Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; -Paga é a recompensa antecipada enquanto a promessa é o pagamento da recompensa posterior ao crime. Em ambos os casos, não é necessário que a promessa ou a paga de recompensa sejam em dinheiro, a qualificadora persiste se a promessa for de emprego. -Motivo torpe: é o motivo moralmente reprovável, vil, repugnante. Ex: matar por vaidade, matar para fazer sofrer, matar para ficar com a herança. Para o STF e STJ os dois sujeitos responderam pela qualificadora, ou seja, o que prometeu e pagou e o que executou a conduta. II – por motivo fútil; Fútil é o motivo insignificante, que apresenta desproporção entre o crime e a causa moral. Ex: matar garçom por que encontrou uma mosca na sopa. Para alguns, não se confunde motivo fútil com ausência de motivo, para outros doutrinadores se equipara. III- com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; Meio insidioso: é o meio ardiloso, desleal. Meio cruel: é aquele que causa sofrimento á vítima. Perigo comum: perigo a várias pessoas. Obs:. Se ficar comprovada a pratica do crime de perigo comum, como por exemplo incêndio e explosivo, responderá o agente por dois delitos em concurso formal. IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissumulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; Traição: ataque inesperado. Emboscada: É a tocada. O agente fica escondido à espera da vítima. Dissimulação: o agente esconde ou disfarça o seu propósito, procurando atingir o ofendido quando estiver desprevenido. V – para assegurar a execução, a ocultação, a impugnidade ou vantagem de outro crime. Tem-se uma conexão, um lime subjetivo ou objetivo que liga dois ou mais crimes. Ex: matar a empregada para sequestrar a criança (execução); sujeito mata a vítima para ocultar o crime de estupro; o corrupto mata a testemunha que o viu recebendo “propina” (impunidade); sujeito mata o parceiro de um roubo, para ficar com todo o produto do crime (vantagem). Obs:. Homicídio para assegurar a ocultação ou impunidade de crime impossível: Ex: A mata B que já estava morto. Em seguida, mata a testemunha que o viu praticando o crime. Segundo a doutrina e a jurisprudência dominante, muito embora o crime conexo seja impossível, persiste a qualificadora, pois o que interesse é a intenção do agente. VI – contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Antes da Lei n.º 13.104/2015, não havia nenhuma punição especial pelo fato de o homicídio ser praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Em outras palavras, o feminicídio era punido, de forma genérica, como sendo homicídio A depender do caso concreto, o feminicídio (mesmo sem ter ainda este nome) poderia ser enquadrado como sendo homicídio qualificado por motivo torpe (inciso I do § 2º do art. 121) ou fútil (inciso II) ou, ainda, em virtude de dificuldade da vítima de se defender (inciso IV). No entanto, o certo é que não existia a previsão de uma pena maior para o fato de o crime ser cometido contra a mulher por razões de gênero. A Lei n.º 13.104/2015 previu, expressamente, que o feminicídio, deve agora ser punido como homicídio qualificado. Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (matar mulher); Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino” (por razões de gênero). VII- contra autoridades e agentes das Forças armadas e de segurança pública, sistema prisional, Força Nacional e seus familiares. Também chamado de homicídio funcional, qualifica-se quando cometido contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3º. grau, em razão dessa condição.
Compartilhar