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ULTRA-SOM Eletrotermoterapia

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ULTRA-SOM 
Em fisioterapia e/ou medicina as ondas sonoras, utilizadas para terapêutica e 
diagnostico, são gerados através de instrumentos chamados transdutores. Por terapia ultra-
sônica entende-se: tratamento mediante vibrações mecânicas com uma freqüência superior 
a 20.000Hz. As freqüências do ultra-som usadas terapeuticamente podem oscilar entre 
0,7MHz e 3MHz. 
A propagação da energia ultra-sonica nos tecidos depende principalmente de dois 
fatores: características de absorção do meio biológico e reflexão da energia ultra-sonica nas 
interfaces teciduais. A velocidade de propagação da onda ultra-sonica é maior nos meios 
onde há maior agregação molecular, ou seja, onde as moléculas estão mais próximas umas 
das outras. Assim, o som se propaga mais rápido nos sólidos do que nos líquidos e gasosos. 
As ondas sonoras na faixa de 1MHz se propagam nos tecidos moles com uma velocidade 
de 1540m/s e pelo osso compacto com 4000m/s. 
Nos tecidos orgânicos, a velocidade de propagação do ultra-som pode variar de 
acordo com as características do tecido, ou seja, se propaga mais rápido no tecido ósseo do 
que no músculo. 
A impedância acústica pode ser caracterizada pela resistência oferecida pelos 
tecidos à passagem das ondas ultra-sonoras. Cada tecido tem uma impedância diferente. 
Quanto maior for a agregação molecular, maior será a impedância acústica. Nos meios de 
maior agregação molecular ocorre maior interação das ondas sonoras com a estrutura 
molecular do meio, fazendo que sejam mais absorvidas, diminuindo a energia sonora e 
caracterizando maior resistência à passagem das ondas, ou uma maior impedância. 
Ressalta-se ainda que quanto maior for a impedância acústica maior será o aquecimento 
tecidual. 
A reflexão ocorre quando uma onda sonora emitida volta ao meio de origem 
conservando sua freqüência e velocidade. A reflexão em uma superfície ocorre quando a 
impedância acústica de dois meios forem diferentes. A reflexão e proporcional à diferença 
de impedância acústica dos dois meios. Ma utilização pratica do ultra-som é importante que 
promovamos um perfeito acoplamento entre o cabeçote e a pele do individuo tratado, 
utilizando uma substancia de acoplamento, do contrário, haverá presença de ar entre o 
cabeçote e a pele formando uma interface refletora do feixe ultra-sônico. 
A refração ocorre quando uma onda emitida passa para outro meio e desvia sua 
direção, sofrendo mudança na sua velocidade e mantendo sua freqüência. Este fenômeno 
ocorre quando as interfaces têm impedância acústica diferentes. 
A absorção é caracterizada pela capacidade de retenção da energia acústica do meio 
exposto às ondas ultra-sônicas. Estas ondas são absorvidas pelo tecido e transformadas em 
calor. O ultra-som aumenta o movimento molecular, provocando maior vibração e colisão 
entre as moléculas e gerando efeito térmico. As proteínas são as que mais absorvem a 
energia do ultra-som. Em virtude da absorção das ondas ultra-sonicas nos tecidos, a 
intensidade das ondas diminuirá à medida que elas penetrarem nas camadas teciduais. 
Quanto maior a freqüência do ultra-som, menor o comprimento de onda e maior a absorção. 
Com isso, na fisioterapia dermato-funcional é usada freqüência de 3MHz, pois terá maior 
absorção superficial, fazendo com que haja menor penetração. 
As ondas estacionarias se formam por meio do encontro das ondas emitidas pelo 
transdutor com as ondas refletidas em uma determinada interface onde existam meios com 
impedância acústica diferente. Esta concentração de ondas sonoras poderá produzir um 
padrão de ondas de maior amplitude, com risco de haver danos a células moveis. 
Podemos distinguir duas áreas de um feixe ultra-sonico: campo próximo e campo 
distante. Este feixe não é uniforme, nem quando o ultra-som é aplicado em meio 
homogêneo. No campo próximo ocorre ausência de divergência do feixe, havendo pequena 
convergência. O campo distante caracteriza-se por uma baixa taxa de não uniformidade do 
feixe, ou seja, ocorre ausência quase total de fenômenos de interferência e, o feixe é mais 
uniforme e a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distancia a partir do 
transdutor. 
O ultra-som na faixa de freqüência de 1MHz é empregado normalmente em lesões 
profundas, e o ultra-som de 3MHz é utilizados em lesões superficiais. O ultra-som de 
3MHz poderá atingir uma profundidade média de 1 a 2cm, ou até mesmo 2,5cm. 
De acordo com o regime de emissão de ondas sonoras, o ultra-som pode ser 
contínuo ou pulsado. O ultra-som contínuo apresenta efeito térmico dominante, enquanto 
o ultra-som pulsado apresenta efeito mecânico dominante. O ultra-som contínuo pode ser 
necessário quando ambos os efeitos, térmicos e não térmicos(mecânicos), forem 
necessários, principalmente nas lesões crônicas e nas afecções. Já no ultra-som pulsado, 
como há uma intermitência na saída das ondas sonoras no transdutor, sendo considerado 
por isso como atérmico, o mesmo está indicado quando o calor produz algum tipo de 
desconforto, onde a afecção é aguda, ou nos processos de regeneração tecidual. 
O tamanho apropriado da área a ser tratada deve estar relacionado ao tamanho da 
ERA, pois o ideal é que esta área seja de 2 a 3 vezes maior que o tamanho da área de 
radiação efetiva. 
A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. 
A intensidade do ultra-som pode ser classificada de acordo com o modo como a 
potência e a intensidade são distribuídas na transmissão. Intensidade media espacial é a 
intensidade ultra-sonica média transmitida em relação a área do transmissor. A intensidade 
de pico espacial é o maior volume dentro da transmissão ultra-sonica que a intensidade 
pode atingir. A intensidade media temporal ocorre somente no modo pulsado, e se calcula 
através da média da potencia durante os períodos de emissão de ondas e de sua interrupção. 
Na pratica clínica o ultra-som contínuo deve ser usado até 2W/cm² para que não haja risco 
de lesão nas estruturas superficiais e o ultra-som pulsado pode ser utilizado até 3W/cm². Na 
fisioterapia dermato-funcional, a maioria dos protocolos de tratamento para celulite 
utilizam intensidades de 1,2 A 1,5W/cm², já nos processos de reparo tecidual utiliza até 
0,5W/cm² no regime pulsado. 
 
EFEITOS TERAPÊUTICOS 
A regeneração tissular na fisioterapia dermato-funcional caracteriza-se 
principalmente pela cicatrização pós-cirurgia plástica, e o processo de reparo tecidual 
compõe-se de 3 fases: infamatória, proliferativa e remodelagem. O ultra-som deve ser 
utilizado já na fase inflamatória do reparo pois atua como acelerador do processo 
inflamatório. O ultra-som pulsado na freqüência de 16Hz teria maior eficácia para prover 
esse efeito. Na fase proliferativa o ultra-som proporciona uma potencialização da 
motilidade e proliferação dos fibroblastos, indiretamente através da estimulação ultra-
sonica dos macrófagos. Na fase de remodelagem ele aumenta a resistência tênsil, a 
reorientação e a quantidade de fibras colágenas. 
Na fisioterapia dermato-funcional, o ultra-som normalmente é utilizado nas seqüelas 
pós-cirurgia plástica, em feridas oriundas de ulceras de pressão e/ou qualquer queimadura. 
Para aceleração desse tipo de reparo tecidual, o ultra-som é mais indicado na forma 
pulsada, com freqüência de 3MHz, e com baixa intensidade, garantindo assim, os ciclos 
atermicos. 
As principais aplicações do ultra-som como antiinflamatório referem-se às seqüelas 
pós-cirurgicas, à inflamação acneica, ao edema inflamado e a processos de reparo de 
feridas. 
N existe nenhum consenso na literatura sobre o mecanismo exato de redução de 
sensação dolorosa pelo ultra-som. Em caso de quadro álgico intenso, sugerimos priorizar o 
uso derecursos eletroanalgésicos como TENS, corrente interferencial e microcorrentes. 
Verificamos na prática clínica o uso do ultra-som nos processos fibróticos pós-
lipoaspiração. 
O sinal de cacifo pode ser tratado com ultra-som de 3MHz, modo contínuo, com 
intensidade de 1,5W/cm². O calor provido na terapêutica parece liquefazer como gel os 
restos celulares. Em seguida, o segmento corpóreo pode ser elevado, massageando, ou 
drenando para bombeamento do fluido. 
A ação do ultra-som pulsado é maior sobre as terminações nervosas envolvidas no 
processo de contratura ou tensão muscular. O ultra-som utilizado na freqüência de 3MHz, 
modo pulsátil, foi hipotetizado como possuidor de maior capacidade para prover efeitos de 
relaxamento muscular. 
As técnicas de aplicação de ultra-som mais utilizadas são: método direto, 
fonoforese, subaquática, bolsa d’água e reflexo segmentar. Na dermato-funcional, as duas 
primeiras são as mais utilizadas. O método direto é a técnica que utiliza o ultra-som com 
um meio de acoplamento sem propriedades medicamentosas ou cosméticas. É indicado 
quando a superfície a ser tratada é razoavelmente plana, sem muitas irregularidades, 
permitindo um perfeito contato de toda a superfície do cabeçote com a pele. Na dermato-
funcional, o uso do método direto tem indicação principal nas seqüelas de intervenção 
cirúrgica, onde objetivamos acelerar o reparo e a normalização tecidual, e/ou minimizar o 
endurecimento tecidual. 
A fonoforese consiste em um método direto utilizando uma substancia com 
propriedades terapêuticas em forma de gel como meio de acoplamento, objetivando com 
isso a introdução de substâncias medicamentosas e cosméticas através da pele, mediante 
energia ultra-sonica. Compreende a técnica mais usada na terapêutica dermato-funcional, 
empregando produtos cosméticos principalmente com ação lipolítica e estimulante da 
circulação. A fonoforese é efetivamente potencializada pelo aumento da permeabilidade da 
membrana celular. As freqüências maiores tendem a prover maiôs índice de transmissão. 
Portanto, o uso da fonoforese na dermato-funcional, que utiliza normalmente o ultra-som de 
3MHz, tende a prover maior qualidade quanto a permeação do produto através da pele, que 
os procedimentos tradicionais da fisioterapia. Alguns autores informaram que tanto o ultra-
som contínuo quanto o pulsado podem ser usados para fonoforese. No caso da fisioterapia 
dermato-funcional, onde a celulite tem o maior emprego da fonoforese, recomendamos o 
modo contínuo nos nódulos celulíticos. 
O início da terapia ultra-sonica para traumatismo agudo deve-se iniciar após 24 a 36 
horas, pois o tratamento direto mediante energia ultra-sonica poderá danificar os vasos 
sanguíneos em recuperação. Num processo de calcificação, em músculos e tendões, o ultra-
som, aumentando a vascularização na área, é capaz de gerar aumento de absorção(utiliza-se 
ultra-som contínuo). Na dermato-funcional, o ultra-som está indicado nos casos de fibrose 
pós-lipoaspiração, processos celulíticos avançados, aderência cicatricial. 
É comum a presença de edema e/ou áreas isquêmicas nas seqüelas pós-cirurgia 
plástica, e a terapia ultra-sonica tem indicação como agente coadjuvante no processo de 
cura, sendo, na maioria das vezes, necessário a associação de outras terapêuticas, como a 
drenagem linfática. 
As principais aplicações do ultra-som na fisioterapia dermato-funcional referem-se 
principalmente às cicatrizes pós cirúrgicas e feridas abertas. O ultra-som deve ser utilizado 
na fase inflamatória e início da fase proliferativa do reparo, o ideal é intensidade de 
0,5W/cm² ou inferior, no modo pulsado de emissão de ondas. 
A principal seqüela pós-lipoaspiração é o processo de fibrose, decorrente do 
processo de cicatrização tecidual. O ultra-som tem sido utilizado com freqüência no pós-
operatório com o intuito de minimizar a incidência das fibroses. Recomendamos o uso do 
ultra-som imediatamente após o procedimento no modo contínuo, sempre quando não 
houver processo inflamatório agudo. Caso haja inflamação e dor intensa, recomendamos o 
ultra-som pulsado até que o processo regrida. 
Normalmente trata-se a celulite com fonoforese, utilizando-se o ultra-som de 3MHz 
no modo contínuo. Verificamos na prática clínica protocolos dando conta de doses 
terapêuticas que giram em torno de 1,2 a 1,5W/cm², adotando-se o tempo máximo de 
tratamento que se puder empregar. 
O ultra-som influencia muito pouco o tecido gorduroso, quando usado com doses 
consideradas terapêuticas. No tratamento de gordura localizada o ultra-som é utilizado no 
modo contínuo com freqüência de ondas de 3MHz, com uma intensidade média espacial 
muito alta(cerca de 2 a 3W/cm²), com o objetivo de provocar efeitos de cativação instável 
na membrana do adipócito, e com isso promover uma lise adipocitária. 
 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Áreas com hipoestesia: o ultra-som no modo contínuo pode produzir lesões na pele 
e periósteo, pois o mecanismo de defesa está abolido. No modo pulsátil, esta contra-
indicação é relativa, pois há uma diminuição da ação lesiva do ultra-som. 
Áreas com insuficiência vascular: pode haver contra-indicação se houver intenso 
aumento de temperatura, dificultando o arrefecomento da área pelo sangue. 
Afecções localizadas no tecido ósseo: as afecções localizadas ao nível ósseo 
constituem relativo impedimento para uso somente do ultra-som de 1MHz. 
Implante metálico: no implante metálico, 90% de radiação ultra-sônica que o 
atinge são refletidas e tendem a se concentrar nos tecidos vizinhos. 
Epífises férteis: este item constitui contra-indicação clássica para vários autores 
que mencionaram que o ultra-som provocaria ossificação precoce, e interferiria no 
crescimento ósseo. 
Endopróteses: o cimento de fixação da prótese possui, segndo alguns autores, um 
alto coeficiente de absorção ultra-sônica, e os componentes à base de polímeros poderiam 
sofrer ação dos efeitos térmicos(ultra-som contínuo). 
Diabetes Mellitus: pode ocorrer ligeira diminuição de glicemia, gerando sintomas 
de fadiga. Em geral, esses desaparecem reduzindo-se as doses. 
Diretamente sobre o marca-passo: o ultra-som poderia influenciar no 
funcionamento do marca-passo, mas isso só ocorre se as ondas atingirem o aparelho, 
portanto as áreas normalmente tratadas pela fisioterapia dermato-funcional não se 
constituem impedimento para uso do ultra-som. 
Feridas abertas: devemos tomar cuidado com o tratamento de feridas abertas, pois 
há risco de infecção.

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