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CESED No. 20
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil VIII
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Do inventário
 	No inventário, apura-se o patrimônio do de cujus, cobram-se as dívidas ativas e pagam-se as passivas. Avaliam-se os bens e pagam-se os legados e o imposto causa mortis. Em seguida, procede-se à partilha. 
	O inventário será sempre judicial, desde que haja alguma parte ou interessado incapaz. Sendo todos capazes e concordes, poderá ser feito por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. Deve ser requerido no prazo de 60 dias, a contar do falecimento do de cujus, e estar encerrado dentro de doze meses subseqüentes (CPC, arts. 982 e 983). Havendo motivo justo, o juiz poderá dilatar este último prazo. 
	Deve ser instaurado no último domicílio do autor da herança. Mesmo que o falecido tenha deixado apenas um único herdeiro, necessário se faz a instauração do inventário. Neste caso, não ocorrerá a partilha de bens, mas a adjudicação destes ao herdeiro. 
	Procedimento	
 	O inventariante é nomeado e presta compromisso cinco dias após a nomeação. Dentro de vinte dias apresentam-se as primeiras declarações, em que se individuarão o defunto, os herdeiros e os legatários, o ativo e o passivo da herança.
	Ocorrem, aqui, as questões de alta indagação. São aquelas relativas à propriedade dos bens e à condição dos herdeiros; à nulidade de atos praticados pelo finado; a investigação de paternidade ou eficácia de reconhecimento espontâneo de filho; a exclusão de herdeiro, a sonegação de bens. Para toda questão deste tipo, será instaurado um processo ordinário, que correrá em apenso aos autos do inventário. 
	Serão citados os herdeiros e, quando necessário, o Ministério Público e a Fazenda Pública. 
	Ouvidos todos sobre as primeiras declarações, o Juiz decidirá as questões suscitadas, remeterá as de alta indagação para as vias ordinárias e remeterá a herança para a avaliação, que será feita pelo avaliador judicial. 
	A avaliação será submetida aos herdeiros que a impugnarão ou a aprovarão. Em seguida, são prestadas as declarações finais, que são uma confirmação ou complemento das primeiras declarações.
	São expurgados os bens alheios e pagos os legados e as dívidas. 
	Pagas as dívidas, ouvem-se os interessados e o Juiz julga por sentença, decidindo as reclamações dos herdeiros. Em seguida, a sentença é liquidada, homologa-se o cálculo, recolhem-se os tributos e encerra-se o inventário. Segue, então, a partilha. 
 
Partilha
	A partilha apresenta, semelhante ao inventário, a possibilidade de ser feita de modo amigável, devendo ser homologada pelo Juiz, mediante a prova de quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e suas rendas. Tanto um assunto como outro foram objeto de regulamentação através da Lei 11.441/07. 
	Sendo o caso decidido pelo lado judicial, a partilha tem início por iniciativa das partes, que formularão ao Juiz do próprio inventário o pedido de quinhão. Em dez dias, o Juiz proferirá o despacho de deliberação da partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário. 
	Em seguida, o partidor judicial organizará o esboço de partilha, de acordo com o despacho de liberação. 
	Feito o esboço, as partes terão o prazo de cinco dias para se pronunciarem. Resolvida alguma reclamação que possa surgir, será a partilha lançada nos autos, sendo indicado aí o quinhão de cada herdeiro. 
	Pagos os tributos e sendo juntada aos autos a certidão negativa de dívidas junto à Fazenda Pública, o Juiz julgará por sentença a partilha. 
	Transitada em julgado essa sentença, os herdeiros receberão os bens que lhe tocarem e um formal de partilha, do qual constarão o termo de inventariante e o título de herdeiro; a avaliação dos bens que constituíram o quinhão do herdeiro; o pagamento do quinhão e dos impostos e a sentença. Com este formal de partilha, o herdeiro poderá, então, transferir os bens para seu nome. 
Bibliografia: 
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo/ 8ª. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Sucessões, volume 4. São Paulo: Saraiva, 2004.

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