Buscar

aula Cinética da destruição dos microrganismos pelo calor

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Cinética da destruição dos microrganismos pelo calor
da temperatura para a máxima de crescimento de determinado M.O
1º consequência: Inibe o mesmo;
2º consequência: Lesões subletais no mesmo;
3º consequência: pode ainda ser viável, porém é incapaz de multiplicar-se até que a lesão seja reparada ou ainda;
4º consequência: se ela for suficientemente elevada, ocorrerá a morte
- O tratamento térmico letal provoca nas populações microbianas homogêneas, decréscimo progressivo de suas taxas, sendo mais elevada a medida que se prolonga o tempo de exposição
 
Cinética da destruição 
1
Cinética da destruição dos microrganismos pelo calor
Valor D- Tempo de redução decimal 
Tempo necessário em uma determinada temperatura, para destruir 90% dos M.O presentes
D= t/ (log No-log Nt)
D= tempo de redução decimal (min)
t=tempo(min)
No= número de M.O originalmente presentes
Nt= número de M.O após tratamento térmico
Valor D- 
2
Cinética da destruição dos microrganismos pelo calor
-A natureza logarítmica da morte dos M.O pela ação letal do calor indica que não é possível chegar ao zero absoluto de M.O
Ex. Bacillus subtilis ----D110ºC= 1min.
90% --- 1min 10% sobreviventes
99%--- 1,1 1% sobreviventes
99,9%---1,11 0,1% sobreviventes
99,99%---1,111 0,01% sobreviventes
-O termo esterilizado 
Esterilização comercial – 1/104 – 1/105 ----- 1 embalagem/10.000 ou 100.000 fabricadas
- JUSTIFICATIVA
Risco
Risco
3
Cinética da destruição dos microrganismos pelo calor
- A redução da carga microbiana até o nível desejado depende do número inicial de partida dos M.O
Risco
4
Termorresistência dos microrganismos
Os M.O psicrófilos e psicrotófilos são mais termolábeis que os mesófilos e estes mais que os termófilos;
As bactérias esporuladas apresentam resistência maior em relação temperatura do que as não esporuladas; 
A resistência ao calor dos microrganismos se expressa geralmente como tempo de destruição térmica - tempo necessário para destruir, a uma dada temperatura, um número determinado de organismos em condições específicas
Risco
5
Termorresistência dos microrganismos
Divisão de alimentos pouco ácidos ( pH> 4,5) 
- Carnes, leite, pescado e algumas hortaliças
Podem sobreviver esporos de bactérias termófilas (Clostridium botulinum)
Ácidos ( pH entre 4 e 4,5) 
Concentrados de tomate, pimentões, alimentos com molho de tomate
Não há risco sanitário qto a presença de toxina botulínica;
As bactérias esporuladas que podem se multiplicar-se a esse valor de pH são mais termolábeis
 -
Alimentos pouco ácidos
6
Termorresistência dos microrganismos
Alimento muito ácidos( pH menor que 4)
Frutas em geral, alimentos em escabeche
 - Nenhum esporo germina em pH inferior a 4 e portanto diminui a intensidade do tratamento térmico (< 100ºC)
Alimentos pouco ácidos
7
Esterilização – embalagens já preenchida ou aquecendo alimento sem embalar (UHT) e condicionando- o depois, assepticamente
Esterilização – embalagens já preenchida ou aquecendo alimento sem embalar (UHT) e condicionando- o depois, assepticamente
8
Esterilização de alimentos acondicionados
As embalagens utilizadas são latas, garrafas de vidro, ou sacos de plástico termoestável;
São três etapas: preenchimento, evacuação do ar e fechamento;
1° - Preenchimento:
As máquinas de enchimento variam se o produto for líquido, pastoso ou sólido;
Quando a embalagem fechada é aquecida, seu conteúdo se expande, aumenta a pressão de vapor d’água, e os gases dissolvidos escapam do produto. Deve-se deixar o espaço de cabeça.
Alimentos pouco ácidos
9
Esterilização de alimentos acondicionados
2° - Evacuação:
Evacuação mecânica: consiste em fechar a embalagem a frio, depois de cheia, sob vácuo;
Preenchimento a quente em temperaturas próximas do ponto de ebulição: Uma pressão de vapor próxima a 100kPa é gerada no espaço de cabeça, de forma que, se a embalagem é fechada rapidamente, produz-se o vácuo adequado ao esfriar;
Evacuação a quente: consiste em transportar as embalagens abertas por banho de água ou câmara de vapor onde se aquece o produto até 80°C a 90°C;
Fechamento por corrente de vapor: Um jato de vapor passa pela parte superior da embalagem já cheia. Depois, coloca-se automaticamente a tampa, também aquecida por vapor, e a embalagem é fechada.
Alimentos pouco ácidos
10
Esterilização de alimentos acondicionados
3° - Fechamento:
O fechamento das embalagens metálicas costuma ser feito com dupla costura e as embalagens de vidro são fechadas com tampa de rosca, coroa, quarto de volta, pressão, etc.
Temperatura: 110ºC – 125ºC (AUTOCLAVES)
Alimentos pouco ácidos
11
Esterilização de alimentos acondicionados
Esterilizadores descontínuos são autoclaves verticais (carga pela parte superior) ou horizontais (carga frontal) que se carregam e descarregam cada vez que se processa um lote; podem receber número diferente de embalagens, dependendo do tamanho do autoclave.
Alimentos pouco ácidos
12
Esterilização de alimentos acondicionados
Esterilizadores contínuos, o mais comum é o hidrostático. Consta, essencialmente, de uma zona central que se comunica com dois ramais laterais.
Alimentos pouco ácidos
14
Esterilização de alimentos sem acondicionar
Esse método é utilizado para alimentos líquidos e semilíquidos (leite, sopas, nata, purês, etc). Consiste no aquecimento muito rápido (quase instantâneo) até temperaturas muito altas (135°C a 150°C) que se mantêm durante um tempo muito curto (2 a 5 segundos). Denominam-se processo UHT (ultra high temperature) e apresentam-se em duas modalidades:
1 – Processos indiretos: o aquecimento é feito mediante trocadores de calor (tubulares ou de placa); portanto, não há contato entre o fluido calefator (vapor d’água) e o alimento.
Alimentos pouco ácidos
15
Esterilização de alimentos sem acondicionar
2 – Processos diretos: consiste na injeção de vapor d’água no alimento (método de injeção) ou na injeção do alimento em vapor d’água (método de difusão). 
Alimentos pouco ácidos
17
Esterilização de alimentos sem acondicionar
Acondicionamento asséptico: A esterilização de alimentos pelos processos UHT requer, obviamente, acondicionamento asséptico. Vários métodos (tetrapack, zupack, purePack, selfpack, em garrafas, etc.) foram registrados;
 O rolo de papelão laminado é esterilizado a 80°C pelo banho de peróxido de hidrogênio a 17% durante 8 a 10 segundos, eliminando-se os restos do peróxido de hidrogênio com a corrente de ar estéril por filtração.
Alimentos pouco ácidos
19
Leite UHT - embalagem
Efeitos nos alimentos 
Cor 
Em frutas e hortaliças
 - Clorofila é convertida em feofitina;
 
 - Carotenóides são isomerados de 5,6 em 5,8-epóxidos, de coloração menos intensa;
- Antocianinas são degradadas para pigmentos amarronzados.
Carnes
- O pigmento vermelho oximioglobina é convertido em metamioglbina de coloração marrom;
- Ocorrem escurecimento por reações de maillard e caramelização
Cor, sabor e aroma
22
Efeitos nos alimentos 
Em carnes que foram adicionados nitrato e nitrito a coloração rosada é devido a formação de 2 compostos nitroso-mioglobina e à nitroso- metamioglobina;
Leite
- Aumento da brancura do leite no processamento UHT
Em carnes que foram adicionados nitrato e nitrito a coloração rosada é devido a formação de 2 compostos nitroso-mioglobina e à nitroso- metamioglobina
23
Efeitos nos alimentos 
Sabor e aroma 
Carnes enlatadas
- Reações de pirólise, desaminação e descarboxilação de aminoácidos, degradação, reação de maillard e caramelização de carboidratos em furfural e hidroximetilfurfural, oxidação e descarboxilação e lipídeos--------- interação entre esses componentes podem gerar > de 600 compostos aromáticos
-
Cor, sabor e aroma
24
Efeitos nos alimentos 
Sabor e aroma 
Em frutas e hortaliças
 -Está relacionado com a degradação, recombinação e a volatinização de aldeídos, cetonas, açúcares, lactonas, aminoácidos e ác. orgânicos;
 
 Leite
- Sabor cozido devido a desnaturação de proteínas do soro que formam sulfeto de hidrogênio e a formação de lactonas e metilcetonas a partir dos lipídeos
Cor, sabor e aroma
25
Efeitos nos alimentos 
Textura e viscosidade 
Carnes enlatadas
 -Perda da capacidade de retenção da água pode provocar encolhimento e endurecimento dos tecidos musculares;
O amaciamento é causado pela hidrólise do colágeno, pela solubilização da gelatina resultante pleo derretimento das gorduras;
Polifosfato
 
Cor, sabor e aroma
26
Efeitos nos alimentos 
Textura e viscosidade 
Frutas e hortaliças
 - Amolecimento causado pela hidrólise de material pécticos, pela gelatinização de amido e solubilização parcial de hemicelulose
- Sais de cálcio podem ser adicionados para aumentar a firmeza.
Leite
- Pequena mudança na viscosidade atribuída a modificações da K-caseína---- maior sensibilidade à precipitação e coagulação do cálcio
Cor, sabor e aroma
27
Efeitos nos alimentos 
Valor nutricional 
Processamento causa hidrólise de carboidratos e lipídeos, mas esses nutrientes continuam presentes e o valor nutricional não é afetado; 
As proteínas sofrem coagulação e em carnes enlatadas, a perda de aminoácidos é de 10-20%( lisisina, triptofano e metionina); 
Perda de vitaminas --- tiamina( 50-75%) , ácido pantotênico (20-35%);
Cor, sabor e aroma
28
Efeitos nos alimentos 
Valor nutricional 
Ocorre perdas significativas de vit. Hidrossolúveis em água de frutas e hortaliças enlatadas ;
No leite UHT pode ocorrer perdas de 25% de ácido ascórbico e de 12 -40% de ptns do soro por desnaturação 
Cor, sabor e aroma
29
1.3 Tindalização (Inglês John Tindall, 1895) 
o aquecimento é feito de maneira descontínua. 
as temperaturas variam de 60 a 90 ºC, durante alguns minutos. 
As células bacterianas que se encontram na forma vegetativa são destruídas, porém os esporos sobrevivem. Depois do resfriamento, os esporos entram em processo de germinação e depois de 24 horas a operação é repetida. O número de operações pode variar de 3 a 12 vezes até a obtenção da esterilização completa. 
A vantagem desse processo é que podem ser mantidos praticamente todos os nutrientes e as qualidades organolépticas do produto, em proporções maiores do que quando se utilizam outros tratamentos térmicos.
Este processo é freqüentemente usado para esterilização de certos meios de cultura que se alteram à temperatura elevadas, como o leite, meio de cultura contendo açúcar etc.
 
Desvantagens: alto custo e processo demorado.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando