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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Relatório prático – MOVIMENTO HARMONICO AMORTECIDO Autores: Victor Souza Teixeira - 94478 Rodrigo Silva da Silva – 85285 Professor: Alex Aparecido Ferreira Viçosa, Maio de 2018. 2 QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO HORIZONTAL Autores: Victor Souza Teixeira (Mat:94478) Rodrigo Lopes da Silva (Mat:85285) Objetivos: Verificar experimentalmente a trajetória de um projétil em um plano e obter a velocidade inicial do projétil no lançamento horizontal, comparar fisicamente os movimentos de lançamento horizontal e queda livre, medir a aceleração da gravidade local a partir do estudo do movimento de uma esfera em queda livre. INTRODUÇÃO: A queda livre de um corpo atraído pela força gravitacional da terra é o mais similar de uma aceleração aproximadamente constante, esse movimento desde os tempos antigos despertava a curiosidade de filósofos e de cientistas. Quando a distância da queda livre é pequena comparada com o raio da Terra para simplificar os tratamentos dos dados obtidos nos experimentos podemos então ignorar os pequenos efeitos exercidos pela rotação da terra e a força de atrito, a aceleração é então constante. [1] Quando temos uma partícula que rola por um prédio até cair no chão no momento em que essa partícula abandona esse prédio a mesma executa uma trajetória curvilínea até tocar o solo, esse movimento é chamado de lançamento horizontal e acontece quando o a partícula possui uma velocidade horizontal e é lançado de uma determinada altura. Figura 1- Esquema do lançamento horizontal de uma partícula Ao abandonar o edifício, a partícula descreve um movimento de queda livre devido a aceleração da gravidade, assim podemos observar que no lançamento horizontal de um objeto há duas velocidades, uma delas orientada no eixo x(horizontal) e outra no eixo y(vertical), caracterizando então um movimento bidimensional como descrito na imagem a seguir: 3 Figura 2- Velocidade da partícula no eixo x e y Desconsiderando as forças dissipativas, na vertical (y) a componente da velocidade (vy) varia, visto que nesta direção atua aceleração da gravidade proveniente da força gravitacional. Já na horizontal (x), a componente horizontal do vetor velocidade (vx) é constante, pois como despreza-se qualquer tipo de resistência logo não há forças que atua sobre o corpo nessa direção. [2] Adotando o eixo vertical (y) positivo para baixo, as equações para cada componente do movimento são: r = r0 + v0t + 𝟏 𝟐 a t2 (1) Como a aceleração em x é nula e na vertical temos apenas a aceleração da gravidade temos: Na horizontal: x = x0 + vox t (2) Na vertical: y = y0 + v0t + 𝟏 𝟐 gt2 (3) [3] Parte 1: Lançamento Horizontal METODOLOGIA: MATERIAL UTILIZADO: Calha, esfera de metal, régua centimetrada, folha de papel carbono coberta por papel branco, fita adesiva, corda com peso na ponta (prumo), nível, papel milimetrado. Procedimentos: A seguir está disposta uma figura simbolizando o aparato utilizado para a realização do experimento: 4 Figura 3- Esquema do aparato utilizado no experimento Com o auxílio do nível de alumínio aplanou a base horizontal da calha a fim de garantir um lançamento horizontal, com a ajuda do prumo marcou-se no piso o ponto x0, posteriormente determinou-se o ponto inicial de lançamento da esfera (ponto A), ou seja, nossa altura (h) que seguiu fixa para o resto do experimento. Efetuou-se então um teste para marcar aproximadamente o alcance da esfera nessa altura de lançamento (y), após isso colou-se o papel branco e o carbono no chão do laboratório, posteriormente ao teste partiu-se para o experimento. Com o auxílio da trena mediu-se a primeira altura (y) de 146,20 cm, pegou-se a esfera e a colocou na altura h= 46 cm (enfatizando que foi utilizado essa altura h para toda a experimentação) abandou a esfera que passou pela origem do sistema de referência (y0=0 e x0=0) ou ponto B e atingiu o ponto C. Estabeleceu-se então o alcance (x) de 105 cm medindo a distância de x0 até a marcação feita no papel carbono devido a queda da esfera metálica sobre ele no ponto C. Realizou o experimento mais 7 vezes mudando apenas a altura (y), os dados obtidos na experimentação está descrito na tabela a seguir. Tabela 1- Dados obtidos variando a altura (y) y (cm) 146,20 135,40 124,00 115,50 105,70 91,00 86,00 76,00 x (cm) 104,00 100,00 97,20 93,10 89,50 85,40 80,00 75,10 105,50 100,50 97,20 93,10 90,00 86,00 80,50 75,40 106,00 101,40 98,00 93,70 90,70 85,77 80,00 75,70 ± ∆x (cm) 105,2 ±0,8 100,6 ±0,5 97,5 ±0,4 93,3 ±0,3 90,2 ±0,4 85,8 ±0,2 80,2 ±0,2 75,4 ±0,2 x2 ± ∆x2 (cm) 11.067 ±168 10.120 ±101 9.506 ±78 8.705 ±56 8.136 ±72 7.362 ±34 6.432 ±32 5.685± 30 Ponto A Ponto B Ponto C G h y X0 x 5 Parte 2: Queda Livre METODOLOGIA: MATERIAL UTILIZADO: Dispositivo para medição de tempo, suportes, esferas e trena. Procedimentos: A seguir está disposta uma figura simbolizando o aparato utilizado para a realização do experimento: Figura 4 - Esquema de montagem do equipamento para medida do tempo de queda da esfera. À fim de obter o tempo de queda (t) referente a uma altura (y), foi utilizado um medidor de tempo com extensões que podiam disparar o cronometro, referente ao disparador, e pausar o cronometro, referente a base, e uma estrutura que permitia escolher a altura da esfera em relação a base. A esfera de metal fecha o circuito do disparador, quando a esfera era solta o circuito era rompido e o cronometro era disparado, pausando quando a esfera tocava a base, assim obtendo o tempo de queda (t). O experimento foi realizado utilizando esferas de 13mm e 16mm de diâmetro, variando a altura (y) começando de 0,4m, acrescentando 0,2m até atingir 1,8m. Os dados obtidos na experimentação estão descritos nas tabelas a seguir e podem ser observados no gráfico 3, Queda livre. TABELA 3: DADOS RELATIVO A ESFERA DE 13 mm Esfera y(m) t1(s) t2(s) tmed ± ∆tmed(s) tmed2 ± ∆tmed2(s2) Esfera de 13 mm 1,80 0,6305 0,6129 0,622 ± 9x10-3 0,39±1,8x10-2 1,60 0,5749 0,5735 0,5742 ± 7x10-4 0,330 ±1,4x10-3 1,40 0,5410 0,5448 0,543± 2x10-3 0,3±1,8x10-1 1,20 0,4885 0,4880 0,490 ± 2x10-3 0,24 ± 4x10-2 1,00 0,4512 0,4495 0,450 ± 5x10-3 0,20 ± 1x10-2 0,80 0,4232 0,4155 0,419 ± 4x10-3 0,18 ± 8x10-2 0,60 0,3561 0,3867 0,37±1,5x10-2 0,14 ± 3x10-2 0,40 0,2824 0,2754 0,284 ± 8x10-3 0,1±1,6x10-1 6 TABELA 4: DADOS RELATIVOS A ESFERA DE 16 mm Esfera y(m) t1(s) t2(s) tmed ± ∆tmed(s) tmed2 ± ∆tmed2(s2) Esfera de 16 mm 1,80 0,6143 0,6046 0,610 ± 5x10-3 0,4 ± 1x10-1 1,60 0,5640 0,5626 0,5633 ± 7x10-4 0,32 ±1,4x10-2 1,40 0,5334 0,5346 0,5340 ± 6x10-4 0,3 ±1x10-1 1,20 0,4841 0,4842 0,493 ± 8x10-3 0,2 ±2x10-1 1,00 0,4457 0,4478 0,447 ± 1x10-3 0,2±2x10-1 0,80 0,4008 0,3946 0,399 ± 5x10-3 0,2 ± 1x10-1 0,60 0,3577 0,3382 0,35 ± 1x10-2 0,1 ± 2x10-1 0,40 0,2745 0,2723 0,273 ± 1x10-3 0,08 ± 2x10-2 Resultados, análises e discussão Lançamento Horizontal Analisando o gráfico 1 de y versus x notamos que y depende da segunda potência de x, dando então uma forma parabólica a curva, linearizando então a equação 3 substituindo o t por 𝑥 𝑣𝑜𝑥 do movimento horizontal (equação 2) temos então que a equação linearizada que rege a trajetória da esfera é dada por: 𝑦 =𝑔𝑥2 2𝑣𝑜𝑥2 , dessa forma fez-se o gráfico 2 de y versus x2, onde após colocar os dados no gráfico traçou a melhor reta visual acerca dos pontos, através dessa reta foi encontrado a nossa inclinação ou seja 𝑎 = 𝑔 2𝑣𝑜𝑥2 . Por meio dessa expressão foi possível encontrar a nossa velocidade horizontal inicial dada por 𝑣0𝑥 = √ 𝑔 𝑎 , adotando g como (9,78 ± 0,01) m/s2 obtemos então a velocidade de aproximadamente 5,1 m/s, como não foi utilizado o sensor de tempo não obtemos então o valor de 𝑣0𝑥(esperado) para poder comparar com o valor obtido. A intersecção da reta visual com o eixo y nos forneceu informações relativas aos erros do experimento, visto que o mesmo está bem próximo de 0, indica então que o experimento possui uma boa exatidão e precisão. Queda Livre Analisando o gráfico 3 de Queda Livre observamos que eles se assemelham a parábolas, e existe a dependência de y pela segunda potencia de t, logo criamos o t’=t2. Assim linearizamos o gráfico 3, dando origem ao gráfico 4 onde y depende de t’ que que pode ser descrito pela equação de reta: y=at’+b Onde a é o coeficiente angular e b é onde a linha descrita toca o eixo do tempo, ou seja o t=0. Se tomarmos como y=0 a altura que a esfera foi abandonada, temos que no t=0 y vale 0, assim b=0.Simplificando mais ainda equação temos que y depende da multiplicação de t’ com o coeficiente angular (y=at’). 7 Para achar o coeficiente angular de cada reta escolhemos dois pontos, calculamos ∆y ∆t′ e achamos o valor de y em relação a t’ para cada reta. Esfera de 13 mm: y=4,695t’ Esfera de 16 mm: y=4,739t’ Analisando a equação 3, y = y0 + v0t + 𝟏 𝟐 gt2, podemos simplificá-la e mudar a variável t pelo seu análogo t’ na equação: y = 𝟏 𝟐 gt’. Uma vez que y0 é a altura que a esfera foi abandonada que tomamos como 0 e ainda não tem velocidade, e t’=t2. Obtemos novamente uma equação de reta onde y depende de t’, agora a o coeficiente angular, equivale a 1 2 gravidade. A gravidade esperada é de (9,78 ± 0,01) m/s2. Comparando os dados obtidos obtemos que: g para a esfera de 13 mm= (9,39 ±0,01) m/s2 g para a esfera de 16 mm= (9,49 ±0,01) m/s2 Utilizando a equação do erro relativo percentual temos: 𝐸 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑥 100% Erro de G para a esfera de 13 mm= 3,99% Erro de G para a esfera de 16 mm= 2,96% Notou-se que os valores obtidos são bem próximos ao esperado, indicando uma boa precisão ao efetuar o experimento, e os resultados são válidos quando desprezamos a resistência do ar e outras possíveis forçar dissipativas. Uma má precisão no experimento resultaria em uma aceleração da gravidade errônea, distanciando então do resultado tido como ideal ou exato. 8 Conclusões: Constatou-se então através do experimento que a trajetória de um projétil lançado horizontalmente executa um movimento parabólico resultante do seu movimento no eixo horizontal (x) e vertical (y), através das análises desses dois movimentos é possível então obter graficamente a nossa velocidade inicial da esfera no lançamento horizontal. Notou-se que a velocidade na horizontal é constante em toda a trajetória descrevendo um movimento retilíneo uniforme, já na queda livre temos um movimento acelerado visto que está na mesma direção e sentido da aceleração gravitacional, caracterizando um movimento acelerado. Foi possível também obter a aceleração da gravidade local estudando o movimento das esferas em queda livre pelo seu gráfico nesse caso desprezando qualquer força dissipativa para simplificar os cálculos. Referências Bibliográficas: [1]-YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A., FISICA I - Mecânica, 12a ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008; [2]- MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO VERTICAL . Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/movimento-queda-livre-lancamento-vertical.htm>. Acesso em: 05 maio 2018. [3]- QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO HORIZONTAL. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA; DEPARTAMENTO DE FÍSICA – CCE; 3ª Prática de FIS 224. 2018.
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