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OXIGENIOTERAPIA M.Sc. Glívia Barros Graduação em Fisioterapia- UFPE Mestre em Patologia– Núcleo de Pós-Graduação em Patologia/UFPE Coordenadora de Fisioterapia- Santa Casa de Misericórdia de Recife MBA – Gestão em Saúde Docente Estácio- Recife “Terapia respiratória através da oferta de oxigênio.” Knobel - 1999 Definição “Diante de uma hipoxemia grave, o primeiro passo é aumentar a oferta de O2 .” OXIGENIOTERAPIA OXIGENIOTERAPIA HIPOXEMIA COMPROVADA Adultos, crianças e lactentes com mais de 28 dias de idade: PaO2 < 60mmHg ou SatO2 < 90% Neonatos: PaO2 < 50mmHg, SatO2 < 88% ou PO2 capilar < 40mmHg. SITUAÇÕES AGUDAS COM SUSPEITA DE HIPOXEMIA TRAUMATISMO GRAVE IAM TERAPIA DE CURTO PRAZO AARC. Orientações práticas sobre oxigenioterapia, Respir. Care 36: 1410-1413; 1991 Indicações INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA PaCO2 > 50 mmHg PaO2 < 60 mmHg IRpA Hipoxêmica (Tipo 1) IRpA Hipercápnica (Tipo 2) IRA HIPERCÁPNICA (TIPO II) “ Insuficiência da bomba” “ Insuficiência ventilatória” Aumento da PaCO2. Acidose respiratória descompensada. 1) Diminuição do impulso ventilatório; 2) Fadiga ou insufIciência da musculatura respiratória; 3) Aumento do trabalho respiratório. IRA HIPERCÁPNICA (TIPO II) 1)Overdose de droga; 2) Apnéia central do sono; 3) Lesões do tronco cerebral; 4) Hipotireoideismo; 5) Alcalose metabólica; 6) AVC; 7) Hipoventilação alveolar primária; 8) Infecções. DIMINUIÇÃO DO IMPULSO VENTILATÓRIO FADIGA MUSCULAR RESPIRATÓRIA 1) Síndrome de Guillain-Barré; 2) ELA; 3) Miastenia Grave; 4) Distrofia muscular; 5) Lesão de frênico; 6) Botulismo; 7) Poliomiosite; 8) LES; 9) Lesão medular; 10) Fraqueza muscular; 11) Distúrbios eletrolíticos. AUMENTO DO TRABALHO RESPIRATÓRIO 1) DPOC; 2) Asma; 3) Obesidade; 4) Pneumotórax; 5) Queimaduras severas; 6) Cifoescoliose; 7) Obst. das VAS; 8) Derrame pleural; 9) Edema de glote; 10) Infecções; 11) Espondilite ancilosante. OXIGENIOTERAPIA CORRIGIR HIPOXEMIA AGUDA (melhora da troca gasosa/ aumento da ventilação alveolar) REDUZIR SINTOMAS HIPOXEMIA CRÔNICA REDUZIR WR QUE A HIPOXEMIA IMPOE AO SISTEMA CARDIOPULMONAR Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN, 2000 Objetivos Sinais Clínicos da Hipoxemia ACHADOS Respiratórios Cardiovasculares Neurológicos Outros HIPOXEMIA (LEVE A MODERADA) Taquipnéia Dispnéia Palidez Hipotensão leve Vasoconstricção Periférica Agitação psicomotora Desorientação Cefaléias HIPOXEMIA GRAVE Taquipnéia Dispnéia Cianose Taquicardia, bradicardia Arritimia Hipertensão ou hipotensão evetual Sonolência Confusão Visão borrada e tubular Perda da coordenação e julgamento Letargia Coma Baqueteamento Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN, 2000 Sinais Crônicos da Hipoxemia Baqueteamento EFEITOS FISIOLÓGICOS DO OXIGÊNIO MELHORA DA TROCA GASOSA VASODILATAÇÃO ARTERIAL PULMONAR BAIXA RESISTÊNCIA ARTERIAL PULMONAR BAIXO DC BAIXA SOBRECARGA DE TRABALHO CARDÍACO VASOCONSTRICÇÃO SISTÊMICA Benéficos AARC. Orientações práticas sobre oxigenioterapia, Respir. Care 36: 1410-1413; 1991 DEPRESSÃO DA RESPIRAÇÃO (em 20%) E AUMENTO DA PaCO2 (20mmHg). ATELECTASIA DE ABSORÇÃO DESIDRATAÇÃO DAS MUCOSAS RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (< 1mês) EFEITOS FISIOLÓGICOS DO OXIGÊNIO Deletérios Cuidados: • Lesões pelos cateteres • Risco de explosão • Contaminação dos dispositivos AARC. Orientações práticas sobre oxigenioterapia, Respir. Care 36: 1410-1413; 1991 OXIGENIOTERAPIA • DEPRESSÃO VENTILATÓRIA (Pact. Crônicos) • ATELECTASIA (FiO2 > 0,5) • INTOXICAÇÃO POR O2 • DEPRESSÃO CILIAR Precauções e Complicações AARC. Orientações práticas sobre oxigenioterapia, Respir. Care 36: 1410-1413; 1991 TOXIDADE DO OXIGENIO FiO2 Elevada Aumento produção de radicais livres Piora da lesão inicial Liberação de mediadores inflamatórios Lesão celular Resposta imune ( INFILTRAÇÃO TECIDUAL) Flenley, DC; Respir care; 28: 876 – 884; 1983 TOXIDADE Resposta fisiológica a 100% de Oxigênio TEMPO DE EXPOSIÇÃO 12 – 24hs 0 -12hs 24 – 30hs RESPOSTA FISIOLÓGICA Função pulmonar normal Traqueobronquite Dor torácica subesternal Diminuição da capacidade vital Diminuição da complacência pulmonar Diminuição da PO2 no exercício Aumento da D(A-a)O2 30 – 72hs > 120hs Diminuição da capacidade de difusão Formação da Membrana Hialina e Fibrose Jenkinson, SG; Respir care; 28: 614 – 617; 1983 OXIGENIOTERAPIA Atelectasia de absorção West, JB; Respiratory Physiology: The essentials, Baltimore, 1985, Williams & Wilkins OXIGENIOTERAPIA Atelectasia de absorção West, JB; Respiratory Physiology: The essentials, Baltimore, 1985, Williams & Wilkins O2 668 CO2 45 H2O 47 TOTAL: 760 O2 100 CO2 40 N2 573 H2O 47 TOTAL: 760 O2 55 CO2 45 H2O 47 TOTAL: 147 O2 55 CO2 45 N2 573 H2O 47 TOTAL: 705 O2 PURO AR AMBIENTE OXIGENIOTERAPIA Atelectasia de absorção Anesthesiology. 2003; 91 (1): 61-72 OXIGENIOTERAPIA Depressão ciliar velocidade - 1.300 bpm AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE OXIGENIOTERAPIA Formas de Oferta Formas de administração de oxigenoterapia: ♦ Sistema de baixo fluxo: fornecem oxigênio por meio de um fluxo inferior ao volume inspiratório do paciente. - cateter nasal e transtraqueal - máscara facial simples ♦ Sistema da alto fluxo: suplantam a demanda inspiratória do paciente, podendo regular a FiO2 de acordo com as necessidades terapêuticas. - máscara com sistema reservatório e com sistema de venturi - tenda facial (máscara de Hudson ou macronebulização) - máscara/colar para traqueostomia e peça T (tubo T). Sistema com Reservatório OXIGENIOTERAPIA A - Sistema de baixo fluxo B - Sistema de alto fluxo C - Sistema com reservatório OXIGENIOTERAPIA Fatores fundamentais na escolha do sistema: Formas de Oferta Severidade e causa da hipoxemia Faixa etária (lactente, criança ou adulto) Grau de consciência e estado de alerta Presença ou ausência de cânula traqueal Estabilidade da Ventilação Minuto Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN, 2000 OXIGENIOTERAPIA Variáveis que afetam a oferta de FiO2: Formas de Oferta Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN Aumentam a FiO2 Maior Entrada de oxigênio Respiração com a boca fechada Fluxo Inspiratório menor Volume corrente menor FR e VM pequenos Tempo inspiratórios longos Índice I:E alto FiO2 : (Fluxo de ar d 21) + (fluxo de O2 x 100) / Fluxo Total OXIGENIOTERAPIA DISPOSITIVOS DE BAIXO FLUXO DISPOSITIVO FiO2FLUXO VANTAGEM Fácil utilização Boa tolerância Baixo custo Descartável CÂNULA NASAL 24 – 45%0,5 – 8 l/min 22 – 45% 0,5 – 8 l/minCATÉTER NASAL Fácil utilização Boa estabilidade Baixo custo Descartável CATÉTER TRANSTRAQUEAL 0,5 – 4 l/min 22 – 35% Irritação nasal > aceitação Auto imagem DESVANTAGEM Instável Desconfortável Ressecamento Oclusão do fluxo Inserção Alto fluxo Vômito Obstrução Invasivo Alto custo Infecções Tampão mucoso Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN OXIGENIOTERAPIA SISTEMAS DE BAIXO FLUXO CÂNULA NASAL Respiração nasal; Narinas desobstruídas; Utilizar fluxos < 6 lpm; Cuidados com ressecamento nasal. CÂNULA NASALSISTEMAS DE BAIXO FLUXO CATÉTER NASAL/FARÍNGEO Posicionar acima da úvula; Produção de secreção; Reflexo de vômito; Deglutição de gás. CATETER NASAL SISTEMAS DE BAIXO FLUXO CATÉTER TRASTRAQUEAL Posicionar entre o 2 e 3 anel traqueal; Maior reservatório anatômico que aumenta a FiO2 e diminui os custos com o gás; Procedimento invasivo; Necessita educação rigorosa do paciente.. CATETER TRANSTRAQUEAL SISTEMAS DE BAIXO FLUXO CATÉTER NO TOT OU TRAQUEÓSTOMO Melhor aproveitamento do O2; Ressecamento das secreções; Ostrução das vias aéreas; Aumentar o trabalho respira- tório: Cuidados com a umidificação. Fluxo de O2 FiO2 1 litro/min 25% 2 litros/min 29% 3 litros/min 33% 4 litros/min 37% 5 litros/min 41% 6 litros/min 45% O2 = 21% (AR AMBIENTE) + (4 X FLUXOS DE O2 EM LITROS/MIN) COMO TITULAR A FiO2 NOS SISTEMAS DE BAIXO FLUXO? DISPOSITIVOS COM RESERVATÓRIO OXIGENIOTERAPIA Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN DISPOSITIVO FiO2FLUXO VANTAGEM Mobilidade Desconforto Custo Utilização MÁSCARA SIMPLES 35 – 50%5 – 12 l/min 22 – 35% 0,5 – 4 l/minCÂNULA COM RESERVATÓRIO (baixo fluxo) Fácil colocação Rapidez Baixo custo Descartável MÁSCARA DE REINALAÇÃO 6 – 10 l/min 35 – 60% = M. simples Permite Fio2 DESVANTAGEM Má aceitação Troca regular FR muda desempenho Desconfortável Remove p/ alimentos Bloqueia vômito = M. simples Risco sufocação Cânula com reservatório nasal ou pendente Reservatório de + ou - 2o ml. 1) Armazenam cerca de 20 ml na membrana reservatória; 2) Dependem da anatomia do paciente e do padrão respiratório do paciente; 3) Preocupação estética. Sistema com reservatório DISPOSITIVOS COM RESERVATÓRIO OXIGENIOTERAPIA Incorporam um mecanismo de coleta e armazenamento de oxigênio entre as inspirações do paciente Máscaras com reservatório de 1 L. Sistema com reservatório Máscara de reinalação parcial Máscara de não reinalação Máscara Facial de Reservatório Bolsa com reserva de oxigênio Com reinalação Ar expirado na bolsa e reinalado (sem válvula anti-retorno) 7-10L O2 (60-80% FiO2) Sem reinalação Saídas laterais da bolsa são fechadas – não há inalação do ambiente Oxigênio proveniente da bolsa 10-15 L O2 (60-100%) www.cnphcom.br DISPOSITIVOS COM RESERVATÓRIO Durante a Hiperinsuflação Manual 100 % de FiO2 OXIGENIOTERAPIA DISPOSITIVOS FLUXO ELEVADO Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN DISPOSITIVO FiO2FLUXO VANTAGEM Fácil colocação FiO2 estável Custo NEBULIZADOR DE ARRASTAMENTO DE AR 28 –100%10 – 15 l/min 24 – 50% Variado MÁSCARA DE ARRASTAMENTO DE AR Controle temp. > Umidificação DESVANTAGEM Não assegura FiO2 > Risco infecção Desconfortável Remove p/ alimentos Barulhenta Limita FiO2 à 50% OXIGENIOTERAPIA ALTO FLUXO – MÁSCARA DE VENTURI SISTEMA DE VENTURI SISTEMA DE ARRATAMENTO DE GÁS SISTEMA DE ARRATAMENTO DE GÁS Quanto maior o fluxo (velocidade), maior o arrasto, maior a diluição e , assim, menor FiO2 SISTEMA DE VENTURI FiO2 Cor Fluxo de O2 recomendado (L/min) 0.24 Azul 3 0.28 Amarela 6 0.31 Branca 8 0.35 Verde 12 0.40 Rosa 15 0.50 Laranja 15 NEBULIZADOR COM ARRATAMENTO DE AR SISTEMAS DE CERCADAS • Cobre somente a cabeça; • Fluxo de O2 de acordo com o tamanho. INCUBADORAS • Combinam o aquecimento com a complementação do O2; • Concentração de O2 é variável. OXIGENIOTERAPIA Como calcular a FiO2 IDEAL? FiO2ideal = (FiO2conhecida x PaO2ideal) / PaO2conhecida Protocolo de Titulação da Oxigenoterapia Manter SpO2 > 92% FiO2ideal = (PaO2ideal/ relação PaO2/PAO2 + PaCO2 x 1,25) x 1/ (PB - PH2O) ou Não devem ser usadas para hipoxemia refratária ao uso de O2 ( ex: SDRA) Gasimetria arterial Ar ambiente (FiO2=0,21): pH = 7,35 – 7,45 PaO2 = 80 – 100 mmHg PaCO2 = 35 – 45 mmHg BE = -2 a +2 HCO3 = 22 – 28 mEq SaO2 = 95% PaO2: Pressão parcial de oxigênio arterial Fórmula de Sorbini: PaO2 = 109 – ( 0,43 x idade ) ±4 Outras Fórmulas: PaO2ideal: 104,2 – (0,27 x idade)- posição sentada PaO2ideal: 103,5 – (0,42 x idade)- posição supina PaO2ideal: 102 – (idade/3)- Em sedestação Chang, 2012 Paciente adimitido na UTI, com 70 anos, em AVMI, com os seguintes parâmetros: - Modo Ventilatório: PCV (PC: 20cmH2O; PEEP:5cmH2O; FR: 15imp; Tins: 1,2s; FiO2: 80% - Após 30 min, a GA indicava: pH: 7,42; PaO2 : 255mmHg; PaCO2 : 40mmHg; [ HCO3]: 26mEq/L - Qual a FiO2 ideal estimada? Exercitando PAO2 = FiO2 x (PB -47) – (PaCO2 ) (para FiO2 maiores que 0,6) PAO2 = 0,8 x (760-47) -40 = 530,4 mmHg Relação PaO2/ PAO2 255/530,4 = 0,48 PaO2 ideal: 103,5 – (0,42 x idade)= 103,5 – (0,42 x 70)= 74,1 FiO2ideal = (PaO2ideal/ relação PaO2/PAO2 + PaCO2 x 1,25) x 1/ (PB - PH2O) FiO2ideal = (74,1/0,48 + 40x 1,25) x 1/ 760 – 47= 0,28 28% “é a atividade de, continuamente ou quase, avaliar funções fisiológicas de um paciente, em tempo real, c/ objetivo de orientar a terapia a ser aplicada ou observar a resposta a um tratamento” MONITORIZAÇÃO E OXIGENOTERAPIA Monitorização da Oxigenação Parâmetros Fundamentais (Consenso Brasileiro Sobre Monitorização Respiratória em UTI) Oxigenação Sangüínea: PaO2 (gasimetria) PaO2/FiO2 Oximetria de pulso Eficiência da Oferta de O2: Lactato sérico Acidose metabólica PvO2 (<35mmHg = baixo débito cardíaco) Gradiente Alvéolo-Arterial de O2 - D(A-a)O2 Equilíbrio dos gases na membrana alvéolo-capilar em condições normais. INDICADOR DE TROCA GASOSA Gradiente Alvéolo-Arterial de O2 - D(A-a)O2 CO2 é 20 vezes mais difusível que o O2. O tempo que um eritrócito leva para passar pelo capilar pulmonar varia de 0,3 a 0,75 seg. O equilíbrio entre o gás alveolar e o capilar, se dá em 0,25 seg. O sangue arterializado é contaminado com sangue venoso, reduzindo a PO2 em cerca de 9mmHg, em condições normais. Esta contaminação pode ser maior durante o exercício. D(A-a)O2 = PAO2 – PaO2 • D(A-a)O2 – Diferença alvéolo-arterial de O2 • PAO2 – Pressão parcial de O2 no alvéolo. • PaO2 – Pressão parcial de O2 no sangue arterial. Gradiente Alvéolo-Arterial de O2 - D(A-a)O2 PAO2 = PIO2 – (PaCO2/QR) PAO2 – Pressão parcial de O2 no alvéolo. PIO2 – Pressão parcial de O2 no ar inspirado (FiO2 x [Pb – PH2O]). FiO2 = Fração inspirada de O2. Pb = Pressão barométrica = 760mmHg ao nível do mar. PH2O = Pressão de vapor d’água = 47mmHg. PaCO2 – Pressão parcial de CO2 no sangue arterial (PACO2). QR – Quociente respiratório (0,8 em situações normais). Exemplificando: PAO2 = PIO2 – (PaCO2/QR) Substituindo, para FiO2 = 0,21: PIO2 = (FiO2 x [Pb – PH2O]). FiO2 = 0,21 Pb = Pressão barométrica = 760 mmHg ao nível do mar. PH2O = Pressão de vapor d’água = 47 mmHg. PIO2 = (0,21 x [760 – 47] = 150 mmHg. Se PaCO2 = 40 (gasimetria) e QR = 0,8, temos: PAO2 = 150 – (40/0,8) = 100 mmHg. Se PaO2 = 90 mmHg na gasimetria, teremos: D(A-a)O2 = PAO2 – PaO2 = 100 – 90 = 10 mmHg. Exercitando Gradiente Alvéolo-Arterial de O2 - D(A-a)O2 D(A-a)O2 - Valor normal: Varia com a FiO2. < 10 mmHg se FiO2 = 0,21. < 30 mmHg em idosos. Até 100 mmHg se FiO2 = 1,0. Não há padronização de valores normais para FiO2 elevadas. Valores elevados indicam alteração V/Q. Exercitando Diferenciação das causas de hipoxemia Dois pacientes apresentam as seguintes gasometriasarteriais ao nível do mar: Paciente A Paciente B PH 7,45 PH 7,21 PaCO2 33mmHg PaCO2 72 mmHg PaO2 40 mmHg PaO2 53mmHg HCO3 22mEq/L HCO3 28mEq/L SaO2 70% SaO2 81% FiO2 0,21 FiO2 0,21 1) Qual a P(A-a) de cada gasometria arterial? 2) Qual é o tipo de insuficiência que cada gasometria arterial? 3) Em qual caso a administração de uma FiO2 de 100% ajuda a determinar a terapia? Paciente A 1) P(A-a) = 68 mmHg 2) Ins Respiratória tipo I( PaO2 e PaCO2 baixos) 3) Pode responder a O2 Exercitando Paciente B 1) P(A-a) = 7mmHg 2) Ins Respiratória Tipo II (PACO2 alto) 3) Não responderá somente a O2 Relação artério-alveolar de O2 (PaO2/PAO2): Valor normal = 0,8 80% do oxigênio alveolar alcançou o sistema arterial. 0,8 – 0,5 shunt moderado 0,5 – 0,25 shunt significativo < 0,25 shunt crítico Pacientes instáveis hemodinamicamente, apresentando alterações importantes da relação V/Q, esse índice assim como a relação PaO2/ FiO2 e o G(A-a)O2 tornam-se menos confiáveis. Índice de Oxigenação (IO): Relação entre a PaO2 e a FiO2. IO = PaO2/FiO2 Valor normal: > 400 < 300: comprometimento moderado. < 200: comprometimento grave (shunt > 20%). PREDIZ A EFICIENCIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Conteúdo Arterial de Oxigênio CaO2 = ( Hb x SaO2 x 1,34 ) + ( PaO2 x 0,0031 ) Como os gases são transportados para os tecidos periféricos? Transporte de Gases Transporte dos Gases Sanguíneos Conteúdo de Oxigênio (CO2) CaO2 = ( Hb x SaO2 x 1,34 ) + ( PaO2 x 0,0031 ) CvO2 = ( Hb x SvO2 x 1,34 ) + ( PvO2 x 0,0031) Onde: Hb = hemoglobina SaO2 = Saturação do sangue arterial PaO2= Pressão parcial de O2 SA 1,34 = capacidade de carreamento de O2 p/ Hb 0,0031 = coeficiente de solubilidade de O2 no plasma. SvO2 = Saturação do sangue venoso misto PvO2= Pressão parcial de O2 SVM VALORES NORMAIS: 17 a 20mL/dL INDICADOR DA DO2 Oferta de oxigênio (DO2): DO2 = DC x CaO2 x 10 CaO2 = 1,34 x Hb x SaO2 + (PaO2 x 0,0031) Valor normal: 950 – 1150 ml/min DC = FC X VS (pré e pós-carga e contratilidade) Valor normal: 5 l/min Oximetria de Pulso Saturação parcial de O2 (%): SpO2 = _____Cont O2Hb______ (Cont O2Hb + Cont Hb) Cont O2Hb = conteúdo de oxigênio ligado à hemoglobina. Cont Hb = conteúdo total de hemoglobina. Oximetria de Pulso Sensores Causas de alarmes falsos em UTI Critical Care, 1999, Vol 3 No 2 Oximetria de Pulso Problemas mais comuns Detecção inadequada do sinal: Deslocamento do sensor Movimento Hipotermia Choque / hipotensão Vasoconstricão Hipoperfusão tecidual Pulso venoso pulsátil Eleva falsamente SpO2: Luz ambiente Hipotermia (raro) Metaemoglobina Carboxiemoglobina Reduz falsamente SpO2: Esmaltes escuros Hiperlipidemias Corantes vitais Pele escura (raro) Luz ambiente (raro) • Hipóxia Hipóxica: deficiências de O2 no sangue arterial, devido à queda da pO2 alveolar altitude / asma / pneumonia / obstrução / shunts / etc. • Hipóxia Anêmica: deficiente capacidade do sangue em transportar o O2 dos tecidos Anemia/monóxido de carbono / nitritos/ etc. TIPOS HIPÓXIA • Hipóxia Estagnante ou Isquêmica: deficiência circulatória insuficiência cardíaca / espasmos arteriais / tromboses / respiração sob pressão positiva / etc. • Hipóxia Histotóxica: devido à ação de toxinas sobre as enzimas respiratórias. Relacionado a incapacidade de metabolizar O2. cianeto / álcool / etc. TIPOS HIPÓXIA