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Imunologia - Resumo Sistema Imune: células moleculares responsáveis pela imunidade que são ativadas quando houver algum corpo estranho. Há 2 respostas imunológicas, Inata e Adquirida. - Imunidade Inata ou Natural (I.I) – Resposta primária (até 12 horas). - Imunidade Adquirida (I.A) – Resposta secundária (7 dias há 10 dias ou mais). A imunidade pode-se enquadrar em ativa e passiva. Dizemos imunidade ativa quando o organismo precisa entrar em contato com o antígeno para que tenha resposta imunológica e gere uma memória imunológica¹, ou seja, tem como característica a especificidade, diversidade e memória, exemplo: vacina. Já na imunidade passiva é quando o organismo recebe um soro com anticorpos a tal antígeno, mas não se cria memória imunológica¹, exemplo: em casos de emergência. ¹ Memória Imunológica (M.I): Para adquirir-se M.I, em um primeiro momento há uma resposta primária (gerada pela Imunidade Inata) que irá criar uma linha de defesa para quando o antígeno retornar, a memória imunológica (que encontra-se na medula óssea) saber responder a tal pois já o conhece. ____________________________________________________________________________ Imunidade Inata/Natual A I.I é a primeira linha de defesa (composta pela pele, mucosa, células fagocitas e células NK)que está sempre de prontidão para terem uma resposta mais rápida caso tenha contato com algum agente estranho para poder manter o mesmo sob controle até a resposta a imunidade adquirida(I.A) entrar em ação, caso seja necessário. Ela é responsável por impedir, controlar e fagocitar o intruso se for de extrema eficácia. O reconhecimento do agente ocorre pelos PRR (Receptores de Reconhecimento Padrão) que está no sangue e linfa dos fagócitos por conta dos PAMP’s (Padrões Moleculares Associados a Patógenos) que existem nos antígenos. Principais grupos de PRR: Neutrófilos, macrófagos, células dendríticas/endoteliais. Há também os TRS (Receptores Semelhantes a Toll), há uma diversidade de 11 tipos deles, no entanto, todos tem como característica o reconhecimento de antígenos que estão presentes dentro das células através de seus vacúolos. TSR irá trocar informações com PAMP’s e então Toll irá ativar a cascata de sinalização (citocinas, quimosinas e moléculas de adesão) através de uma proteína quinase. TSR não reconhece nossas células saudáveis e estão presentes no meio extra e intra celular. Quando há a fagocitose do microorganismo e cria-se um fagossomo (vesícula/bolsa com o microorganismo dentro dela), para que tenha a degradação, o lisossomo deve-se ligar a este fagossomo tornando-o um fagolisossomo, matando o microorganismo. ............................................................................................................................................. O recrutamento de leucócitos para locais de inflamação ocorre quando o macrófago controla a liberação de quimiosinas e a pele (endotélio/vasos sanguíneos) aumenta a expressão de selectina, que quando ligada ao neutrófilo irá fazer com que tenha um rolamento do mesmo. Entegrina para a rolagem e o gruda (gerando a vermelhidão no local/rubor), entra no tecido gerando ainda mais estimulação. ............................................................................................................................................ As células NK (Natural Killer) vem de um segmento de lisossomos e estimula a célula a fazer uma apoptose/suicídio. Tais células circulam na circulação sanguínea e no Baço², não são específicas, mata a célula que não tenha o fator de inibição a ela. As NK’s podem desempenhar suas funções efetoras de 2 maneiras: - Processo de degranulação, libera perfucinas e granzimas, onde há a apoptose. - Processo de liberação de citocina, onde a célula fagocita através de macrófagos. * Orgãos linfoides . Primários: Produzem e diferenciam linfócitos (B e T), onde L.B são gerados e maturados na medula óssea e L.T são gerados no Timo. . Secundários: Há a recirculação para vigilância imunológica pelo sangue, gerando resposta e apresentação do antígeno. Normalmente tais vigilâncias são feitas por Linfócitos Naiive – células que nunca acharam um antígeno mas fazem tal função e prolifera-se por expansão clonal * após entrarem em contato com um e descobrirem qual isotipo específico devem apresentar pelas células dentríticas, responsável por ter sido fagocitada e ativado as células Naiive, ou seja, responsável por ativar a imunidade. Os órgãos mais comuns são: Amígdalas - sistema linfático, timo, nódulos linfáticos; ² Baço – apêndice, nódulos linfáticos, vasos linfáticos e medula óssea. No sistema linfático a linfa é caracterizada por ser um líquido intersticial filtrado, quando está circulando, cai no ducto torácico e volta ao sangue. Quando encontra linfonodos (coleção de linfócitos), antes de voltar ao sangue testa a linfa para ver se há antígeno. No ² Baço tem a mesma função dos linfonodos, possui Linfócitos B e T em sua parte branca, e em sua parte vermelha faz a filtração/elimina dos/os eritrócitos não funcionais. Na Pele a primeira barreira inicia-se pelo pH, há Linfócitos T, e células de Langerhans (rede de capturação de antígeno p/ apresenta-los aos órgãos secundários), já na Mucosa, há uma barreira de bactérias em suas microvilosidades, e há também Linfócitos T intrapeliais e placas de Peyer (“linfonodos”). Imunidade Adquirida Caracterizada por sua espeficidade, diversidade e memória, é composto de anticorpos. Anticorpos são proteínas globulares (imunoglobulinas) que são ilustradas por como um Y apresentado a seguir: Domínio é onde há a função.* Quando sua região FC (cadeia pesada) ligada à membrana do Linfócito B, funciona como receptor de antígeno. Após isso, é ativado e então o Linfócito B passa-se a se chamar Plasmócito, que trata-se de um Linfócito B que está secretando anticorpos específicos para tal, a partir disso, neutraliza-se o antígeno, e age ativando o sistema complemento, opsonizando o antígeno (como se estivesse passando um marca-texto em cima do invasor para avisar aos outros). Mesmo quando não está ligada à membrana, sua região FC mantêm-se conservada para que consigam identificar que trata-se de um anticorpo devido a uma região semelhante. Já na sua região FAB (cadeia leve), trata-se de uma cadeia variável, onde dá-se a especificidade ao anticorpo para que secrete linfócitos específicos a tal antígeno (sistema chave-fechadura). 1 único anticorpo pode se ligar em até 2 antígenos de uma vez por conta de sua parte variável (FAB) e sua dobradiça, podendo abrindo ainda mais para a lateral essa região, no entanto, essa dobradiça só funciona para antígenos iguais. A ligação com qualquer anticorpo será uma ligação fraca. Há 5 classes que desempenham funções diferentes mas mantêm suas cadeias FC sempre iguais, sendo eles: . IgA – alfa – sempre secretado na mucosa. . IgD – delta – receptor de membrana no Linfócito B (Naiive) principalmente. . IgG – gama – principal no sangue e o mais secretado na fase crônica (demora á aparecer), faz a memória imunológica e transmissão vertical (atravessa a placenta e imuniza o bebê até os 6 meses). . IgE – especializada em helmintos e alergias . IgM – primeiro anticorpo liberado na fase aguda pois também age como receptor na corrente sanguínea, polivalente (faz até 10 ligações). Linfócito B Produzido na medula óssea, por ser uma célula tronco, enquanto está amadurecendo-se (Linfócito pré-B), seu primeiro anticorpo é o IgM, quando já está madurohá IgM e IgD. Os órgãos linfoides periféricos ficam fiscalizando, para quando sinalizarem um invasor, fazer com que o Plasmócito (Linfócito B ativo) secrete anticorpos. IgM é secretado apenas em um primeiro momento, quando há a troca de isótopo começa-se a secretar IgG (indica fase crônica). Após combater os antígenos, anticorpos que foram secretados em excesso começam a sofrer apoptose ou tornam-se memória imunológica. O Linfócito T reconhece apenas peptídeos, já o Linfócito B precisa de multireceptores e antígenos grandes. O L.B fagocita, cliva (quebra), expõe para o L.T como peptídeo para então o mesmo liberar citocina, e então ser ativado o sitema de secreção do L.B e ocorrer a expansão clonal *. Quando não consegue obter a fagocitose do antígeno, libera-se granulócitos na tentativa de mata-lo. * Expansão clonal é a fase da qual começa-se diferenciar a qual anticorpo está precisando para tal antígeno. Há pouca quantidade e muita diversidade. Antígeno é denominado à tudo aquilo que desafia o sistema imune. - Imunógeno é o nome dado ao antígeno que vem de um microorganismo. - Hapteno é o nome dado ao antígeno de tamanho pequeno que por si só não desafia o sistema imune, e precisa de um auxiliador (normalmente alguma proteína). Epitópo/Determinante antigênico é o local onde o anticorpo reconhece o antígeno. O determinante antigênico pode ser encontrado em 3 classes: . Antigênico conformacional: precisa estar em sua forma terciária . Antigênico linear: antígeno em sua forma simples . Antiênico neoantigênicos: precisa ser clivado para achar uma região para reconhecimento. OBS: Pode-se ter mais de um anticorpo para cada etitópo. Ex. IgG, IgA, etc – bivalentes ou IgM – polivalente. Bivalente = 2 regiões de ligação ao FAB | Polivalente = 2 – 10 regiões de ligação ao FAB. Afinidade e Avidez Afinidade é classificada pelo reconhecimento que o anticorpo tem por tal antígeno. Avidez é a intensidade/força de ligação entre anticorpo e antígeno. exemplo: A região FAB sofre uma mutação para aumentar seu grau de afinidade Imunidade Adquirida – MHC A partir do momento em que a I.I não tornou-se o bastante para combater tal invasor, e o L.B consegue captura-lo e cliva-lo, ele o apresenta os peptídeos no Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC), pois o L.T somente irá conseguir reconhecer através deste complexo. O MHC está em um loco gene do DNA (local do DNA) e é classificado em 2 tipos: Tipo 1: Apresenta antígenos proteicos endogenamente/intracelulares (lixo celular) vindo das nossas próprias células. Isto é, identifica apenas antígenos que não vieram do meio extracelular, logo, antígenos que não sofreram o processo da fagocitose, tais como os peptídeos virais/vírus (já que nosso organismo sintetiza os mesmos). Devido à isso, os MHC do T1 está presente em todas as células nucleadas e é compatível apenas com o Linfócito T CD8*, linfócito do qual é citotóxico e causa sua morte celular/apoptose. Tipo 2: Está presente nas APC’s (células apresentadoras de antígenos), logo, células que fagocitam ou neutralizam e opsonizam o invasor. Compatível apenas com o Linfócito T CD4*, linfócito auxiliares, isto é, que libera citocinas para fazer nossa resposta imune, coordena e opsoniza/sinaliza tudo o que for necessário. Ambos não fazem secreção e estão sempre ligados a membrana. MHC apresenta ao total 6 MHC’s do tipo 1 e 10 MHC’s do tipo 2 em nosso organismo, eles têm capacidade de apresentar todos os tipos de peptídeos contudo somente 1 por vez. Sua especificidade é gerada pelos Linfócitos T, já que sua ligação tem que ser específica tanto para o MHC com o L.T quanto com o receptor do L.T para o peptídeo específico apresentado. A ligação que ocorre é considerada uma ligação fraca. A citocina liberada tanto pelas células NK, tanto por CD4 ativam as células APC’s para aumentam sua expressão a apresentação para que o Linfócito T consiga reconhecer melhor e então fazer sua função efetora, já que a fenda do MHC nunca está vazia, e apresenta peptídeos de nossas células o tempo todo. Sempre há a presença de MHC na superfície da membrana.
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