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Vitor Marinho da Costa 1 Vitor Marinho da Costa Sexta-feira 10/08/2018 1. PASSO 3: Avaliar periféria e forma: • Bordas bem definidas • Bordas mal definidas • Geralmente as bordas bem definidas estão relacionadas com lesões benignas, de crescimento lento. Dessa forma o tecido ósseo tem tempo de se reestruturar. Em comparação as bordas mal definidas estão mais associadas a lesões malignas. • DICA – Em lesões com bordas bem definidas é possível perceber um traçado, como se ele tivesse sido feito à lápis. 2. BORDA BEM DEFINIDA: • Borda descortilcalizada – Não há reação óssea aparente. • Borda corticalizada – Linha radiopaca ao redor da lesão. • Cápsula de tecido mole – É indicada pela presença de linha radiolúcida na periferia. Vitor Marinho da Costa 2 Vitor Marinho da Costa • Linhas radiopacas significam lesões de crescimento lento, pois o nosso organismo consegue formar osso e tentar conter a lesão. A linha radiopaca representa o tecido ósseo. A ausência de linhas radiopacas mostra a descorticalização das lesões. • Algumas lesões apresentam linhas radiolúcida ao seu redor, o que mostra a presença de uma cápsula de tecido fibroso. Essas linhas estão geralmente relacionadas com lesões radiopacas. 3. BORDAS MAL DEFINIDAS: • Borda difusa – Transição gradual entre o trabeculado ósseo sadio e o trabeculado anômalo. • Bordas invasivas – área de radiolucência com pouco ou nenhum trabeculado representando destruição de osso. Associado a lesões malignas e de crescimento ósseo. • Uma borda difusa se caracteriza por uma transição gradual entre o tecido anormal para o tecido normal, ou seja, não é possível delimitar o início do tecido anormal e o final do tecido sadio. • As bordas invasivas são mais difíceis de serem identificadas e geralmente estão associadas a lesões malignas. Atribuídas a lesões de crescimento lento. • CURIOSIDADE: Lesões malignas, na maioria das vezes são radiolúcida. 4. PASSO 3: AVALIAR A PERIFERIA E FORMA: • Circular - Características de cistos. • Festonada – Série de arcos contíguos que reflete o mecanismo de crescimento. • A forma circular, é umas características dos cistos. • A forma festonada é aquela que contornam as raízes dos dentes, não reabsorvendo ou empurrando o dente, mas sim se adapta a posição dos dentes. O ameloblastoma, por exemplo, não apresenta borda festonada, pois uma de suas características é absorver raízes. 5. PASSO 4: ANALISAR A ESTRUTURA INTERNA: • Totalmente radiolúcida. • Totalmente radiopaca. • Densidade mista. Vitor Marinho da Costa 3 Vitor Marinho da Costa • Lesões com densidade mista são aquelas que possuem pontos radiopacos em seu interior, pontos de calcificação. • Um exemplo de lesões mistas é a displasia cementária periapical. 6. PASSO 5: ANALISAR OS EFEITOS SOBRE AS ESTRUTURAS ADJACENTES: • Deslocamento dentário – Lesões expansivas de crescimento lento. • Reabsorção dentária – Geralmente associada a processo de crescimento crônico ou lento. Mais comum associada a lesões benignas. • Alargamento do espaço do ligamento periodontal – Avaliar se é uniforme ou irregular e se a lâmina dura continua presente. • Cortical óssea externa – Periósteo externo produz neoformação óssea resultando em osso expandido. • MULTILOCULADA X UNILOCULADA • Reabsorções dentárias estão associadas a lesões de crescimento lento. • Na região do ligamento periodontal é muito importante avaliarmos se está aumentado ou não. Em caso de aumento devemos analisar se o aumento é regular ou irregular. O aumento regular do espaço do ligamento periodontal é normal em pacientes ortodônticos devido a movimentação dos dentes. O aumento irregular chama atenção para o inicio de lesões malignas, que tendem a se iniciar nessa estrutura, visto que essa estrutura é de menor resistência, podendo ser facilmente destruída por células malignas. • O periósteo sempre se apresenta radiopaco. • O osteosarcoma se apresenta na forma de rios de sol na radiografia. 7. PASSO 6: FORMAR A INTERPRETAÇÃO: • Juntar todas as informações obtidas. Vitor Marinho da Costa 4 Vitor Marinho da Costa PULPOPATIAS E PERIAPICOPATIAS 8. INTRODUÇÃO – CAUSAS DAS ALTERAÇÕES PERIAPICAIS: • Esse momento da matéria diz respeito a alterações na polpa e que causam lesões no periápice dentário. Falaremos então das lesões que acontecem no periápice. • Na região do ápice dental existem importantes estruturas, dais quais temos: Cemento, espaço do ligamento periodontal e osso alveolar. Qualquer alteração na polpa e que cause destruição óssea no osso ao redor, teremos destruição de uma dessas estruturas ou de todas. • A necrose pulpar pode acontecer por dois fatores, um deles é a cárie e o outro o trauma. Para uma necrose pulpar acontecer, acontece antes o rompimento dos feixes vasculonervosos. • Um organismo saudável possui um equilíbrio entre a reabsorção óssea e a deposição óssea. Isso não acontece em tecidos necrosados, visto que o nosso corpo reage na forma de inflamação e os mediadores da inflamação causam um desequilíbrio entre o processo de reabsorção-deposição óssea. Assim, em algumas lesões podemos ter uma elevada reabsorção e em outros casos uma elevada deposição óssea. No caso das lesões periapicais, a reabsorção óssea é a maior, o que pode ser justificado pela imagem radiolúcida presente na radiografia. 9. LESÕES INFLAMATÓRIAS: • Lesões inflamatórias periapicais. • Osteomielites. • Existem dois tipos de lesões inflamatórias comuns da maxila e da mandíbula, visto que o dente funciona como uma porta de entrada. Uma lesão inflamatória comum é a periapical, que se caracteriza por estar confinada apenas ao dente e as osteomielites, que podem ter uma origem nas lesões periapicais. No caso das osteomielites a lesão se espalha pelos espaços medulares do osso. 10. SINAIS CLÍNICOS DA INFLAMAÇÃO: • Calor, dor, tumor, perda de função e rubor • Em alguns casos de inflamação dentária podemos contar com a presença desses sinais, no entanto isso não é uma regra. • Em lesões agudas, de maior intensidade e de inicio rápido, a presença desses sinais é mais comum, diferente do que acontece com as lesões crônicas. Vitor Marinho da Costa 5 Vitor Marinho da Costa 11. CARACTERISTICAS CLÍNICAS GERAIS: • Lesões agudas: • Início rápido. • Dor forte. • Geralmente acompanhado de febre e tumefação. • Lesão crônica: • Curso prolongado/início longo. • Dor menos intensa. • Febre de baixo grau e tumefação gradual. • Podem não produzir sintomas. 12. LESÕES INFLAMATÓRIAS PERIAPICAIS: • Periodontite apical. • Granuloma periapical. • Cisto radicular (periapical – NOVO). • Abcesso periapical. • Das lesões inflamatórias periapicais, isto é, aquelas que são restritas ao dente destacamos quatro principais: Periodontite apical, granuloma periapical, cisto radicular ou periapical e abcesso periapical. 13. ETIOLOGIA DAS DOENÇAS: • A polpa necrótica pode surgir através da cárie ou de um trauma. Os mediadores da inflamação atingem a região periapical da polpa necrótica na tentativa de conter a infecção, nesse momento estamos diante da PERIODONTITE APICAL (Nesse momento é importante ter em mente que não é possível visualizar nada na radiografia, esse termo diz respeito apenas a ação dos mediadores no ápice do dente). • Durante a inflamação acontece o recrutamento de células para a região,essas células (neutrófilos) podem se acumular e formar pus, caracterizando um abscesso periapical. Quando existem muitas bactérias no local da lesão entramos no quadro de abscesso periapical, já quando a intensidade de bactérias é menor, é comum que se instale o granuloma periapical. Vitor Marinho da Costa 6 Vitor Marinho da Costa • O abscesso periapical está mais relacionado com lesões agudas e se caracteriza por uma grande quantidade de pus presa em um local com alta pressão. Em alguns casos essa pressão diminui, pois acontece a formação de fistulas e com isso o paciente deixa de sentir dor. Um abscesso com fístula é denominado abscesso periapical CRÔNICO, diferentemente do outro que é chamado de AGUDO. • O granuloma periapical com o tempo pode formar um cisto periapical. TODO CISTO PERIAPICAL um dia foi um granuloma, mas nem todo GRANULOMA formará um CISTO PERIAPICAL. • Por que acontece necrose pulpar em um trauma? Pois acontece o rompimento dos feixes vasculonervosos do dente.
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