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AULA 6 Abordagem Humanista (1)

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AULA 6 - Abordagem Humanista Escola Summerhill - Alexander Neill
Profa. Kelly Cristina Pedroso Silva
A Teoria Humanista - Carl Rogers
A palavra humanismo introduzida na França, no último quartel do último século, designava o conjunto de teorias eruditas do renascimento que ressuscitaram a cultura antiga e cuja inspiração se baseava na liberdade de espírito no interesse pelo humano, na busca da verdade humana, no conhecimento do homem atuante da sua vontade de realização, do seu destino, libertando-se de toda a opressão espiritual ou política (Postic, 1990).
A Teoria Humanista - Carl Rogers
A teoria Humanista, diferentemente das ideias comportamentalistas, aprender não se reduz à aquisição de mecanismos estímulo-resposta
Rogers é considerado um representante da corrente humanista, não diretiva, na educação. 
Embora considere a existência de um processo cognitivo na aprendizagem, condena a aprendizagem cognitiva .
A Teoria Humanista - Carl Rogers
Sprinthall & Sprinthall (1997) referem que Rogers na sua obra clássica Freedom to Learn, apresentou três condições necessárias e suficientes para a promoção da aprendizagem: empatia, aceitação incondicional positiva, e congruência ou genuinidade.
A Teoria Humanista - Carl Rogers
A empatia permite-nos comunicar aos nossos alunos que realmente compreendemos as emoções que estão a experienciar e permite-nos “ler” com acuidade os seus sentimentos;
A aceitação incondicional positiva permite acetar-se os alunos por aquilo que são sem os julgar, trata-se de uma aceitação incondicional que não qualquer tipo  de negociação;
A congruência significa ser-se verdadeiro e honesto, não fingindo qualquer tipo de sentimento e emoção
Reunidas estas condições , segundo Rogers, as crianças estão livres para aprender (Sprinthall & Sprinthall, 1997).
Princípios de aprendizagem:
 os seres humanos têm natural potencialidade para aprender;
- a aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe que a matéria que está a estudar se relaciona com os seus próprios objectivos;
- a aprendizagem que envolve mudança na organização de cada um- na percepção de si mesmo-é ameaçadora e tende a susciptar reações;
- as aprendizagens  que ameaçam o próprio ser são mais facilmente percebidas e assimiladas quando as ameaças externas se reduzem a um mínimo;
- quando é fraca a ameaça ao “eu”, pode-se perceber a experiência sob formas diversas- e a aprendizagem pode ser levada a efeito;
Princípios de aprendizagem:
- é por meio de actos que se adquire a aprendizagem mais significativa;
- a aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do seu processo;
- a aprendizagem auto-iniciada que envolve toda a pessoa  do aprendiz (i.e tanto os seus sentimentos quanto a sua inteligência) é a mais duradoura e impregnável;
- a  independência, a criatividade e a auto-confiança são facilitadas quando a autocrítica, a auto-apreciação básica e a avaliação feita por outros tem uma importância secundária;
Princípios de aprendizagem:
 A aprendizagem socialmente mais útil no mundo moderno, é a do próprio processo de aprendizagem, uma contínua abertura à experiência e à incorporação, dentro de si mesmo do processo de mudança;
Em suma, os princípios básicos de ensino e aprendizagem são para Rogers: confiança nas potencialidades humanas, pertinência do assunto a ser aprendido ou ensinado, aprendizagem participativa, auto-avaliação e auto-crítica e aprendizagem da própria aprendizagem .
IMPORTANTE
Os efeitos desta abordagem, quando utilizada por um facilitador que possua as atitudes enfatizadas por Rogers, podem ser extremamente importantes no processo de libertação dos indivíduos independentemente da categoria profissional daquele que facilita no outro (s) este processo, sendo estas técnicas um instrumento de importante conscientizaçãon e de transformação individual e social ( Gusmão,2002; citado por Martins ,2002).
Principais Ideias subjacentes a escola de Summerhill
A escola de Summerhill foi fundada em 1921 por A. S. Neill e a sua esposa, que tiveram como ideia principal de adaptar a escola à criança, e não a criança à escola, para que as crianças tivessem a liberdade de serem elas próprias (Neill, 1968)
Os objetivos de Summerhill
a) fornecer liberdade à criança para que esta possa crescer emocionalmente, 
b) dar poder a criança para que esta consiga viver a sua própria vida, 
c) dar tempo a criança para que ela se possa desenvolver naturalmente 
d) possibilitar à criança uma infância mais feliz retirando medos e pressão por parte dos adultos, isto tudo, com a finalidade de criar um pensador autônomo (Speck, 2009) . 
Os objetivos de Summerhill
Para isso foi preciso renunciar toda a disciplina, direção, sugestão, avaliação, moral e religião, como também a obrigação da criança comparecer nas aulas (Neill, 1968). 
A filosofia de Summerhill emerge de um paradigma de liberdade sendo uma maneira de neutralizar as imposições do sistema burocrático neo-liberal da Inglaterra (Speck, 2009).
A escola de Summerhill
A escola está localizada na costa este da Inglaterra, em East Anglia, e tem atualmente por volta de 100 alunos entre os 5 e os 18 anos. Descrevendo-se a si própria como “a democracia de crianças mais antiga do mundo”, a escola permanece notavelmente inalterada desde o tempo de Neill (Stronach & Piper, 2007). 
Apesar das regras de Saúde e de Segurança (que foram impostas pelo governo inglês), existem cerca de 200 regras que governam a escola de Summerhill e que foram criadas pelos alunos, professores e auxiliares numa das reuniões semanais que tanto tornaram esta escola famosa.
A escola de Summerhill
Em relação ao sucesso resultante desta escola livre, teremos primeiro que definir sucesso no ponto de vista do fundador. 
Para este, sucesso não significa necessariamente fazer uma carreira como médico; sucesso para Neill é “ter a habilidade de trabalhar com prazer e viver a vida de uma maneira feliz” (Neill, 1968, pag.41). 
“Todas as guerras e todos os crimes podem ser reduzidos à infelicidade de quem as fez”, por isso o seu maior interesse consta em ensinar a criança a ser feliz e a conhecer-se a si mesma (Neill, 1968, pag.15). 
Paralelismo entre a aplicação dos princípios humanistas no modelo educativo da escola de Summerhill
A escola de Summerhill surge assim, como uma instituição educativa, cujo modelo pedagógico aplica muitas das diretivas regentes da teoria humanista.
Em suma, é dada liberdade à criança e autonomia, não lhe impondo a assistência às aulas, seguindo assim uma das diretivas humanistas, confiar nas potencialidades humanas.
Paralelismo entre a aplicação dos princípios humanistas no modelo educativo da escola de Summerhill
É adotada a escolha livre dos assuntos e do material de aprendizagem, bem como a profundidade da mesma, são realizadas assembleias semanais onde todos têm opinião a dar, realizadas actividades colectivas, e a avaliação desempenha um papel secundário, sendo de principal importância o auto-conhecimento por partes das crianças.
Princípios da Teoria Humanista
Confiança nas Potencialidades Humanas
Pertinência dos Assuntos
Aprendizagem participativa
Auto-AvaliaçãoeAuto-crítica
Aplicação prática –Summerhill
Não existe imposição de assistir às aulas;
É dada toda a liberdade a criança;
Fé na criança e nas suas potencialidades;
Promover a autonomia para um crescimentoautodidacta.
Escolha livre dos assuntos e do material de aprendizagem;
É dada a opção pelo grau de profundidade da aprendizagem.
Assembleias semanais onde todos têm opinião a dar;
São realizadasactividadescolectivaspromovendo ainteracçãoe aprendizagem.
A avaliação tem um carácter secundário;
Aprender a conhecerem-se a si mesmos num processo de construção pessoal.
Bibliografia
http://psicologiapsi.wordpress.com/a-teoria-humanista-e-a-escola-de-summerhill/

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