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UNIVERSIDADE PAULISTA MARIA CLARA BARBOSA DE OLIVEIRA RA 1658497 CEREAIS SILVEIRA LTDA PIM I TOCANTINÓPOLIS 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA MARIA CLARA BARBOSA DE OLIVEIRA RA 1658497 CEREAIS SILVEIRA LTDA PIM I Projeto Integrado Multidisciplinar I para obtenção do título de Gestor de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista Orientador: Mauro Trubbianelli TOCANTINÓPOLIS 2018 RESUMO O presente trabalho busca identificar junto à empresa pesquisada, quais os tipos de liderança e autoridade existem dentro da empresa, como a empresa se relaciona com essas lideranças e de que forma elas impactam no clima organizacional da mesma, além de buscar entender se a empresa faz uso de algum tipo de departamentalização e como se dá sua estrutura organizacional, organograma. Busca-se também identificar se a empresa possui um bom sistema de comunicação e se há e quais são as falhas identificadas e se elas impactam no clima organizacional, como se dão as comunicações formais e informais dentro da instituição e se a empresa utiliza-se do conceito de endomarketing, de que forma é feito e quais benefícios ele proporciona. Ainda, se a empresa utiliza algum tipo de hardware, quais são e o quanto a empresa investe nessa área, além de buscar quais tipos de banco de dados são utilizados e se o setor de Tecnologia da Informação exerce um papel estratégico dentro da empresa. Para essa pesquisa foram coletados dados através de entrevista e observação tendo por base as disciplinas estudadas, Fundamentos da Administração, Comunicação Empresarial e Técnicas de Informática. Palavras-chave: Liderança – Autoridade – Comunicação – Tecnologia SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 5 2.1 Teorias Administrativas 6 2.2 Tipos de Liderança 7 2.3 Tipos de Poder 8 2.4 Departamentalização 10 3. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 11 3.1 Dificuldades na Comunicação Empresarial 11 3.2 Comunicação Formal e Informal 13 3.3 Endomarketing 14 4. TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 16 4.1 Banco de Dados 17 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 6. REFERÊNCIAS 19 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho busca verificar junto à empresa Cereais Silveira LDTA como se dá sua estrutura organizacional, quais os tipos de comunicação e relação entre lideranças e autoridades e quais os impactos no clima organizacional, além de saber quais equipamentos e investimento em tecnologia a empresa faz. A empresa Cereais Silveira LTDA, inscrita sob o Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica – CNPJ nº 22.010.136/0004-68 é uma empresa atuante no mercado há onze anos, com sede na cidade de Barbacena, estado de Minas Gerais, que conta com uma equipe de cento e setenta e sete funcionários em diferentes áreas e tem como atividade principal o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios. O objetivo do Projeto Integrado Multidisciplinar é fazer com que o aluno se insira nas práticas empresariais proporcionando assim uma melhor interação com o objeto de estudo do Curso, oferecendo uma ambientação com o mercado de trabalho e ampliando o campo de visão e pesquisa dos alunos. E para que esse trabalho se desenvolva serão utilizadas as disciplinas de Fundamentos da Administração para buscar entender quais as lideranças e tipos de autoridade existem e de que forma elas interferem e influenciam no clima organizacional da empresa e qual a relação dos dirigentes com essas lideranças, além de buscar entender como é o organograma da empresa e de que forma ela se organiza para atender as demandas da sua atividade. Além disso serão utilizadas como apoio as disciplinas de Comunicação Empresarial, para buscar entender como se dão os processos de comunicação dentro da organização, se são eficazes e quais falhas podem ser identificadas, se as comunicações formais e informais também influenciam no clima organizacional, se a empresa investe em marketing interno e como ele é feito, e de Técnicas de Informática para verificar se a empresa utiliza hardwares na produção e prestação de serviço e quais são eles, quais tipos de banco de dados a empresa usa para manter seus registros e como se setor de Tecnologia da Informação atua de forma estratégica dentro da empresa e como ela investe nesse setor. 4 2. FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO De acordo com Chiavenato (2007), a administração é o meio pelo qual as organizações são conduzidas para atingir a perfeição em suas ações e transações e alcançar os resultados esperados com os meios que elas dispõem. Administrar é transformar recursos e competências em resultados palpáveis. É o meio pelo qual as coisas acontecem nas organizações. Ainda segundo Chiavenato (2007), A palavra “administração” tem sua origem no latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de inferioridade; e o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço. Em sua origem, a palavra administração significa desenvolver uma função sob o comando de outro, prestar um serviço a outro. […] a tarefa da Administração consiste em interpretar os objetivos propostos pela organização e traduzi-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos da melhor forma possível. Dessa forma, subtende-se que a administração é parte fundamental da estratégia de uma empresa. É ela a responsável pelo estabelecimento de metas e meios de alcançar as metas estipuladas e que o sucesso de uma organização depende principalmente de um bom planejamento. Já de acordo com o site Administradores (2011), “O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades sejam administradas com planejamento, organização, direção, e controle.” Conforme diz Sertek, Guindani e Matins (2007), as pessoas e as atividades, dentro de uma organização, são divididas em níveis hierárquicos que classificam as tarefas que deverão ser executadas individualmente. Esses níveis consistem em: estratégico, que representa as atividades de tomadas de decisões, as ações que direcionam a empresa, geralmente composto por diretores, assessores, consultores, etc.; tático, que representa os cargos de comando da organização, geralmente composto por supervisores, chefes, coordenadores, etc.; e operacional, onde 5 encontram-se as pessoas que executam as tarefas, geralmente composto por assistentes, secretárias, estagiários, etc. Segundo o site Portal Administração (2014), o planejamento estratégico afeta a organização como um todo pois define sua visão futura e seus principais objetivos, por outro lado, o planejamento tático é o conjunto de tomada de decisões, sistêmica e deliberadamente, sobre as ações de médio prazo e menor amplitude na organização, ou seja, o planejamento tático é voltado para decisões racionais de médio prazo, mas que devem estar alinhados ao planejamento estratégico e ao que se pretende alcançar em longo prazo. Já o planejamento operacional é onde se encontram os colaboradores, onde as metas, indicadores de desempenho organizacional e recompensas elaboradas no nível tático são aplicadas. Conclui-se que para que uma organização obtenha sucesso em seus empreendimentos, espera-se que haja uma atuação em conjunto para alcance das metas a curto, médio e longo prazo e que para tal os três níveisestejam alinhados. 2.1 Teorias Administrativas Segundo Matos e Pires (2006), a revolução industrial introduziu uma nova forma de produção que incluiu o trabalho coletivo e a perda do controle do processo de produção pelos trabalhadores. Nesse sentido a Teoria da Administração Científica, iniciada por Taylor, fundamenta-se na aplicação de métodos racionais aos problemas administrativos a fim de alcançar a máxima produtividade. Para que essa produtividade aumentasse foram propostos métodos de racionalização e disciplina, seleção dos mais aptos, hierarquização do trabalho, etc. Esse método propõe o investimento nos estudos para melhoria da eficiência do trabalhador, incentivos salariais e prêmios inferindo que as pessoas são motivadas exclusivamente por interesses materiais. Já segundo Chiavenato (2003), para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas de modo científico e não empírico. Taylor se importou mais com a essência da ideia de que é preciso uma revolução mental da organização como um todo, operários e dirigentes, onde o principal objetivo da Administração é garantir prosperidade a ambos. 6 De acordo com Matos e Pires (2006), a Teoria Clássica, de Fayol, complementa o trabalho de Taylor, trocando a abordagem analítica e concreta por uma abordagem sintética e universal, propondo a racionalização da estrutura administrativa para que a empresa passe a ser vista como uma síntese dos órgão que a compõem. Fayol determinou os princípios da boa administração e a estabeleceu que as funções do administrador são organizar, planejar, coordenar, comandar e controlar. Já segundo Chiavenato (2003), Fayol ressalta que toda empresa deve apresentar seis funções sendo elas funções técnicas, relacionadas à produção, funções comerciais, relacionadas com compra e venda, funções financeiras, relacionada com a gerência de capitais, funções de segurança, relacionada com a proteção e preservação, funções contábeis, relacionadas com inventários, balanços, etc., e funções administrativas, que deve coordenar e integrar as funções acima. Segundo Matos e Pires (2006), a Teoria Burocrática de Weber identifica algumas características da organização formal voltada especificamente para a racionalidade e eficiência. O modelo de Weber pode ser encontrado nos modelos de Taylor e Fayol no que diz respeito a divisão de trabalho, hierarquia e autoridade, etc. Já Chiavenato (2003) prega que, o modelo de Weber é o contrário do que o conceito popular dita no que diz respeito à multiplicação de papéis, etc., a burocracia na verdade é a organização eficiente por excelência. Outra teoria administrativa citada por Matos e Pires (2006) é o Movimento das Relações Humanas que surgiu como crítica aos modelos de Taylor e Fayol, combatendo o formalismo administrativo e focando a organização nas inter-relações, de forma a entender que o ser humano não pode ser diminuído a esquemas simples e mecanicistas. Esse modelo prega que deve-se motivar o indivíduo, envolvê-lo nas decisões que envolvem a tarefa, para que este trabalhe para atingir os objetivos da organização. 2.2 Tipos de Liderança Segundo Félix et al (2013), a liderança não deve ser confundida com gerência ou chefia. Um líder não necessariamente precisa ser chefe (supervisor, inspetor, coordenador, etc.), apenas precisa ter conhecimento e habilidades que motivem o grupo a conquistar os objetivos. O líder é aquele que convence as pessoas a seguirem uma ideia enquanto o chefe apenas ordena. De acordo com um artigo publicado no site Administradores (2011), existem três diferentes estilos de liderança, sendo eles a liderança autocrática, onde apenas o líder determina as diretrizes, as técnicas de execução das tarefas, sem a 7 participação do grupo. Outro estilo de liderança é o estilo democrático, nele as diretrizes são debatidas em grupo, estimulado e assistido pelo líder, a divisão de tarefas fica a critério do grupo e o líder procura ser um membro “normal”. O terceiro estilo de liderança é o estilo liberal onde há liberdade total para as decisões em grupo ou individuais onde o líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso dos acontecimentos. Já Bergamini (1994), afirma que o líder desempenha um importante papel dentro da cultura organizacional pois possui qualidades carismáticas que o tornam mestre da mudança, inspirando as pessoas a correrem riscos. O autoconhecimento, segurança e maturidade emocional são características indispensáveis para um bom líder. A empresa Cereais Silveira LTDA. ao ser questionada quanto aos tipos de liderança existentes na organização afirmou reconhecer apenas a liderança formal e autocrática, onde os líderes são aqueles indicados pela gestão e se confundem com supervisores, coordenadores, etc. Mas foi possível observar que os líderes informais não reconhecidos pela empresa exercem um estilo democrático. Talvez por tentar serem democráticos em suas lideranças informais e evitarem interferir nas decisões do grupo passem despercebidos pela gestão. De maneira geral, as lideranças dentro das organizações existem e um bom líder precisa ser responsável, ter iniciativa e boa vontade, mas principalmente precisa ter uma boa relação com o grupo, o que garantirá respeito e confiança. Cabe a gestão da organização identificar esses líderes e estar alinhado com eles para que os objetivos da organização sejam atingidos, pois uma liderança despreparada poderá gerar conflitos entre o grupo tornando o clima organizacional desconfortável e interferindo no bem-estar dos colaboradores, afinal o bem-estar deles interferirá diretamente no bem-estar da empresa. 2.3 Tipos de Poder De acordo com Krausz (1991), o poder é integrante da vida em sociedade e constitui uma experiência comum a todos, pois viver em sociedade significa se relacionar com pessoas de forma recíproca e em qualquer sociedade, as relações estão sujeitas a normas baseadas em tradições, valores, crenças e padrões comportamentais que constituem a cultura do grupo e, de alguma maneira, regulam as relações e a manutenção das regras de convivência que assegurem a sobrevivência do grupo. Maliska (2006), afirma que Weber, ao tratar da legitimidade do poder em sua Sociologia Política, distinguiu três diferentes tipos ideais de dominação: a tradicional, 8 a carismática e a racional legal. Dentre essas formas de poder, o poder tradicional baseia-se na crença das tradições em vigor e na legitimidade do poder em virtude do costume. A autoridade não pertence a alguém escolhido pelo grupo, mas sim a alguém que é chamado ao poder pelo costume. Já o poder carismático baseia-se no valor pessoal do homem que distingui-se pela sua santidade, heroísmo, etc. Esse tipo de poder constitui o tipo de poder político pois corrompe os usos da vida comum, porém, o comportamento carismático não é característico apenas à atividade política, podendo ser identificado em diversos campos, como o da religião, economia, arte, etc. O poder racional legal é típico do Estado Moderno e tem por fundamento a crença na validade dos regulamentos que foram estabelecidos de forma racional e na legitimidade dos chefes designados por Lei. Dessa forma, todo direito é valido em razão de um procedimento racional, essas regras de direito compõem um mundo de técnicas e normas onde a Justiça tem competência para aplicar as regras gerais aos casos particulares e a administração tem o objetivo de assegurar os interesses. Tendo os diferentes tipos de poder/autoridade definidos segundo a ótica de Max Weber, foi observado na empresa estudada que os três tipos de autoridade são praticados. O poder tradicional é praticado na empresa, por ser esta uma empresade origem familiar, onde os sucessores e ocupantes de cargos superiores como diretores, assessores e supervisores, constituem-se principalmente de familiares, parentes ou pessoas que mantêm alguma proximidade com o dono da empresa, sendo os ocupantes dos maiores cargos, filhos do mesmo. Já o poder carismático foi observado de maneira menos latente nas lideranças informais, onde um ou outro funcionário, reconhecido e respeitado pelos demais, exerce uma grande influência nas decisões e comportamento do grupo. E por fim, o setor de Recursos Humanos da empresa, afirmou que dentre essas, o poder racional legal também coexiste com as demais, pois a empresa possui um conjunto de regras e normas éticas que garantem os direitos dos funcionários. Pôde ser observado que dentre os três tipos de poder, o mais latente é o poder tradicional, pois, por mais que existam lideres informais que se utilizam do poder carismático e que existam normas para garantir direitos e reger a organização, a influência que o poder tradicional exerce na empresa dificulta que determinadas decisões sejam tomadas de forma impessoal. Dessa forma, a empresa deverá buscar meios de rever e aplicar de maneira mais eficiente essas normas garantindo que as decisões sejam pautadas no interesse comum de maneira racional e impessoal. 9 2.4 Departamentalização De acordo com Bergue (2010), o organograma é a representação gráfica da formação do sistema organizacional, destacando as relações formais entre áreas e órgãos, além dos níveis de hierarquia institucional. Esse gráfico tem importância central na área de gestão de pessoas, pois atua como ferramente de suporte ao diagnóstico do mau funcionamento da organização que impactam nas relações pessoais e no comportamento humano. Chiavenato (2005) por outro lado afirma que, na proporção em que as instituições crescem e aumentam seu tamanho, também aumenta a complexidade do trabalho desenvolvido em razão do aumento de tarefas e de funcionários. Essa complexidade aparece verticalmente, quanto ao maior número de níveis hierárquicos, e horizontalmente, quanto ao maior número de departamentos que coordenarão tarefas e pessoas, e é esse sistema horizontal que recebe o nome de departamentalização. Bergue (2010) define que, departamentalizar as organizações que dizer definir critérios mais abrangentes de divisão de trabalho que tende a seguir determinados critérios que já estão sedimentados pela prática administrativa. Existem diferentes maneiras de se departamentalizar uma organização, seja ela pelo tipo de trabalho desempenhado em cada setor, a posição geográfica, etc., e a empresa precisa saber qual o tipo de departamentalização irá ser mais benéfica e eficiente para o tipo de atividade desenvolvida. Na empresa pesquisada, o tipo de departamentalização utilizada é a departamentalização funcional, como podemos observar no organograma abaixo, que, de acordo com Chiavenato (2007) é a organização feita tendo por base as funções que possuem atividades semelhantes e são agrupadas juntas e identificadas pela classificação funcional, como por exemplo, finanças, recursos humanos, produção, etc., e ao utilizar-se desse tipo de departamentalização, a empresa encoraja interação social e a especialização das funções estabelecendo carreiras. Presidência Marketing Administração eContabilidade Recursos Humanos Estoque Vendas Segurança Serviços Gerais 10 3. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Para Torquato (1986), comunicação é um sistema aberto, parecido com a própria empresa e organizada pelos seguintes elementos: fonte, codificador, canal, mensagem, decodificador, receptor, e outros ingredientes que fortalecem o processo. A comunicação se divide em duas fases, a primeira corresponde à transmissão da mensagem e a segunda corresponde à recuperação que é necessária para o controle da comunicação por parte da fonte. O site Educação (2015), define que emissor ou destinador é aquele que emite a mensagem, podendo ser uma pessoa, um grupo, uma empresa, etc. Já receptor ou destinatário é aquele a quem a mensagem se destina, podendo ser uma pessoa ou grupo ou até mesmo um animal. Já código refere-se ao modo pelo qual a mensagem se organiza e é formado por um conjunto de sinais arranjados de acordo com determinadas regras onde cada elemento tem significado em relação aos outros, podendo ser a língua, oral ou escrita, gestos, códigos, etc., desde que ambos os envolvidos tenham conhecimento desse código. Já canal é o meio físico ou virtual que garante a movimentação da mensagem, como, por exemplo, ondas sonoras, etc., e deve assegurar o contato entre emissor e receptor. Já mensagem é a finalidade da comunicação e é constituída pelo conteúdo das informações transmitidas. Por fim, contexto é a situação em que a mensagem se refere, circunstâncias de tempo e de espaço em que se encontra o emissor da mensagem. 3.1 Dificuldades na Comunicação Interpessoal Segundo Da Silva (2005), a comunicação interpessoal acontece no contexto da interação frente a frente, onde os aspectos envolvidos nesse processo são os esforços de entender o outro e de se fazer entendido. Somados a esse processo estão a percepção da pessoa, a chance de conflitos e de persuasão, portanto, não existe comunicação estritamente objetiva. Ela acontece entre pessoas, e cada pessoa vivência um mundo com experiências, cultura, valores, interesses e expectativas diferentes. A percepção individual funciona como um filtro que vincula a mensagem de acordo com a própria visão. De acordo com Kunsch (2006), a comunicação organizacional, do jeito como é organizada nos dias de hoje, é resultado da Revolução Industrial, que ocasionou 11 grandes e rápidas mudanças no mundo todo. Essas mudanças forçaram as empresas a procurar novos meios de comunicação com o público interno e externo. A comunicação com o público interno tinha uma ordem administrativa e informacional, mas com a evolução do seu uso e a crescente importância da comunicação nos processos de gestão, a comunicação foi assumindo novas características até chegar ao estágio em que se encontra hoje nas organizações modernas. Kunsch (2003), destaca que as barreiras na comunicação são os problemas que intervem e dificultam a comunicação, sendo chamados de ruídos, pois prejudicam a eficácia comunicativa. As barreiras gerais, ou ruídos, podem ser de origem mecânica, fisiológica, semântica ou psicológica. Sendo as de origem mecânicas ou físicas relacionadas aos aparelhos de transmissão, como barulho, ambiente inadequado, que impedem e interferem na comunicação. Já as barreiras fisiológicas estão relacionadas a problemas genéticos ou de má-formação dos órgãos da fala, como surdez. Já as barreiras semânticas decorrem do uso inadequado da linguagem, da utilização de códigos e sinais não conhecidos pelo receptor. E por fim, as barreiras psicológicas são os preconceitos e esteriótipos que prejudicam a comunicação, estando relacionadas a crenças, costumes, valores, percepções equivocadas determinadas pelas experiências pessoais. Ainda segundo Kunsch (2003), existem ainda as barreiras na comunicação organizacional, sendo elas: pessoais, administrativas/burocráticas, excesso de informação e informações incompletas. As barreiras pessoais dizem respeito à personalidade de cada indivíduo, o estado de espírito, as emoções, o comportamento, etc. Já as barreiras administrativas/burocráticas referem-se à forma como as organizações processamas informações, a distância física, as relações de poder, autoridade, posse das informações, etc. Já a barreira que refere-se ao excesso de informações diz respeito à proliferação de papéis, reuniões desnecessárias, falta de seleção da prioridade do conteúdo, etc. Por fim, as barreiras condizentes às comunicações incompletas referem-se às informações fragmentadas, distorcidas ou ambíguas, informações ocultadas, ou falta de clareza na informação. Ao ser questionada quanto aos processos de comunicação dentro da instituição, a empresa Cereais Silveira LTDA., representada pelo Diretor Administrativo, afirmou tentar manter a comunicação clara e objetiva, mas que 12 eventuais falhas acontecem, principalmente entre a alta gestão e os funcionários. Além disso, a empresa afirma que alguns conflitos identificados na empresa tiveram relação com os ruídos da comunicação. Dos tipos de barreira que puderam ser observados na empresa destacam-se as barreiras psicológicas e pessoais, pois alguns funcionários possuem crenças e personalidades contrastantes, além da barreira referente à comunicação incompleta, pois alguns funcionários, principalmente os de menor hierarquia apontaram que algumas decisões ou informações não são repassadas a todos. Todo tipo de comunicação está sujeito a falhas, mas para sanar ou minimizar as falhas que acontecem na Cereais Silveira LTDA., sugere-se que a organização busque formas de integrar os funcionários nos processos de tomada de decisão, ou que essas decisões sejam amplamente divulgadas e esclarecidas para que os funcionários se sintam peça importante na empresa e tenham a possibilidade de contribuir com sugestões, ideias, críticas, etc. 3.2 Comunicação formal e informal Segundo o site Administradores (2010), a comunicação formal refere-se à comunicação usada através dos canais existentes no organograma da instituição e é derivada da alta administração. A mensagem é transmitida e recebida dentro dos meios formalmente estabelecidos, portanto, é a comunicação feita basicamente por escrito e devidamente documentada através de formulários ou correspondências. Já a comunicação informal refere-se àquela desenvolvida espontaneamente pela estrutura informal e fora dos meios de comunicação estabelecidos pela instituição. Para Curvello (2012), a comunicação formal é aquela intrínseca à estrutura organizacional e depende da existência de canais como o jornal da empresa, entre outros. Já a comunicação informal tem origem nas manifestações comunicativas inerentes ao relacionamento dos indivíduos que constituem a organização. Já para Torquato (1986), a comunicação formal engloba todas as manifestações oficialmente inseridas na estrutura organizacional e legitimadas pelo poder burocrático. Já a comunicação informal engloba as manifestações espontâneas da coletividade, como, por exemplo, os boatos. Dessa forma, pôde ser observado na empresa pesquisada que ambas os tipos de comunicação são amplamente utilizados. Tanto a comunicação formal, que 13 dá-se basicamente em sentido vertical, e são utilizados principalmente através de documentos como avisos e informes fixados no quadro de informes no hall de entrada dos setores administrativos; quanto a comunicação informal, que está presente nas relações entre empregador, diretores, supervisores e principalmente funcionários. 3.3 Endomarketing De acordo com Brum (2017), o termo endomarketing foi registrado no Brasil pelo consultor de empresas Saul Faingaus Bekin, no ano de 1996, derivado da sua experiência profissional em uma empresa multinacional e que, segundo ele, o objetivo do endomarketing é facilitar as trocas, desenvolver lealdade no relacionamento entre as pessoas com seu cliente interno, dividir seus objetivos, cativar e cultivar harmonia para fortalecer as relações interpessoais e, essencialmente, a comunicação interna. Portanto, endomarketing é, basicamente, oferecer ao funcionário educação, atenção e carinho, transformando-o em um indivíduo mais preparado e informado para que desenvolva sua criatividade e felicidade, sendo capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente. O objetivo do endomarketing é propiciar a consciência empresarial (visão, missão, princípios, etc.) dentro de um clima organizacional positivo a fim de transformar o funcionário em um facilitador que consolidará a imagem da instituição e seu valor para o mercado. Segundo Weirich, Munari e Bezerra (2004), endomarketing são as ações de marketing que têm como foco o público interno da empresa com o objetivo de atrair e reter esses funcionários, visto que, estando os funcionários satisfeitos, estes produziram mais e melhor e a empresa terá resultados mais eficientes. O endomarketing está ligado à base da cultura organizacional, onde o comprometimento dos colaboradores com o desenvolvimento é primordial para o sucesso coletivo. A função do endomarketing é deixar claro e harmonizar os objetivos individuais e os objetivos da empresa. Entende-se, dessa forma, que a empresa deve prezar pela qualidade do ambiente organizacional, motivar seus colaboradores e manter claros os objetivos da empresa, visão e missão, envolvendo os colaboradores no processo de decisão para que assim eles se sintam parte importante da organização. 14 Na empresa pesquisada, ao conversar com os responsáveis pelo setor de marketing e de recursos humanos, obtemos a informação de que a empresa investe mais em marketing externo e que algumas medidas são tomadas para a captação e manutenção de colaboradores como por exemplo, benefícios trabalhistas não previstos em legislação como convênios com empresas de recreação, constante investimento em capacitação, entre outros. Porém, pelo que pôde ser observado, a empresa investe muito mais em marketing externo que interno. Como foi ressaltado, a comunicação ainda é falha e acaba gerando conflitos tanto entre funcionários de mesma hierarquia quanto de hierarquias diferentes. Sugere-se que a empresa seja mais transparente e envolva os colaboradores nas tomadas de decisão, se comuniquem de forma clara e objetiva, evitando que a comunicação seja distorcida, estejam abertos para ouvir o que os funcionários têm para falar, sugerir e até mesmo estarem abertos a críticas e preparados para absorvê-las e buscar as melhorias necessárias. Além de oferecer, não só benefícios e capacitações, mas um ambiente de trabalho acolhedor onde o funcionário se sinta bem, seguro e motivado. 15 4. TÉCNICAS DE INFORMÁTICA De acordo com o site Mundo Educação (2007), hardware é a parte física do computador, são todos os aparelhos, peças e equipamentos necessários para o funcionamento do computador. Também pode se referir ao conjunto de aparelhos acoplados em produtos que precisam de processamento computacional. Dessa forma, hardware é a arquitetura do computador. Já segundo o site InfoEscola, hardware é usado para definir o conjunto de peças eletrônicas em geral e circuitos, sendo os mais conhecidos os processadores. Existem dois tipos de hardware no computador, os internos que são compostos pelo processador, HD, memória, placa-mãe, entre outros; e os externos que são compostos por monitor, teclado, mouse, pendrive, entre outros. No inventário da empresa pesquisada consta que a mesma possui: • 15 monitores, • 14 processadores (CPU), • 18 teclados, • 6 notebooks, • 3 tablets, • 14 mouses, • 4 impressoras, • 2 scaners,• 2 HD’s externos, • 4 smartphones, • 7 leitores de código de barras e • 5 pendrives de uso institucional. A empresa Cereais Silveira LTDA. afirma que hardware é um investimento constante na empresa, pois a mesma utiliza-se de diversos equipamentos e sofwares para executar suas atividades no mercado. Foi possível observar que a organização ainda possui equipamentos antigos e alguns já ultrapassados e que deve passar por uma modernização a fim de agilizar as tarefas e garantir eficiência no serviço prestado. 16 4.1 Banco de Dados De acordo com Elmasri et al (2005), banco de dados é a acervo de dados relacionados, dados esses que podem ser gravados e que possuem propriedades implícitas. Banco de dados é um acervo lógico e coerente de dados com algum significado inerente, portanto, uma organização aleatória de dados não pode ser considerada propriamente um banco de dados. Já para Date (2004), um sistema de banco de dados é resumidamente um sistema computadorizado de manutenção de registros sendo considerado equivalente a um armário eletrônico, ou seja, é um receptáculo para um acervo de arquivos de dados computadorizados, que busca armazenar informações e permitir que outras pessoas busquem e atualizem essas informações. A instituição pesquisada afirmou que utiliza-se de um banco de dados virtual como planilhas no Google Drive para manutenção e atualização de estoque além de planilhas do Microsoft Excel 2010 salvas em dispositivos móveis como HD externo e pendrives e nos próprios computadores da empresa. Pôde ser observado que as ferramentas de tecnologia não recebem tanto investimento pois a empresa não tem estruturado um setor de Tecnologia da Informação, sendo a manutenção feita normalmente por um serviço terceirizado. Dessa forma, pode-se concluir que a empresa não inclui e não têm a visão de que um setor de Tecnologia da Informação contribuirá com o planejamento estratégico da mesma. O que podemos sugerir é que a instituição reveja seu plano estratégico pensando em atualizar e modernizar seus equipamentos e ferramentas de trabalho para que possa produzir mais e com eficiência além de incluir em sua estrutura organizacional um setor de Tecnologia da Informação, pois vivemos em um mundo globalizado e digital e a tendência é que cada vez mais processos e tarefas sejam mecanizados para facilitar o trabalho do gestor e tornar a empresa competitiva e acima de tudo eficaz. 17 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO A partir do que pode ser observado e consultado com os gestores da Cerais Silveira LTDA, pode-se concluir que a empresa é uma empresa pequena e em expansão que precisa atualizar a forma de administrar para que esta seja mais eficaz além de tentar manter coerência entre seus líderes e liderados para que ambos trabalhem em prol da organização evitando conflitos e mantendo uma postura mediadora quando necessário. Com relação à comunicação, muitas falhas foram observadas e espera-se que a empresa procure um método mais eficaz e transparente de transmitir seus valores, planos e estratégias de forma mais clara e objetiva, além de manter um relacionamento aberto com os funcionários para que os mesmos se sintam confortáveis para dar opiniões e sugestões. Além disso espera-se que a empresa procure meios de motivar seus funcionários para que consiga reter os talentos que precisa, melhorando o ambiente organizacional, pois um servidor motivado produzirá mais e será mais eficiente e satisfeito profissionalmente e também pessoalmente. Também espera-se que a empresa invista mais em tecnologia e acompanhe a modernização global e reveja seu plano estratégico incluindo nele um setor de TI, tudo isso somado trará não apenas lucro, mas tornará a empresa mais competitiva, eficiente e eficaz no mercado de trabalho. Esse trabalho mostrou-se muito importante para que possamos conhecer como funcionam as empresas e onde atuaremos futuramente, para nos ambientalizarmos com as práticas do mercado de trabalho para que possamos verificar os erros e apontar sugestões e novas ideias buscando sempre um aprimoramento pessoal e profissional. 18 6. REFERÊNCIAS ADMINISTRADORES. Comunicação formal e informal. 2010. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/comunicacao-formal-e- informal/47055/ ADMINISTRADORES. Princípios da Administração: o conceito da administração e suas funções. 2011. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/principios-da-administracao-o- conceito-da-administracao-e-suas-funcoes/57654/ ADMINISTRADORES. Estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal. 2011. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/estilos-de- lideranca-autocratica-democratica-e-liberal/52800/ BERGAMINI, Cecília Whitaker. 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