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TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial 2014.2 Odontologia Noturno UFPE Everton Gomes Vieira Introdução O traumatismo raquimedular é um evento súbito com efeitos catastróficos que pode ocasionar uma carga médica financeira social ao indivíduo e a sociedade (ROWLAND; PEDLEY, 2011). As lesões medulares são cada vez mais frequentes, em decorrência, principalmente, do aumento da violência urbana (ALMEIDA et al, 2013). Anatomia ▪ A coluna vertebral é formada por 33 a 34 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 ou 5 coccígeas). ▪ O forame ou conduto vertebral é formado pela parede posterior do corpo vertebral e parede anterior do arco vertebral, e a superposição dos vários forames vertebrais forma o canal raquídeo, que aloja e protege a medula espinhal (DEFINO, 1999) Anatomia A medula espinhal faz parte do sistema nervoso central e corresponde à porção caudal do tubo neural. A medula espinhal está alojada dentro do canal vertebral, que tem função de protegê-la (MENESES, 2006). Está revestida pelas meninges: dura-mater, aracnóide e pia-mater (FURLAN, 2001) Anatomia A medula espinhal está dividida em segmentos e as raízes nervosas que emergem da medula no nível de cada segmento são designadas por algarismos que se referem ao nível de sua saída. (DEFINO, 1999) Anatomia A medula espinal é composta por: 8 segmentos cervicais 12 segmentos torácicos 5 segmentos lombares 5 segmentos sacrais 1 a 3 segmentos coccígenos No adulto atinge o nível das 1ª e 2ª vértebras lombares. (PAULSEN; WASCHKE, 2012) Definição O trauma raquimedular é uma agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos, tais como alterações da função motora, sensitiva e autônoma (BRUNI et al, 2004). Compreende as lesões dos componentes da coluna vertebral em quaisquer porções: óssea, ligamentar, medular, discal, vascular ou radicular. (CAMPOS et al, 2007) Epidemiologia ▪ No Brasil, 130 mil indivíduos são portadores de lesão medular, com aumento anual da incidência decorrente do aumento da urbanização em todo seu território (ALMEIDA et al, 2013). ▪ Estima-se a ocorrência de 8.000 novos casos por ano de TRM no Brasil, 82% acometendo o sexo masculino (AMORIM et al, 2011). ▪ A lesão envolve preferencialmente o sexo masculino, com idade de 15 a 40 anos, comprometendo o indivíduo em sua fase produtiva de vida (CREONCIO et al, 2012). Etiologia ▪ A violência urbana está altamente associada as lesões raquimedulares, com os acidentes automobilísticos representando sua principal etiologia (40-50%), seguidos pelas quedas de altura (20%) e lesões por arma de fogo e arma branca (14%). Em nosso meio, o mergulho em águas rasas ainda representa etiologia significativa de acidentes, contribuindo com 6,5% das ocorrências (AMORIM et al, 2011). Fatores de risco ▪ Pacientes com dor cervical persistente; ▪ Inconscientes; ▪ Escore de Glasglow inferior a 12; ▪ Alcoolizados ou sob efeito de entorpecentes; ▪ Com déficit neurológico focal; ▪ Com mecanismo de trauma envolvendo grande energia cinética; ▪ Com fratura exposta; ▪ Luxações bilaterais de faces articulares. (AMORIM et al, 2011; CAVENAGHI et al, 2005) Locais mais acometidos ▪ Segundo AMORIM et al. (2011) metade dos casos de traumatismo raquimedular acomete a coluna cervical. Entre estes casos, a localização de principal ocorrência é no nível de C2 (24%), seguido dos acometimentos de C6 e C7 (40%). Em estudo realizado em Curitiba-PR, os níveis mais acometidos foram o torácico com 23 casos (42,6%), seguido pelo cervical com 20 casos (37,1%), lombar com nove casos (16,6%) e sacral com dois casos (3,7%) (ARAÚJO JÚNIOR, 2011). A literatura mostra taxas de até 62,5% de acometimento da coluna torácica, segundo Barros Filho et al. pelo seu maior comprimento (BENATO, 2007). Classificação das lesões As lesões podem ser completas ou incompletas. Lesões completas apresentam muito baixo potencial de recuperação enquanto que as incompletas apresentam potencial de recuperação de 47% (Araújo Júnior, 2011). • Lesão completa: As funções motora e sensitiva estão ausentes abaixo dos 3 segmentos caudais consecutivos ao nível da lesão. (BRUNI et al, 2004) Classificação das lesões • Lesões incompletas: Incompleta sensitiva ▪ A atividade motora está presente e permanece certa sensibilidade Incompleta motora não funcional ▪ A função motora está ausente ou com o mínimo uso funcional Incompleta motora funcional ▪ A função motora está preservada e há funcionalidade abaixo do nível da lesão (BRUNI et al, 2004) Classificação das lesões Classificação ASIA ▪ A – Lesão medular completa ▪ B – Incompleta, sensibilidade presente e motor ausente ▪ C – Incompleta, sensibilidade e motor presente (não útil) ▪ D – Incompleta, sensibilidade e motor presente (útil) ▪ E – Neurológico normal (ROWLAND; PEDLEY, 2011). Choque espinhal ▪ As inervações vaso-motoras e viscerais permanecem em completo silêncio. Isto resulta não somente em arritmia cardíaca, mas também em episódios de hipotensão hipertensão (disreflexia autonômica). Além disso, ocorre atonia dos ductos eferentes urinários, estômago e intestino, juntamente com sintomas de paralisia do íleo, disfunções endócrinas, como hiperglicemia, disfunções do metabolismo eletrolítico e no controle da temperatura corpórea. ▪ Durante o declínio do choque espinhal, aproximadamente quatro a seis semanas após o acidente, os reflexos patológicos e a espasticidade geralmente se desenvolvem devido à ausência de controle supra espinhal. (DEL BEL; SILVA; MILADNIC, 2009) Mecanismos de lesão Assim como no encéfalo, a lesão medular aguda é dividida em duas etapas: MECANISMO PRIMÁRIO MECANISMO SECUNDÁRIO (KNOBEL, 2003) Mecanismo primário É mais comumente uma combinação do impacto inicial assim como a compressão persistente subsequente a esse impacto. O mais frequente é o impacto de ossos e ligamentos contra a medula espinhal. (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Mecanismos de lesão Mecanismo Secundário A lesão secundária é conduzida pela redução do fluxo sanguíneo para o segmento lesado da medula espinal decorrente de hemorragia, edema ou queda da pressão sistêmica (HEBERT et al, 2009). Decorrem das cascatas bioquímicas ocorridas após o evento inicial e dão origem a uma lesão medular contínua e a deterioração neurológica (ROWLAND; PEDLEY, 2011). Está intimamente relacionada ao processo inflamatório, com ativação de fosfolipases, trombina, prostaglandinas, peroxidação lipídica e radicais livres (KNOBEL, 2003). Mecanismos de lesão Hiperflexão ▪ Causada por desaceleração súbita do movimento. Eventos de lesão primária (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 2008) Hiperextensão ▪ Movimento com a cabeça para trás e para baixo. ▪ A medula é esticada e torcida. ▪ Pode levar a ruptura do ligamento longitudinal anterior, do disco, das cápsulas articulares e do conjunto de ligamentos posteriores. Eventos de lesão primária (SHAH; KELLY, 2006) Carga axial ▪ Resulta de uma carga vertical. Eventos de lesão primária (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 2008) Carga lateral ▪ Força aplicada lateralmente. Eventos de lesão primária (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 2008) Ferimentos penetrantes ▪ As lesões medulares causadas por ferimentos penetrantes são resultado direto da energia inicial e extensão da penetração, muito mais do que a ação de compressão medular por corpo estranho ou fragmentos ósseos persistentes no canal. Portanto, são consideradas lesões definitivas e não progressivas (AMATO et al., 2009). Eventos de lesão primária FisiopatologiaO estudo da fisiopatologia da TRM pode se dividida em dois grupos: Patologia macroscópica Histopatologia (ROWLAND; PEDLEY, 2011) PATOLOGIA MACROSCÓPICA Se subdivide em quatro categorias: Lesão medular espinal sólida Contusões Lacerações Compressão maciça (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Fisiopatologia Lesão medular espinal sólida Macroscopicamente apresenta-se normal, sem evidencias de amolecimento, descoloração ou cavidade. Os danos são vistos claramente ao exame histológico Fisiopatologia PATOLOGIA MACROSCÓPICA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Lesão por contusão Não evidenciam nenhuma ruptura na superfície e não há aderências durais. Fisiopatologia PATOLOGIA MACROSCÓPICA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Lacerações Acarretam desorganização clara da anatomia da superfície. É causada por lesões penetrantes ou por fragmentos ósseos pontiagudos. Se caracteriza por uma ruptura da glia limitante, com danos ao parênquima medular espinal subjacente. Fisiopatologia PATOLOGIA MACROSCÓPICA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Compressão maciça ▪ A medula espinal é esmagada em grau variável ▪ Frequentemente é acompanhada de graves fraturas ou deslocamentos de corpos vertebrais. Fisiopatologia PATOLOGIA MACROSCÓPICA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) HISTOPATOLOGIA As alterações histológicas podem ser divididas em fases imediata, aguda, intermediária e tardia. Fisiopatologia (ROWLAND; PEDLEY, 2011) (DEL BEL; SILVA; MILADNIC, 2009) Fase Imediata 1 a 2 horas iniciais; Desorganização efetiva dos tecidos; Alterações vasculares: vasodilatação, hiperemia, hemorragias petequiais. Fisiopatologia HISTOPATOLOGIA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Fase aguda De horas a 1 a 2 dias; Caracterizado por alterações vasculares, edema, hemorragias, inflamação e alterações neuronais e da mielina; O edema pode ser vasogênico (vazamento de líquido do plasma para o espaço extracelular por ruptura da barreira hematencefálica) ou citotóxico (decorre da tumefação intracelular após morte celular) Fisiopatologia HISTOPATOLOGIA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Fase intermediária ▪ Nos dias e semanas subsequentes, há respostas gliais, com eliminação de detritos necrosados, formação de cicatrizes astrogliais, resolução do edema, revascularização dos tecidos e restauração da BHE. Fisiopatologia HISTOPATOLOGIA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Fase tardia ▪ Semanas a meses/anos; ▪ Degeneração walleriana: degeneração anterógrada dos axônios e de suas bainhas de mielina; ▪ Formação de cicatrizes astrogliais e mesenquimais ▪ Formação de cistos e siringes (solitários, múltiplos ou multiloculados) e schwanose (proliferação intra e extracelular de células de Schwann, com axônios associados). Fisiopatologia HISTOPATOLOGIA (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Diagnóstico e avaliação clínica Atendimento inicial ▪ Deve sempre ser considerada a presença de lesão da coluna vertebral ▪ No resgate e transporte do paciente, deve-se prevenir lesões adicionais com a imobilização até que se possa avaliar com segurança. ▪ Como a lesão medular sempre tem grande potencial de ser incapacitante, devemos considerar todo politraumatizado como tendo uma lesão medular até que se prove o contrário. (HEBERT et al, 2009) (KNOBEL, 2003) “Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame vertebral e a exclusão de traumas à coluna podem ser postergados sem riscos, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica.” (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 2008) Atendimento clínico ▪ A história do trauma e as informações do estado geral prévio são de grande utilidade ▪ A presença de TCE, álcool, politraumatismo e traumas da face e acima da clavícula aumentam a probabilidade de fratura na coluna vertebral. (HEBERT et al, 2009) Diagnóstico e avaliação clínica Exame físico (ABC-airway, breathing, circulation) Avaliação das vias aéreas Controle da respiração Controle da circulação Controle da coluna (HEBERT et al, 2009) Diagnóstico e avaliação clínica Diagnóstico Paciente sem lesão: Dor local, incapacidade funcional, espasmo da musculatura adjacente. Paciente com lesão: Respiração diafragmática, perda de resposta a dor, incapacidade de movimentos nos membros, alteração no controle dos esfíncteres, priapismo, sinais de Babinski e Oppenheim (lesões do neurônio motor superior), queda da pressão arterial com bradicardia (choque neurogênico). Diagnóstico e avaliação clínica (HEBERT et al, 2009) Exame neurológico Sensibilidade Contatos leves e alfinetadas bilateralmente em cada dermatômero Sentido Craniocaudal Avalia temperatura, dor e tato Diagnóstico e avaliação clínica (HEBERT et al, 2009) (ROWLAND; PEDLEY, 2011) (SHAH; KELLY, 2006) Exame neurológico Motor O nível motor é definido atravez da função motora do grupo chave muscular mais baixo que mantém o valor de, pelo menos, 3/5 na escala de graduação de força muscular Diagnóstico e avaliação clínica (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 2008) Diagnóstico e avaliação clínica Exame neurológico Reflexo bulbocavernoso Em situação de choque medular o paciente demonstra total ausência do reflexo BC, que geralmente está presente. Ao seu retorno indica o fim do choque medular. O teste basea-se na estimulação do pênis ou clitóris, provocando contração do esfíncter anal. Permite determinar o déficit neurológico após a lesão. (HEBERT et al, 2009) Síndromes medulares 1. Síndrome central da medula ▪ Trauma nos feixes corticoesponhais internos ▪ Provocado por hiperextensão ▪ Paresias mais acentuadas nos membros superiores ▪ Hipoestesia, disestesia ou hiperestesia nos membros superiores ▪ Disfunção esfincteriana e sexual, com melhoria gradativa ▪ Chance de recuperação de 75% (SHAH; KELLY, 2006) 2. Sindrome anterior da medula ▪ Decorre de lesão que afeta os dois terços anteriores da medula ▪ Consequente de lesões por flexão, fragmentos ósseos ou compressão de discos ▪ Paralisia completa e perda da sensibilidade dolorosa e de temperatura abaixo do nível da lesão ▪ Preservação do tato e da propriocepção Síndromes medulares (ROWLAND; PEDLEY, 2011) 3. Sindrome de Brown-Séquard ▪ Ocorre do seccionamento unilateral da medula ▪ Paralisia motora ipsolateral ▪ Abolição contra-lateral da sensibilidade térmica e dolorosa ▪ É rara Síndromes medulares (SHAH; KELLY, 2006) 4. Síndrome do cone medular ▪ Resulta em incontinência fecal e vesical e disfunção sexual ▪ Reflexo bulbocavernoso ausente ▪ Anestesia em cela Síndromes medulares (DEFINO, 1999) 5. Síndrome da cauda equina ▪ Lesão das raízes nervosas lombosacras no canal neural ▪ Paralisia dos membros inferiores ▪ Anestesia da região perineal ▪ Disfunção vesical e intestinal ▪ É a de melhor prognóstico Síndromes medulares (KNOBEL, 2003) 6. Sindrome da porção posterior da medula ▪ Causada por hiporextensão ▪ Provoca perca do tato e propriocepção abaixo do nível da lesão ▪ Manutenção da sensibilidade a dor e temperatura, além da função motora ▪ É a menos frequente Síndromes medulares (ROWLAND; PEDLEY, 2011) Os exames por imagens disponíveis são: Radiografias Tomografias Ressonância magnética (KNOBEL, 2003) Exames por Imagem Radiografia da coluna: Incidência lateral: deverá mostrar todas as 7 vértebras cervicais. Anteroposterior Transoral (boca aberta) Exames por Imagem (KNOBEL, 2003) Tomografia Computadorizada de coluna: ▪ Em geral no plano axial; ▪ TC em 3 planos aumenta a sensibilidadedo exame. Exames por Imagem (KNOBEL, 2003) Ressonância Magnética ▪ É o mais específico para avaliar lesões medulares em geral; ▪ Não substitui a TC, completa-a. Exames por Imagem (KNOBEL, 2003) Tratamento Medicamentoso Corticosteróides: Metilprednisolona o O uso da metilprednisolona (MP) por 24 ou 48 horas em pacientes vitimas de TRM representa apenas uma opção terapêutica. E que só deve ser implementada com o conhecimento de que as evidencias de seus potenciais efeitos adversos são bem mais consistentes que qualquer sugestão de beneficio clinico. As diferenças entre os escores motor e sensitivo final dos pacientes dos grupos placebo e MP não são significativas e são mínimas com relação ao escore máximo possível de normalidade, não sugerindo benefício clínico. Além disso, o uso de MP pode estar associado a um aumento do risco de complicações pulmonares e sangramento gastrointestinal (BOTELHO, 2009). Gangliosídeos: o Aumentam a formação de expansões protoplasmáticas dos axônios e induzem regeneração neuronal. Resultados indicaram que os pacientes tratados com GM1 atingiram o pico de recuperação neurológica mais rapidamente, porem sem aumento da melhora em relação ao placebo (AMORIM et al, 2011). Naloxona: o É um antagonista opióide, demonstrou em estudos animais apos TRM melhora do fluxo sanguíneo medular (AMORIM et al, 2011). Célula-tronco: o A adoção de estratégias reparadoras baseadas no uso da célula-tronco parece ser o futuro do tratamento de pacientes vítimas de TRM, mas possivelmente só estará disponível para uso clinico em alguns anos (AMORIM et al, 2011). Cirúrgico Classificação de Gertzbein: tipo A – lesão causada por compressão do corpo vertebral: tratamento conservador; fenestração para descompressão do canal estável; descompressão de fixação; fusão posterior quando instável; tipo B – que é causada por tração da estrutura posterior, elementos posteriores ou ambos: tratamento conservador; só fusão; só fixação; fixação/fusão posterior em pacientes sem déficit e associada a descompressão nos casos de déficit; tipo C – que é a ruptura da estrutura anterior, posterior, com evidência de rotação: descompressão póstero-lateral (bilateral) associada a fixação e fusão. Tratamento (FALAVIGNA, 2004) Cirúrgico ▪ A descompressão cirúrgica e o desbridamento dos ferimentos penetrantes da coluna não parecem alterar o controle da infecção (AMATO, 2009). ▪ Aryan et al. (2005) mostraram que a intervenção cirúrgica da coluna associada à correção cirúrgica de lesões viscerais está relacionada com maior índice de complicações, do que a reparação isolada da víscera e antibióticos de amplo espectro somente sem manipulação da coluna. Tratamento Cirúrgico Vários autores concluem que abordagem neurocirúrgica precoce é segura e é favorecida pela maioria dos estudos, em função de menos tempo de internação hospitalar, menos tempo de terapia intensiva, menos tempo de ventilação mecânica e menos incidência de complicações respiratórias. Em relação ao prognostico neurológico, os dados obtidos são extremamente conflitantes, não parecendo haver diferença significativa quanto ao status funcional entre as duas abordagens (Amorim, 2009). Barros Filho et al. (2002) descreveram indicações precisas para o tratamento cirúrgico dos pacientes. Segundo eles, os pacientes com ferimento por arma de fogo de entrada posterior com fratura associada da lâmina, causando compressão extrínseca, ferimento por arma de fogo alojados dentro do canal vertebral e do disco intervertebral devem ser abordados cirurgicamente. Tratamento OBRIGADO!
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