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INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS GRADUAÇÃO 2016 OBJETIVOS Reconhecer os principais meios de disseminação. Identificar os espaços fasciais comprometidos. Verificar as complicações sistêmicas relacionadas nas infecções odontogênicas. INFECÇÕES HOSPEDEIRO EVOLUÇÃO MICROORGANISMOS ESTRUTURAS ANATÔMICAS ENVOLVIDAS CONCEITOS O que são as infecções odontogênicas? Infecções odontogênicas são condições que se originam dos dentes, caracterizadas pela invasão de bactérias no interior da polpa dentária e que podem ser localizadas (abscessos) ou tomar maiores proporções (celulite ). Estas infecções geralmente começam com a cárie, que se não for tratada pode evoluir através do esmalte, dentina, polpa e tecidos periodontais. Quando as bactérias ou seus produtos tóxicos chegam até a polpa ocorre um processo inflamatório que resulta no acúmulo de diversas células inflamatórias na tentativa de defender o organismo contra a invasão bacteriana. Clinicamente ocorre a manifestação de todos os sinais da inflamação na área afetada (dor, calor, rubor, tumor caracterizado pelo aumento de volume e perda da função), além de febre, mal-estar, perda de apetite, etc ESTRUTURA DENTAL FIGURA 4. A – dente em condições periapicais e periodontais normais B – Infecção disseminando-se a partir dos tecidos periapicais Fonte: Fernandez; Macias, 1996 - PERIAPICAL Cárie: necrose pulpar infecção periapical FIGURA 5. A – Processo de cárie dental B – Abscesso periapical agudo Fonte: dentistaexpresso.com.br acesso em 12/10/2015 - PERIODONTAL Gengitive: bolsa periodontal Pericoronarite FIGURA 6. A – Gengivite instalada – bolsa periodontal B – Pericoronarite Fonte: n-odontologia.blogspot.com . Acesso em 12/10/2015 FATORES MICROBIOLÓGICOS Bactérias não patogênicas Responsáveis pelas Infecções odontogênicas Alterações nas defesas do hospedeiro POLIMICROBIANA Stefanopoulos e Kolokotronis (2004) POLIMICROBIANA AERÓBICOS Streptococcus viridans Streptococcus milleri : S. constellatus S. intermedius S. anginosus Streptococcus mutans Staphylococcus aureus Moraxella spp Eubacterium spp ANAERÓBICOS Peptostreptococcus Veillonella Aggregatibacter actinomycetemcomitans Lactobacillus spp Prevotella Porphyromonas Fusobacterium nucleatum MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAXILO-FACIAIS E CERVICAIS - Em geral é rápida - Sexo masculino - Sinais clínicos: dor aguda, generalizada, limites imprecisos, tumefação endurecida e difusa - Rigidez no pescoço, trismo e dificuldade respiratória - Sintomas: febre e disfagia ESPAÇOS FASCIAIS Figura 56. Espaços fasciais Fonte: Prof Dr Peter Rehes, UFMG ESPAÇOS FASCIAIS PRIMÁRIOS CANINO BUCAL INFRATEMPORAL SUBMENTONIANO SUBLINGUAL SUBMANDIBULAR ANGINA DE LUDWING ESPAÇO CANINO FIGURA 8. Esquema 3D destacando os músculos envolvidos em vermelho numa infecção de espaço canino. Acima: músculo levantador do lábio superior e abaixo o músculo levantador do ângulo da boca Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2009). ESPAÇO CANINO Figura 9. Abscesso em espaço primário canino. Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41. ESPAÇO CANINO Figura 10. Infecção odontogênica envolvendo o espaço canino, causando apagamento do sulco nasogeniano e oclusão palpebral. Fonte: Arquivo do serviço CTBMF do Hospital da Restauração – Recife-PE. ESPAÇO BUCAL FIGURA 11. Esquema 3D destacando os músculos envolvidos em vermelho numa infecção de espaço bucal. Medialmente o músculo bucinador e lateralmente mais posteriormente o músculo masseter. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2009). ESPAÇO BUCAL Figura 12. Abscesso em espaço bucal. Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41. ESPAÇO BUCAL Figura 13. Espaço bucal comprometido. Notar o aumento de volume típico na bochecha, que se limita abaixo do arco zigomático e acima da borda inferior da mandíbula. Fonte: Arquivo do serviço CTBMF do Hospital da Restauração – Recife-PE. ESPAÇO INFRATEMPORAL Figura 14. Esquema tridimensional destacando os músculos envolvidos em vermelho em uma infecção do espaço infratemporal. Anteriormente, a parede posterior da maxila, medialmente, a lâmina lateral do processo pterigóideo do osso esfenoide, superiormente, a base do crânio, e, lateralmente, continua com o espaço temporal profundo. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2009). ESPAÇO INFRATEMPORAL Figura 15. Abscesso infratemporal. Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41. ESPAÇO SUBMENTONIANO Figura 16. Esquema tridimensional destacando os músculos envolvidos em vermelho numa infecção do espaço submentoniano. Anterior e lateralmente, os dois ventres anteriores do músculo digástrico, superiormente, o músculo milo-hióideo, inferiormente, o músculo platisma (semitransparente) e, posteriormente, o osso hióideo. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003). ESPAÇO SUBMENTONIANO Figura 17. Abscesso submentural. Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41. ESPAÇO SUBMENTONIANO Figura 18. A) Espaço submentoniano comprometido. B) Notar o aumento de volume na região submentual. Fonte: Arquivo do serviço CTBMF do Hospital da Restauração – Recife-PE. ESPAÇO SUBLINGUAL Figura 19. Esquema tridimensional destacando os músculos envolvidos em vermelho e simulação de processo infeccioso em amarelo no espaço sublingual. O limite lateral é a borda interna da mandíbula, superiormente, a mucosa do soalho bucal, e, inferiormente, o músculo milo-hióideo. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003). ESPAÇO SUBLINGUAL Figura 20. Abscesso sublingual. Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41. ESPAÇO SUBLINGUAL Figura 21. Acometimento do espaço sublingual bilateral. Elevação da língua, resultando dificuldade respiratória, além da presença do trismo acentuado. Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilofaciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes. São Paulo, 2010, p. 22. ESPAÇO SUBMANDIBULAR Figura 22. Esquema tridimensional destacando os músculos envolvidos em vermelho e simulação de processo infeccioso em amarelo no espaço submandibular. O limite lateral é a borda interna da mandíbula, superiormente, o músculo milo-hióideo e, inferiormente, a lâmina de revestimento da fáscia cervical, do platisma e da pele. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003). ESPAÇO SUBMANDIBULAR Figura 24. Espaço submandibular. Aumento do volume da borda inferior da mandíbula ao músculo digástrico. Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilofaciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes. São Paulo, 2010, p. 23. Figura 23. Abscesso submandibular Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41 ESPAÇO SUBMANDIBULAR Figura 25. A) Espaço submandibular comprometido. B) Notar o aumento de volume na região abaixo da borda inferior da mandíbula, caracterizado pela dificuldade de palpação nessa região. Fonte: Arquivo do serviço CTBMF do Hospital da Restauração – Recife-PE. ESPAÇO SUBMANDIBULAR e SUBLINGUAL Figura 26. Linha milo-hióidea dividindo os espaços submandibular e sublingual Fonte: Reher e Teixeira; 2001 Submentoniano, sublingual e submandibular ANGINA DE LUDWING Figura 27. Esquema em corte transversal simulando o quadro de Angina de Ludwing,com acometimento dos espaços sublingual e submandibular bilaterais e do espaço submentoniano bilateralmente. Fonte: Adaptado de Sobotta (2013). ANGINA DE LUDWING Figura 28. Caso clínico Angina de Ludwing - A) Paciente em atendimento B) saúde bucal comprometida Fonte: Arquivo do serviço do Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo em Anápolis - GO Antibiótica profilática: 2 gr de cefazolina, 80mg de gentamicina e 500mg de metronidazol. Terapia medicamentosa: 2ml de dipirona sódica (EV), 2ml de metoclopramida (EV), e 50mg de ranitidina (EV) de 12 em 12 horas. ANGINA DE LUDWING Figura 29. Caso clínico Angina de Ludwing A) Traqueostomia e drenagem extraoral B) Colocação de drenos de Pen Rose concluída Fonte: Arquivo do serviço do Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo em Anápolis - GO ANGINA DE LUDWING Figura 30. Caso clínico Angina de Ludwing A) Curativo oclusivo trocado a cada 12h. Drenos removidos a cada 48h B) Paciente retornado à sociedade Fonte: Arquivo do serviço do Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo em Anápolis - GO ESPAÇO MASTIGADOR ESPAÇOS SECUNDÁRIOS SECUNDÁRIOS MASSETÉRICO PTERIGOMANDIBULAR TEMPORAL SUPERFICIAL E PROFUNDO Figura 31. Espaços fasciais secundários - “Espaçomastigador” Fonte: REHER; TEIXEIRA, 2001 ESPAÇO MASSETÉRICO Figura 32. Esquema tridimensional destacando o músculo envolvido em vermelho em uma infecção do espaço massetérico. O limite lateral é o músculo masseter (semitransparente) e o limite medial é o ramo da mandíbula. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003) Figura 33. Espaço massetérico Fonte: modificado de Fragiskos FD. Oral Surgery 1ª ed. Berlin: Springer –Verlag ; 2007. cap. 9, p. 205-41 ESPAÇO MASSETÉRICO Figura 34. Espaço massetérico limitado lateralmente pelo músculo masseter e medialmente pelo ramo da mandíbula. Pode ter sido disseminado pelo espaço bucal. Fonte: REHER; TEIXEIRA, 2001 ESPAÇO PTÉRIGOMANDIBULAR Figura 35. Esquema tridimensional destacando os músculos envolvidos em vermelho em uma infecção do espaço pterigomandibular. O limite medial é o músculo pterigóideo medial, o limite lateral é o ramo da mandíbula e o limite superior é o músculo pterigóideo lateral. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003) TEMPORAL SUPERFICIAL E PROFUNDO Figura 36. Esquema tridimensional destacando o músculo envolvido em vermelho numa infecção do espaço temporal. O limite lateral é a fáscia temporal e o limite medial é a fossa temporal. O músculo temporal divide o espaço temporal em superficial e profundo. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003) TEMPORAL SUPERFICIAL E PROFUNDO Figura 37. O músculo temporal divide o espaço temporal em superficial e profundo. Fonte: CARNEIRO, et al. Figura 38. Tomografia computadorizada. Corte axial demonstrando a presença de gás em espaço temporal profundo. ESPAÇOS FASCIAIS CERVICAIS ESPAÇO LATERAL DA FARINGE ESPAÇO RETROFARÍNGEO ESPAÇO PRÉ- VERTEBRAL Figura 39. Mediastino. Espaço existente entre os pulmões, centro do tórax (tranquéia, coração, esôfago) FONTE: Wikipédia. ESPAÇO LATERAL DA FARINGE Figura 40. Esquema tridimensional simulando processo infeccioso, em amarelo, no espaço lateral da faringe. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003). ESPAÇO RETROFARÍNGEO Figura 41. Esquema tridimensional simulando processo infeccioso, em amarelo, no espaço retrofaríngeo. Fonte: Adaptado de Berkovitz e colaboradores (2003). ESPAÇO PRÉ-VERTEBRAL Figura 42. Relação entre os espaços retrofaríngeo e pré-vertebral. Fonte: Cummings e colaboradores (1986). ESPAÇOS CERVICAIS Figura 43. Espaços cervicais. Fonte: Prof Dr Peter Reher, UFMG VIAS DE PROPAGAÇÃO DA INFECÇÃO - CONTINUIDADE: DENTE TEC ÓSSEO ADJACENTE CORTICAL ÓSSEA TEC CONJUNTIVO FROUXO VIAS DE PROPAGAÇÃO DA INFECÇÃO - CONTINUIDADE: FIGURA 44. (A) Abscesso em formação propagando-se em direção a região vestibular. (B) Abscesso em formação propagando-se em direção a região palatina. Fonte: REHER; TEIXEIRA, 2001. VIAS DE PROPAGAÇÃO DA INFECÇÃO - VIA LINFÁTICA: capilares linfáticos - VIA SANGUÍNEA: corrente sanguínea - BAINHA NERVOSA: regiões mais distantes “Se disseminam pela via de menor resistência” (Reher e Teixeira, 2001) INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Sinusite Odontogênica - Infecção dos molares - Raízes fraturadas - Dentes no seio Figura 45. Possíveis vias de propagação na região de molares, incluindo o seio maxilar. Fonte: REHER e TEIXEIRA, 2001. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SINUSITE ODONTOGÊNICA Figura 46. Fotografia intraoral. Nota-se ausência do primeiro molar superior esquerdo, sem aspecto de fístula intraoral em mucosa. Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100-102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 47. Radiografia panorâmica. Visualiza-se o fragmento de raiz dentária no interior do seio maxilar esquerdo. Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100-102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 48. Radiografia de perfil de face evidenciando a presença de raiz dentária no seio maxilar esquerdo Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100-102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 49. Tomografia computadorizada. A) Corte axial evidenciando material hiperdenso alojado no seio maxilar esquerdo. B) Corte coronal evidenciando o material hiperdenso em região próximo a assoalho de seio maxilar esquerdo. Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100-102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 50. Acesso para visualização de seio maxilar. Observa-se preenchimento por material purulento, compatível ao encontrado na sinusite Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100- 102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 51. Fragmento de raiz dentária e material proveniente de processo inflamatório e infeccioso removidos do seio maxilar. Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100- 102, abr./jun., 2011. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS SEIO MAXILAR Figura 52. Seio maxilar após curetagem e irrigação com solução de soro fisiológico a 0,9%. Nota-se cavidade completamente limpa. Fonte: MARQUEZINI et al., Sinusite odontogênica por iatrogenia com 5 anos de evolução em: J Health Sci Inst., Cuiabá, v. 29, n. 2, p. 100- 102, abr./jun., 2011. Figura 53. Base do crânio Fonte: Adaptado de Sobotta (2013). SEIO CAVERNOSO Trombose do seio cavernoso INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS Localização: - Base do crânio - Lado da sela túrcica Trombose do seio cavernoso Comunicação INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS - Veia facial: veias oftálmicas - Plexo venoso pterigóideo: Veias emissárias esfenoidais Figura 54. Comunicações do seio cavernoso Fonte: REHER;TEIXEIRA, 2001 Figura 55. Celulite periorbital Fonte: http://clinicaortotrauma.com.br/celulite-orbitaria. Acesso em 09/05/2015 INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS CELULITE PERIORBITALFigura 56. Celulite periorbital Fonte: Prof Dr Peter Rehes, UFMG INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS MAIS COMPLEXAS CELULITE PERIORBITAL FATORES PREDISPONENTES DIABETES MELLITUS DIABÉTICOS • Klebsiella pneumoniae NÃO DIABÉTICOS •Streptococos viridans •Peptostreptococos •Klebsiella pneumoniae FATORES PREDISPONENTES ALCOOLISMO FATORES PREDISPONENTES USUÁRIOS DE DROGAS FATORES PREDISPONENTES QUIMIOTERAPIA - Radioterapia, quimioterapia FATORES PREDISPONENTES AIDS DIAGNÓSTICO - EXAMES DE IMAGEM - EXAMES MICROBIOLÓGICOS - EXAMES LABORATORIAIS EXAMES DE IMAGEM RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS Figura 57. Radiografias planas para tecido mole. Incidência lateral para avaliação da espessura do espaço retrofaríngeo (setas) A) Nesse caso padrões de normalidade; B) Incidência antero-posterior para visualização de desvios da traqueia , notar desvio da traqueia (seta) Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilo-faciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes em: tese de doutorado para a Universidade de São Paulo, p. 28, 2010. EXAMES DE IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Figura 58. TC – corte axial a nível de base de mandíbula demonstrando presença de celulite e bolhas de gás em espaço massetérico e ptérigomandibular (setas). Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilo-faciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes em: tese de doutorado para a Universidade de São Paulo, p. 29, 2010. EXAMES DE IMAGEM ULTRASSONOGRAFIA Figura 59. US – Existe uma área anecóica (escura) em espaço parotídeo esquerdo que representa a coleção de fluido. O exame foi utilizado como guia de aspiração e localização de abscesso. Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilo-faciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes em: tese de doutorado para a Universidade de São Paulo, p. 30, 2010. EXAMES DE IMAGEM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Melhor diagnóstico para tecidos moles Superior a TC complicações vasculares e infecções cervicais profundas: trombose da veia jugular interna ou ruptura da a. carótida Envolvimento do SNC Utiliza-se mais a TC pois fornece dados suficientes para diagnóstico e tto. Alto custo, disponibilidade limitada. EXAMES MICROBIOLÓGICOS Em suma, o teste microbiológico nos ajuda a definir a terapêutica mais específica de sucesso e diminuir risco de recidiva, além de fornecer dados epidemiológicos. Cultura de microorganismos EXAMES MICROBIOLÓGICOS CULTURA DE MICROORGANISMOS - Meio de cultura: ágar nutriente BHI - Material: swab estéril e estufa de cultura Figura 60. BD Brain Heart Infusion (BHI) Agar é um meio de utilização geral, adequado para a cultura de uma grande variedade de tipos de organismos. Swab estéril e o armazenamento chamado Stuart. Fonte: http://pt.slideshare.net/hemillyrayanne/meios-de-cultura-e-tecnicas-de-semeio. Acesso 18/10/15 EXAMES MICROBIOLÓGICOS CULTURA DE MICROORGANISMOS Semeadura de bactérias em cavidade oral com swab estéril. Figura 61. Por meio de swab estéril em ágar manter em estufa a 35º por 24h; e técnica de esgotamento (S. aureus) Fonte: http://pt.slideshare.net/hemillyrayanne/meios-de-cultura-e-tecnicas-de-semeio. Acesso 18/10/15 EXAMES LABORATORIAIS • Diagnóstico e controle terapêutico. Leucograma, leucocitose... HEMOGRAMA • Sendimentação de eritrócitos em determinado tempo (pode aumentar num processo infeccioso) VHS (VELOCIDADE DE HEMOSSENDIMENTAÇÃO) • Atividade inflamatória com aumento da concentração sanguínea em resposta a destruição tecidual. Monitorador de prognóstico em infecções pós operatória PROTEÍNA C REATIVA TRATAMENTO Drenagem cirúrgica Figura 62. Localização extrabucal dos locais de drenagem das infecções da região de cabeça e pescoço. As incisões são os pontos de drenagem para os espaços fasciais indicados. Fonte: modificado de Flynn TR. Principles of management of odontogenic infections. In: Miloro M, Ghali GE, Larsen PE, Wait PD. Peterson’s principles of oral and maxillofacial surgery. 2nd ed. London: BC Decker ; 2004, p. 277-93. TRATAMENTO Drenagem cirúrgica Figura 63. Infecção dos espaços submandibular, massetérico, ptérigomandibular e temporal profundo. A) Drenagem cirúrgica; B) instalação de drenos. Infecção de origem periapical (molar). Fonte: MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilo-faciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes em: tese de doutorado para a Universidade de São Paulo, p. 35, 2010. TRATAMENTO Antibioticoterapia - Toxicidade seletiva contra a bactéria alvo. - Não ser tóxico ao organismo. - Meia- vida longa no plasma. - Boa distribuição nos tecidos. - Estar disponível na forma oral e parenteral. - Não ter reações adversas com outras drogas. TRATAMENTO Antibioticoterapia Quadro 1– Posologias dos principais antibióticos utilizados nos tratamentos de infecções Fonte: BASCONES et al. TRATAMENTO Antibioticoterapia Organograma 1. Alternativas de antibioticoterapia para pacientes alérgicos ou não alérgicos a penicilina. Fonte: SANDOR et al. CONSIDERAÇÕES FINAIS - As infecções odontogênicas são as principais causas das infecções maxilofaciais, com predominância nas periapicais; - Edema maxilo-facial acentuado, trismo, prostração, disfagia, febre, dispneia foram características clínicas de processo infeccioso grave; - O protocolo de tto seguido, composto por drenagem cirúrgica precoce, antibioticoterapia endovenosa e remoção da causa, é efetivo e com baixo índice de complicação. Referências bibliográficas: Vasconcellos RJH, Catunda IS, Oliveira HFL, Barroca JL, Rocha Neto AM, Carneiro SCAS. Vias de disseminação das infecções odontogênicas. In: Associação Brasileira de Odontologia; Pinto T, Vasconcellos RJH, Prado R, organizadores. PRO-ODONTO CIRURGIA Programa de Atualização em Odontologia Cirúrgica: Ciclo 8. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2014. p. 9-63 . (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 3). Bascones-Martínez A, Muñoz-Corcuera M, Bascones-Ilundain J. [Relationship between odontogenic infections and infective endocarditis]. Med Clin (Barc). 2012 Mar 24;138(7):312-7. MARZOLA, C.; PASTORI, Cláudio M., Tratamento cirúrgico dos processos infecciosos da cavidade bucal – Infecções Odontogênicas. BORGES et al., Odontogenic lesions of the jaw: a clinical-pathological study of 461 cases em: RGO – RevistaGaúcha Odontologia, Porto Alegre, v.60, n.1, p. 71-78, jan./mar., 2012 MARTINI, Marcelo Z., Infecções maxilofaciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes. São Paulo, 2010. ARAÚJO, José A. D., Infecção odontogência: revisão de literatura. Belo Horizonte, 2010 Sobotta J. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013.
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