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01/03/18 1 ANTRAZ M.Sc. Thiago Souza A. Bastos Sinônimos • Na medicina humana: • Antrax • Pústula maligna • Edema maligno • Praga siberiana • Doença de ragpicker • Doença dos separadores de lã • Na medicina veterinária: • Campos malditos (França) • Carbúnculo hemático • (diferente de Carbúnculo Sintomático = Manqueira) Histórico • Descrita há séculos • Período medieval – Múltiplas pandemias • 1876: etiologia (Robert Koch) • 1881: 1a vacina viva (Louis Pasteur) • 1979: Arma biológica (Rússia) • 2001: Bioterrorismo (cartas no EUA) • Agente Etiológico • Bacillus anthracis • Gram-positivo • Aeróbio • Esporulado • Capsulado • Imóvel • Não hemolítico • Produz exotocinas (Fator edema e Fator letal) Epidemiologia • Esporos sobrevivem no solo • Reservatório • campos malditos • Clima: surtos após grandes chuvas, mas também na estação seca • Surtos mais comuns na primavera e verão. • Solos férteis são mais propícios • 60 anos no ambiente Toxinas • Fator edema (89kDa) • Toxina de edema: • ATP à AMPc • Modula citocinas • Fator letal (90kDa) • Toxina letal: • Rompe MAPKK • Lise de macrofagos • Choque toxigênico • Antígeno protetor (83kDa) • Ampla proteção 01/03/18 2 Epidemiologia • Toxina sem odor, sabor ou cor • Taxas de: • Morbidade • Letalidade • Patogenicidade Epidemiologia • Distribuição: • Doença Enzoótica na América central, Bolívia, Peru e Venezuela. • Hiperendêmica no Oriente Médio e antiga URSS • Mais comum na Espanha, Grécia, Itália, Turquia e antiga Iugoslávia Epidemiologia • Transmissão • Animais ingerem os esporos • Humanos se contaminam com produtos animais • Gastrintestinal: ingestão de carne contaminada • Inalação de esporos aerolizados • Cutâneo: contato direto • Geralmente não há transmissão pessoa-pessoa Fonte:http://newsimg.bbc.co.uk Fonte: http://medinfo.ufl.edug http://static.hsw.com.br/gif/anthrax-cycle.gif Sinais clínicos em humanos: • Antraz Cutâneo • 95% dos casos humanos • 1 – 2 dias após exposição desenvolve a pápula (2 a 19 dias) • 2 – 4 dias vesícula circunda a úlcera • Formação de escara preta, indolor com edema • Mais comum: cabeça, antebraço e mãos • Sem tratamento: mortalidade 5 – 20% 01/03/18 3 Sinais clínicos em humanos: • Antraz gastrintestinal • Ingestão • Incidência natural rara • Carne moída- subprocessada • Sintomas: • Náuseas: 2-5 dias após • Mortalidade • >50% sem tratamento Sinais clínicos em humanos: • Antraz por inalação • Inalação de esporos; Pi: 2-3 dias (pode ir + 60 dias) • Esporos engolfados por macrófagos transportados aos linfonodos mediastinais e peri-bronquiais • Início: mal estar, febre baixa, tosse não produtiva • Desenvolvimento abrupto de dificuldade respiratória • Mediastinite hemorrágica • Disseminação hematogênica • Meningite – 50% • Taxa de mortalidade – antes de 2001: 90% Carbúnculo Hemático em humanos Fonte: http://paxprofundis.org/livros/armasbiologicas/antraxm.jpg Sinais clínicos em animais: • Em animais: Carbúnculo Hemático • Todos os mamíferos são suscetíveis • Ruminantes muito sensíveis • Equinos pouco • Suínos bastante resistentes • Carnívoros muito resistentes • Sexo, idade e raça não influem • Após morte: • Falta de coagulação sanguínea e exsudação de sangue por orifícios naturais. • Rigor mortis incompleto • Esplenomegalia (bovinos) • Em outras espécies: edema de face, garganta e pescoço, cólica em equinos e gastrenterite em carnívoros. Sinais clínicos em animais: • Pode haver morte fulminante • Febre • Respiração e pulso acelerados • Temperatura >41°C • Anorexia • Apatia • Queda • Convusões e morte • Agravamento da lesão quando demora diagnosticar a doença Sinais clínicos em animais: • Febre, anorexia, depressão; • Lesão característica no músculo esquelético: edema, crepitação, enfisema pela ação das bactérias (formação de bolhas de gás); • Pode ocorrer morte súbita caso o coração seja afetado • Leite de vacas, cabras ou ovelhas deve ser desprezado. 01/03/18 4 Carbúnculo Hemático Carbúnculo Hemático PATOLOGIA • Edema, lesões, enfisema na musculatura esquelética preferencialmente nos membros posteriores; • Hemorragia multifocal, necrose. Diagnóstico • Anamnese, exame clínico; • Material de eleição para detecção do agente: musculatura esquelética, mas fígado e coração também podem ser utilizados • Morte súbita • Rigidez precoce • Hemorragias pelas cavidades naturais, sangue demora coagular • Aumento da temperatura após a morte Diagnóstico do antraz cutâneo • Formação da escara • Cultura do líquido ou exsudado vesicular • Hemocultura • Biópsia • Imunofluorescência e imunohistoquímica • PCR Diagnóstico do antraz por inalação • Radiografia do peito: mediastino aumentado e efusões pleurais • Coloração de Gram e hemocultura ou líquor • Imunofluorescência e imunohistoquímica • Reação em cadeia da polimerase 01/03/18 5 Diagnóstico laboratorial • Pequena quantidade de sangue • Evitar necropsia, caso seja feita coletar pequeno fragmento do baço. • Evitar envio de material volumoso, ossos etc. • Atraso no reconhecimento dos sintomas resulta em ineficácia do tratamento • Pode ser feito em condições técnicas simples Diagnóstico diferencial em humanos: Inalação / Ingestão • Pneumonia por micoplasmas • Febre Q • Doença dos Legionários • Psitacose • Tularemia • Febre Q • Doença dos Legionários • Psitacose • Tularemia • Histoplasmose (mediastinite fibrosa) • Pneumonia viral • Coccidiodomicose Cutâneo: • Picada de aranha • Ricktesiose • Varicela-Zoster • Herpes simples • Celulite estreptocócica/ estafilocócica • Eczema gangrenoso • Tularemia ulcerogranular • Peste negra (Yersinia pestis) Diagnóstico diferencial em animais: • Em animais: • Plantas tóxicas • Manqueira • Picada por cobras do gênero Boothrops Prognóstico • Reservado para ruminantes e equinos • Bom para suínos e carnívoros • (Resistentes e respondem bem ao tratamento) Tratamento • Tratamento precoce • Ciprofloxacina ou Doxiciclina (60 dias) • Progressão rápida e sistêmica • Terapia combinada • Não há Anti-toxina • Alta mortalidade PREVENÇÃO • Em humanos: • A doença humana é controlada por: • Diminuição da infecção no gado/cremar • Abate supervisionado e com inspeção • Diminuição da exposição: restrição à importação, medidas de biossegurança e educação • Vacinação de seres humanos em risco • Tratamento e profilaxia pós-exposição • Em animais : • Vacinação anual (apenas em áreas endêmicas). • Medidas de higiene (destino correto das carcaças). 01/03/18 6 PREVENÇÃO • Vacinação humana: • Vacina adsorvida ou biothrax • Filtrato livre de células, cepas B. anthracis toxigênicos, não encapsuladas • Produz resposta humoral contra Ag protetor PREVENÇÃO • Vacinação animal: • via subcutânea • primeira dose aos 60 dias após o nascimento • segunda no período do desmame; • Em áreas de alta prevalência, aplicar reforço PREVENÇÃO • Em caso de surto, indivíduos entre dois meses e dois anos devem ser vacinados ou revacinados. • Duas semanas pós-vacinação, o nível de imunidade pode ainda não ser suficiente para proteger os animais, podendo ocorrer maismortes. PREVENÇÃO • A transferência dos animais para outras áreas distantes do sítio de contaminação pode ser uma estratégia utilizada, porém nem sempre é efetiva. • Carcaças devem ser incineradas para prevenir a disseminação da bactéria Na prática https://www.cdc.gov/mobile/applications/sto/web-app.html Seminários 2018 • normas 01/03/18 7 O conteúdo não termina por aqui. Leia mais sobre este assunto. Traga suas dúvidas para discutirmos na próxima aula. Bons Estudos !!! https://www.cursoestudemais.com.br https://pixabay.com /pt/sinal-de-trânsito-atenção-38589/
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