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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA VARA XX DA COMARCA DE PERNANBUCO/ PE.
ANTÔNIO AUGUSTO , brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado nesta cidade, à Rua que sobe desce, nºx, em pleno gozo de seus direitos políticos, por seu advogado infra assinado, conforme procuração anexa (doc. 01), aonde informa o endereço que recebe citações, intimações e demais documentos de praxe, vêm perante Vossa Excelência amparado no art. 5º, LXXIII, CF, combinado com o Artigo 1º da Lei 4.717/65, propor ;
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR ANULAÇÃO DE DECRETO DE LEI 
EM DESFAVOR DO ESTADO DE PERNANBUCO, entidade civil, de direito público, situada à Av Principal, s/nº, Centro; pessoa jurídica de direito público interno, que pode ser citada na pessoa do Procurador Geral do Estado, na rua: xxxxx, n° xx, Pernanbuco/PE, CEP: xxxxxxx, GOVERNARDOR DO ESTADO DE PERNANBUCO, brasileiro, casado, RG nºxxxxxx, CPF nº xxxxxxxx, domiciliado na rua: xxxxxx, n°xx, Estado de Pernanbco/PE .
I – DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR
Conforme preceito constante do Art. 1º da Lei nº 4.717/1965, qualquer cidadão é parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios e das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas, de sociedades de que elas sejam acionistas, de entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial, o que se instrumentaliza por meio da ação popular.
Outrossim, a ação popular possui previsão expressa na dicção constitucional, precisamente no art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal, assim escrito:
´´Art. 5º. (...).
LXXIII – Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.´´
Ademais, cabível o manejo da ação popular contra lei de efeitos concretos que, em tese, cause dano ao patrimônio público ou afronte a moralidade administrativa. Veja-se ementa a seguir transcrita:
´´CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO POPULAR CONTRA LEI EM TESE. INOCORRÊNCIA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. Não se dirige contra a lei em tese a ação popular que visa a preservar o patrimônio e a moralidade públicos, ainda que a causa de pedir remota consista em declaração de inconstitucionalidade de lei, vez que a forma mais antiga de guarda da autoridade da Constituição é sistema de controle difuso. As leis de efeitos concretos que, em tese, causem dano ao patrimônio público ou afronta à moralidade administrativa podem ser questionadas em ação popular. Precedente do Supremo Tribunal Federal. Apelação e remessa oficial providas. Sentença anulada. (TRF-4 - AC: 1635 SC 2000.72.00.001635-0, Relator: SÉRGIO RENATO TEJADA GARCIA, Data de Julgamento: 11/10/2001, QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJ 07/11/2001 PÁGINA: 798)
Conforme novel lição de Fábio Medina, ´´a ação popular tem o destaque de não ser apenas uma forma de garantia dos direitos fundamentais, mas também, antes de tudo, importante instrumento de participação política do cidadão para a defesa do patrimônio público, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural´´.[1]
Na mesma linha de importância se mostra a lição de Pedro da Silva Dinamarco, para quem ´´a ação popular é um instituto processual civil outorgado a qualquer cidadão como garantia político-constitucional (ou remédio constitucional) para a defesa do interesse da coletividade, mediante a provocação do controle jurisdicional corretivo de atos lesivos do patrimônio público, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural.´´[2]
Insta salientar que a lesividade corrigida via ação popular prescinde do desfalque patrimonial em si, bastando que reste comprovada a ilegalidade e a malferição ao princípio constitucional da moralidade, sendo esta a novidade trazida pelo atual texto constitucional.
Nesse sentido, veja-se entendimento do Supremo Tribunal Federal, in literis:
´´EMENTA Direito Constitucional e Processual Civil. Ação popular. Condições da ação. Ajuizamento para combater ato lesivo à moralidade administrativa. Possibilidade. Acórdão que manteve sentença que julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, por entender que é condição da ação popular a demonstração de concomitante lesão ao patrimônio público material. Desnecessidade. Conteúdo do art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal. Reafirmação de jurisprudência. Repercussão geral reconhecida. 1. O entendimento sufragado no acórdão recorrido de que, para o cabimento de ação popular, é exigível a menção na exordial e a prova de prejuízo material aos cofres públicos, diverge do entendimento sufragado pelo Supremo Tribunal Federal. 2. A decisão objurgada ofende o art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, que tem como objetos a serem defendidos pelo cidadão, separadamente, qualquer ato lesivo ao patrimônio material público ou de entidade de que o Estado participe, ao patrimônio moral, ao cultural e ao histórico. 3. Agravo e recurso extraordinário providos. 4. Repercussão geral reconhecida com reafirmação da jurisprudência (ARE 824781 RG, Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado em 27/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-203 DIVULG 08-10-2015 PUBLIC 09-10-2015).
Portanto, não há outra conclusão que não seja a de que a ação popular é cabível não só para anulação de ato administrativo que lese o patrimônio público, mas também para fins de atrair a proteção aos interesses difusos da coletividade, assim compreendidos, a defesa da moralidade administrativa e da legalidade.
II- DOS FATOS
Um fato vem chamando a atenção de muitos cidadãos pernambucanos e causando certa preocupação nos membros da Procuradoria Geral do Estado, que já imaginam que a situação poderá ser judicializada: o Governador do Estado, no dia 05/07/2018, editou o Decreto X/2018 nomeando o Sr. Martiniano Santos, um grande e famoso político local, para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco. 
Ocorre que, pouco antes da nomeação, foi noticiado nos jornais locais que o Sr. Martiniano estaria respondendo a um processo de execução fiscal, movido pela União em face da sonegação de imposto de renda. Tal fato vem causando burburinho na cidade, especialmente após a nomeação do político para o cargo. Diante disso, Antonio Augusto, um cidadão pernambucano, morador da capital Recife, trabalhador e ativo politicamente, conhecido por ser engajado em causas sociais,procura um advogado para saber o que pode ser feito para evitar que a nomeação do Sr. Martiniano Santos para o cargo de Presidente do Banco do Estado se concretize.
III – DO PEDIDO DA LIMINAR 
A relevância do fundamento invocado reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, os quais dão conta de que existe o bom direito ora vindicado, notadamente em face das violações às normas e aos princípios supramencionados.
O “periculum in mora”, por sua vez, afigura-se patente uma vez que a natura demora do processo causará lesão ao Estado, ante a realização do Decreto mencionado trazendo vantangem ao supracitado já qe mesmo responde por processo de execução fiscal, movido pela União em face da sonegação de imposto de renda.
Requer-se a concessão de liminar para suspensão dos efeitos do Decreto para nomeação do Sr. Martiniano, e a instauração de um procedimento para escolha do cargo em questão, nos termos do art. 5º, § 4º, da Lei n. 4.717/65.
IV – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a) a citação do Réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
b) a citação do Estado de Pernanbuco em separado, na forma do art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65;
c) a intimação do ilustre representanteda Procuradoria do Estado de Pernanbuco ;
d) a procedência dos pedidos para decretar a invalidade do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade, condenando o Réu no pagamento das perdas e danos;
e) a condenação dos Réus no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
f) a confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida;
g) a produção de todas as provas em direito admitidas;
h) a juntada dos documentos em anexo.
Dá-se à causa o valor de R$...
Termos em que pede deferimento.
Local..., data...
Assinatura do Advogado
OAB/... Nº...

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