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Resumo Livro comunicação e discurso

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PINTO, Milton José. Comunicação e discurso: introdução à análise de discursos. São 
Paulo: Hacker, 2002. 
 
Análise de discurso 
 
1. A “análise de discursos procura descrever, explicar e avaliar criticamente os processos 
de produção, circulação e consumo dos sentidos” vinculados aos produtos culturais 
criados por eventos comunicacionais (anúncios publicitários, capas de periódicos, 
programas televisivos e de rádio, entrevistas, textos jornalísticos impressos, discursos 
políticos, cartilhas preventivas, obras de arte etc) na sociedade (p.11). 
2. Produtos culturais = textos. 
3. O texto será associado, “a partir de certas pistas materiais que podem ser encontradas 
em sua superfície mesma, isto é, na linguagem verbal, imagens e padrões gráficos que o 
constitui, às práticas socioculturais no interior das quais surgiu e que costumam ser 
chamadas de contextos” (p. 12). 
4. Contexto = condições de produção (todo o processo de interação comunicacional: a 
produção, a circulação e o consumo dos sentidos). 
5. Discursos = “práticas sociais determinadas pelo contexto sócio-histórico, mas que 
também são parte constitutivas daquele contexto”(p.21). 
6. Interesse pelos textos: raízes na antiga cultura grega => prática interpretativa 
(hermenêutica) e => prática retórica (técnicas para criação de discursos. Privilegio das 
classes dirigentes p/ assegurar para si a propriedade da fala).\ 
7. Pela boca de Sócrates, Platão atacou sofistas gregos, “por substituírem a procura do 
conhecimento e da verdade pela construção de simulacros verossímeis que escondiam 
interesses de indivíduos e grupos, utilizando uma técnica de produção discursiva 
centrada mais na emoção do que na razão, destinada à cooptação do público. Esta 
concepção de discurso como simulacro interesseiro (...) é um dos conceitos centrais da 
análise de discursos contemporâneos. 
8. “(...) todo evento de comunicação é ou faz parte de um ritual social cujas convenções 
deve seguir” (p. 24). 
9. “A análise de discursos não se interessa tanto pelo que o texto diz ou mostra (...), mas 
sim em como e por que diz e mostra” (p. 27) = modos de dizer. 
10. Na análise, ter cuidado para não considerar o texto como “transparente”em relação ao 
universo representado, tratando-o como independente dos contextos, esquecendo-se seu 
forte teor ideológico. 
11. O único responsável por todas as representações presentes num determinado texto é o 
indivíduo de carne e osso reconhecido socialmente como seu autor empírico? NÃO! 
12. “Para a análise de discursos, todo texto é híbrido ou heterogêneo quanto à sua 
enunciação, no sentido de que ele é sempre um tecido de “vozes”ou citações, cuja 
autoria fica marcada ou não, vindas de outros textos preexistentes, contemporâneos ou 
do passado”(p. 31). 
13. Intertextualidade = polifonia = HETEROGENEIDADE: 
13.1. MOSTRADA: manifestação localizável pelo receptor/ intérprete. Textos citados 
ou aludidos pelo texto presente. 
13.2. CONSTITUTIVA: entrelaçamento de vestígios de outros textos preexistentes. 
14. Dialogismo (Mikail Bakhtin): “todo texto se constrói por um debate com outros”. 
15. Enunciação: ato de produção de um texto. Aparecimento de um enunciado (produto 
cultural produzido; texto materialmente considerado) independentemente do autor 
empírico. 
16. Autor empírico do texto (em corpo físico) X sujeito do enunciado ou narrador (um 
personagem entre outros). Ex.: pessoa mentindo. 
17. “O enunciador de um enunciado põe em cena um ou mais enunciadores, que são 
posições discursivas a quem se creditam as representações copresentes no enunciado” 
(p. 34). 
18. Sujeito falado = coemissor (receptor ao se reconhecer nos enunciadores a ele atribuído 
pelo emissor. Uso de “tu”, “você”, “caro leitor” etc.) 
19. Enunciação e imagem (ver p. 36-43). 
20. “O ideológico está presente num texto pelas marcas ou traços que estas regras formais 
de geração de sentidos deixam na superfície textual e que o analista de discursos 
procura encontrar e interpretar” (p. 44) 
21. Preconstruídos = suprir lacunas e dar coerência à interpretação, interligando partes e 
realidade à representação. 
22. Poder = efeitos do discurso nas relações sociais, através do consumo, tomando a forma 
de sentidos produzidos, investidos em outros textos, conversas etc 
23. determinantes das ideologias que aparecem nos textos produzidos por um escritor: 
posição de classe, sexo, idade, religião etc. 
24. A explicitação dos diferentes posicionamentos ideológicos ou posições enunciativas ou 
lugares de fala (diferentes maneiras de construir uma representação de uma prática 
social) é feita a partir da identificação do gênero/ espécie de discursos a que o texto 
pertence. 
25. Gêneros de noticiários: político, econômico, esportivo, acontecimentos culturais etc.; 
editoriais, anúncios, matérias, entrevistas etc. (a escolha de um não elimina a presença 
de outros).

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