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O que é Constituição?

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Universidade VILA VELHA
Teoria Geral do Estado e da Constituição
Professor: Jader Ferreira Guimarães
Turma: D3Mc
Aluno: Rodrigo Ferreira de Miranda
O que é Constituição?
Ao esboçarmos tal questionamento, não podemos embasar nossas premissas, ou deixar fluir o pensamento apenas em um conjunto de normas elencadas com a finalidade de dar ordenamento a uma sociedade organizada, ou apenas como a composição de uma lei maior que delimita a atuação do Estado.
É preciso ter em mente que a constituição vai muito além de tais pressupostos; e para dar ordenamento a minha linha de pensamento - torna-se necessário percorrer três cernes centrais no desenvolvimento da arguição:
Para tanto; seguirei três dos mais importantes teóricos na formulação do pensamento basal Constitucional.
São eles:
Primeiramente - Ferdinand Lassale;
Seguido por - Carl Schmitt;
E finalmente - Hans Kelsen.
Ferdinand Lassalle e a teoria sociológica
Para o autor; a Constituição é tida como um fato social e não propriamente como norma. 
O que concebemos como um texto positivado em uma Constituição é o resultado da realidade social de uma Sociedade Politicamente Organizada. De tal sorte; das forças sociais que imperam na sociedade em uma pré-determinada conjuntura histórica.
Lassalle deixa explicito que a Constituição escrita caberia, apenas, resumir e sistematizar tais valores sociais num documento formal. E o interessante que este documento formal só teria validade e eficácia se correspondesse a todos, ou a maioria dos valores presentes na sociedade.
Exporei outro conceito exacerbado por Lassalle – Fatores Reais de Poder:
	Constituição Real
	Constituição Escrita
	Corresponde à soma dos Fatores Reais de Poder que regem um País.
	Também denominada Folha de Papel – Trata-se do documento elencado e escrito.
Para ele a Constituição escrita só teria validade se correspondesse à constituição real, ou seja, se tivesse suas raízes nos fatores reais de poder. 
Se porventura houvesse conflito entre ambas; a Folha de Papel sucumbiria aos Fatores Reais Poder.
Carl Schmitt e a teoria política
Já para Schmitt a Constituição é considerada uma decisão política fundamental.
A validade de uma Constituição não se estabelece na força da justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe concerne à existência.
Em síntese a Constituição é resultado de uma vontade política fundamental, com o fim de produzir uma decisão eficaz sobre modo e forma de existência política de um Estado.
Schmitt estabeleceu a seguinte distinção:
	Constituição
	Leis Constitucionais
	Esta irá dispor somente sobre matérias de grande relevância jurídica.
	As demais leis, de menor relevância, integrantes do texto Constitucional seriam denominadas apenas de Leis Constitucionais.
Hans Kelsen e a teoria jurídica
Para ele a Constituição é vista por uma perspectiva estritamente formal, expondo-se como pura norma jurídica. Em síntese a Constituição, seria pois – um sistema de normas jurídicas.
Kelsen desenvolveu a chamada Teoria Pura do Direito.
Para tal teoria, a validade de uma norma jurídica positivada é completamente independente de sua aceitação pelo sistema de valores sociais integrantes de uma comunidade, tampouco guarda relação com uma ordem moral, com isso, não existiria a obrigação do Direito delimitar-se à moralidade.
Em consequência: a ciência do Direito não tem a função de legitimar o ordenamento jurídico embasado em valores sociais existentes, mas, com sua aceitação apenas de forma genérica, hipotética e abstrata.
Salienta-se que Kelsen deitou-se sobre dois sentidos para o que viria a ser uma Constituição: 
	Sentido lógico-jurídico
	Sentido jurídico-positivo
	CAMPO DAS IDÉIAS E PENSAMENTOS
É o sopro anterior ao teor jurídico positivado, ao qual se considera: a norma fundamental hipotética, que tem função de servir de fundamento lógico para o Sentido jurídico-positivo.
É um pressuposto com serventia a apresentar normas constitucionais positivas (Norma Fundamental Hipotética).
Mister torna-se expor, que; neste ângulo a norma lógica-jurídica não deriva de uma realidade social, política ou filosófica. O fundamento está na relação hierárquica entre elas, ou seja: uma norma inferior se fundamenta em uma norma superior e esta tem fundamento na Constituição positiva (novamente; Norma Fundamental Hipotética). 
Atentar para o fato de que não é norma positivada, mas, apenas hipotética (ideológica) . 
A NORMA POSITIVA OU POSITIVADA ≠ DE UMA CONSTITUIÇÃO POSITIVA OU HIPOTÉTICA.
	Aqui já pode-se falar em norma positiva suprema, pois, este é o conjunto de normas que regulam a criação de outras normas.
É de grande serventia transcorrer, que as ditas normas positivas formarão um documento solene e conterão normas jurídicas alteradas somente ao se seguir prescrições especiais.
Em vista do exposto, de todas as concepções de constituição, a de proeminência para o Direito moderno somente poderia ser a corrente jurídico-positiva de Kelsen, pela qual a CONSTITUIÇÃO é tida como norma fundamental, que cria, dá a estrutura básica do Estado e valida todas as demais normas (Teoria Pura do Direito) .

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