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Revisão para av2 de Processo Penal 2

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Teoria Geral dos Recursos 
Conceito: Meio processual através do qual a parte que sofreu um gravame postula a modificação, no todo ou em parte, ou a anulação, de uma decisão judicial ainda não transitada em julgado, no mesmo processo em que ela foi proferida. 
 
Elementos da definição: 
a) O recurso é ato exclusivo da PARTE. A atividade de ofício do juiz NÃO é recurso e sim um mero reexame.
b) A parte recorrente deve ter sofrido um gravame, um prejuízo.
c) O recurso é um direito que deve ser exercido no mesmo processo, ou seja, o recurso não instaura uma nova situação jurídico-processual, mas sim constitui um desdobramento ou uma nova fase do mesmo processo que gerou a decisão que foi impugnada.
d) A decisão deve ser recorrível, não pode ter-se operado a coisa julgada (ainda que formal).
e) Estabelece um julgamento sobre o julgamento (ou seja, o juízo sobre o juízo). 
f) Permite que outro órgão jurisdicional (superior, hierarquicamente) modifique a decisão, anulando-a ou reformando-a, no todo ou em parte. 
 
Classificação: 
Recursos Ordinários: Tem por objeto provocar um novo exame (total ou parcial) do caso penal já decidido em primeira instância, por um órgão superior (ad quem), alcançando tanto as matérias de direito como também fáticas.
Ex: Apelação (art. 593 do CPP)
Recursos Extraordinários: Onde os Tribunais Superiores entram no exame, unicamente, da aplicação da norma jurídica efetuada pelo órgão inferior, sendo assim um juízo limitado ao aspecto jurídico da decisão impugnada. Limitam a discussão a questões de direito, expressamente previstas em lei.
Ex: o recurso especial (art. 105, III, da Constituição) e o recurso extraordinário (art. 102, III, da Constituição). 
2) Recursos totais ou parciais, conforme a extensão da matéria impugnada:
 Recursos Totais: São aqueles em que a parte utiliza sua faculdade de impugnar toda a matéria permitida, ou seja, plena impugnação de todo o campo legalmente reexaminável. Ex: Recurso de apelação, pois permite ampla discussão sobre a matéria fática e jurídica, assim tendo procedido a parte. 
 Recursos Parciais: A parte interessada utiliza de parte de sua faculdade de impugnação, ainda que a lei lhe permitisse ampla rediscussão de todas as questões decididas. 
Ex: Réu condenado pela prática de um crime sem violência ou grave ameaça, a uma pena inferior a 4 anos, mas que não foi substituída (indevidamente) por pena restritiva de direitos, poderá apelar de toda ou de parte da decisão. Se optar por discutir, exclusivamente, a recusa por parte do juiz em substituir a pena, abrindo mão de buscar o reexame da prova e da própria condenação, estará fazendo um recurso parcial. 
 
3) Os recursos também podem ser classificados em recursos de fundamentação livre ou fundamentação vinculada, atendendo a existência ou não de restrição legal da fundamentação do recurso:
Recurso de Fundamentação Livre: Confunde-se com os recursos ordinários e totais, pois a lei não restringe a fundamentação a ser utilizada no recurso, permitindo assim que a parte recorra de todas as questões fáticas e de direito. 
Ex: Apelação 
 
Recurso de Fundamentação Vinculada: A própria lei limita a matéria que pode ser impugnada, definindo em que limites se deve dar a fundamentação. 
Exemplos: 
1) Recurso em sentido estrito: Afundamentação fica vinculada à situação jurídica definida no inciso.
2) Recursos extraordinário e especial: O fundamento do recurso fica restrito à matéria definida no dispositivo legal (por exemplo, no recurso especial, a interposição com base no art. 103, III, “a”, limita a fundamentação à demonstração de que a decisão contrariou tratado ou lei federal, ou negou-lhe vigência, conforme o caso. 
3) Embargos infringentes: Limitação vem dada não pela lei, mas pela matéria objeto do voto vencido. Ou seja, a fundamentação dos embargos infringentes está limitada e circunscrita pelo voto vencido, não podendo ir além dele (ou melhor, do objeto da divergência). 
4) Recursos horizontais ou verticais, segundo eles sejam julgados pelo mesmo órgão jurisdicional que proferiu a decisão ou por órgão superior:
 Recursos horizontais: Aqueles que se resolvem pelo mesmo órgão jurisdicional que proferiu a decisão recorrida, sendo, portanto, pouco eficazes.
Ex: embargos declaratórios, em que a decisão incumbe ao mesmo órgão que o proferiu. OBS: O recurso em sentido estrito é misto, na medida em que no primeiro momento ele é horizontal, permitindo que o juiz que proferiu a decisão se retrate (ou não), subindo em caso de manutenção da decisão proferida (vertical). 
Recursos verticais: Resolvem-se pelo Tribunal Superior àquele órgão jurisdicional que proferiu a decisão. 
Ex: apelação, recurso extraordinário, especial, embargos infringentes etc.
 
5) Recursos voluntários ou obrigatórios, conforme dependam de manifestação da parte interessada ou exijam um reexame obrigatório: 
Voluntários: Todos os recursos que dependem da manifestação da parte interessada, que poderá recorrer ou não, no todo ou em parte, da decisão. Excetuando os casos previstos no art. 574 (recursos obrigatórios), todos os demais são voluntários.
Obrigatórios (também chamados reexame necessário ou recursos de ofício): Estão previstos no art. 574 do CPP. 
Observações:
- A esses dois casos deve-se acrescentar um terceiro, que é o recurso de ofício da decisão que concede a reabilitação, como determina o art. 746 do CPP. 
- Nesses casos, enquanto não houver o reexame da decisão pelo respectivo tribunal, não há o trânsito em julgado da decisão, sendo, portanto, uma condição de eficácia da sentença. 
 Recurso em Espécie 
1. Recurso em Sentido Estrito (RESE)
- Requisitos Objetivos
a) Finalidade
b) Cabimento
c) Adequação
d) Tempestividade
e) Preparo 
a) Finalidade: O Recurso em Sentido Estrito está destinado a impugnar determinadas Decisões Interlocutórias proferidas ao longo do processo penal. 
b) Cabimento: Para que esse recurso possa ser interposto não pode haver uma decisão imutável e irrevogável, ou seja, não pode ter operado a coisa julgada formal (não preclusa).
- O Recurso em Sentido Estrito somente cabe nas hipóteses previstas no art. 581 CPP. O rol desse artigo é taxativo, podendo ser ordinário ou extraordinário, conforme a decisão legal apontada. 
OBS: O Recurso de Apelação previsto no art. 593, II, é residual. Caberá apelação das “decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior”, ou seja, só caberá apelação nos casos em que não couber recurso em sentido estrito. 
Ex: No caso da decisão de pronúncia, o recurso em sentido estrito permite ampla discussão sobre toda a prova produzida, principalmente quando o pretendido é a impronúncia ou mesmo a absolvição sumária. Nesse caso, pode ser classificado como um recurso ordinário. 
 Ex2: Diversa é a situação do recurso em sentido estrito interposto com base no art. 581, II (decisão que reconhece a incompetência do juízo). Nesse caso, estamos diante de um recurso extraordinário (discute-se, apenas, a questão de direito), de fundamentação vinculada (discute-se apenas a (in)competência do juízo) e horizontal no primeiro momento, subindo para o respectivo tribunal em caso de manutenção da decisão (vertical). 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
OBS: A expressão despacho é absolutamente inadequada, tento em vista que os despachos são IRRECORRÍVEIS. Sendo assim, só caberá recurso em Sentido Estrito contra decisão e sentença.
I - Caberá recurso em sentido estrido da decisão que não receber/rejeitar a denúncia ou a queixa;
OBS: A decisão que RECEBE a denúncia ou queixa é, como regra, irrecorrível,mas cabe habeas corpus.
II - Caberá recurso em sentido estrito da decisão que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções , salvo a de suspeição;
OBS: São as exceções: Incompetênciado Juízo, Litispendência, Ilegitimidade da Parte, Coisa Julgada e Suspeição. 
IV - que PRONUNCIAR o réu; (isto é, quando o juiz admite a acusação porque convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria, encaminhando o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri.) 
OBS: A pronúncia é uma decisão interlocutória mista, não terminativa, que encerra a primeira fase do rito do Tribunal do Júri. 
V- que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
VI - (Revogado)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
c) Adequação: Compatibilidade entre a decisão proferida e a impugnação eleita pela parte. 
 
d)Tempestividade: Prazo de 5 dias para interposição e prazo de 2 dias para arrazoar. 
Assistente de acusação: Prazo de 5 dias para assistente habilitado e de 15 dias para assistente não habilitado. 
e)Preparo: O preparo só terá cabimento nas ações penais PRIVADAS. 
- Requisitos Subjetivos
a)Legitimidade
b) A parte ter sofrido um gravame/prejuízo
2. Apelação
-Requisitos Objetivos
a) Cabimento
b) Adequação
c) Tempestividade
d) Preparo 
 
• Cabimento e Adequação: A Apelação pode ser interposta por PETIÇÃO ou TERMO NOS AUTOS. 
A Apelação é um recurso residual e só poderá ser interposta se NÃO houver uma previsão expressa de cabimento de recurso em sentido estrito.
A apelação está prevista no art. 593 e poderá ser interposta nos casos a seguir:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I- Das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
II- Das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior (RESE)
(É residual em relação à taxatividade do RSE, cabendo em relação às decisões interlocutórias mistas não abrangidas pelo art. 581)
III- Das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro (critérios objetivos) ou injustiça (circunstâncias subjetivas) no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
 OBS: O inciso III dirige-se exclusivamente às decisões proferidas pelo Tribunal do Júri. Nas alíneas “a” e “d”, se acolhido o recurso, a consequência será a realização de novo júri. Nas alíneas “b” e “c”, acolhendo o recurso, o tribunal faz a retificação sem enviar a novo júri. 
• Tempestividade: O prazo para a interposição do recurso de apelação é de 5 dias (úteis) a contar da data da intimação e prazo de 8 dias para arrazoar. 
Assistente de acusação: Prazo de 5 dias para assistente habilitado e de 15 dias para assistente não habilitado. 
• Preparo: No recurso de apelação exige-se nas ações penais PRIVADAS. 
- Requisitos Subjetivos
a)Legitimidade
b) A parte ter sofrido um gravame/prejuízo
3. Embargos Infringentes e Embargos de Nulidade
•Embargos Infringentes: É o recurso oponivel contra decisão não unânime de segunda instância desde que DESFAVORÁVEL ao réu. Tem por objeto resolver questões de divergência de questão de MÉRITO.
•Embargos de Nulidade: É o recurso oponivel contra decisão não unânime de segunda instância desde que DESFAVORÁVEL ao réu. Tem por objeto resolver questões de divergência sobre questão PROCESSUAL. 
 
- Requisitos Objetivos:
a) Cabimento
b) Adequação
c) Tempestividade
 
a)Cabimento: Os Embargos Infringente e os Embargos de Nulidade cabem contra decisão não unânime proferida por tribunal no julgamento de apelação, recurso em sentido estrito ou agravo em execução. 
É recurso exclusivo da DEFESA. Está limitado ao objeto da divergência, demarcado pelos limites do voto vencido.
b) Adequação: Deve ser interposto por petição acompanhada das razões, circunscritas ao objeto da divergência. 
c)Tempestividade: Possui prazo ÚNICO de 10 dias, para interposição o recurso e arrazoar. 
d)Preparo: Predomina entendimento de que não é necessário, nem mesmo nas ações penais privadas, bastando o preparo feito para a apelação. 
- Requisitos Subjetivos: É um recurso exclusivo da defesa. Quanto ao gravame, deve haver um voto divergente favorável à defesa que represente uma vantagem jurídica, se acolhido. 
4. Embargos Declaratórios
- Requisitos Objetivos
a) Cabimento
b) Adequação
c) Tempestividade
d) Preparo 
a)Cabimento: Podem ser utilizados em relação a qualquer decisão, inclusive interlocutória ou despacho, desde que contenha omissão, obscuridade, contradição ou ambiguidade. 
OBS: Excepcionalmente podem ter efeitos modificativos e podem ser utilizados para fins de prequestionamento nos recursos especial e extraordinário. 
b) Adequação: Os Embargos Declaratórios devem ser interpostos por petição e já devem conteras razões. 
c)Tempestividade: Os Embargos Declaratórios devem ser interpostos no prazo de 2 dias perante o próprio juiz prolator da sentença, ou, no caso dos tribunais, endereçados ao próprio relator do acórdão embargado. 
OBS: Caso a infração penal seja competência do JECrim os Embargos Declaratórios devem ser interpostos no prazo de 5 dias. 
d)Preparo: Esse recurso não se exige preparo. 
 
- Requisitos Subjetivos: 
a)Legitimidade: Estão legitimadas as partes ativa, passiva e assistente da acusação. 
b) Interesse Recursal: O interesse recursal vincula-se à (in)eficácia da garantia da motivação das decisões.
5. Agravo em Execução Penal
 - Requisitos Objetivos:
a) Cabimento
b) Adequação
c) Tempestividade
d) Preparo
a)Cabimento: Decisões Interlocutórias tomadas no curso da execução criminal. 
b)Adequação: Pode ser interposto por PETIÇÃO ou TERMO NOS AUTOS. 
c)Tempestividade: Prazo de 5 dias para interposição e prazo de 2 dias para arrazoar
d) Preparo: Esse recurso não se exige preparo. 
 
 - Requisitos Subjetivos: 
a)Legitimidade: Estão legitimados o MP, defensor ou réu. 
b) A parte ter sofrido um gravame/prejuízo: O gravame decorre do prejuízo pela concessão ou denegação do pedido feito na execução penal. 
6. Carta Testemunhal
- Requisitos Objetivos:
a) Cabimento
b) Adequação
c) Tempestividade
d) Preparo
a) Cabimento: Impugnar a decisão que denegou o prosseguimento a recurso em sentido estrito ou agravo em execução, ou obstaculizou sua subida. 
b)Adequação: Esse recurso é interposto por petição. 
c)Tempestividade: O para para interpor esse recurso é de 2 dias. 
d) Preparo: Esse recurso não se exige preparo. 
 
- Requisitos Subjetivos: 
a) Legitimidade: a legitimidade está vinculada àquela necessária para interposição do recurso originário a que foi denegado o prosseguimento. 
b)Interesse: Gravame pelo não prosseguimentodo recurso. 
_____________________________________________________________________________________________
 
 Tribunal do Júri
*Competência do Tribunal do Júri 
É de competência do Tribunal do Júri julgar crimes dolosos contra a vida. 
Compete ao Tribunal do Júri o julgamentos dos crimes de: 
1. Homicídio Simples e Qualificado
2. Induzir, Instigar ou Auxiliar alguém a se suicidar, Infanticídio
3. Aborto provocado pela gestante ou com o seu consentimento
4. Aborto provocado por terceiro ou sem o consentimento da gestante 
5. Se em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofrer lesão corporal GRAVE.
OBS: A competência para julgar será do Tribunal do Júri independentemente dos crimes terem sido consumados ou tentados
OBS: Essa competência originária não impede que o Tribunal do Júri julgue esses delitos ou qualquer outro (tráfico de drogas, porte ilegal de arma, roubo, latrocínio etc.), desde que seja CONEXO com um crime doloso contra a vida. 
EX: Se o crime de roubo for praticado em conexão com um crime de aborto, a competência para julgar o crime de roubo também será do Tribunal do Júri, uma vez que o mesmo foi praticado em conexão com um crime doloso contra a vida. 
*Etapas do Tribunal do Júri
O procedimento do Tribunal do Júri é BIFÁSICO, isto é, dividido em duas fases. A primeira fase é a de Instrução Preliminar e a segunda fase é o Julgamento em Plenário.
a) A primeira fase (Instrução Preliminar) se inicia com a Denúncia ou queixa subsidiária e vai atá a Decisão de PRONÚNCIA (que é irrecorrível). 
b) A segunda fase (Julgamento em Plenário) se inicia com a confirmação da pronúncia e vai até a decisão proferida em plenário pelo Tribunal do Júri.
 
 1___________2_________3__________4___________5___________6__________7
 | | | | | | |
 Denúncia Defesa Vista Audiência Decisão Arrolar Plenário
 ou queixa escrita ao MP de instrução do Juiz testemunhas
 subsidiária e julgamento
1. Denúncia ou queixa subsidiária: O Ministério Público poderá oferecer a denúncia no prazo legal de 5 dias, se o imputado estiver preso, ou de 15 dias se estiver em liberdade. 
OBS: Caso o prazo legal seja ultrapassado e o Ministério Público não ofereça a denúncia , nada impede que a vítima (em caso de tentativa, é claro), ou seu ascendente, descendente, cônjuge ou irmão, possa ajuizar a queixa subsidiária. 
 Formulada a denúncia ou queixa subsidiária, o juiz irá recebê-la ou rejeitá-la (nos casos do art. Recebendo a denúncia ou queixa subsidiária, o juiz citará o acusado para oferecer defesa escrita.
2. Defesa escrita: A defesa escrita deve ser oferecida no prazo de 10 dias, onde o acusado já deverá arrolar suas testemunhas (8 testemunhas por réu).
3. Vista ao MP: Feita a defesa escrita, será dada vista ao Ministério Público para manifestar-se sobre eventuais exceções e preliminares alegadas pela defesa, bem como tomar conhecimento de documentos e demais provas juntadas.
4. Audiência de instrução: A audiência de instrução é destinada a oitiva da vítima (se possível, é claro), a oitiva das testemunhas arroladas pela acusação e, após, pela defesa, bem como produzir as demais provas postuladas pelas partes. Nesta etapa também serão ouvidos os peritos.
Após a oitiva do(s) perito(s), serão feitas as eventuais acareações.]
Encerrando a instrução, é feito o interrogatório do(s) réu(s), constituindo, verdadeiramente, o direito à última palavra. 
5. Decisão: A decisão será proferida pelo juiz na própria audiência de instrução ou no prazo de até 10 dias. 
- Ao final do Tribunal do Júrio, o juiz poderá proferir 4 possíveis decisão. São elas:
1. Pronúncia: Quando o juiz se convencer da materialidade e de que existem indícios suficientes que comprovem a autoria ou participação. 
 - Pronúncia Imprópria: É quando o juiz pronuncia o réu pelo crime, mas “impronuncia” pela qualificadora.
 O juiz reconhece o crime, contudo afasta a sua qualificadora.
2. Impronúncia: O juiz não se convence da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes que comprovem a autoria ou de participação. Está é uma decisão terminativa que encerra o processo sem julgamento de mérito.
 -Despronúncia: É uma decisão tomada pelo tribunal que, ao julgar o recurso interposto contra uma decisão de pronúncia, dá provimento para impronunciar o réu. 
OBS: Seria uma desconstituição da decisão de pronúncia. 
3. Absolvição Sumária: É uma verdadeira sentença de mérito, que faz coisa julgada material. A absolvição sumária é impugnável por apelação.
4. Desclassificação: Desclassificar é dar ao fato uma definição jurídica diversa, podendo ocorrer na primeira fase ou em plenário. 
*Na primeira fase: 
- Desclassificação Própria: Quando o juiz dá uma definição jurídica diversa que exclui da competência do júri. O processo é redistribuído e o conexo vai junto. 
- Desclassificação Imprópria: O crime residual continua sendo de competência do júri, ele desclassifica mas pronuncia. O conexo segue o prevalente (ou seja, vai para o júri). 
 
*Desclassificação em Plenário: 
- Própria: Quando os jurados negam a tentativa ou negam o dolo (direto e eventual), afastando a competência do júri e cabendo ao juiz presidente proferir a decisão. O conexo segue o prevalente, sendo julgado pelo juiz presidente. 
 - Imprópria: Restrita aos casos de excesso culposo na excludente ou quando admitida a participação dolosamente distinta, entende-se que os jurados firmaram a competência e podem julgar o crime conexo. 
 6. Arrolar Testemunhas
7. Plenário
Na sessão de julgamento será feita a chamada dos 25 jurados, devendo comparecer no mínimo 15 jurados. Dos jurados presentes, serão sorteados 7 que irão compor o conselho de sentença. 
As partes podem fazer 3 recusas imotivadas e podem também fazer recusas motivadas, essas recusas não tem limite . 
Definidos os jurados, eles prestarão compromisso e receberão cópia da pronúncia e do relatório do processo.
 
*Estapas do Plenário:
• Instrução em plenário: Esta etapa é destinada a oitiva vítima, das testemunhas arroladas pela acusação e defesa, acareações, reconhecimentos de pessoas e coisas, leitura de peças e, finalmente, o interrogatório do réu em plenário ( o réu tem o direito de não comparecer)
 
• Debates: 1h30min para acusação, igual tempo para defesa.
OBS: Havendo mais de um acusado, aumenta-se em 1h o tempo de acusação e defesa. 
A réplica é feita em 1h e tréplica em igual tempo. 
OBS: Havendo mais de um acusado, duplica-se o tempo da réplica e tréplica (2h para cada uma)
Observações:
- É proibido a qualquer das partes fazer referência nos debates que digam respeito à decisão de pronúncia feita pelo juiz, ao uso de algemas, ao silêncio do acusado no interrogatório ou ausência de interrogatório por falta de requerimento. 
- Os documentos devem ser juntados com antecedência mínima de 3 dias úteis. Não se admite “surpresa”
_____________________________________________________________________________________________
Classificação dos Atos Jurisdicionais
São atos do Juiz:
* Despachos de mero expediente
 Sentença ( Condenatória, Absolutória ou Declaratória de extinção de punibilidade)
* Decisões Simples
 Decisões Interlocutórias 
 Mistas
As Decisões Interlocutórias que se subdividem em:
- Simples:Resolvem incidentes processuais ou questões atinentes à regularidade formal do processo que venham a surgir antes da sentença, sem acarretar qualquer extinção, seja do processo ou mesmo de qualquer fase procedimental.
 - Mistas
Podem ser terminativas e não terminativas: 
1. Terminativas: Põe fim ao processo ou ao procedimento sem julgamento do mérito: 
OBS: Não tem natureza de sentença.
2. Não Terminativas: Embora estas não acarretem no fim do processo, elas poem fim a uma etapa do procedimento.
OBS: O ÚNICO exemplo que existe é a decisão de PRONÚNCIA, que põe fim à uma etapa do procedimento. 
A decisão de pronuncia é oferecida no trinunal do juri.
_____________________________________________________________________________________________
 Comunicação do Atos Processuais 
Citação
- Espécies de Citação:
1) Citação Real: É aquela realizada na pessoa do réu.
A CITAÇÃO REAL é efetivada por meio de uma das seguintes formas:
a) Mandado 
Encontrando-se o réu dentro da jurisdição do Juiz que preside o processo criminal, a citação deverá ser por meio de MANDADO, cumprido por OFICIAL DE JUSTIÇA. 
OBS: A citação por mandado também é chamada de CITAÇÃO PESSOAL. 
Citação do réu preso: A citação do réu preso se dá na pessoa do réu, ou seja, o réu preso deve ser CITADO PESSOALMENTE, por meio mandado
Citação do funcionário público: Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por mandado. Mas exige a lei que o chefe da repartição onde o citando exerce suas funções seja notificado
Citação
- Espécies de Citação:
1) Citação Real: É aquela realizada na pessoa do réu.
A CITAÇÃO REAL é efetivada por meio de uma das seguintes formas:
a) Mandado 
Encontrando-se o réu dentro da jurisdição do Juiz que preside o processo criminal, a citação deverá ser por meio de MANDADO, cumprido por OFICIAL DE JUSTIÇA. 
OBS: A citação por mandado também é chamada de CITAÇÃO PESSOAL. 
Citação do réu preso: A citação do réu preso se dá na pessoa do réu, ou seja, o réu preso deve ser CITADO PESSOALMENTE, por meio mandado
Citação do funcionário público: Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por mandado. Mas exige a lei que o chefe da repartição onde o citando exerce suas funções seja notificado
- EXCEÇÕES: 
Caso o réu encontre-se no estrangeiro,em lugar conhecido ou em legação estrangeira deverá ser citado por CARTA ROGATÓRIA.
Se for militar deverá ser citado por intermédio do chefe do respectivo serviço.
b) Carta Precatória 
Destina-se ao réu que se encontra em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz que preside o processo criminal. 
c) Carta Rogatória
A citação por carta rogatória se dá em duas hipóteses:
I. Acusado que se encontra no estrangeiro, em lugar conhecido.
II. Citando que se encontra em legação estrangeira.
d) Ofício Requisitório
e) Mediante Carta de Ordem
É expedida por Órgão Jurisdicional de grau superior para outro de grau inferior, incorporando uma ordem.
2) Citação Ficta (ou presumida): É aquela efetivada por meio de EDITAL publicado na imprensa, ou afixado no átrio ou na porta do Fórum e, também, nas hipóteses de citação por HORA CERTA.
a) Citação por Edital
Consiste o edital em similar do mandado de citação, apenas publicado na imprensa oficial ou afixado em locais específicos junto ao edifício do Fórum.
- Hipóteses de Citação por Edital:
1. Em casos em que o citado (réu) não tenha sido localizado, e todas as tentativas possíveis de localizá-lo tenham sido esgotadas. 
2. Em casos que o citado (réu) encontre-se no ESTRANGEIRO, em lugar NÃO CONHECIDO.
b) Citação por hora certa 
Essa espécie de citação ocorre quando o réu, presumidamente, se oculta para evitar a citação.
OBS: Se por 2 vezes o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, suspeitando de que ele está se ocultando, deverá intimar qualquer pessoa da família, ou, na falta, qualquer vizinho de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, em hora determinada. 
Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
- EXCEÇÕES: 
- Caso o réu encontre-se no estrangeiro,em lugar conhecido ou em legação estrangeira deverá ser citado por CARTA ROGATÓRIA.
- Se for militar deverá ser citado por intermédio do chefe do respectivo serviço.
b) Carta Precatória 
Destina-se ao réu que se encontra em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz que preside o processo criminal. 
c) Carta Rogatória
A citação por carta rogatória se dá em duas hipóteses:
I. Acusado que se encontra no estrangeiro, em lugar conhecido.
II. Citando que se encontra em legação estrangeira.
d) Ofício Requisitório
e) Mediante Carta de Ordem
É expedida por Órgão Jurisdicional de grau superior para outro de grau inferior, incorporando uma ordem.
2) Citação Ficta (ou presumida): É aquela efetivada por meio de EDITAL publicado na imprensa, ou afixado no átrio ou na porta do Fórum e, também, nas hipóteses de citação por HORA CERTA.
a) Citação por Edital
Consiste o edital em similar do mandado de citação, apenas publicado na imprensa oficial ou afixado em locais específicos junto ao edifício do Fórum.
- Hipóteses de Citação por Edital:
1. Em casos em que o citado (réu) não tenha sido localizado, e todas as tentativas possíveis de localizá-lo tenham sido esgotadas. 
2. Em casos que o citado (réu) encontre-se no ESTRANGEIRO, em lugar NÃO CONHECIDO.
b) Citação por hora certa 
Essa espécie de citação ocorre quando o réu, presumidamente, se oculta para evitar a citação.
OBS: Se por 2 vezes o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, suspeitando de que ele está se ocultando, deverá intimar qualquer pessoa da família, ou, na falta, qualquer vizinho de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, em hora determinada. 
Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.

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