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AULA 09 Radiografias panorâmicas

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Vitor Marinho da Costa 
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Vitor Marinho da Costa 
 
 
Segunda-feira 23/04/2018 
 
1. CONCEITOS BÁSICOS: 
• A radiografia panorâmica é uma técnica radiográfica extra-bucal usada para 
examinar os maxilares superiores e inferiores em um único filme. 
 
• As radiografias panorâmicas são importantes na prática clínica e costumam ser 
solicitadas antes mesmos das radiografias intra-bucais (periapicais, Inter 
proximal, oclusal), porém cada uma delas possui a sua indicação. 
• A panorâmica não serve para avaliar cárie ou adaptação de restaurações, pois 
ela sempre terá DISTORÇÃO. 
• Nas radiográficas panorâmicas temos uma visão geral da maxila, da mandíbula 
e de outras estruturas anatômicas. 
• Em questões históricas, a fonte ficava localizada dentro da boca do paciente e o 
filme de raio x ficava fora da boca do paciente e nenhum dos dois se 
movimentava. 
 
2. EQUIPAMENTO: 
• Cabeçote de raio X. 
• Posicionador de cabeça. 
• Controle de exposição. 
• Receptor de imagem. 
 
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Vitor Marinho da Costa 
 
 
 
• Na radiografia digital não usamos filmes, mas sim sensores. A imagem é 
formada ao mesmo tempo que o aparelho circunda a região a ser 
radiografada. 
• No mesmo aparelho em que se faz a radiografia panorâmica, se faz todas as 
outras radiografias extraorais. No controle de exposição se controla qual o tipo 
de radiografia se deseja realizar, se radiografaremos crianças adultos, mão e 
punho (idade óssea na mão esquerda). 
 
3. FILMES / SENSORES: 
• Chassi. 
• Placa intensificadora. 
• Tipo de filme. 
 
• As radiografias panorâmicas, que não usam sensores passam pelo processo de 
revelação. 
• Existem dois tipos de filmes radiográficos, uma que é exclusivo para 
panorâmicas e outro que é usado para as demais radiografias extraorais. 
• O chassi serve para diminuir o tempo de exposição do paciente, uma vez que 
ela tende a sensibilizar de forma primária o filme. 
 
4. PRINCIPIOS: 
• Estáticos: 
• Fonte de raio x, objeto e receptor de imagem permanecem parados. 
 
• Dinâmicos (Pantomografia): 
• Princípio concêntrico 
• Principio excêntrico 
• Principio concêntrico e excêntrico 
 
• As primeiras máquinas de raio X seguiam o principio ESTÁTICO, uma vez que a 
fonte ficava parada e o filme ficava parado, porém como possuímos uma 
superfície curva se tornou necessário aprimorar a técnica, de modo que o filme 
ou a fonte passassem a se movimentar. 
• A movimentação do filme e da fonte é chamado PANTOMOGRAFIA, sendo um 
principio dinâmico. 
 
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• PRINCIPIO CONCÊNTRICO – A fonte de raio x era fixa, o paciente e o filme se 
movimentavam. 
 
• PRINCIPIO EXCENTRICO – Em um primeiro momento o paciente se encontrava 
sentado e parado, a fonte e o filme se movimentavam até metade do paciente. 
Chegando nessa metade a fonte e o filme param e o paciente anda para a 
lateral e a fonte e o filme voltam a se movimentar. 
• Logo nesse principio existem três momentos – Primeiro (fonte e filme se 
movimentam e paciente parado), Segundo (paciente se movimenta e fonte e filme 
parados) e Terceiro (idem primeiro momento). 
• Nesse principio as radiografias não eram muito boas e a movimentação do 
paciente fazia com que aparecesse uma faixa branca no meio da radiografia, 
impedindo a visualização da região de incisivos superiores e inferiores. 
 
• PRINCIPIO EXCENTRICO E CONCÊNTRICO – Esse principio é uma forma de união 
dos dois outros anteriores, sendo esse o principio utilizado atualmente. Nele 
temos um paciente imóvel e uma fonte e um filme que se movimentam. 
 
5. CENTRO DE ROTAÇÃO: 
• É o ponto na cabeça do paciente, onde a radiografia atinge durante a 
movimentação do aparelho. 
• Camada focal 
 
 
 
• Nos princípios mais atuais temos que o paciente ficará imóvel enquanto a fonte e 
o filme estarão em movimentação. Na medida em que a fonte se movimenta ao 
redor da cabeça do paciente ela sempre irá liberar radiação em um ponto 
específico chamado de CENTRO DE ROTAÇÃO. 
 
 
 
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• Qual a importância de se conhecer o centro de rotação? 
Pois a partir desse centro de rotação até a parte que se quer visualizar é chamada 
de camada focal. Tudo que se encontra dentro da camada focal aparecerá de 
forma nítida, diferente do que estiver fora da camada focal. 
 
• OBSERVAÇÃO: O posicionamento incorreto do paciente dentro do aparelho de 
radiografia panorâmica o retira da camada focal, dificultando assim a 
visualização de estruturas. 
• OBSERVAÇÃO: A camada focal é um item predestinado de cada aparelho. 
 
6. CENTRO DE ROTAÇÃO: 
• Pricipio concêntrico - 1 centro de rotação. 
• Principio excêntrico – 2 centros de rotação 
• Princípio concêntrico e excêntrico – 3 centros de rotação. 
 
• Qual a relação entre a evolução da radiografia e o aumento do número de centros 
de rotação? 
Quanto mais pontos de rotação melhor a qualidade da imagem, pois acontece 
uma diminuição da camada focal. Quanto menor a camada focal mais nítida a 
imagem. 
 
 
7. PRINCIPIO DA ELIPSOPANTOMOGRAFIA: 
• Na elipsopamtomografia o filme e o cabeçote movem-se em torno do paciente 
(que fica fixo) em sentidos opostos. 
• Vários centros de rotação – melhor qualidade da imagem. 
 
• Nesse princípio, que é o mais atual, existem vários pontos de rotação, que 
variam de um aparelho para outro. Com o aumento dos pontos de rotação a 
imagem fica ainda melhor. 
 
8. CAMADA FOCAL: 
• É uma zona curva tridimensional, onde as estruturas situadas no seu interior são 
bem definidas na imagem final. 
• Formato varia de acordo com o fabricante da unidade de raio x. 
 
 
 
 
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• É uma zona curva, que acompanha a maxila e a mandíbula, onde tudo em seu 
interior aparecerá de forma nítida. Cada camada focal varia de um fabricante 
para outro. 
• Os aparelhos de panorâmica possuem um objeto chamado colimador, que serve 
para sensibilizar cada parte do filme separadamente, uma vez que o raio x 
poderia sensibilizar o filme em um total caso ele estivesse desprotegido. 
 
• Qual a importância do colimador? 
O colimador vai liberando as áreas do filme a serem sensibilizadas. 
 
 
9. DISTORÇÃO DA IMAGEM: 
• A imagem panorâmica produz, necessariamente, distorção do tamanho e forma 
do objeto. 
• Essa distorção é influenciada por diversos fatores: Distancia objeto e fonte de 
raio x, posição do objeto, trajetória do centro de rotação. 
 
• A panorâmica produz distorção na imagem uma vez que o filme fica localizado 
fora da boca do paciente, ou seja, fica longe da estrutura anatômica. 
• Existe vários fatores que influenciam na distorção: distancia do objeto, centro de 
rotação (que depende de cada aparelho), e posição do objeto. 
• A única técnica de imagem que retrata a realidade anatômica do paciente é a 
TOMOGRAFIA. 
 
 
10. TRAÇADO PARA IMPLANTE: 
• As panorâmicas servem para observar as possíveis regiões para implantes. 
 
 
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11. DISTORÇÕES: 
• Morder na frente da aleta – distorção vertical 
• Morder atrás da aleta – distorção horizontal. 
 
 
 
• Deve-se morder topo a topo na aleta. 
 
12. PASSO A PASSO: 
• Preparação do equipamento 
• Preparação do paciente 
• Posicionamento do paciente 
 
• Escolhe-se qual o tipo de imagem que se pretende fazer, levando em 
consideração a necessidade da paciente (interproximal). Prepara-se também os 
equipamentos, envolvendo
com papel filme (ou no caso da aleta, encapar com 
sacolinha de chup-chup, uma vez que não é descartável). 
• Na radiografia panorâmica o único local que deve ser protegido é a aleta. 
 
 
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13. FORMAÇÃO DA IMAGEM: 
• Imagens reais – Objetos localizados entre o centro de rotação e o receptor de 
imagem (filme ou sensor), formam uma imagem real. 
 
• Imagens duplas – Objetos que ficam á frente do centro de rotação e que são 
interceptados duas vezes pelo feixe de raio x formam imagens duplas. 
• Osso hióide e coluna cervical. 
 
• Imagens fantasmas – Objetos localizados entre a fonte de raio x e o centro de 
rotação. Por isso o brinco e o cordão interferem na formação da imagem. 
• Ramo mandibular, osso hióide, coluna cervical, acessórios. 
 
 
 
• Na panorâmica é possível formar três tipos de imagens (real, duplas e 
fantasmas). 
 
14. ERROS COMUNS: 
• Erros na preparação do paciente: 
• Artefato do avental de chumbo 
• A imagem fantasma aparece do lado oposto ao da imagem real e um pouco 
mais acima e sempre borrada (nunca nítido). 
 
• Erros no posicionamento do paciente: 
• Movimentação do paciente durante a tomada radiográfica. 
• Posicionamento do plano de Frankfurt para o alto. 
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• Posicionamento dos dentes anteriormente à camada focal – DISTORÇÃO. 
• Posicionamento dos dentes posteriormente à camada focal – DISTORÇÃO. 
• Posicionamento da coluna 
 
• A língua do paciente tem que estar posicionada no palato, para evitar que 
apareça uma sombra no ápice dos dentes. 
• Os lábios devem estar selados. 
• O plano de Frankfurt deve estar paralelo ao solo. 
• Plano de Frankfurt para baixo corta o côndilo na região superior. Plano de 
Frankfurt para baixo, corta o côndilo na região inferior. 
• O paciente precisa ficar reto, para evitar sobreposições na região anterior. 
 
15. VANTAGENS: 
• Ampla cobertura da área examinada. 
• Simplicidade e rapidez na execução – o programa faz tudo. 
• Protocolo de posicionamento do paciente – padronização da imagem. 
• Cooperação do paciente – Não machuca. 
• Exposição mínima à radiação. 
 
 
16. DESVANTAGENS: 
• Não é possível visualizar cáries 
• Não mostra detalhes. 
• Limitação da camada focal. 
• Ampliação e distorção. 
• Pode não englobar anormalidades. 
• Alto custo do equipamento. 
• Presença de imagem fantasma. 
 
 
17. INDICAÇÕES: 
• Avaliação de dentes impactados. 
• Avaliação dos padrões de erupção, crescimento e desenvolvimento. 
• Detecção de doenças, lesões e condições dos maxilares. 
• Avaliação de lesões (Ex: Ateroma de carótida). 
• Avaliação do seio maxilar. 
• Avaliação da extensão das lesões. 
 
 
18. CONTRAINDICAÇÕES: 
• Não é indicada para diagnosticar cáries, doenças periodontais e periapicais. 
• Paciente com falta de habilidade para cooperar (crianças).

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