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Contestação em Ação de Enriquecimento Ilícito

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jusbrasil.com.br
10 de Agosto de 2018
Direito Processual Civil
Perdas e danos materiais
Dano Moral
Modelos e Peças
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Contestação de acordo com o Novo CPC
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Publicado por Fábio Ferreira de Souza
há 2 anos
39,2K visualizações
EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE __________
Autos nº
XXXXXXXXXXXXXXXX já qualificado nos autos da ação de enriquecimento ilícito que lhe move XXXXXXXXXXXXXXXXXX, através de seu advogado infrafirmado, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO aos fatos alegados na inicial, aduzindo os motivos de fato e de direito que seguem:
SÍNTESE DA EXORDIAL
Informa a autora que em __________ entregou ao requerido o valor de R$30.000,00 a título de parte de pagamento para aquisição de um imóvel que seria utilizado como residência da autora.
Aduz que o requerido informou que o imóvel seria entregue no prazo de seis meses, mas o imóvel não foi entregue.
Sustenta que passado o prazo estipulado, o requerido não entregou o imóvel nem efetuou a devolução dos valores.
Requer em razão disso a restituição do valor de R$28.642,60, a reparação dos danos da autora inerente aos alugueis que a requerente está pagando mensalmente para sua moradia e de seu filho e ainda indenização por danos morais. 
DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO 
Tem-se que o requerido foi citado em __________, considerando que o Aviso de Recebimento dos correios foi juntado em ____________e nos termos do art. 231, I do CPC, o termo inicial do prazo da contestação se dá na data da juntada do aviso de recebimento, quando a citação ocorrer pelo correio.
E considerando que a contagem dos prazos, nos termos do art. 219 do CPC, ocorrerá somente nos dia úteis, tem-se que está plenamente tempestiva a presente contestação. 
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Inicialmente o requerido informa que NÃO tem interesse na realização da audiência de conciliação.
DA REALIDADE DOS FATOS 
Cumpre esclarecer que há entre as partes uma relação de afinidade, sendo que o requerido é casado com a mãe da requerente e em razão dessa relação, a autora residia na residência do requerido.
Com isso, com a liberação dos valores da indenização, a requerente solicitou ao requerido que “emprestasse” sua conta bancária, tendo em vista que não queria receber em mãos e transitar com vultuoso valor, de cerca de R$30.000,00. 
Com isso o requerido disponibilizou sua conta corrente à autora, para que ela pudesse receber sua indenização.
Então, importante registrar, desde já, que a requerente não “entregou o numerário” como parte de pagamento do imóvel, como tenta fazer crer em sua inicial, vez que, repita-se, a autora pediu ao requerido que recebesse em sua os valores provenientes do processo trabalhista.
E logo após o recebimento do valor, o requerido passou a disponibilizar e repassar o dinheiro à autora, na medida de sua necessidade, conforme a planilha em anexo, que o requerido foi elaborando na medida em que ia repassando dinheiro para a autora.
Depois disso, o requerido indagou à autora se não tinha interesse em adquirir uma casa e que poderia usar parte do dinheiro para comprá-la, tendo a autora manifestado que realmente tinha interesse.
Ocorre que a requerente continuou pedindo dinheiro para o requerido, que sempre disponibilizava os valores solicitados, considerando que estava somente guardando o valor da requerente, anotando na planilha os valores e datas dos repasses.
Esclarece o requerido que nunca exigiu nem pegou recibo dos valores pagos à autora em razão da relação de afinidade que há entre as partes demandantes, como a própria autora informa em sua inicial, que até então era de total confiança.
Dessa forma, em nenhum momento o requerido prometeu que a entrega do imóvel seria no prazo de seis meses, restando desde já impugnada tal informação trazida pela autora em sua petição inicial.
Ademais, como a requerente não conseguiu aprovação do financiamento imobiliário junto à Caixa Econômica Federal, não houve a possibilidade de prosseguimento das negociações em relação ao imóvel, continuando o requerido a disponibilizar o dinheiro da requerente, que estava em seu poder, na medida em que a mesma ia precisando.
Fato importante de se registrar é que a requerente permaneceu residindo na casa do requerido, juntamente com seu filho, com o requerido arcando com todas as despesas básicas da autora, tendo permanecido residindo na casa do requerido no período de abril de 2013 a abril de 2015.
Dessa forma, resta impugnada qualquer alegação em sentido contrário, sendo que, na realidade, o requerido já repassou todo o valor à autora, inclusive tendo repassado valores a mais do que realmente ele estava guardando.
Pois além de repassar valores em espécie para a autora, a mesma pedia ao requerido que depositasse valores em sua conta, efetuasse pagamentos de móveis, celular, cirurgia plástica, médico, farmácia, ótica, material de construção, etc.
Sendo que o requerido já repassou à autora o valor de R$__________, conforme planilhas em anexo.
Assim, impugna-se a alegação de que as partes litigantes firmaram um contrato de promessa de compra e venda de imóvel, com promessa, por parte do requerido, de entrega do imóvel em seis meses.
Falece razão à autora ainda quando sustenta que o requerido não restituiu o valor pertencente à autora que estava na posse do requerido.
Dessa forma, inviável a condenação do requerido na restituição de valores à autora, vez que o valor recebido pelo requerido pertencente à requerente, já foi integralmente devolvido a ela, conforme as planilhas em anexo.
Assim, não há elementos para imputar culpa ao requerido, o que resulta na improcedência dos pedidos vindicados pela autora.
DO DIREITO
Quando se fala em reparação de danos é necessário que haja um ato ilícito a ser reputado ao agente causador deste, para que então se desencadeie a obrigação de indenizar por tais danos. 
A explicação do que é ato ilícito pode ser encontrada no Código Civil em seu artigo 186, senão vejamos:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Na responsabilidade civil, o centro de exame é o ato ilícito. O dever de indenizar vai repousar justamente no exame da transgressão ao dever de conduta que constitui o ato ilícito. 
Com isso, constata-se que não houve qualquer prática de ato por parte do requerido que pudesse caracterizar como ato ilícito, considerando que, como dito alhures, o mesmo efetuou a devolução integral dos valores pertencentes à autora, sempre que a mesma necessitava. 
Tendo efetuado a devolução integral do valor à autora tem-se que não resta caracterizado o dano, como pressuposto para a responsabilidade civil.
A conduta do agente para acarretar responsabilidade civil deve comprovadamente causar dano ou prejuízo a vítima. Sem o dano não há que se falar em responsabilidade civil, pois sem ele não há o que reparar. 
Maria helena Diniz (2003, pag. 112) conceitua dano como a “lesão (diminuição ou destruição) que, devido a certo evento, sofre uma pessoa, contra sua vontade, em vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral.”
A Constituição Federal assegura no caput do artigo 5º e inciso X o direito a reparação do dano, seja ele moral ou material: 
“Art. 5ºtodos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Sendo assim, o dano é o prejuízo resultante da lesão a umbem ou direito. É a perda ou redução do patrimônio material ou moral do lesado em decorrência da conduta do agente, gerando para o lesado o direito de ser ressarcido para que haja o retorno de sua situação ao estado em que se encontrava antes do dano ou para que seja compensado caso não exista possibilidade de reparação.
DANO MATERIAL
Da mesma forma os danos materiais dependem da existência dos requisitos acima citados, que não estão presentes no presente feito.
Ademais, verifica-se que a autora vindica pedidos de recebimento de alugueis a partir do mês de janeiro de 2014, como se a mesma estivesse pagando aluguel desde então.
Todavia, como acima descrito, a requerente residiu na residência do requerido de abril de 2013 a abril de 2015, sem pagar qualquer valor a título de aluguel, tanto é que traz contrato de aluguel e recibos de aluguel do período de maio de 2015 a novembro de 2015, os quais foram pagos pela autora, com dinheiro recebido do requerido.
Ademais verifica-se que a autora não delimita qual o período dos alugueis pleiteados, tendo indicado somente o mês de início das prestações requeridas, mostrando-se inepto o pedido nesse particular, pois dificulta o exercício da ampla defesa do requerido.
E em relação ao restante do período, a autora não trouxe qualquer prova documental para comprovar a ocorrência do prejuízo material.
Dessa forma, não há que se falar em danos materiais, consistentes nos alugueis pleiteados pela autora.
Assim, mostra-se improcedente o pedido de danos materiais.
DOS DANOS MORAIS 
Quanto ao pleito de indenização por DANOS MORAIS, sustenta a autora que passou a sofrer dano moral, pois passou por desgaste físico e psíquico anormal, requerendo uma reparação de tal dano. 
No entanto, a requerente não passou por qualquer desgaste emocional, vez que recebeu integralmente o valor do requerido, tendo esse repassado valores a maior inclusive.
Destaca-se que por dano moral entende-se o dano que atinge os atributos da personalidade, como imagem, bom nome, a qualidade ou condição de ser de uma pessoa, a intimidade e a privacidade. 
E para haver a reparação de danos morais, essa deve ser concedida em hipóteses em que o evento cause grande desconforto espiritual, causando sofrimento demasiado à vítima, ora Requerente. 
Além disso, o direito à reparação do dano depende da concorrência de três requisitos, que estão delineados no artigo 186 do Código Civil, sendo que, para se configurar o ato ilícito, será imprescindível que haja: (a) fato lesivo voluntário, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência, imperícia ou imprudência; (b) ocorrência de um dano patrimonial e/ou moral; (c) nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. 
Os quais não estão presentes no caso trazido à baila. 
Destaca-se que a requerente não demonstrou qualquer abalo sofrido em razão do fato alegado, destacando ainda que os fatos alegados na exordial não são confirmados por quaisquer elementos probatórios reunidos no processo, ainda que mínimos.
Não pode, assim, ser acolhido o pleito deduzido pela Requerente, pois não há prova de qualquer abalo ou dano material sofrido e não pode ser confundido como dano moral puro, que independe de prova.
Até porque o requerido não praticou ato ilícito algum, capaz de ensejar tal prejuízo à autora.
A propósito, Sílvio de Salvo Venosa explica o que considera o dano moral: Dano moral é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima. 
Ademais, deve-se analisar cuidadosamente o caso concreto, a fim de vedar o enriquecimento ilícito e o oportunismo com fatos que não são capazes de causar sofrimentos morais, de ordem física ou psicológica, aos cidadãos.
Se assim não se entender, acabaremos por banalizar os danos morais, ensejando ações judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos.
Contudo, não tendo sido objetivamente demonstrados os danos supostamente sofridos, não há que se falar em indenização, sob pena de dar-se margem ao enriquecimento ilícito e às demandas oportunistas, como no caso sub judice. 
Assim, inexiste dano moral a ser indenizado, seja pela ausência de culpa da Requerida no evento danoso, seja pela ausência do abalo moral aduzido na petição inicial.
Portanto, os elementos essenciais e necessários para o nascimento da obrigação de indenizar estão ausentes, e por tais razões, deve a ação ser julgada totalmente improcedente.
DA COMPENSAÇÃO
Requer o requerido que, em caso de condenação de eventuais verbas, que seja determinada a compensação de valores já pagos à autora em correspondente título, conforme os valores descritos nas planilhas em anexo, sob pena de enriquecimento ilícito da autora.
DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto requer:
a) Que a presente demanda seja julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE, absolvendo o requerido dos pedidos pleiteados pela autora;
b) A condenação da autora ao pagamento das custas e honorários sucumbências, de acordo com o artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil;
Protesta o requerido por todos os meios legais e legítimos para comprovar a veracidade de suas alegações, notadamente depoimento pessoal, juntada de documentos novos e oitiva de testemunhas, em consonância com o art. 369 do CPC.
Termos em que, 
Pede Deferimento.
Campo Grande, __de ______ de 2016.
Fábio Ferreira de Souza
Souza's Advocacia - Advocacia e Consultoria
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Disponível em: http://fabio-souza.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/333512150/contestacao-de-acordo-com-o-novo-cpc
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