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AULA 4 e 5 SKINNER E ROGERS (1)

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AULA 4 e 5: ABORDAGEM COMPORTAMENTAL - SKINNER ABORDAGEM HUMANISTA – CARL ROGERS
Profa: Kelly Cristina Pedroso da Silva
Teoria do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem
B. F. SKINNER 1904-1990
B. F. SKINNER 1904-1990 
BIOGRAFIA
Burrhus Frederic Skinner nasceu em Susquehanna, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1904.
 Criado num ambiente de disciplina severa, foi um estudante rebelde, cujos interesses, na adolescência, eram a poesia e a filosofia. Formou-se em língua inglesa na Universidade de Nova York antes de redirecionar a carreira para a psicologia, que cursou em Harvard - onde tomou contato com o behaviorismo. 
B. F. SKINNER 1904-1990 
BIOGRAFIA
Seguiram-se anos dedicados a experiências com ratos e pombos, paralelamente à produção de livros. O método desenvolvido para observar os animais de laboratório e suas reações aos estímulos levou-o a criar pequenos ambientes fechados que ficaram conhecidos como caixas de Skinner, depois adotadas para experimentos pela indústria farmacêutica. 
CAIXA DE SKINNER
B. F. SKINNER 1904-1990
Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990).
 Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950. 
B. F. SKINNER 1904-1990
O behaviorismo restringe seu estudo ao comportamento (behavior, em inglês), tomado como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. Seu princípio é que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observável.
 Com isso, ficam descartados conceitos e categorias centrais para outras correntes teóricas, como consciência, vontade, inteligência, emoção e memória - os estados mentais ou subjetivos. 
PRECURSORES DA PSICOLOGIA (Behaviorismo)
WILLIAN JAMES(1842-1910): já haviam previsto a utilidade de um ramo da ciência que estudasse os comportamentos puramente externos.
Ivan Pavlov (1849-1936): Médico russo (início do behaviorismo) experiência com cães – criou a teoria dos reflexos condicionados. Foi o primeiro que não se utilizou da teoria da subjetividade para explicar o comportamento. Behaviorismo clássico:  prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo.
Watson (1878-1958): fundador do behaviorismo como escola.
O compromisso de verificação concreta de hipóteses e a recusa da introspecção aproximam o ideário de Watson do positivismo nas ciências humanas. 
Skinner se inspira em Watson para sua teoria.
BEHAVIORISMO
Behaviorismo (Behaviorism em inglês, de behaviour (RU) ou behavior (EUA): comportamento, conduta), também designado de comportamentalismo, ou às vezes comportamentismoPB, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. O comportamento geralmente é definido por meio das unidades analíticas respostas eestímulos investigadas pelos métodos utilizados pela ciência natural chamada Análise do Comportamento. Historicamente, a observação e descrição do comportamento fez oposição ao uso do método de introspecção.
SKINNER – Condicionamento Operante
Este refere-se ao procedimento através do qual é modelada uma resposta no organismo através de reforço diferencial e aproximações sucessivas. 
É onde a resposta gera uma consequência e esta consequência afeta a sua probabilidade de ocorrer novamente; se a consequência for reforçadora, aumenta a probabilidade, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais. Este tipo de comportamento que tem como consequência um estímulo que afete sua frequência é chamado “Comportamento Operante”.
EXEMPLO DE CONDICIONAMENTO OPERANTE
Para B. F. Skinner, reforço, pode ser qualquer evento que aumenta a frequência de uma reação precedente. Um reforço pode ser uma recompensa tangível. Pode ser um elogio ou uma atenção. Ou pode ser uma atividade, como poder usar o carro depois que a louça estiver lavada, ou ter uma folga depois de uma hora de estudo.2
Condicionamento Operante
Dinheiro, boas notas, são exemplos de reforços secundários, cada um das quais está ligado a recompensas mais básicas.2
Humanos, ao contrário de ratos, reagem a reforços bem mais retardados: o pagamento do salário no fim do mês, a nota no fim do semestre, o troféu no campeonato.
Porém, reforços pequenos, mas imediatos, são às vezes mais atraentes do que reforços grandes, mas retardados. Fumantes, alcoolatras e outros usuários de drogas podem saber que seu prazer imediato é mais do que contrabalançado pelos futuros efeitos perniciosos, mas nem por isso abandonam seu vício.
Behaviorismo
Um behaviorista utiliza o comportamento dos animais não como forma de poder estudar as particularidades que os animais possuem quanto ao seus comportamentos, mas sim, para procurar leis universais que regem o comportamento dos organismos. 
Para Skinner (1956), os esquemas de reforço do condicionamento operante são universais. Importa pouco, disse ele, que reação, que reforço ou que espécie você usa. O efeito de determinada programação de reforço é quase o mesmo: "Pombo, rato, macaco, o que é o quê? Não importa… O comportamento apresenta características espantosamente similares."
SKINNER – CRÍTICAS A SUA TEORIA
Críticas às ideias de Skinner fortaleceram-se especialmente nas décadas de 1960 e 1970, após seu livro Walden II ter-se tornado sucesso de vendas, atraindo admiradores e contestadores. As ideias de Skinner foram em especial confrontadas com as ideias de Carl Rogers. Para Rogers, Skinner privilegia conceitos como controle e previsibilidade, e dá pouco valor a conceitos como liberdade e realização pessoal. Skinner defende um modelo de educação que parte do meio para o indivíduo enquanto Rogers defende que a educação deve ser feita do indivíduo para o meio.1 A abordagem de Rogers considera o modelo de educação e controle de comportamento de Skinner excessivamente mecanicista e determinista.2
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
O meio pode ser controlado e manipulado, o homem pode ser controlado e manipulado.
Comportamentalistas/ behavioristas/ instrumentalistas/ positivistas – consideram a experiência ou a experimentação planejada como a base do conhecimento.
Conhecimento é o resultado direto da experiência
Skinner é o representante da “análise funcional” do comportamento
Comportamento humano é modelado e reforçado
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
Manipulação de reforços, desprezando os elementos não observáveis ou subjacentes.
O aluno é considerado como um recipiente de informações e reflexões
O ensino é composto por padrões de comportamento que podem ser mudados através de treinamento.
Pressupõe que o professor possa aprender a analisar elementos específicos de seu comportamento, seus padrões de interação para ganhar controle sobre eles e modifica-los quando necessário.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
HOMEM
O homem não é livre – só assim se pode aplicar um método científico no campo das ciências do comportamento.
Ele pode ser autônomo quando se torna autocontrolável, autossuficiente.
MUNDO
A realidade para Skinner é um fenômeno objetivo; o mundo já é construído, e o homem é produto do meio. O meio pode ser manipulado. O comportamento pode ser mudado modificando-se as condições.
Interior do homem é explicado pela fisiologia
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
SOCIEDADE-CULTURA
Walden II: Comunidade caracterizada pela ausência de classes sociais e de propriedade privada. Ela não se encontram privilégios, violência e tampouco autoridade. As relações sociais são diversificadas, o trabalho é agradável e o lazer, além de frequente é produtivo. Nessa obra, o autor defende a tese de que a vida do homem pode ser boa e gratificante na medida em que as tradições da sociedade seja substituídas por um planejamento amplo , que visem maior bem-estar para o maior número de pessoas, aplicando-se para isso a teoria
do reforço. 
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
CONHECIMENTO:
A experiência planejada é considerada a base do conhecimento. Fica clara a orientação empirista.
Skinner não se preocupa com o que poderia ocorrer na mente do indivíduo durante o processo de aprendizagem, preocupou-se com o controle do comportamento observável.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
SISTEMA EDUCACIONAL: Agência de ensino que tem como objetivo o conhecimento.
Finalidade de aquisição de novos comportamentos e modificação dos já existentes.
ESCOLA: Agência Educacional – através do controle verifica os comportamentos que pretende instalar e manter.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
ENSINO-APRENDIZAGEM: Responsabilidade do professor assegurar a aquisição do comportamento.
Os comportamentos desejados serão instalados e mantidos por condicionantes e reforçadores arbitrários, tal como: elogios, graus, notas, prêmios, reconhecimento do mestre e dos colegas, prestígio, etc
Com isso: diploma, vantagens da futura profissão, aprovação final no curso, status, dinheiro, prestígio da profissão, etc
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
PROFESSOR-ALUNO: Engenheiro comportamental
METODOLOGIA: Especificação de objetivos; envolvimento do aluno, controle de contingências, feedback constante que forneça elementos que especifiquem o domínio de uma determinada habilidade; apresentação do material em pequenos passos e respeito ao ritmos individual de cada aluno.
AVALIAÇÃO: Consiste em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada.
CARL ROGERS – (1902-1987)
CARL ROGERS (1902-1987)
Carl Ransom Rogers (8 de janeiro de 1902, Oak Park, Illinois, EUA - 4 de fevereiro de 1987, La Jolla, Califórnia, EUA), Psicólogo norte-americano que foi o primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo eminente subjetivo. Em consequência disso, foram feitas algumas constatações até então impensadas, como a de que o motivo da melhora dos clientes ocorria independente do motivo pelo qual os terapeutas acreditava em que os estavam beneficiando. 
CARL ROGERS (1902-1987)
Sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecido por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958.
Seus métodos científicos estão descritos em livros traduzidos no Brasil como "A Pessoa como Centro" e "Um jeito de ser".
CARL ROGERS (1902-1987)
Pressuposto, até então, de que psicólogos e psiquiatras é que detinham o conhecimento da subjetividade de seus pacientes)seu trabalho "subverteu" também outras áreas, o que só se tornou visível para o próprio Rogers após décadas de atividades, como relatou em uma de suas últimas e melhores obras, “Sobre o Poder Pessoal” – livro em que traça, por exemplo, um paralelo entre suas descobertas e as de Paulo Freire e de sua “Pedagogia do Oprimido”.
Fruto de suas pesquisas, precursor da psicologia humanista ao sistematizar o método da “Terapia centrada no cliente” que depois evoluiu para a “Abordagem Centrada na Pessoa”(ACP)1 , mas ele próprio afirma que seu objetivo nunca fora criar um sistema próprio de psicoterapia e sim estudar os critérios necessários para a evolução da psicoterapia científica como um todo.
PRINCIPAIS IDEIAS
Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers como facilitadoras, no relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, para que ocorra a atualização desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: a consideração positiva incondicional; a empatia e a congruência.
PRINCIPAIS IDEIAS
Em linhas gerais, ter consideração positiva incondicional é receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar uma consideração positiva por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário que faça ou seja isto ou aquilo, portanto, aceitá-la incondicionalmente; a empatia, por sua vez, consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, ver o mundo através dos olhos dele e procurar sentir como ele sente; e a congruência, a coerência interna do próprio terapeuta.
PRINCIPAIS IDEIAS
O interessante na abordagem rogeriana é que a aplicação do seu método em psicoterapia, passa por um processo de amadurecimento do próprio psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmente apropriar-se de uma "técnica", mas que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers. Percebe-se então, por exemplo, que a expressão de uma afetividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo; não há como simular tal afetividade. O mesmo ocorre com a empatia e com a congruência. Por isso se diz que não existe uma "técnica rogeriana", mas sim psicólogos cuja conduta pessoal e profissional mais se aproximam da perspectiva de Carl Rogers.
PRINCIPAIS IDEIAS
Outro ponto a considerar é que após longos estudos, Rogers chegou à conclusão de que as três condições são eficazes como instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo de relacionamento, tais como: na educação entre professor e aluno, no trabalho, na família, nas relações interpessoais em geral.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
Um relacionamento interpessoal, afetuoso e de interesse de ambos, professor e aluno, juntos, caminhando para o aprendizado significativo. Um aprendendo com o outro, todos os dias. Essa humildade por parte do professor o levará a um relacionamento autêntico e transparente com o educando.
Rogers combate a aprendizagem do tipo “tarefas”, que só utiliza as operações mentais, não considerando o indivíduo como um todo.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesmo e dar um novo passo em busca de mais. É educar para a vida e para novos relacionamentos.
Não existe aquele que sabe e aquele que ensina, todos sabem alguma coisa e todos aprendem alguma coisa com alguém. É nesse contexto que Rogers vai expor a sua teoria.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
O professor passa a ser considerado um facilitador da aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como indivíduos em processo de transformação. 
O facilitador, por sua vez, cria condições de interação pessoal com os educandos, prepara o ambiente psicologicamente favorável para recebê-los, proporciona aos alunos material de pesquisa, instiga a curiosidade que é inerente ao ser humano para promover a aprendizagem significativa. O que um facilitador ensina aos educandos é buscar o seu próprio conhecimento, para tornar-se independente e produtor de seu próprio processo cognitivo.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
Para conseguir um bom resultado como facilitador é preciso ter ou desenvolver algumas qualificações. A mais importante de todas é a autenticidade, qualidade que conquista o respeito dos educandos. Nesse caso o facilitador precisa aprender primeiramente a ser autêntico consigo mesmo e, só depois, expor aos alunos seus limites, suas dificuldades.
É, portanto, fundamental que um facilitador confie no ser humano, em suas potencialidades e capacidades da escolha do caminho traçado para sua própria aprendizagem. A pessoa que não confia no outro ser humano, não pode tornar-se um facilitador. 
ROGERS E A EDUCAÇÃO
O professor que ajuda o aluno a pensar por si próprio (auxiliando-o com autenticidade, confiando em sua habilidade) e, com carinho, conduzindo-o ao caminho da participação e independência é, realmente, um bom facilitador da aprendizagem.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
Olhar a disciplina com o olhar do aluno – (não com o olhar de cima e dos planejamentos curriculares e pré-determinados, e sim do ponto de vista do aluno) o estimula a procurar os recursos para que possa trabalhar esta disciplina sem prejuízo ao currículo escolar. O facilitador disponibiliza recursos que agucem a curiosidade dos alunos em buscar e aprofundar seus conhecimentos.
O
aluno não tem que se preocupar em ser avaliado pelo professor, pois faz parte do processo de aprendizagem a auto-avaliação responsável. Lembramos que, na aprendizagem centrada na pessoa, o aluno torna-se gestor de seu próprio processo de busca do conhecimento.
ROGERS E A EDUCAÇÃO
A aprendizagem centrada na pessoa é revolucionária e transformadora por aproveitar o desejo natural de todo estudante de participar e interferir em seu próprio processo.
BIBLIOGRAFIA
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/skinner-428143.shtml?page=3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Condicionamento_operante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/skinner-428143.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Rogers
http://elisakerr.wordpress.com/concepcao-de-aprendizagem-de-carl-rogers/

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