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Atividade Semanal 4 - Políticas Publicas Univesp

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Univesp 
Isabela Souza Casemiro 
Licenciatura em Pedagogia 
Políticas Educacionais e Estrutura e Organização da Educação Básica 
 
Ao pensarmos na construção de uma sociedade democrática, 
entendemos que o princípio básico é a garantia do direito de todos. A educação 
faz parte deste direito e todas as populações fazem parte desses sujeitos de 
direito. 
Se nos pautarmos em um discurso Moderno sobre as pessoas com 
deficiência, enxergaremos estas pessoas como desviadas do padrão, da norma. 
A escola como uma das instituições sociais escolhidas como obrigatória e 
fundamental para a constituição da sociedade moderna, deve saber de forma 
muito séria e com reflexão epistemológica, como articular esta filosofia do Estado 
Moderno para que combata as desigualdades e hegemonias como Estado 
democrático de direito. 
A educação inclusiva, aparece como proposta institucional, impulsionada 
em dois momentos. A Conferência Mundial de Educação para Todos (Jomtiem, 
Tailândia, 1990) e a Conferência Mundial de Educação Especial (Salamanca, 
Espanha, 1994). Desta última Conferência surgiu a Declaração de Salamanca 
(1994) que pauta a educação inclusiva de forma humanizadora e global, não tão 
crítica na sua análise sobre a diversidade que ocorre a exclusão (Andreozzi, 
2006). Mas este documento tem sua importância e sobre a inclusão escolar, este 
destaca que, a escola deve esboçar o movimento de reparação da exclusão, 
embora não diz como fazê-lo. 
Aqui no Brasil, o ponto legal inicial parte da Constituição Cidadã (BRASIL, 
1988) a lei federal que procura garantir direitos a grupos sociais que foram 
segregados, como as pessoas com deficiência. Nesta constituição, seu artigo 
205, a educação é tomada como um direito que todos tenham acesso e possam 
permanecer na escola, estabelecendo a obrigatoriedade de um Atendimento 
Educacional Especializado (AEE) visando identificar, elaborar e organizar 
recursos pedagógicos que permita acessibilidade e plena participação dos 
estudantes com as mais diversas formas de deficiência, e que considere suas 
necessidades específicas. 
Em 1994, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) recomenda pela 
portaria nº1.793 que a inclusão seja remanejada também nos currículos para 
formação dos docentes, considerando “a inclusão da disciplina “aspectos ético-
politico educacionais da normalização e integração da pessoa portadora de 
necessidades especiais”, prioritariamente, nos cursos de Pedagogia, Psicologia 
e em todas as Licenciaturas. ” (BRASIL, 1994) 
O AEE trata-se de um serviço não substitutivo, mas que complemente a 
escolarização, pois viabiliza a autonomia e independência do aluno, 
recomendado ao contraturno escolar, de preferência na mesma escola com sala 
de recursos multifuncionais (SRM). As salas multifuncionais devem contar com 
equipamentos, recursos de acessibilidade e material pedagógico que permita 
potencializar a relação ensino-aprendizagem. Quando se fala de recursos que 
permitam acessibilidade refere-se aos diversos contextos de acessibilidade: 
arquitetônico, comunicacional, metodológico, instrumental, programático e 
atitudinal (GIL, 2017). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9.394/96 (BRASIL, 
1996), institui a inclusão e ampliação do atendimento da escola em rede pública 
aos educandos com necessidades especiais nos níveis de educação infantil e 
superior. Em 1999, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso por meio de 
um decreto (nº 3.298) define a educação especial como uma modalidade 
transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, o que endossa a políticas 
sociais inclusivas. O Ministério da Educação dispõe de um Guia de Tecnologias 
Educacionais (BRASIL, 2009), para entrar em consonância com os municípios, 
Distrito Federal e estados acertar melhorias da Educação Básica e efetivar os 
sistemas disponíveis. 
Só em 2011, A Presidenta Dilma Roussef decreta o Plano nacional dos 
direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem limite), no art. 3º, em seu 
eixo educacional prevê o Programa escola Acessível, que destina os recursos 
financeiros federais para promover acessibilidade arquitetônica nos prédios 
escolares e compra de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva 
(BRASIL, 2011). 
O termo Tecnologia Assistiva (TA) refere-se a toda e qualquer ferramenta 
de uso pessoal criada para conferir autonomia aos alunos público-alvo da 
educação especial. Por meio do AEE, as salas de atendimento educacional com 
funções especializadas devem promover a criação de recursos de TA. Gil (2017) 
trata “as possibilidades de TA vão desde iniciativas simples, como o velcro que 
prende o livro ou o tablet à mesa para que não deslize com os movimentos 
involuntários do estudante, até o desenvolvimento de recursos sofisticados 
de tecnologia, como um software leitor de tela para viabilizar o acesso ao 
computador.” 
É importante destacar que as TAs são, portanto, um direito assegurado 
durante as aulas. Por isso, é função do professor, monitores inclusivos 
confeccionarem o material didático necessário e adaptá-lo para promover plena 
participação dos alunos, assim como estruturar acesso aos diversos ambientes 
escolares como biblioteca, sala de informática, sob propostas de inovações para 
melhor desempenho. Assim como, operar para que haja independência no uso 
dos materiais, disposição da sala de aula, manejo na realização de provas. 
As políticas educacionais devem assegurar as pessoas com deficiência e 
quaisquer pertencentes de outra minoria social a garantia de direitos, acesso e 
permanência a educação, saúde, locomoção e fala. As políticas afirmativas são 
totalmente necessárias para que haja reparação e efetividade em nossas leis. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
ANDREOZZI, M.L. Educação inclusiva: fracasso escolar da educação na 
modernidade. Educação e Subjetividade, Faculdade de Educação da PUCSP, 
Ano 1, n.02, p.43- 75, 2006. 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. 
Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso 
em: 19 set. 2018. 
BRASIL. Decreto nº. 3.298 (20/12/1999). Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm. 
BRASIL. Decreto Nº 7.612, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7612.htm>. 
Acesso em: 19 set. 2018. 
BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. 
BRASIL. Ministério da Educação. PORTARIA N.º 1.793, de dezembro de 1994. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port1793.pdf>. 
Acesso em: 19 set. 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Guia de 
tecnologias educacionais 2009. Organização: ANDRÉ, Cláudio Fernando. 
Brasília: 2009, p. 84. 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA – Conferência Mundial sobre Necessidades 
Especiais - Acesso e qualidade. Brasília: CORDE, 1994. 
GIL, Maria. A legislação federal brasileira e a educação de alunos com deficiência. 
Licenciado pelo Instituto Rodrigo Mendes e DIVERSA. 2017.

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