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PRATICA TRABALHISTA - casos concretos

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CASO CONCRETO 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA xxx VARA DO TRABALHO DE NATAL - RN, 
SUZANA, brasileira, [estado civil], [data de nascimento], [nome da mãe], portadora de cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF/MF sob o nº, número da CTPS,número do PIS, [endereço completo com CEP], por meio de seu advogado [nome completo], abaixo subscrito, nos termos do instrumento de outorga de mandato em anexo, vem, com base no artigo 840, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o art. 319 do Código de Processo Civil (CPC), propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito sumaríssimo, em face do Sr. Moraes, brasileiro, [estado civil], [data de nascimento], portador de cédula de identidade nº, inscrito no CPF/MF sob o nº, [endereço completo com CEP], pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas.
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente, pugna, a Reclamante, que lhe seja concedido o benefício da justiça gratuita, previsto nos arts. 98 e 99 do CPC, conforme preceitua a Constituição Federal (CF), em seu art. 5º, LXXIV, por não terem condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio.
II. DO CONTRATO DE TRABALHO
A empregada foi admitida no dia 15.06.2015 para trabalhar como doméstica, a título de experiência, por 45 (quarenta e cinco) dias, na residência da família Moraes em Natal/RN.
Cumpria a jornada de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. Foi dispensada em 15.09.2015, recebendo as verbas: férias proporcionais de 3/12 (três doze) avos, acrescidas do terço constitucional, e décimo-terceiro salário proporcional de 3/12 (três doze) avos.
III. DO CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO
A Reclamante foi contratada em 15.06.2015 para trabalhar como doméstica, a título de experiência, por 45 (quarenta e cinco) dias, findo os quais nada foi tratado, e foi dispensada em 15.09.2015.
Deve-se considerar que o contrato de experiência não deve ultrapassar 90 (noventa) dias. Porém, caso este contrato seja pactuado por período menor e, havendo continuidade do serviço, terá de ser prorrogado até completar os 90 (noventa) dias. Como não houve nenhuma tratativa a este respeito após os 45 (quarenta e cinco) dias, o contrato passou a vigorar tacitamente por tempo indeterminado, conforme assegura o art. 5º, § 2º, da Lei Complementar (LC) 150 de 2015.
Nesse contexto, a Reclamante pleiteia que seu contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, e que sua dispensa seja reputada sem justo motivo. 
IV. DO AVISO PRÉVIO
A empregada foi dispensada em 15.09.2015 sem o aviso prévio, tampouco receber a indenização correspondente, entre as verbas rescisórias.
Em razão de ser o contrato de trabalho considerado por prazo indeterminado, e de a empregada ter sido dispensada sem justo motivo com menos de 01 (um) ano de serviço, a empregada faz jus ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, como alude o art. 23, § 1º, da LC 150 de 2015. Na falta de tal aviso prévio por parte do empregador, o empregado tem direito à indenização correspondente, com reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário, de acordo com o art. 23, § 3º, do mesmo diploma legal.
Portanto, a Reclamante requer o recebimento do aviso prévio de 30 (trinta) dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, assim como no décimo-terceiro salário.
V. DOS DESCONTOS
O empregador descontava 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação consumida pela empregada e 10% (dez por cento) do salário a título de vale-transporte.
Ora Excelência, o desconto de alimentação foi taxativamente vedado pelo legislador, por meio do art. 18, caput, da LC 150 de 2015. Além disso, o desconto de 10% (dez por cento) do salário a título de vale-transporte revela-se excessivo, pois o art. 4º, parágrafo único, da Lei 7.418 de 1985 atribui a este desconto o valor de 6% (seis por cento) do salário base do empregado.
Sendo assim, a Reclamante requer a devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado.
VI. DO INTERVALO INTRAJORNADA
A empregada laborava de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos para descanso ou alimentação.
Como não foi acordado expressamente o intervalo intrajornada de 30 (trinta) minutos, é obrigatória a concessão de, no mínimo, 01 (uma) hora, disciplina o art. 13, caput, da LC 150 de 2015. Com efeito, a concessão parcial do intervalo intrajornada implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de hora extra, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal, segundo interpreta a Súmula 437, I, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Dessa forma, a empregada faz jus ao pagamento de 01 (uma) hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.
VII. DA JORNADA DIÁRIA
A Reclamante trabalhava das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada, totalizando uma jornada diária de 08 (oito) horas e 30 (trinta) minutos.
Cabe ressaltar que não houve qualquer referência em acordo escrito relativo a regime de compensação de horas, como exige o art. 2º, § 4º, da LC 150 de 2015, vez que a jornada diária ultrapassava as 08 (oito) horas diárias, em desacordo com o prescrito no caput deste mesmo artigo, ao limitar em 8 (oito) horas diárias a duração normal do trabalho doméstico. A não observância destas prescrições implica no direito de a empregada receber 30 (trinta) minutos diários a título de hora extra, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do referido diploma.
Assim, a Reclamante requer o pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.
VIII. DO SERVIÇO EM VIAGEM
 
 A empregada viajou com a família por 4 (quatro) dias a trabalhar como babá das 08:00 h às 17:00 h, com 01 (uma) hora de intervalo intrajornada.
A trabalhadora, por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, faz jus ao recebimento de remuneração/hora de 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, superior ao valor do salário-hora normal, segundo dispõe o art. 11, § 2º, da LC 150 de 2015, percentual que deve prevalecer sobre as horas trabalhadas no período de viagem a serviço.
Destarte, a Reclamante requer o pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período da viagem.
IX. DA MULTA DO ART 477, § 8º, DA CLT
A empregada foi dispensada em 15.09.2015 sem aviso prévio nem receber a indenização correspondente, entre as verbas rescisórias.
Pelo fato de a empregada ter sido dispensada sem justo motivo, como analisado no ITEM II desta inicial, e da ausência do aviso prévio, tampouco o recebimento da indenização correspondente entre as verbas rescisórias, conforme analisado no ITEM III, a Reclamante tem direito à multa do art. 477, § 8º, da CLT. É que o dispositivo do § 6º deste artigo impõe a quitação total das verbas, até o décimo dia da data da demissão, quando da ausência do aviso prévio, o que não ocorreu no caso em tela.
Destarte, requer o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT.
X. DO PEDIDO
Diante dos fatos e fundamentos expostos, é o presente para requerer a procedência da ação, para o fim de condenar o Reclamado nos seguintes pedidos, que, quando couber, deverão ser acrescidos de correção monetária e juros:
a) concessão, de plano, dos benefícios da justiça gratuita;
b) que o contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, e que a dispensa da Reclamante sejaconsiderada sem justo motivo;
c) pagamento do aviso prévio de 30 (trinta) dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário.................... R$...;
d) devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado........................................................R$...;
e) pagamento de 01 (uma) hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as férias e terço constitucional, assim como no décimo-terceiro salário.....................................................R$...;
f) pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e, por habitual, os reflexos sobre as férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário.....................................................................................R$...;
g) pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período de viagem a serviço...........................................................R$...;
h) pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT.................................R$....
TOTAL DAS VERBAS LÍQUIDAS...........................................R$....
XI. DA NOTIFICAÇÃO
Requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação do Reclamado e sua intimação para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa nos termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão, conforme Súmula 74, I, do TST.
XII. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Reclamado, que fica, desde já, requerido, bem como os de caráter documental, testemunhal, pericial e o que mais for necessário para elucidar os fatos.
Dá-se à presente causa o valor de R$ [valor por extenso].
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB
CASO CONCRETO 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA CAPITAL – TRT 1.º REGIÃO
A EMPRESA LV, pessoa jurídica de direito privado, tendo a sua sede na Rua ........, n.º...., Bairro ....... – Rio de Janeiro – CEP: 00000-000, portadora do CNPJ sob o n.º 00.000.000/0000-00, vem através de seu advogado com procuração inclusa, com escritório na Rua ...., nº ...., Bairro ...., Rio de Janeiro, onde receberá ulteriores intimações (art. 39, I, do CPC), perante V. Ex.ª, propor a presente
  
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO,
em face de JOSÉ, brasileiro, recepcionista, solteiro, portador da carteira de identidade n.° .... , inscrito no CPF sob o n.°...., residente e domiciliado na Rua ......, n.º ..., – Bairro – Rio de Janeiro – CEP: 00000-000, o que faz com base nas razões de fato de matérias de direito a seguir deduzidas.
DOS FATOS
O CONSIGNADO trabalhou na empresa CONSIGNANTE do dia 11/05/2008 até dia 19/06/2009, último dia em que se afastou do trabalho para gozar a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença, com salário mensal de R$ 465,00. O CONSIGNADO teve o seu benefício cessado em 20/07/2010, data em que deveria retornar ao trabalho.
Vale ressaltar, que o CONSIGNADO, passados 10 (dez) dias não retornou ao trabalho, o que levou a CONSIGNANTE a convocá-lo por meio de notificação, enviada ao CONSIGNADO por meio de aviso de recebimento, que não foi atendido e, assim, completou-se trinta dias de falta ao trabalho.
A CONSIGNANTE expediu, então, edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, porém, ainda assim, o CONSIGNADO não retornou ao trabalho.
Cumpre anotar os termos do art. 890 do Código de Processo Civil, no que pertine à possibilidade da presente ação:
"Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida."    
 Desta feita, combinando as disposições do diploma processual com as de direito material, acima elencadas, conclui-se pela total pertinência, e outrossim, procedência da presente Ação de Consignação, proposta em razão da recusa injustificada do CONSIGNADO em efetuar o pagamento das verbas, havendo de outro lado, o direito do devedor de adimplir sua obrigação, sendo certo, portanto, que para caracterizar-se o efeito de pagamento busca-se a tutela judicial, mediante a consignação da quantia devida.
Nestas condições, outra alternativa não resta à CONSIGNANTE senão socorrer-se do que lhe faculta o art. 890 e seguintes do Código de Processo Civil, combinado com o art. 973, I e II do Código Civil, para o fim de proceder ao depósito judicial a importância de R$ 5200,00 (cinco mil e duzentos reais), para o pagamento de crédito trabalhista do SR. JOSÉ, cujos valores estão discriminados no incluso Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho.
DO PEDIDO
Diante do exposto, vem requerer a Vossa Excelência a expedição de guia para depósito bancário e a notificação do SR. JOSÉ para comparecer à audiência de instrução e julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, a fim de receber a quantia supra referida de R$ 5.200,00 (cinco mil e duzentos reais), sob pena de ser feito respectivo depósito judicial, prosseguindo-se nos ulteriores atos e termos do processo até a final sentença, com a procedência da presente ação, condenando o Réu ao pagamento das custas judiciais.
Outrossim, requer a CONSIGNANTE, Notificação Citatória ao CONSIGNADO através de Edital a fim de conhecer a presente e comparecer a esse Juízo, em audiência que for designada, para contestar, querendo, os termos desta AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, sob pena de revelia e confissão, quanto à matéria de fato, devendo ao final ser julgada PROCEDENTE, com a conseqüente condenação da Ré na forma do PEDIDO, mais - juros de mora, correção monetária, custas, taxas, despesas processuais, honorários advocatícios e, demais cominações legais. 
DAS PROVAS 
Protesto pela a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, na amplitude do art. 332, do CPC, em especial às de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal do CONSIGNADO.
Atribui-se à causa o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
LOCAL/DATA
ADVOGADO
OAB
CASO CONCRETO 5
AO E XCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO PERTENCENTE À VARA DO TRABALHO xxx DA CIDADE DE xxx
 
 
 
 
EMPRESA ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua, nº , Bairro, Cidade de, Cep: 00.000 -000, com registro no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob o nº, vem, respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada, registrado na ordem dos advogado s d o Brasil sob o nº xxx-xx-xx, com escritório situado na Rua, nº,Bairro, da Cidade de, Cep, Estado de, onde deverá ser notificado de todos os atos provenientes do feito, AJUÍZAR, com arrimo nos artigos 840, §1º, 853, 854 e 855, todos da CLT, 
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE, 
em face de LEONEL PEREIRA, brasileiro, casado, diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos empregados da Empresa Alfa, ora requerente, com estabilidade de cargo prevista no artigo 55 da Lei nº5.764 /71, portador da CTPS nº , residente na rua , nº , Cidade de , Cep: 00.000-000, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. PRELIMINARMENTE 
1.1 DA TEMPESTIVIDADE. 
Com vista de fornecer a m ais claridade sobre a escorreita prática deste procedimento, no tocante ao se u tempo de instauração, faz-se necessário expor a data de suspensão do Requerido,a qual se deu no dia 11 /09/2017, mesma data em que se dá início o presente ajuizamento. Em respeito ao artigo 853 da CLT, e o mandamento expresso n a súmula nº 403 da Suprema Corte . Vejamo-los: 
 Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. (CLT) Súmula 403. STF 
É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável. 
 
II. DOS FATOS 
Leonel Pereira, ora Requerido, é empregado da Empresa Alfa Ltda. O mesmo é detentor de estabilidade provisória, conforme teor do artigo 55 da Lei nº 5.764/71. Sendo diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos próprios empregados da Empresa Alfa , ora Requerente, criada há cerca de um ano. 
Cumpre registrar que o Requerido jamais esteve liberado de cumprir sua jornada de trabalho, todavia, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos, todas devidamente punidas pela Requerente . Em sua ficha funcional constam nos últimos do is meses, 3 advertências e 2 suspensões, todas p elos motivos descritos. E a situação só vem se agravando a cada dia, tornando -se cada vez mais reincidente em suas faltas. A última e atual suspensão o correu há 2 d ias atrás. 
Era o que se tinha de mais a relatar, passe-se agora à exposição do mérito da presente ação.
III. DO MÉRITO 
3.1. DA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA 
Excelência, como já fora bem relatado no tópico fático (item: II) da presente ação, mostra-se límpida a falta grave em que incorrera o requerido, valendo-se claramente da estabilidade provisória que a atual função de dirigente o traz, o mesmo cometeu e a inda permanecia incorrendo em faltas e atrasos injustificados, todos devidamente punido s pela Empresa, através de reiteradas advertências e suspensões, mas, como vê -se, nada adiantara. Por isso, contata-se que o Requerido incorreu na prática de falta grave, que é bem exposta no artigo 482, alínea “e ” do regramento laborista, bem como podendo -se até f alar-se no seu enquadramento na alínea “h” do mesmo artigo (pois é nítido os renitentes atos de indisciplina pratica dos pelo Requerido), e 493 também da CLT. Vejamo-los: 
Art. 4 82 - Constituem justa causa para rescisão do 
contrato de trabalho pelo empregador: (...). 
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
 
Art. 493 - Constitui falta grave a prática de qualquer dos fatos a que se refere o art. 482, quando por sua repetição ou natureza representem séria violação dos deveres e obrigações do empregado.(CLT)
Assim, em razão da estabilidade empregatícia em que se encontra o requerido, Sr. Leonel Pereira, por ser o mesmo diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos funcionários da Requerente , faz-se necessário recorrer ao juízo para que se inicie o inquérito para apuração da falta grave cometida, o que se passa a discorrer de modo mais descritivo no próximo subtópico. 
 
3.2. DA ESTABILIDADE DO EMPREGADO E DAS RAZÕES PARA INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO. 
 O senhor Leonel Pereira f ora eleito diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos funcionários da ora Requerente em absoluta ordem e no esteio da legalidade do ordenamento pátrio, constituindo -se, assim, na estabilidade empregatícia que a referida representação o traz. Conforme é disposição do artigo 55 da Lei nº5.764/71. 
Com isso, verifica -se a importância d a instauração do inquérito afim de que se apure a falta grave cometida, em consonância aos artigos 494, e 543, parágrafo 3º da CLT, e súmula 197 do Supremo Tribunal Federal. Dispõe: 
Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação. Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo.(CLT)
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical o u representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação co letiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido p ara lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho d as suas atribuições sindicais. (...). 
 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive co mo suplente, salvo se co meter falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (CLT) 
Súmula 197 do STF 
O empregado com representação sindical só pode ser despedido mediante inquérito em que se apure falta grave. 
IV. DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, com o devido acatamento e respeito, desde logo a Autora da presente ação passa a requerer: 
 
I. Seja recebida a presente ação afim de que se inicie o procedimento de instauração de apuração da falta grave cometida pelo Sr. Leonel Pereira, ora requerido, n os termos do artigo 482, alínea “E ” e “H” da CLT ;
II. Seja autorizada a aplicação d a dispensa por justa causa do obreiro em face da falta grave cometida, dando-se deste modo a rescisão contratual entre a empresa Requerente e o Requerido;
III. Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal, nos termos do artigo 369 do CPC/15 ;
IV. A notificação do Requerido no endereço exposto em alhures, para que o mesmo, querendo, apresente defesa, ou calando-se, que lhes seja aplicado os efeitos da confissão ficta, no teor do artigo 344 do CPC/15; 
V. Seja condenado o requerido a pagar os honorários advocatícios orçado s e m 1 5% sob o valor da causa. 
 Dar-se-á o valor da causa em R$. 937,00 (novecentos e trinta e sete reais). 
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
LOCAL/DATA
ADVOGADO
OAB
CASO CONCRETO 6 – É MODELO DE PEÇA
CASO CONCRETO 7
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM - PA
Processo nº: XX
BANCO DINHEIRO BOM S.A., inscrito no CNPJ sob o nº..., representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza [endereço completo com CEP], por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato anexo, vem, com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil (CPC), respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em forma de
CONTESTAÇÃO
na Reclamação Trabalhista que lhe move Paula, já qualificada na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
Paula trabalhou por quatro anos para a Reclamada na função de gerente-geral de agência, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, com intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 02/03/2015, percebendo o salário de oito mil reais, além da gratificação de função de 50% (cinquentapor cento) a mais que o cargo efetivo.
II. DO CARGO DE CONFIANÇA/INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado.
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos.
III. EQUIPARAÇÃO SALARIAL/DIFERENÇAS SALARIAIS
A empregada aduziu que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia o valor de dez mil reais de salário efetivo como gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência de Paula era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas.
Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461, §1º, da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST.
Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear as diferenças decorrentes da equiparação salarial nem seus respectivos reflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal.
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de confiança no art. 469, §1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso da situação em tela.
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razoes acima expostas.
V. DO DESCONTO SALARIAL/PLANO DE SAÚDE
A empregada assinou, em sua admissão, autorização de desconto relativo ao plano de saúde, tendo indicado dependentes. No entanto, na inicial, está requerendo a sua devolução.
Deve-se esclarecer, entretanto, que os descontos salariais efetuados pelo empregador, autorizado pelo empregado por escrito, integrando planos de assistências médico-hospitalar, odontológicas, de seguro, de previdência privada, entre outras, aduzidas na Súmula 342 do TST, em beneficio do empregado e de seus dependentes, não afrontam a disposição do art. 462 da CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito praticado pelo empregador, o que não foi o caso.
Portanto, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos ao plano de saúde.
VI. DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT
Requer a Reclamante a multa do art. 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 12/03/2015, sendo que a dispensa se deu em 02/03/2015. Na ocasião do pagamento, se deu a homologação, segundo Paula, um dia após o prazo.
Verifica-se que o prazo de dez dias prescrito no art. 477, § 6º, b, da CLT, contado da notificação da demissão, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com o art. 132 do Código Civil (CC). Desta forma, o prazo terminou exatamente no dia 12/03/2015.
Neste sentido, a empregada não faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT.
VII. DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e a Reclamante seja condenada ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
VIII. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado mediante todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB
CASO CONCRETO 8
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO DE RECIFE - PE, 
Processo nº: 
TRANSPORTE RÁPIDO LTDA, inscrito no CNPJ sob o nº..., representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza [endereço completo com CEP], por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato anexo, nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move Gilson Reis, já qualificado na inicial, vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em forma de
CONTESTAÇÃO,
com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil (CPC), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
PRELIMINARMENTE
 I. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim de que sejam consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, ou seja, anteriores a 20/04/2010, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, de acordo com o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST).
MÉRITO
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
Conforme narrado na inicial, Gilson Reis trabalhou por cinco anos, sete meses e onze dias para a Reclamada na função de auxiliar de serviços gerais, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 05:00 às 15:00 horas, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço. Foi dispensado sem justa causa no dia 24/12/2014, após cumprir aviso prévio.
II. DA REINTEGRAÇÃO
O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e-mail ao seu empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua reintegração.
Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, §3º da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período de aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 369, V.
Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso prévio.
III. DA JORNADA DE TRABALHO/DAS HORAS EXTRAS
O empregado aduziu que trabalhava de segunda a sexta-feira das 05 às 15 horas, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço, e que tal jornada dava-lhe o direito de requerer o pagamento de horas extras no período trabalhado.
No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 (oito) horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT, bem como não está em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo acordo coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o disposto no art. 71, caput, da CLT.
Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o pagamento de horas extraordinárias e seus respectivosreflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO
Gilson Reis laborava das 05 às 15 horas, o que o fez requerer o pagamento do adicional de trabalho noturno (ATN).
Vale destacar que o empregado não trabalhava entre 22 horas de um dia e 05 horas do dia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o art. 73, § 2º, da CLT.
Dessa forma, requer a Reclamada a improcedência do pedido de adicional de trabalho noturno, pelas razões acima expostas.
V. DO INTERVALO INTERJORNADA
O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na inicial que o intervalo interjornada não era observado, desejando ser remunerado nas respectivas horas extraordinárias.
Relevante esclarecer que o intervalo interjornada deve ser de um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso do trabalhador, conforme aduz o art. 66 da CLT. Entretanto, no caso em tela, havia um interregno de catorze horas entre as jornadas, o que não contempla o pagamento de horas extras nem está em consonância com a Orientação Jurisprudencial 355 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção I, do TST.
Portanto, por tais motivos, não pode prosperar o pagamento de horas extraordinárias e de seus reflexos.
VI. DO PEDIDO	
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
VII. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB
CASO CONCRETO 9
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA xxx VARA DO TRABALHO DE xxx
Processo nº: XX
BANCO PROGRESSO, inscrito no CNPJ sob o nº..., representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza [endereço completo com CEP], por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato anexo (documento 01), vem, com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com os artigos 336 e 343 do Código de Processo Civil (CPC), respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em forma de
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
na Reclamação Trabalhista que lhe move José, já qualificado na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
PRELIMINARMENTE
I. DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO
O Reclamante ajuizou a ação em 25.01.2017, por meio de seu advogado, conforme consta na inicial. No entanto, não juntou aos autos a procuração do seu representante.
Já que o autor optou por ser representado na Reclamação Trabalhista, deve-se ressaltar a obrigação de juntar o instrumento de mandato nos autos, em observância ao que dispõe o art. 5º, § 1º, da Lei 8.906 de 1994 e o art. 104 do CPC, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou praticar ato reputado urgente. No caso em tela, pode-se suscitar a prescrição parcial. Mas, mesmo assim, a procuração deve ser exibida no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, como aduz o art. 104, § 1º, do CPC. Não sendo cumpridas estas determinações, é cabível a extinção do feito sem resolução de mérito, por defeito de representação e, portanto, ausência de pressupostos de constituição válida e regular do processo, nos termos do art. 76, § 1º, I, combinado com os arts. 337, IX, e 485, IV, do CPC.
Sendo assim, requer o Reclamado a extinção do processo sem resolução de mérito.
II. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
Caso não seja deferida a extinção do processo sem resolução de mérito, tendo em vista que a presente Reclamatória foi ajuizada em 25.01.2017, cabe arguir a prescrição quinquenal parcial da pretensão do Reclamante, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, com base no art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF) e art. 11, I, da CLT, aclarados pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST).
Portanto, devem ser consideradas prescritas as parcelas relativas ao período laborado anterior a 25.01.2012.
MÉRITO
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
José ocupou o cargo de gerente-geral do Banco Progresso desde 2010, passando a perceber, após a promoção, o dobro, ou seja, 100% (cem por cento) do seu salário anterior. Pediu demissão em 30.09.2016, após proposta irrecusável de outra instituição financeira, sendo-lhe pagas as parcelas rescisórias.
II. DA INAPLICABILIDADE DAS HORAS EXTRAS
O empregado exercia o cargo de gerente-geral do Banco Progresso. Percebia, além do salário efetivo, 100% (cem por cento) como gratificação de função. Postula, na inicial, o pagamento de horas extras prestadas desde o ano de 2010.
Ocorre que são indevidas horas extras quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% (quarenta por cento) ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prevista no art. 62, II, e paragrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao interpretar que ao gerente-geral de agência bancária presume-se o exercício de cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, ao Reclamante não é devido o pagamento de horas extras, por exercer um cargo de gestão na qualidade de gerente-geral e perceber 100% (cem por cento) de gratificação de função, tampouco são devidos os reflexos de tais horas extras.
III. DA RECONVENÇÃO
Conforme disposição expressa do art. 343 do CPC, pode o Réu na contestação propor Reconvenção, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir.
O Banco Progresso custeou para o Reclamante a realização do curso de MBA em Finanças a título de capacitação, ao investir um total de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), estipulando em contrato cláusula de permanência de 2 (dois) anos na instituição, após o término da especialização profissional, sob pena de ressarcimento da quantia, caso ele viesse a se desligar antes deste prazo. Apesar disso, José pediu demissão 6 (seis) meses depois de concluído o curso.
Ora Excelência, o Reclamante, mesmo tendo acordado com o Banco sua permanência mínima de 2 (dois) anos após o término do curso, pediu demissão, acarretando prejuízos ao Reclamado, que contava com a colaboração qualificada do empregado durante pelo menos este período. Esta situação enquadra-se no que dispõe o art. 462, § 1º, da CLT, ao autorizar o desconto do prejuízo causado, já que tal possibilidade foi acordada entre as partes.
Diante dessa exposição, requer o recebimento desta Reconvenção, para fins de condenar o Reclamante ao ressarcimento da quantia de RS 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
IV. DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, em sede de Contestação, requer a Vossa Excelência o acolhimento da preliminar de defeito de representação, para extinguir o feito sem resolução de mérito. Caso assim não entenda, requer o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial, e, por fim, no mérito, requer que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e o Reclamante seja condenado a pagar as custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
Em sede de Reconvenção, requer:
a) o recebimento das razões da Reconvenção para o seu devido processamento, de acordo com o art. 343 do CPC;
b) seja intimado o Reclamante para apresentar resposta, nos termos do art. 343, §1º, do CPC;
c) a total procedência desta Reconvenção para o fim de condenar o Reclamante ao ressarcimento da quantia de RS 25.000,00(vinte e cinco mil reais) e à respectiva correção monetária.
V. DA NOTIFICAÇÃO
Em sede de Reconvenção, requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação do Reclamado e sua intimação para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa nos termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão.
VI. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário à elucidação dos fatos.
VII. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa, na Reconvenção, o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB
CASO CONCRETO 10 – Modelo de peça

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