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Envelhecimento e Geriatria

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CLÍNICA MÉDICA 1 – GERIATRIA 
ANTÔNIO DE CASTRO, MED 104 
ENVELHECIMENTO 
Gerontologia: ciência que estuda o envelhecimento sobre todos seus aspectos 
Geriatria: especialidade médica dentro da Gerontologia que visa promoção de 
envelhecimento saudável, diagnóstico e tratamento, reabilitação funcional e cuidados 
paliativos. 
Idoso: 65 anos para países desenvolvidos; 60 anos para países em desenvolvimento. 
Senescência: resultado do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicos 
próprias do envelhecimento normal 
Senilidade: modificações determinadas porá afecções que acometem frequentemente a 
pessoa idosa. 
Epidemiologia do envelhecimento: questões sobre economia e saúde pública. 
 
Nova abordagem com o paciente: aumento da prevalência de doenças crônicas e em 
associação (multimorbidades), levando ao exercício médico em diferentes cenários: 
hospital dia, atendimento a domicílio e internações domiciliares 
 
 Atuação do médico sobre a compressão da morbidade, ou seja, tentar frear os 
agravos decorrentes do próprio envelhecimento o quanto antes possível. 
 Recomenda-se que desde os 30 anos já haja preocupação sobre o envelhecer. 
 Dúvida recorrente sobre o que é próprio da fisiologia do envelhecimento e o que 
é processo patológico se instaurando. Isso se deve porque cada paciente envelhece 
de uma forma muito individual, em decorrência da genética e dos hábitos de vida. 
Disso cabe uma abordagem que objetiva estudar o impacto do envelhecimento 
sobre o indivíduo (o quão debilitado ele está) e o quanto ele precisa de intervenção 
e quanto ele conseguirá responder a ela. 
 Idoso faz clinica atípica das doenças. Como os sistemas orgânicos já estão 
funcionalmente diminuídos, se torna mais difícil a identificação dos sinais e 
sintomas. Além disso, há o estigma de que buscar atendimento médico signifique 
reduzir a autonomia e a independência do idoso. Assim, a possibilidade de ser 
hospitalizado gera um anseio que o afasta de buscar ajuda. 
 Existem gigantes da geriatria que são indicadores de alguma alteração não benéfica 
na saúde do idoso: Imobilidade, Instabilidade, Incontinência, Insuficiência Cognitiva, 
Iatrogenia, Incapacidade de Comunicação e Insuficiência Familiar. 
 Todo processo terapêutico pensado deve objetivas preservar a autonomia e a 
independência do idoso. 
 Autonomia: poder de decisão 
 Independência: não precisar de ajuda para atividades diárias) 
 
Fisiologia do Envelhecimento 
 
Composição corporal: 
 Diminuição da celularidade, agua intracelular, massa muscular, massa óssea e 
gordura. 
 
Pele: 
 Diminuição no número de glândulas sebáceas, melanócitos, fibras elásticas e 
colágeno, vascularização. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CLÍNICA MÉDICA 1 – GERIATRIA 
ANTÔNIO DE CASTRO, MED 104 
 
Cardiovascular: 
 Queda no número de miócitos por redução da capacidade de células tronco 
cardíacas 
 Aumento do volume celular 
 Diminuição da contratilidade cardíaca, do número de células do nó sinusal, das 
células do feixe de His. 
 Rigidez das paredes arteriais 
 Diminuição da resposta beta-adrenérgica 
 
Sistema Nervoso: 
 Diminuição do volume cerebral, aporte sanguíneo, sinapses, mielina, Ach e DA 
 Aumento na permeabilidade da BHE 
 Alteração no ciclo sono-vigília (aumento de sono não REM estágios 1 e 2, 
diminuição nos estágios 3 e 4, diminuição da melatonina). 
 
Respiratório: 
 Aumento dos espaços aerados e de tecido fibroso 
 Diminuição da superfície de trocas gasosas, do tecido de suporte periférico, com 
flacidez e perda de tecido septal (enfisema senil) 
 Redução da produção de surfactante pulmonar 
 
Hematopoiético: 
 Diminuição da celularidade da medula óssea, da resposta febril, da Hb e número 
de hemácias 
 Aumento na produção de radicais livres, fibrinogênio e fatores de coagulação 
 
Urinário: 
 Substituição de tecido renal por tecido fibroso e gordura 
 Diminuição da TFG, capacidade de concentração e conservação de Na e produção 
de ADH 
 
Endócrino: 
 Queda de T3 e T4 
 Aumento de TSH 
 Diminuição da sudorese e resposta febril 
 Alteração do cálcio sérico (principalmente pela reabsorção óssea, não pela 
absorção pelo TGI) 
 Diminuição da insulina com aumento da gliconeogênese hepática e alteração nos 
receptores insulínicos 
 
Digestório: 
Orofaringe: retração gengival, perda de osso alveolar, diminuição da arcada, atrito entre 
dentes, perda das papilas gustativas. 
Esôfago: hipertrofia do esfíncter superior, diminuição da amplitude de contração, 
diminuição de células mioentéricas (peristalse). 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CLÍNICA MÉDICA 1 – GERIATRIA 
ANTÔNIO DE CASTRO, MED 104 
Estômago: redução do número de células parietais (diminuição da secreção de suco 
gástrico), aumento de infecções de H. pylori, diminuição da liberação de PG, gastroparesia. 
ID: diminuição da absorção por redução no tamanho das vilosidades intestinais. 
IG: atrofia de mucosa, perda de neurônios sensoriais intrínsecos, diminuição do tônus do 
esfíncter anal, menor complacência retal e aumento da prevalências de divertículos. 
Fígado: redução do volume hepático, diminuição do aporte sanguíneo, redução do sistema 
reticuloendotelial (resultando em queda da metabolização de substancias), diminuição da 
produção de bile e P450. 
 
Teorias biológicas do envelhecimento 
 Acúmulo residual, genéticas, epigenéticas, oxidativas, mudanças proteicas, dano 
mitocondrial, desdiferenciação, mutações somáticas, estocásticas, catástrofes do erro. 
 
Características: 
 Universalidade: ocorre em todos da espécie, com variações individuais 
 Natureza intrínseca: causa é endógena 
 Carácter progressivo 
 Efeitos deletérios: redução das funções orgânicas 
 
Atendimento médico no adoecimento do idoso 
Fenômeno Iceberg: problemas não diagnosticados dentre as queixas apresentadas. 
 Depressão, incontinência urinária, hipotensão ortostática ... 
 Isso se deve ao fato de que uma condição clinica apresenta muitas 
correspondências diagnósticas, agravadas pelos quadros atípicos comuns aos 
idosos. 
Durante a avaliação: a HDA e HMP é mais complexo; o médico jovem e o paciente idoso; 
paciente com hipoacusia; checar a lista de medicamentos cuidadosamente; respostas são 
mais lentas devido às dificuldades articulatórias e cognitivas.

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