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TUMORES ODONTOGENICOS DE ORIGEM EPITELIAL

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TUMORES ODONTOGÊNICOS
TUMORES BENIGNOS DE ORIGEM EPITELIAL: 
 Ocorre por remanescentes do epitélio odontogênico.
AMELOBLASTOMA: 
É o mais comum, pode surgir dos restos da lamina dentária, de um órgão
De esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto
Odontogênico, ou das células basais da mucosa oral;
Crescimento lento, e localmente invasivo, assimétrico, podendo provocar
Deformidade;
Pacientes adultos -30 a 40 anos;
A mucosa apresenta aspecto normal, pois ela se adapta ao tumor;
Ocorre em três diferentes situações clinicorradiográficas:
Sólido convencional ou multicístico (cerca de 86% dos casos);
Unicístico (cerca de 13%); Padrão acantomatoso
Periférico (extraósseo) (cerca de 1%).
- AMELOBLASTOMA INTRAÓSSEO SÓLIDO CONVENCIONAL OU MULTICÍSTICO:
Raro em crianças com menos de 2 anos;
80 a 85% ocorrem na mandíbula convencionais ocorrem na mandíbula;
Frequentemente assintomático, lesões menores são frequentemente
Encontrados em radiografias;
A apresentação clínica usual é de uma tumefação indolor ou expansão
Dos ossos gnáticos;
Se não for tratada, a lesão pode atingir proporções grandes ou grotestas,
Mas a dor e a parestesia são incomuns;
Caracterísitca radiográfica mais típica é a lesão radiolúcida multilocular;
O aspecto radiográfico da lesão é frequentemente descrito como em 
“bolhas de sabão” (quando as locuções são radiolúcidas e grandes), ou como
Em “favos de mel” (quando as locuções são pequenas).
Ocorre reabsorção óssea e radicular;
Características histopatológicas:
Eles mostram uma tendência para desenvolver alterações císticas; macroscopicamente, a maioria dos tumores apresenta combinações variadas de características císticas e sólidas. 
Os padrões folicular e plexiforme são os mais comuns.
Padrão folicular: 
Mais comum e reconhecível, eles formam ilhas tumorais (ilhas de epitélio), no meio dessas ilhas aparecem células parecidas com o retículo estrelado, que são os ninhos;
Os ninhos epiteliais consistem em uma região central de células angulares arranjadas frouxamente, lembrando o retículo estrelado de um órgão de esmalte;
Uma única camada de células colunares altas, semelhantes a ameloblastos, cerca essa região central;
O núcleo dessas células está localizado no pólo oposto à membrana basal (polaridade reversa);
Em outras áreas, as células da periferia podem se mostrar mais cuboides, assemelhando-se a células basais.
Padrão plexiforme: 
Consiste em cordões longos e anastomosantes ou lençóis maiores de epitélio odontogênico;
Os cordões ou lençóis de epitélio são delimitados por celulas colunares ou cúbicas, circundando as células epiteliais arranjadas frouxamente;
Mais frequentemente associada à degeneração do estroma.
Padrão acantomatoso: 
Quando as células vão se diferenciar (metaplasia) em células escamosas.
Este termo é aplicado quando há uma extensiva metaplasia escamosa, algumas vezes com formação de queratina, dentro das ilhas de células tumorais. Usualmente o padrão geral do tumor é semelhante àquele do tipo folicular.
Padrão de células granulares:
Essas células apresentam citoplasma abundante preenchido por grânulos eosinofílicos, cujas características ultraestruturais lembram lisossomos;
Alguns ameloblastomas mostram uma transformação granular das células epiteliais e, ocasionalmente, um tumor é visto, no qual quase todo epitélio é deste tipo. As células são grandes, cuboidais, colunares ou redondas, e o citoplasma está preenchido com grânulos acidófilos.
Apresentam grânulos, muitas mitocôndrias.
Padrão desmoplásico:
Contem pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico em um estroma densamente colagenizado.
Padrão de células basais: 
É o tipo menos comum;
Compostas por ninhos de células basaloides uniformes e, histopatologicamente, são similares ao carcinoma basocelular da pele;
Células periféricas dos ninhos tendem a ser cúbicas.
O ameloblastoma convencional tende a se infiltrar entre as trabéculas do osso esponjoso intacto, na periferia da lesão, mesmo antes da reabsorção óssea a se tornar radiograficamente evidente, então, tentativas de remover o tumor através de curetagem frequentemente deixam pequenas ilhas de tumor dentro do osso, o que mais tarde se manifesta como recidiva. Períodos de 5 anos livre da doença não significa cura.
 A ressecção marginal é o tratamento mais indicado, a taxa de recidiva é de ate 15% nesse tratamento.
- AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: 
É um tumor, porém com cápsula, luz e epitélio. 
Mais comum em pacientes jovens, cerca de 50% em pacientes 
na segunda década de vida;
Mais de 90% são encontrados na mandíbula, usualmente nas 
regiões posteriores, mais comum nos molares (2 e 3);
Assintomático, mas alguns podem causar aumento indolor do osso;
Muitas vezes aparece o tumor envolvido na coroa de um terceiro 
Molar não erupcionado;
Geralmente unilocular;
Dentes podem se deslocar, ocorre grande reabsorção radicular.
Características histopatológica:
Luminal
Intraluminal
Mural;
LUMINAL: o tumor está confinado à superfície luminal do cisto; 
a lesão consiste em uma parede cística fibrosa com um revestimento composto
total ou parcialmente por epitélio ameloblástico, esse epitélio exibe uma 
camada basal de células colunares ou cúbicas com npuclero hipercromático,
que apresenta polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar.
INTRALUMINAL: o epitélio vai para a luz do cisto (se direciona para o lúmen).
Esses nódulos podem ser relativamente pequenos ou preencher, em grande parte, 
O lúmen cístico. Algumas vezes, esses nódulos demonstram um padrão edemaciado
Plexiforme, que lembra o padrão plexiforme visto nos ameloblastomas convencio-
Nais, chamados de ameloblastomas unicísticos plexiformes. A inflamação
Quase sempre acompanha.
MURAL: o epitélio vai em direção a cápsula. A parede fibrosa está infiltrada por
Ameloblastomas típico folicular ou plexiforme. A extensão e a profundidade da 
Infiltração podem variar.
Geralmente são tratados com enucleação. O paciente deve ser observado por um
Longo período. A chance de recidiva é pequena.
- AMELOBLASTOMA PERIFÉRICO (EXTRAÓSSEO): 
Lesão incomum, responsável por cerca de 1-10% de todos os ameloblastomas;
Geralmente é indolor, não ulcerada, séssil ou pedunculada, que acomete a mucosa gengival ou alveolar;
A maioria mede 1,5 cm;
Geralmente em pessoas de 52 anos;
Mais comum na mucosa alveolar e gengival posterior e são mais comuns
 na mandíbula do que na maxila;
Em alguns casos, o osso alveolar superficial se torna levemente erodido, mas
Não ocorre envolvimento ósseo significativo;
Características histopatológicas: 
Apresentam ilhas de epitélio ameloblastico, que ocupam a lamina própria sob 
O epitélio superficial;
Os padrões plexiforme ou folicular são os mais comuns;
Nota-se a conexão do tumor com a camada basal do epitélio de superfície em 50% dos casos;
Polaridade reversa do seu núcleo.
Respondem bem a excisão cirúrgica local. Às vezes ocorre recidiva.
- TUMOR ODONTOGENICO ESCAMOSO: 
Neoplasia benigna rara, presença em idade variável, a maioria se localiza dentro
Do osso, apesar de casos periféricos terem sido relatados;
Pode surgir devido à transformação neoplásica dos restos da lâmina dentária ou
Talvez dos restos epiteliais de malassez. O tumor parece se originar a partir do 
Ligamento periodontal que está associado à superfície radicular lateral de um dente
Erupcionado;
Distribuídos aleatoriamente por todo o processo alveolar da maxila e da mandí-
Bula , sem predileção por um sítio específico;
Crescimento gengival associado à mobilidade do dente envolvido;
A radiográfica consiste em um defeito radiolúcido triangular lateral á raiz ou raízes
De um dente, em alguns casos, sugere perda óssea periodontal vertical.
Lesões raramente ultrapassam 1,5 cm.
Características histopatológicas: 
Ilhas de variados tamanhos de epitélio escamoso de aparência benigna emum
Estroma de tecido conjuntivo fibroso maduro;
Não possuem células periféricas;
Não possui polarização vista nos ameloblastomas;
A vacuolização microcísitca e a ceratinização individual das células nas ilhas de epitélio são aspectos comuns;
Corpos calcificados laminados e estruturas eusinofílicas globulares, que não coram para amiloide, estão presentes dentro do epitélio de alguns casos.
A excisão local conservadora ou a curetagem parecem ser efetivas para os pacientes, e a maioria não apresentam recidivas. As lesões na maxila podem ser bastante mais agressivas do que na mandíbula.
- TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE (Tumor de Pindborg):
Lesão incomum, responsável por menos de 1% de todos os tumores 
odontogênicos;
Mais comum em pacientes entre 30-50 anos;
Mais comum na mandíbula, na região posterior, pré-molares e molares;
Aumento de volume indolor, de crescimento lento;
Neoplasma epitelial localmente invasivo, caracterizado pelo desenvolvimento
 de estruturas, provavelmente de natureza amilóidea, que pode se tornar calcificado
 e liberada quando as células se rompem.
A aparência radiográfica é de uma área radiolúcida irregular,
 contendo massas radiopacas de tamanhos variáveis. Essas massas tendem a
 estar localizadas junto à coroa de um dente não erupcionado. Na periferia da
 lesão há, muitas vezes, uma zona radiolúcida, que pode estar ou pode não 
estar claramente demarcada, do osso normal.
Características histopatológicas:
Apresenta discretas ilhas, cordões ou lençóis de celulcas epiteliais poliédricas 
em um estroma fibroso . Os contornos celulares das células epiteliais são distintos
e é possível observar as pontes intercelulares;
O núcleo mostra variação considerável e núcleos gigantes podem ser observados.
Células epiteliais poliédricas;
Distintas pontes intercelulares (desmossomos), pleomorfismo celular e nuclear;
Raras mitoses, e anéis de liesengang.
A ressecção local conservadora, de forma a incluir uma fina faixa do osso circunjacente, parece ser o tratamento de escolha. 15% de casos de recidiva, o tratado com curetagem tem maior taxa de recidiva.
- TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE:
É um tumor do epitélio odontogênico com estruturas semelhantes 
a ductos (estruturas canaliculares)
Representa de 3-7% dos casos, a maioria ocorre em pacientes entre 
10-19 anos;
Mais comum na maxila e em mulheres, a maioria são pequenos;
Existe o tumor na forma extraossea, mas é muito raro;
Normalmente aparecem como pequenos aumentos de volume sésseis na 
gengiva vestibular da maxila, clinicamente, essas lesões não podem ser
diferenciadas das lesões fibrosas comuns da gengiva;
Assintomáticos;
As lesões maiores causam expansão indolor do osso;
75% dos casos o tumor aparece como uma lesão radiolúcida circunscri-
Ta, unilocular, que envolve a coroa de um dente não erupcionado, mais
Frequentemente o canino;
Ás vezes se estende apicalmente ao longo da raiz, passando da junção 
Amelocementária;
Muito associada ao dente incluso, desloca dentes e absorve raíz;
 Radioluscência unilocular com expansão da cortical, semelhante a cisto;
 Margem bem definida com halo esclerótico;
 Dente impactado dentro da lesão;
Focos de calcificações radiopacas (em flocos de neve).
Características histopatológicas:
Histologicamente, pode haver formações císticas mais ou menos 
extensas. O epitélio pode se apresentar como cordões, como camadas
 ou massas espiraladas. 
Anéis de células colunares dão um aspecto de ductos, mas estes podem ser escassos. Entre fileiras de células colunares, oposta, muitas vezes, existe um material acidófilo, que é usualmente PAS positivo.
 O tecido conjuntivo inclui variáveis quantidades de material hialino acidófilo, contendo cordões de epitélio no seu interior. Este material hialino parece ser dentina displástica e, ocasionalmente, um padrão tubular são visto em algumas áreas. 
Muito raramente, formação de esmalte tem sido observada.
 Calcificação pode ser encontrada algumas vezes, e pode ser extensiva. O T.O.A. tem comportamento benigno, não recidivando após enucleação simples. A terapêutica preconizada para o tumor, consiste na curetagem da lesão.

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