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ANÁLISE SEMIOLÓGICA DE SINTOMAS UniEvangélica Medicina Habilidades Médicas Turma VI - 1º Período Danyelle Rocha Semiologia Dor “Que sensação é essa que desfigura, subtrai, subjuga, ultraja, dilacera, isola, deprime, indigna, maltrata? Faz de mim um avesso, sem saber o que é direito, sem saber transformar, para onde ir, que sentido virar, que posição ocupar, que sentimento relaxar ou reprimir...” Thelma Prado Moraes O QUE É DOR? “É uma desagradável experiência sensorial e emocional associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, ou relatada como se uma lesão existisse.” Associação Nacional para o Estudo da Dor (IASP) Dor A dor pode ser aguda ou crônica de acordo com a sua distribuição temporal (duração). Dor CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS Irradiação – Segue o trajeto de uma raiz nervosa ou nervo conhecido. Localização (Região da Superfície) Dor Qualidade ou Caráter – “Sensação”. Pode ser: Evocada (Provocada). Tipos: Dor Espontânea. Tipos: Dor Intensidade: Preferência à Escala Analógica Visual para quantificação (Zero a Dez) ou Gráfica. Solicitar indicação para o paciente. Duração: Estimular determinação da maior precisão possível da data de início. Se cíclica, registrar duração de episódios. Evolução: Modo de instalação (súbito ou incidioso), Fator causal X Inicio da dor, Modificações da dor, Ritmicidade e Periodicidade. Dor Relação com Funções Orgânicas: Considera-se localização da dor e os órgãos e estruturas situadas na mesma área. Fatores Desencadeantes ou Agravantes. Ex: Ruidos, Alimentos, Bebidas, Luminosidade, Posição, Fatores Climáticos etc. Fatores Atenuantes. Ex: Medicamentos, Posição, Alimentos, Ambiente, Procedimentos etc. Manifestações Concomitantes: Diversos outros sintomas quando associados podem facilitar diagnóstico de determinada doença. Dor TIPOS Dor Somática Dor Dor Dor Visceral: Estimulação de nociceptores viscerais, é profunda, difusa, com localização difícil. Localizada próxima ao órgão de origem Relacionada com comprometimento da víscera, do peritônio ou pleura parietal, do diafragma ou reflexo viscerocutâneo. Distante da estrutura profunda Dor irradiada: distante da origem, em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou nervo cuja estimulação nóxica é responsável pela dor. Dor Paciente com hérnia discal, com dor irradia para nádega, face posterolateral da coxa e da perna (PORTO, 2005) Semiologia EDEMA “No cavalo negro, com as roupas de veludo, as faces vivas, o olhar ardente entre o desdém dos cílios, transluzindo a rainha em todo aquele edema soberbo: … bela na sua beleza plástica e harmônica, linda nas suas cores puras e acetinadas, nos cabelos negros, e a tez branca da fronte; o oval das faces coradas, o fogo de nácar dos lábios finos, o esmero do colo ressaltando nas roupas de amazona”. Álvares de Azevedo Edema O QUE É EDEMA? “É o resultado do excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células.” (PORTO, 2005) Edema CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS Tempo de Duração e Evolução Localização e Distribuição: Frequente em membros inferiores, face e região pré-sacra. Intensidade: Identificação: Compressão, firme e sustentada. Se houver edema aparecerá a fóvea. A intensidade é estabelecida de acordo com a profundidade da fóvea. Pode-se também pesar e medir perímetro da região edemaciada. Edema Consistência O edema pode ser: Edema Elasticidade: sensação e observação Elástico: Fóvea transitória. Inelástico: Depressão persiste por um certo. Edema Temperatura da pele circunjacente Usa-se o dorso dos dedos ou as costas das mãos, comparando-se com a pele da vizinhança e da região homóloga. Classifica-se em: Pele normal, Pele fria (Comprometimento da irrigação sanguínea) e Pele quente (Edema inflamatório). Sensibilidade da pele circunjacente Digitopressão da área. Pode ser: doloroso ou indolor Outras alterações Mudança de coloração, textura e espessura. Edema doloroso e inflamatório Semiologia Febre “Tenho frio e ardo em febre! O amor me acalma e endouda! O amor me eleva e abate!” Olavo Bilac O organismo humano é homeotérmico, e apresenta as seguintes temperaturas normais: TEMPERATURA CORPORAL Febre Timpânica > Retal > Oral, Axilar Os locais também podem ser: artéria pulmonar, esofágico, nasofaringiano e vesical. “Febre significa temperatura corporal acima da faixa de normalidade.” (PORTO, 2005) Febre O QUE É FEBRE? Início: Pode ser súbito (frequente a sensação de calafrios) ou gradual. Intensidade: CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS Febre Duração: Tempo. Quando acima de 10 dias caracteriza-se como febre prolongada. Modo de evolução: Quadro Térmico ou Informação na anamnese. Término: Pode ser em crise (desaparece subitamente) ou em lise (desaparece paulatinamente). Febre Febre TIPOS EVOLUTIVOS - Permanece - Variações de até 1ºC Picos altos e intercalados com temperaturas baixas ou apirexia - Imprevísivel Hipertermia diária sem períodos de apirexia - Variações de mais de 1ºC Hiperexia é interrompida por período de temperatura normal - Ciclíco Períodos normais que duram dias até que seja interrompido por períodos febris - Poucas variações 24 Semiologia cianose “ Não chorem! Lembro-me ainda Como a criança era linda No frescor da facezinha! Com seus lábios azulados, Com os seus olhos vidrados Como de morta andorinha!” Álvares de Azevedo “É uma coloração azulada ou purpúrea da pele ou mucosas, causadas por quantidades excessivas (5g/1000ml) de hemoglobina reduzida no sangue.” (EPSTEIN et al., 2004) Cianose O QUE É CIANOSE? Cianose CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS Início Intensidade: Pode ser leve, moderada ou intensa Localização: Pode ser generalizada (pele toda) ou localizada (obstrução de veia da região) Deve ser procurada no rosto, especialmente ao redor dos lábios, ponta do nariz, lobos das orelhas e extremidades das mãos e dos pés. Cianose AVALIAÇÃO Cianose Tipo Central: Insaturação Arterial excessiva, permanecendo o consumo de oxigênio. Ocorre quando: Cianose TIPOS Cianose Periférica: Perda exagerada de oxigênio ao nível da rede capilar. Ex: Segmentar Cianose Mista: Associa-se Central e Periférica. Alteração por Hemoglobina: Alterações bioquímicas que impedem fixação de oxigênio. Cianose Obs.: Oxigenoterapia é eficaz na cianose central e não influi na periférica; melhora o tipo misto. Semiologia icterícia “O homem de pele amarela! quebrou o jejum bem cedo (pirão de guariba e chá de cidreira) com a roupa defumada entranhada de leite de seringa se jogou no varadouro e foi cortar.” Fernando Faria “ É uma síndrome caracterizada pela elevação da bilirrubina no soro em níveis superiores a 2ml/100ml, cuja exteriorização principal é a coloração amarelada da esclerótica, mucosas, pele e líquidos orgânicos.” (PORTO, 2005) Icterícia O QUE É ICTERÍCIA? Paciente deve ser examinado à luz natural, a pele pode adquirir tom esverdeado. Reconhecimento é feito pela exame de dosagem da bilirrubina. História do Paciente e Antecedentes pessoais e familiares são indispensáveis. Icterícia AVALIAÇÃO Icterícia TIPOS Semiologia Dispnéia “Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado.” Mário Quintana “É a dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado.” (PORTO, 2005) Dispnéia O QUE É DISPNÉIA? Dispnéia QUAIS AS CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS? Dispnéia Identificar hábitos do paciente na anamnese. Verificar frequência respiratória. Identificar o tipo de acordo com os dados colhidos. Dispnéia AVALIAÇÃO E DESCRIÇÃO Dispnéia de Esforço: diferença entre cardiopata e pessoa normal está no grau de atividade física necessário para produzir dificuldade respiratória. Dispnéia TIPOS Dispnéia de decúbito - Ortopnéia: impede de ficar deitado e obriga a sentar-se ou ficar de pé. - Trepopnéia: aparece em decúbito lateral. Dispnéia Dispnéia paradoxística noturna: interrupções de sono, noturnas, decorrentes de dispnéia súbita. Dispnéia periódica ou de Cheyne-Stokes: períodos de apneia seguidos de movimentos respiratórios que vão se tornando profundos até o máximo e que diminuem paulatinamente até nova ocorrência. Dispnéia Referências PORTO, Celmo. Semiologia Médica. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. EPSTEIN, Owen et al. Exame Clínico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Considerações Finais Obrigada! Considerações Finais