, face, virilha – pouca quantidade
Impetigo bolhoso do recém nascido
Agente etiológico: estafilococos
Raramente há febre, porém tem o maior risco de septicemia (RN = imunodeprimido)
5-6 anos
Lesões bolhosas ou feridas (face (próximo narina (impetigo nasal) e pavilhão auricular (impetigo auricular)), tronco, extremidades)
Infecção secundária à OMA, IVAS, etc
Secreção purulenta – coça – contamina
Pode ocorrer com pele saudável ou por infecção secundária (pediculose, estrófilo (alergia à picada de inseto), escabiose (sarna))
Tratamento: primeiro para infecção depois da causa primária
Linfoadenopatia – cervical, occiptal
Reacional ao processo inflamatório
Presença ou não de bolhas
Classificação:
Bolhoso
Não bolhoso
Bolhas mais frequentes no estafilococos (secreção mais espessa), mas também presente no estreptococos (rompe rapidamente – secreção mais fluida – forma crosta)
Pode comprometer o estado geral
Febre presente ou não
TRATAMENTO
1) Do RN (estafilo)
Oxacilina – interna a criança
Cefalexina (cefalosporina 2ª geração) 100 mg/Kg/dia de 6/6h por 10 dias
5 mL = 250 ou 500mg
2) Estreptococos
Penicilina benzatina (bezetacil®) – 50.000 U/Kg
< 25 Kg 600 000 U – ½ frasco – dose única
> 25 Kg 1 200 000 U – 1 frasco dose única
300 000, 600 000 e 2 400 000 saíram do mercado – apenas 1 200 000 ainda no mercado
Aplicada apenas intra-hospitalar
3) Tratamento Tópico
Lavar bem local:
Água + sabão
Permanganato de potássio
Comprimido: 1cp para 2, 3 ou 4L de água
Microcristais
Neomicina + bacitracina (nebacetin®)
Estafilo é resistente
Mupuricina (bactroban®)
Ácido fusídico (verutex®)
Tratamento sistêmico – necessário na maioria dos casos
Quando há apenas 1-2 lesões e há possibilidade de acompanhamento diário pode-se TENTAR apenas o tratamento tópico
COMPLICAÇÕES
GNDA – glomerulonefrite difusa aguda
Desidratação
Definição:
Baixo nível de líquido (água, sais minerais, sais orgânicos) no corpo
↓água → ativa região cerebral da sede
↓pouco líquido e este não é reposto - ↑Na
Condições perda de água:
Perdas insensíveis: sudorese, expiração, febre, atividade muscular, lágrimas
Perdas renais: urina
Perdas gastrointestinais: doenças agudas do TGI (depleção do K+ está muito mais relacionada a intensidade e duração da diarreia do que com a depleção de Na+ e Cl-), fezes, vômitos, diarréia
Mata rapidamente
Maior causa de mortalidade em pediatria
Sinônimo de distúrbio hidroeletrolítico
É a mais frequente das emergências pediátricas (morte rápida)
Ocorre principalmente no lactente – perdas acentuadas por mais vias (respiração, TGI, choro, suor) e falta de ingestão
Principal doença que causa desidratação: diarreia infecciosa
OBS: as 3 grandes causas de mortalidade em pediatria DDD (Desidratação, Desnutrição, Diarréia)
Tripé dos fatores causais:
Baixo nível socioeconômico e cultural
↓idade
Condições climáticas adversas
BASES FISIOLÓGICAS
A criança ao nascer apresenta 79% do seu peso constituído por água, com o crescimento esse percentual diminui (↓água extracelular)
Acompanhando essa perda há variação da concentração iônica:
↓Na corpóreo (principal cátion extracelular)
↑K (acompanhando o aumento proporcional do líquido intracelular)
500g de fezes de uma criança de 5Kg corresponde a 10% da massa corpórea – é um percentual muito elevado
O pH sanguíneo da criança normal é entre 7,3 e 7,4 
O sistema tampão é o mais importante do organismo e evita variações bruscas do pH
“Base excess” (BE) – é a diferença entre as bases tampão totais de uma amostra de sangue e se valor de referência
Diferença positiva – excesso ou acúmulo de base
Diferença negativa – déficit de base ou excesso de ácidos
RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA
(↓O2 celular)
HIPOVOLEMIA
(perda sanguínea ou perda de líquidos e eletrólitos)
DESIDRATAÇÃO
AUMENTO DA SÍNTESE DE ÁCIDO LÁTICO
(ácido forte)
As compensações são feitas pelos rins e pulmões (1º mecanismo de compensação é o tamponamento)
Distúrbios gasométricos:
1) Alcalose metabólica (↓HCO3, ↑H+)
Acúmulo de ácidos fixos ou ↓ do bicarbonato estracelular
Mecanismos compensadores:
Hiperventilação: ↓pCO2
↑absorção renal de HCO3 e ↑excreção de H+ (tardio)
O rim captura CO2 e forma HCO3 + H+, eliminando o H+ na urina e devolvendo o HCO3 para o sangue
2) Alcalose metabólica (↑HCO3)
↑bicarbonato por ganho exógeno, perda de ácido do líquido extracelular e acompanha os casos de depleção de K+
Mecanismo compensador
Hipoventilação (↑pCO2)
3) Acidose respiratória (↑CO2)
↑pCO2
Mecanismos compensatório
Reabsorção de bicarbonato (tardio)
4) Alcalose respiratória (↓CO2)
↓pCO2
Mecanismo compensatório
Renal: ↑ excreção de bicarbonato (tardio)
CO2 + H2O ←→ H2CO3 ←→ H+ + HCO3-
Distúrbio metabólicos não são totalmente compensados pelo mecanismo respiratório, mas distúrbios respiratórios podem ser totalmente compensados por mecanismos metabólicos
Na idade pediátrica há proporcionalidade direta entre massa corpórea e necessidade de água e eletrólitos
GRAUS DE DESIDRATAÇÃO
D I: perda de até 5% da volemia
D II: perda de 5 a 10% da volemia
D III: perda de 10 a 15% da volemia
↓PA
HIPOVOLEMIA
PERDA HÍDRICA
↓FLUXO PLASMÁTICO RENAL
↓ABSORÇÃO HCO3
↓EXCREÇÃO H+
↑ADH
↓RFG
↑REABSORÇÃO NA+ E H2O
OLIGÚRIA COM URINA HIPERTÔNICA
(↓H2O urina muito concentrada)
Diarreias são perdas hipotônicas SEMPRE (perda de grande quantidade de água - ↓concentração)
Toxicose – há perda > 15% da volemia → óbito da criança por IRA ou choque hipovolêmico
SINAIS CLÍNICOS
Queda do estado geral
Irritabilidade
Prostração
Facies 
Perda de peso
Fontanela deprimida
Olhos encovados (fundos)
Baixa elasticidade e turgor da pele
Palidez
Pulso fraco (↓RV)
Taquicardia/taquipnéia
Febre (falta de água - ↑temperatura corporal)
Mucosas ressecadas
Diurese diminuída (oligúria)
Fase tardia:
Pele marmórea (acinzentada e fria)
Extremidades frias (devido vasoconstrição periférica)
Retardo do enchimento capilar
Bradicardia
FATORES QUE COLABORAM COM A DESIDRATAÇÃO
80% do corpo é água
Imaturidade renal
Reabsorção de água nos túbulos renais e colaterais é menor – rim não consegue segurar
Urina hipotônica – muito diluída
Dependência do seio/mamadeira e de outros alimentos (hidratação dependente)
Frequência respiratória maior que no adulto (maior perda insensível)
Relação entre a superfície corpórea e massa corpórea – maior na criança – maior perda insensível
Grande perda pela cabeça – quase igual a metade do corpo – manter sempre coberta para evitar perda de calor (barreira hematoliquórica é mais permeável quanto menor a idade)
Imaturidade imunológica (predisposição a inflamações e infecções)
Ao nascer criança tem apenas os anticorpos IgG maternos 
Adquiri inicialmente pelo leite materno os demais anticorpos
3 meses – janela imunológica – imunidade materna ↓ e a criança passa a produzir seus próprios anticorpos até 8 anos – nesse período criança torna-se predisposta a infecções
Metabolismo elevado (pelo crescimento e desenvolvimento constante)
Maior superfície intestinal em relação a superfície corpórea – qualquer distúrbio gera grande perda de água e torna-se mais propenso a diarreia (vilos curtos – difícil digestão)
Baixo nível socioeconômico – maior propensão a desnutrição - ↑infecções TGI – diarreia e vômitos (desidratação igual para adultos ecrianças)
Imaturidade centro termorregulador – maior facilidade para febre e hipotermia (pode fazer 38ºC se muito agasalhado ou hipotermia em temperaturas baixas)
CLASSIFICAÇÃO
1) Isonatrêmica
Mais frequente (50-60%)
Perda proporcional de água e eletrólitos (Na+) → 130-150 mEq/L
Principal causa: diarreia e vômitos
Não há alteração da pressão osmótica e nem grandes diferenças entre a osmolaridade intra e extracelular
A clínica depende do grau de desidratação
Sinais de espoliação do líquido intersticial
Perda de peso, depressão de fontanelas, olhos encovados, mucosas secas, ↓elasticidade cutânea, ↓turgor e tônus muscular
Sinais de espoliação de líquido vacular
Alteração do estado geral, inquietude, ansiedade, prostração, palidez, colapso circulatório, oligúria/anúria
Diurese normal: 1,5 a 4 mL/Kg/h
Oligúria: < 0,6 mL/Kg/h ou < 15mL/Kg/dia
Anúria: débito urinário < 1mL/Kg/dia ou < 50mL/dia
Características:
Na sérico: 130-150 mEq/L
Osm sérica: 280-310 mosm/L
↓volume extracelular – sem modificar pressão osmótica
Nenhuma alteração do líquido intracelular
Acidose metabólica acompanhante → palidez cutânea é mais precoce e a respiração é do tipo Kusmaull (rápida e profunda)
2) Hiponatrêmica
Pensar quando hidratação oral não surgir efeito
Diagnóstico pela falha terapêutica
15% dos casos
Maior gravidade
Maior perda de Na do que água
Causas: diarreias e jejum prolongado
Água passa do meio extracelular para o intracelular → sinais clínicos
↓Na+ extracelular → intracelular torna-se mais concentrado → água entra no meio intracelular
Maior risco de edema cerebral (transitório) e hipertensão liquórica
Após 2-3h o volume celular volta ao normal e os sintomas neurológicos são explicados pela depleção intracelular de K+
Se não fizer nada além da hidratação a criança morre
Características:
Na sérico: < 130 mEq/L
Osm sérica < 280 mosm/L (hiposmolaridade)
↓Na extracelular
↑passagem de água para intracelular
Sinais clínicos
Perda ponderal, sinais clássicos muito acentuados, mucosas secas, sede discreta, diurese presente, hipotensão, hiporreflexa, coma, choque precoce
3) Hipernatrêmica
Junto com a isonatrêmica é de grande frequência
Maior perda de água – grande possibilidade de lesão cerebral
Água sai do intracelular (menos concentrado) para o extracelular (mais concentrado) – desidratação intracelular
Causas:
Febre polongada
Pneumopatia (hiperpnéia)
Vômitos
Alimentos concentrados
Grandes queimados
Diabetes insipidus
Uso de diurético osmótico
Clínica: febre, sede intensa, irritabilidade, convulsão, coma, mucosas muito secas, choque tardio, oligúria acentuada (↑perdas insensíveis), fontanela abaulada
Pesquisar turgor e elasticidade
Características:
Na sérico: > 150 mEq/L
Osm sérica: > 310 mosm/L (hiperosmolaridade)
Maior perda de água do que de eletrólitos
Maior concentração de eletrólitos no extracelular
Saída de água do intracelular
↑Na extracelular → extracelular ↑[ ] → água sai do intracelular → desidratação intracelular
Considerada uma EMERGÊNCIA pediátrica
GRAUS DESIDRATAÇÃO
D I:
Mucosa pouco seca
Pele seca
Com sede
Pulso normal
Lágrimas presentes
Elasticidade normal
D II:
Fontanela deprimida
Olhos encovados
Taquicardia
Oligúria
Taquipnéia
D III (grave):
Retardo do enchimento capilar
Bradicardia
Prostração
Extremidades frias
Anúria
Pele marmórea (acinzentada e fria)
Irritabilidade 
TRATAMENTO
Identificar clinicamente o nível de desidratação e depois usar as percentagens (maior valor)
Graus:
D I: até 5% da volemia
D II: 5 a 10% da volemia
D III: 10 a 15% da volemia
> 15% = toxicose – incompatível com a vida
1) Fase de Reparação
Fase de expansão ou fase ápida
Prevenção: IRA e choque hipovolêmico
Repara a volemia perdida
Dá apenas água, pois a função renal está prejudicada
Administrar água o mais isotônico possível em relação ao plasma½ SF NaCl 0,9%
½ SG 5%
Fazer em tempo rápido (poucas horas)
O tempo varia com o grau de desidratação:
DI: uniforme 20 mL/Kg/h correr em 2,5hNº de gotas = Volume total
 4 x tempo 
D II: correr em 3,5h
1ªh: 50 mL/Kg/h
2,5h: 20 mL/Kg/h
D III: correr em 4,5h
1ªh: 50 mL/Kg/h
2ªh: 50 mL/Kg/h
2,5h: 20 mL/Kg/h
O soro deve correr até desaparecerem os sinais clínicos de desidratação E 2 urinas claras e abundantes
Se o soro acabar e não desaparecerem os sinais clínicos de desidratação ou 2 urinas claras e abundantes devemos parar o tratamento e reavaliar o caso
NÃO deve-se passar para próxima fase até desaparecerem os sinais clínicos de desidratação E 2 urinas claras e abundantes
Bexigoma: houve a filtração, porém não excretou
Coloca-se a criança em banho quente, se não urinar faz punção supra-púbica (raro)
NUNCA colocar sonda uretral
Não tem bexigoma: débito renal está normal, mas não houve filtração
Faz estimulação renal com furosemida (2 mL = 20 mg) 0,5 a 1 mg/Kg/dose EV
Se não urinar repetir em 30 minutos, se não urinar repetir mais 1 vez
Avaliar possível IRA
Desidratação hiponatrêmica: pedir e avaliar ionograma se Na sérico < 130 mEq/L confirma hipótese
Enquanto não corrigir o Na, não passa para a próxima fase
Conduta: em uma veia continua a reparação (corrigindo a desidratação) e em outra corrigi-se o sódio
Na = 0,6 x PESO x (Na normal – Na do paciente)
NaCl 3% - 1mL = 0,5 mEq de Na
Velocidade: 10 mL/Kg/h
2) Fase de Manutenção
Fase lenta: 24h
Manter equilíbrio hídrico (água), eletrolítico (Na e K) e calórico (glicose)
Soro deve correr em 24h 
Usa-se:
Soro Glicosado 5% para repor a água
NaCl 20% e KCl 19,1% para repor os eletrólitos
Glicose 50% para reposição calórica
Para avaliar a quantidade a ser reposta devemos saber a necessidade calórica diária mínima (NCDM) dessa criança:
Até 10 Kg: 100 cal/Kg/dia
10-20 Kg: 1000 cal + 50 cal/Kg/dia para cada quilo que ultrapassa 10 Kg
> 20 Kg: 1000 cal + 20 cal/Kg/dia para cada quilo que ultrapassa 20 Kg
Para cada 100 calorias:
-SG 5% 100mL
-NaCl 20% 3mEq
-KCl 19,1% 2,5 mEq
-G 50% 8g
Nº de gotas = Volume total
 4 x 24h 
NaCl 20%
Cada 0,9mL = 3 mEq
KCl 19,1%
Cada 1mL = 2,5 mEq
G 50%
Para calcular sua quantidade deve-se descontar a quantidade de glicose já oferecida através do SG5%
Ex: 800mL de SG5% e você precisa de 64g de G50%, no SG5% já existe 40g de glicose, então deve-se calcular quanto mL de G50% para 24g
3) Fase de Reposição
Feita em 24h
Só é feita quando há diarreia
Feita em associação a manutenção (M + R)
Deve-se repor: água, pouco Na e muito K
SF NaCl 0,9% ½
SG 5% ½
KCl 19,1% 1mL/Kg
Perdas diarreicas:Nº de gotas = Volume total
 4 x 24h 
Leve (6-8x/dia): 20 mL/Kg/dia
Moderado: (8-14x/dia): 40 mL/Kg/dia
Grave (> 14x/dia): 60 mL/Kg/dia
4) Correção da acidose metabólica
BIC 8,4% = 0,3 x PESO x (HCO3 normal – HCO3 exame)
Nas asma e pneumonia é dado metade do valor obtido em 1h, pois o pulmão está prejudicado (CO2 aprisionado no alvéolo)
Na meningite (urgência) se dá o valor total e em 15 minutos
Dar o BIC 8,4% diluído em SG 5% (6x) – por ser hipertônico em relação ao plasma
Desnutrição
É um estado crônico de carência calórico-proteica, no qual o organismo apresenta desaceleração, interrupção ou involução da evolução normal de seus parâmetros bioquímicos, funcionais e anatômicos
↑mortalidade – patologias dos 3D: Desidratação, Desnutrição, Diarréia
Diluição: um dos mais precoces, ocorre nos 3 compartimentos (intracelular, intersticial e intravascular); todas as proteínas estão diminuídas, o que causa déficit enzimático
Disfunção celular: as reações bioquímicas para produção de ATP não funcionam
Depleção: os sistemas que mais consomem energia são os mais prejudicados
Criança com aleitamento materno não desnutre
IMPORTÂNCIA
Doença crônica
Alta relação socioeconômica cultural
Grande repercussão no desenvolvimento da criança, criando perdas irreversíveis
Falta de crescimento neurológico
Falta de mielinização (mielina = proteína)Grande causa de mortalidade pela supressão do sistema imune, gerando infecção e consequente diarreia e pneumonia
↓proteína → ↓imunidade → ↑infecção → diarreia + pneumonia
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à intensidade:
Leve – desaceleração do crescimento (volume) e desenvolvimento (maturação, funções psíquicas) normal
Moderado – parada do desenvolvimento normal
Grave – involução do desenvolvimento normal
Quanto à etiologia
Primária – falta de oferta de calorias e nutrientes, ↓ condições socioeconômicas
Secundária – devido à outras etiologias (doenças renais, estenose pilórica, neoplasia, síndrome da má absorção intestinal)
Déficit ponderal (GOMEZ)
DPC I: 10 – 25%
DPC II: 26 – 40%
DPC III: > 40%
DESNUTRIÇÃO PRIMÁRIA GRAVE
1) Marasmo
Deficiência predominantemente de ingestão calórica 
Comum em crianças < 1 ano
Causas mais comuns:
Retirada precoce do aleitamento materno
Substituição por fórmulas caloricamente deficientes
↑risco de infecções
Apetite preservado
Não há edema e lesões de pele
↓tecido celular subcutâneo = emagrecimento
Edema não é visualizado devido ao emagrecimento, mas há edema de células
2) Kwashiokor
Deficiência de ingestão proteica
Sinônimo de desnutrição hipoalbuminêmica edematosa
Instalação rápida
Peso e altura menores do que o esperado
Criança apresenta-se consumida
Presença de edema (manifestação clínica mais importante)
Criança apática, hiporreativa, anoréxica, desinteressada pelos fatos que ocorrem o seu redor
Não há apetite
Há tecido celular subcutâneo
Afeta mais crianças 2 a 3 anos
COMPLICAÇÕES
Aumenta susceptibilidade à infecções (pneumonia, sepse, gastroenterites)
Hipoglicemia (↓caloria → ↓carboidrato → ↓glicose)
Hipotermia
Bradicardia + ICC – predisposição à parada cardíaca
FISIOPATOLOGIA1º perda de peso
2º parada de crescimento
Criança hipoativa
↓ Ingestão Alimentar
Alterações metabólicas
Gliconeogênese
Glicogenólise
Lipólise 
Alterações hormonais
↓glicose, ↓AA, ↓insulina
Consumo gradativo de musculatura esquelética e gordura para hemostasia
↑ consumo muscular
(gliconeogênese)
Infecção + restrição energética
↑ cortisol
ALTERAÇÕES
1) Boca
Alterações da mastigação por hipotrofia dos masseteres
Atrofia das glândulas salivares – não ocorre a 1ª digestão 
↓ ou Ø ptialina
↓produção de saliva
Dentição deficiente
Ao mastiga, não saliva, não digere → digestão já começa errada
2) Estômago
pH normal = 2
Diminuição da produção enzimática – Ø anidrase carbônica – não produz HCl – meio alcalino (pH 6-7) – dificultando a digestão
Favorecimento proliferação bacteriana (gram negativos)
Atrofia cárdia e piloro (musculatura)
3) Intestino
Turn-over celular das vilosidades está deficitário – epitélio “careca”
↓borda em escova - ↓digestão enzimática e superfície absortiva
↓IgA + ↓produção de HCl no estômago = contaminação (favorece proliferação bacteriana)
↓tônus das alças intestinais - ↓peristalse - ↑risco contaminação
O que não é digerido, também não é absorvido → diarreia osmótica
4) Ânus
Atrofia do esfíncter anal e do assoalho pélvico
Pode ocorrer: prolapso retal (ø sustentação pélvica) e sangramento (risco anemia, porta de entrada para bactérias)
5) Fígado
↓produção de proteínas totais
Anexo
Terminologia pediátrica
1ª infância: 0 - 2 anos
0 - 28 dias: RN (período neonatal)
28 dias - 2 anos: lactente
2ª infância: 2 - 10 anos
2 - 7 anos: pré-escolar
7 - 10 anos: escolar
Puberdade: 10 - 20 anos
10 - 12/14 anos: pré-púbere
12/14 - 14/16: púbere
14/16 - 18/20 anos: pós-púbere
Estado febril: 37 - 37,5ºC
Febre: > 37,6ºC
Frequência cardíaca média:
RN – 3 meses: 140-160 bpm
3 meses – 2 anos: 130 bpm
2 anos – 10 anos: 80 bpm
> 10 anos: 75 bpm
Frequência respiratória:
RN: 40-45 ipm
Lactente: 25-35 ipm
Pré-escolar: 20-25 ipm
Escolar: 18-20 ipm
Peso:
Até 1 ano:
700g/mês 1º trimestre
600g/mês 2º trimestre
500g/mês 3º trimestre
400g/mês 4º trimestre
1 – 2 anos
200g/mês 1º semestre
150g/mês 2º semestre
2 – 6 anos: 2 Kg/ano

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