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CADEIAS eB�k MUSCULARES Janaina Cintas Escritora, Bicampeã mundial de BMX e Fisioterapeuta Graduada pela Universidade da Cidade de São Paulo. Ex-monitora no terceiro e quarto ano da Professora e Doutora da USP, Elisabete Alves Gonçalves Ferreira. Posteriormente se aperfeiçoou em Gerontologia na Pós-graduação da Universidade Federal do Estado de São Paulo. Subsequentemente se especializou em Cadeias Fisiológicas do Método Busquet, Reeducação Postural Global (RPG) de Philippe Souchard e Pilates. Trabalhou como Fisioterapeuta no Hospital Albert Einstein, foi sócia fundadora da clínica JC Pilates por 10 anos e recentemente cursou Pilates Aéreo pela Escola Internacional de Madrid, Espanha. E integrou a equipe de Pilates Aéreo de Madrid, como professora titular durante 1 ano. Janaína é autora do Livro " Cadeias Musculares do Tronco", lançado em 2015 em Madrid, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém. Atualmente ministra cursos e palestras sobre a Fisioterapia, faz parte do Grupo Voll Pilates e tem interesse de Pesquisa nos temas Saúde, Postura e Ensino. O que são as Cadeias Musculares? Segundo Madame Meziérès as cadeias musculares é o conjunto de músculos pluriarticulares de mesmo sentido e direção que se comportam como se fossem um único só músculo, e se recobrem como se fossem telhas de um telhado. Já a Madame Godeliève Denys Struyf acreditava que o indivíduo se estrutura sobre a sua história de vida. E as Cadeias Musculares irão se moldar ao indivíduo de acordo com suas necessidades de expressão corporal. Segundo Léopold Busquet as Cadeias Musculares são circuitos anatômicos que circulam o corpo através das forças organizadoras. Tom Mayers descreve como trilhos anatômicos. “O termo "fáscia" representa o tecido conjuntivo membranoso, um verdadeiro esqueleto �broso que inclui o tecido muscular e funciona como peça única”. Marcel Bienfait A fáscia e uma estrutura passiva que transmite tensões mecânicas geradas pela atividade muscular e uma de suas funções é diminuir o atrito entre músculos, vasos, tendões, nervos e ossos. Além disso, a fáscia é a única que recobre todo o corpo e econômica, pois requer baixo custo energético para sua manutenção. Foi a descoberta da fáscia que permitiu essa visão de totalidade e globalidade corporal que temos hoje em dia, onde estão baseadas as técnicas e métodos que discutiremos adiante. O tecido conjuntivo é formado, logicamente por células conjuntivas, os blastos. Segundo Marcel Bienfait (1995), os blastos em sua �siologia produzem a secreção de duas proteínas de constituição: o colágeno e a elastina. O papel da fáscia nas Cadeias Musculares Como em todas as proteínas as duas se renovam, o colágeno é uma proteína de curta duração, enquanto a elastina é a proteína de longa duração. O colágeno sendo uma proteína de curta duração se renova durante toda a vida, e é nela que conseguiremos atuar com efetividade, porque o que estimula a produção de colágeno é o tensionamento do tecido, e de acordo com o estímulo, ou seja, a forma do tensionamento, o resultado da secreção é uma. Se o tecido suporta tensões curtas e repetidas observamos o conjuntivo se alongar (músculos sadios), pois já sabemos que os músculos tônicos devem trabalhar em rajadas, somente para reequilibrar o conjunto corporal. Contrai-se, reequilibra, e logo em seguida relaxa. Em contrapartida se houver algum desarranjo biomecânico que esteja contribuindo para possíveis compensações, forçando outros músculos cumprirem as funções desses músculos que não se relaxam, os músculos necessitam assim realizar uma contração longa, sem o relaxamento. Em sequência o tecido se tornará mais denso, e perderá sua elasticidade. Pesquisas recentes apontam para uma nova propriedade da fáscia que é a de se contrair sozinha, sem ação muscular. O terapeuta Robert Schliep, licenciado em psicologia, juntou-se ao neuro�siologista Heike Jaeger e desde 2003 na Universidade de Ulm montaram um laboratório de estudo fascial, onde descobriram que o estresse pode contrair a fáscia sem os músculos, e estudam ainda a possibilidade da fáscia possuir seus próprios receptores. Novas descobertas sobre a fáscia, parte do tecido mais abundante e menos conhecido do corpo humano. Dr Robert Schleip, PhD em biologia humana e de anatomia da fáscia. Ele é certi�cado em Rol�ng® desde 1978. Além do seu trabalho clínico como rol�sta e dos cursos que ministra, ele dirige o Projeto de Pesquisa da Fáscia na Universidade de Ulm, na Alemanha, a mais avançada neste assunto atualmente (www.fasciaresearch.de). Ele recebeu um prêmio por seu trabalho em Medicina Musculoesquelética que relaciona a fáscia ao tecido que recobre todo o corpo humano, além das estruturas musculoesqueléticas, a fáscia se engendra por todo sistema visceral, ligando diretamente a fáscia aos tecidos viscerais, nervosos e musculoesqueléticos gerando assim, o sistema de tensigridade corporal. Tensigridade corporal e o termo que designa a explicar que qualquer força externa que atue sobre o corpo, sendo este um sistema único de tensão pode alterar, como uma rede única de tensão, qualquer estrutura corporal como se fosse uma rede mesmo à distância. E a fáscia que permite a continuidade de forças existentes nas Cadeias Musculares. que regem o Corpo Leis Mecânicas Necessitamos ver o paciente através de seu corpo �siológico ou adoecido, descobrindo o que ele acoberta e quais compensações esconde, e isso só será possível através de muita dedicação e de estudos. A anatomia humana é a parte da biologia voltada para o estudo da forma e estrutura do organismo humano, tornando-se a disciplina base para os cursos da área da saúde, contendo muitas vezes sua história confundida com o próprio surgimento da medicina. A Biomecânica é um estudo de forças que atuam pelo corpo humano, e ela pode ser considerada como uma parte inerente à �sioterapia, pois todo movimento é um efeito mecânico (físico) e sempre que uma força diretamente ou indiretamente atua sobre o corpo humano, esses princípios físicos estarão envolvidos. Logo, este estudo é fundamental para a compreensão de situações estáticas e dinâmicas do movimento corporal, seja ele patológico ou são. Por razões didáticas, primeiro discutiremos a anatomia e biomecânica, ao contrário de muitos pro�ssionais preferem estudar protocolos de atendimentos prontos, e aqui quero convencê-los a serem críticos, a terem boas bases de discussão e análise diante de um caso. Para tanto não é possível negligenciarmos a anatomia e a biomecânica. Costumo dizer que a �sioterapia é feita de detalhes, e a resposta para o caso do seu paciente com certeza estará no anatômico e/ou biomecânico. É necessário que se compreenda todas soluções engenhosas adotadas pela biomecânica para que o nosso corpo obedeça a três leis responsáveis pelos esquemas de comprometimentos funcionais de um organismo: Lei do Equilíbrio: Em nossa �siologia, o equilíbrio corporal, em toda sua dimensão corporal (parietal, visceral, hemodinâmica e neurológico) e é sempre prioridade e as soluções encontradas que são sempre econômicas. Lei do Conforto: O funcionamento de um corpo são, �siológico é sempre confortável, já o comportamento de um corpo não �siológico, estará sempre em busca da conservação do equilíbrio, tendo como prioridade a ausência de dor. Lei da Economia: Esse corpo fará tudo para não sofrer, mesmo que esse esquema adaptativo comprometa a nossa mobilidade, levando a um desgaste excessivo de energia, e deformações corporais posteriormente. Portanto, nosso corpo obedecera essas três leis, deve ser confortável, sem dor, equilibrado e de uma maneira econômica. Entendendo essas três leis, �ca lógico os esquemas de comprometimentos funcionais de um organismo, e principalmente nos atentarmos para aretroalimentação desses fundamentos. Não podemos falar em Cadeias Musculares sem antes citarmos o médico americano Andrew Taylor Still, o criador da Osteopatia, método que quando foi criado era somente destinado a médicos. E era considerado pratica da medicina alternativa que (dois pontos) abordava, manipulava, e mobilizava os tecidos moles. Acreditando que assim o corpo se curaria sozinho, buscando sua homeostasia. Still acreditava que todos os sistemas estavam interligados, e sendo assim, a doença de um sistema afetaria todos os demais. Durante a segunda guerra Mundial, Still, começa a estudar profundamente a anatomia e a �siologia humana, após perder vários pacientes durante uma epidemia de meningite em 1864, incluindo três de seus �lhos. O que lhe chamou muita atenção e que a grande maioria de seus pacientes se queixavam de fortes dores torácicas antes de morrer. Mais tarde recebeu em seu consultório ao atender um paciente já desenganado por vários médicos com disenteria hemorrágica. Num insight brilhante que só os gênios possuem, observou em sua palpação que o abdômen de seu paciente estava extremamente gelado, enquanto sua lombar demasiadamente quente, resolveu então imobilizar a coluna de seu paciente, e dias depois seu paciente estaria curado. Still, então realizou sua primeira interligação visceral ao sistema musculoesquelético, sendo esta ligação entre a coluna lombar e o intestino, nascendo assim, a Osteopatia. Andrew Taylor Still morreu em 1917 deixando sua própria escola a American School os Osteopathy, hoje em dia, ainda existem a Escuela Osteopatica de Madrid, Aa British School of Osteopathy, a Escola de Sutherland (considerado o pai da Osteopatia Craniana), e o Barral Institute (manipulação visceral). Origem das Cadeias Musculares 1- A estrutura determina a função- sendo estruturas as diferentes partes do corpo (ossos, pele e glândulas) e a função a atividade de cada uma dessas partes (respiratória, cardíaca digestória) para Still se a estrutura está em harmonia não pode haver doença, mesmo à distância, um problema na estrutura da pele pode gerar um distúrbio na função a distância, como por exemplo no sistema musculoesquelético. 2- A unidade do corpo- homeostasia, capacidade do corpo se autorregular se mexermos na função. 3- Auto cura- Se os canais nervosos, linfáticos, vasculares, nutrição celular e eliminação de dejetos estiverem funcionando bem não há porque haver doença. 4- Regra da artéria absoluta- se as artérias funcionarem bem o sistema venoso será rápido não acumulando assim toxinas. Obs. Lembrando que em 1864, era somente pratica médica. Princípios da Osteopatia Origem das Manipulações Não se sabe exatamente quando as manipulações começaram a ser utilizadas, porem há registros de que Hipócrates já as utilizava nos anos de 1960-1980 antes de Cristo, pois foram encontrados manuscritos dele com desenhos de maquinas de tração e manipulações de tecidos moles, manuscritos esses encontrados na época do Renascentismo, portanto Hipócrates deveria ser considerado o pai da �sioterapia e não da Medicina, controvérsias a parte, como vemos as manipulações surgiram antes da vinda e Cristo. Madame Meziérès nasceu em 1909 em Hanoi, e em 1937 formou-se em �sioterapia pela Escolei Francoise d Ortopedie, ensinou seu método a mais de 1500 �sioterapeutas, o Método das Cadeias Musculares foi lançado em um postulado em 1947. Madame Meziérès era pura prática e tinha dons de observação fora da curva habitual, por isso encontramos pouca literatura e escritos autorais da mesma. Seu método nasceu durante um atendimento, onde ela estava tratando de uma paciente hiper cifotica, ao retirar o colete de estabilização dessa paciente e tentou mobilizar sua cifose em decúbito dorsal, notou que ao posicionar melhor sua torácica a maca, sua lombar realizou uma ante versão, solicitou então uma retroversão ativa pela paciente, que ao realiza-la gerou uma hiperextensão cervical, solicitou então uma crescimento axial ativo de sua paciente, o que a levou a um bloqueio respiratório, nesse momento um universo se abriu na mente de Madame Meziérès, possibilitando que ela chegasse as seguintes conclusões. Meziérès concluiu então que a sua paciente possuía tal rigidez muscular, que seus segmentos haviam perdido a autonomia individual a ponto de que quando fosse solicitado uma correção local de cada segmento individualmente, pra essa paciente era impossível sem o comprometimento de todo o sistema. As Cadeias Musculares de Madame Françoise Meziérès Meziérès então descreveu seis leis a partir de suas observações: 1- Só existem lordoses, logo o credito de alongamento ganho nessa cadeia seria enganoso, pois seria retirado de alguma extremidade de sua cadeia muscular. 2- A cadeia muscular posterior comporta-se como um único musculo, o que ordena os demais a seguirem seus mandatos. 3- Essa musculatura da Cadeia Muscular Posterior e sempre forte demais, potente demais e curta demais, pois está sempre em contração contra a gravidade. A Cadeia Muscular Posterior funcionalmente e estática (tônica) e de controle neural inconsciente, feita para a sustentação gravitacional. 4- O tratamento dessa Cadeia Muscular só e possível se contermos todas as compensações 5- Essa Cadeia Muscular Posterior deve aceitar uma postura excêntrica 6- E quando contida todas compensações essa demanda de esforço muscular gera o bloqueio respiratório. O tratamento proposto por Madame Meziérès e soltar a Cadeia Muscular Posterior para liberta-la de seu arco côncavo. Além disso, Meziérès notou o desequilíbrio de tensão entre os rotadores externos e internos, logo suas posturas de tratamento sempre evidenciam o alongamento dos rotadores internos, o potente musculo Psoas. As Cadeias Musculares de Madame Meziérès 1- Cadeia Posterior- todos os músculos posteriores 2- Cadeia Braquial- músculos anteriores dos braços, antebraços e mãos 3- Cadeia Anterointerna- rotadores internos dos membros inferiores, musculo diafragma e iliopsoas. 4- Cadeia Anterior Cervical- escalenos, peitoral menor, intercostais e diafragma. Muitas dessas observações de Madame Meziérès caíram por terra, porem ela nos deixou um grande legado para que o estudo das Cadeias Musculares prosseguisse, formou alunos como, Léopold Busquet, Marcel Bienfait, Phillipe Souchard, Madame Therésè Bertherat, totalizando mais de 1500 pro�ssionais formados pelo seu método. Foi a grande responsável pela descoberta da interligação do Psoas com a respiração, por ter seus pilares inseridos em L1-L2, e em alguns casos, podendo chegar a L3. Costumo dizer em meus cursos de formação quando não tiver ideia do que fazer com seu paciente libere seu diafragma. Frente Costas Grande estudioso da postura estática e defendia que as posturas de Madame Meziérès eram fantásticas, mas que a reeducação postural estática não poderia ser negligenciada, porque as deformações começavam nos músculos ou numa disfunção articular. Também defendia que diferenciamos as deformidades das retrações através de um simples exame, as retrações desaparecem quando o paciente encontra-se em decúbito dorsal, já as deformidades não. Além de que a terapia manual tem seus limites, pois diante de uma deformidade nada podemos fazer. Seu trabalho baseava-se nas retrações musculo-apo neuróticas quando não em �xação, defendia que os encurtamentos ou retrações eram possíveis de serem revertidos com suas manobras. Suas manobras baseavam-se de relaxamento após tensionamento, deslizamento das mio�brilas de actina sobre os sarcômeros, a suas manobras deu o nome de pompagens. E essas manobras deveriam ser realizadas sem dor, no relaxamento, e conhecido como o pai das pompagens, que são utilizadas até hoje, e desenvolveu pompagens especi�cas para cada musculo corporal 1995. Além dissodesenvolveu um trabalho postural preparatório e progressivo para só depois posturar nas posturas de Madame Meziérès, desenvolvendo algumas leis. Marcel Bienfait Leis de Bienfait 1- Para corrigir as deformidades era preciso evitar as compensações 2- Compensação �xada era preciso corrigi-la antes da deformidade para só depois posturar 3- Para corrigir as deformidades era preciso abrir as concavidades, ou seja, alongar o que está curto. Seu atendimento era baseado em um postulado desenvolvido por ele mesmo. Postulados de Bienfait 1- Contato com o paciente- praticado através da preparação em pompage global e pompage sacral 2- Exame dos apoios em decúbito dorsal- as compensações encontradas em pé desapareceriam quando em decúbito dorsal, permanecendo somente as deformidades, além da conscientização do paciente no início e no �nal da sessão. 3- Educação Respiratória- solicitava que a respiração do paciente fosse feita em 5 fases. Uma expiração relaxante e prolongada sem ação dos músculos abdominais. 4- Posturas de alongamento- alongamentos simples realizados em cadeia cinética fechada. 5- Aquisição e trabalho em postura- nesta fase eliminava todas as compensações, pois pra ele não era possível corrigir deformidades com compensações. 6- Trabalho sobre os pés- defendia que a correção dos pés em postura era impossível, desenvolveu pompagens especi�cas para os pés. Após feitas todas correções das retrações e compensações através da construção do trabalho citado acima posturava nas Cadeias Musculares de Madame Meziérès. Marcel Bienfait foi o primeiro na história a citar o trabalho em relaxamento e não em alongamento, tema tão polêmico atualmente. Talvez a mais �el seguidora de Madame Meziérès, mudou-se para Paris após a morte trágica de seu marido, um psicanalista que foi morto por seu paciente em surto, onde entrou em contato com a Senhora Ehrenfried, uma médica alemã refugiada do nazismo, que realizava uma certa ginástica. Ginástica esta que trabalhava primeiro o hemicorpo bom dos seus alunos, pois acreditava que o hemicorpo doente sucumbiria à perfeição do lado bom e tornar-se-ia disponível ao ensino. Realizava movimentos suaves e precisos que ajudavam a soltar os músculos. Senhora Ehrenfried não tocava em seus alunos, pois não queria impor uma força externa exercida por suas mãos da qual o corpo de seus alunos não fosse capaz de identi�car. Também não realizava os exercícios, pois não queria imitações de movimentos, queria que seus alunos chegassem por si mesmos a descoberta sensorial de seu próprio corpo, descoberta essa que e individual e única. Madame Thérèse Bertherat Madame Bertherat completamente encantada com o trabalho muscular desenvolvido por senhora Ehrenfried resolveu formar-se em �sioterapia. Já ao �nal de sua formação decepcionada com os métodos �sioterápicos utilizados na época, que não passavam de mesas de tração, fornos de bier, roda de ombros, dentre outros, foi apresentada ao método de Madame Meziérès, de quem foi aluna e apaixonada por seu trabalho. Mais tarde, fundindo os dois métodos, desenvolveu seu próprio método concebido com o nome de Preliminares ou anti-ginastica, pra mim a escolha do nome do método foi pouco feliz. O que incapacitou a explosão do método por todo o mundo, método esse que e sensacional, pois já naquela época, pós guerra, alguém que pensasse e induzisse seu aluno a sua descoberta sensorial era simplesmente genial. Madame Bertherat trabalhava em suas sessões com essa ginastica que conheceu com senhora Ehrenfried, com o objetivo de que seus alunos primeiro �zessem sua descoberta sensorial e os músculos doentes, sucumbissem ao lado são, e depois dos alunos conscientes de suas tensões e com os músculos relaxados posturava seus alunos nas Cadeias Musculares de Madame Mezérès. Fisioterapeuta e osteopata, a primeira não francesa dessa sequência de alunos de Madame Meziérès. Nasceu no Congo, de família belga e aos 16 anos mudou-se pra Bruxelas, para aproveitar seus dons de retratista nata, matriculou-se na Escola de Belas Artes de Bruxelas. Madame Godelieve Denys Struyf dizia que um bom �sioterapeuta deveria aprender a ver. Foi a primeira que trouxe para as suas Cadeias Musculares questões articulares, de pele e psicossomáticas. Madame Godelieve acreditava que a atitude postural e a forma do corpo derivam desde a genética até o psiquismo e comportamento, para ela os indivíduos eram amalgamas de tipologia basal (genética, hereditário e racial) com uma tipologia adquirida (cultural, familiar, pro�ssional e social). Acreditava que o psiquismo deixa seu sinal num simples gesto, nascendo assim a forma corporal, e por conseguinte, marcas no corpo, dizia ainda que, problemas posturais podem não se iniciar nos músculos, mas na totalidade psicomotora e a vivencia individual. A partir daí, desenvolveu um conjunto de posturas designativas de Estados psicofísicos, personalísticos especí�cos e idiossincráticos. Madame Godelieve Denys Struyf (1960-1970) - Cadeias Musculares de Madame Godelieve Denys Struyf 1- Cadeia Muscular AM (Antero mediana) - e composta pelo períneo, reto abdominal, peitoralmaior, triangular do esterno, esternocleidomastoideo, hioideos e músculos da estrutura bucal. São os músculos responsáveis pelo enrolamento do tronco, o indivíduo apresentara o corpo inclinado para trás, cabeça em protrusão com apoio nos calcanhares. As cadeias musculares de AM são responsáveis pelo bom posicionamento feito na ancoragem de T8. A Cadeia Muscular AM está ligada a afetividade, necessidade de ser amado, o indivíduo tem necessidade de toque essencial para a construção do Ego e da consciência corporal, comportar-se em AM e viver em espera, constrói suas decisões do futuro com base nas suas aquisições do passado e a busca pela mãe. 2- Cadeia Muscular PM (póstero mediana) - e formada pelos músculos paravertebrais do segmento lombar e dorsal, grande dorsal e ílio costal. A Cadeia Muscular PM termina nas estruturas aponeuroticas, que se estendem do occipto até a região orbicular. As Cadeias Musculares PM freiam a queda do corpo a frente, o equilíbrio encontrado empurra o corpo para a frente, os apoios podais encontram-se em antepe, em busca do centro gravitacional a coluna lombar aumenta sua lordose, cervical entrara em extensão a longo prazo, caso a questão do desequilíbrio das Cadeias Musculares não seja corrigido. A cadeia Muscular PM está associada a necessidade de ação e realização, levando o corpo em propulsão, estar em PM e sentir-se realizado, projetado para o futuro, são pessoas que aspiram o êxito, a superação, a competição. E a busca pela superação do pai, se o sucesso não for atingido o indivíduo se dispersa, desestabiliza-se, fragiliza-se �sicamente e se dilui psiquicamente. A proposta das Cadeias Musculares de Madame Godelieve e a de igualização de tensões, ou seja, nem AM pode estar perante PM, nem tão pouco PM poderá estar perante AM, em ambas situações o indivíduo estará em sofrimento. 3- Cadeias Musculares Posteroanteriores e Anteroposteriores- PA e AP As Cadeias Musculares de PA são compostas pelos músculos do autocrescimento da fase inspiratória da respiração e as Cadeias Musculares de AP são compostas pelos músculos pressores (diafragma) da fase expiratória da respiração. Essas cadeias não podem perder a sincronia, nem tão pouco a alternância �siológica. Atitude PA-AP representam fragilidade Atitude AP-PA representam energia A. No caso de PA agir isoladamente este individuo estará em rigidez psicocomportamental e muscular, e ao contrário, uma AP isolada o indivíduo estará sem energia, será alguém à deriva. O grupo dos sentinelas do eixo vertical são PA (músculos profundos da coluna vertebral posteriores) transversários profundos, intertransversários,interespinhosos, pequenos músculos occipito-atlas e axiais. Anteriores: pré-vertebrais, longo do pescoço, reto abdominal, pequeno reto abdominal. Eles são responsáveis pela extensão axial. B. O grupo dos músculos respiradores pressores, são PA-AP. São os músculos que participam diretamente da dinâmica respiratória, músculos que agem diretamente sob as diferenças de pressões entre as cavidades torácicas e abdominais: supracostais, in te rcos ta is ex te rnos , d ia f ragma, transverso do abdômen, intercostais internos (PA AP-AL), intercostais médios (PA AP-AL-AM). C. São os músculos reguladores do centro gravitacional, são essencialmente AP: esplênios, quadrado lombar (no plano frontal). Escalenos médios e posteriores, além do psoas (nos três planos). 4- Cadeias Musculares Anterolaterais- AL E a cadeia muscular que favorece a adução, �exão e rotação interna, tendo como modo relacional uma introversão. 5- Cadeia Muscular Posterolateral-PL Essa cadeia favorece a abdução, rotação externa e extensão, tendo como modo relacional a introversão. Como já dito, a proposta de Madame Godelieve em suas Cadeias Musculares é a equalização das tensões de todos os pares de Cadeias Musculares que agem em antagonismo, ou seja, um indivíduo pode ser, por exemplo uma Cadeia Muscular AM, PA-AP, Al este individuo estará totalmente fragilizado corporalmente por sua história de vida, ao contrário pode ser também uma Cadeia Muscular PM, AP-PA, Pl este individuo estará na rigidez corporal e psicológica. Nenhuma dessas combinações é saudável, as tensões devem estar equalizadas. É um método extremamente complexo e de grandes resultados, e para quem gostar dessa abordagem psicossomática, talvez sejam as Cadeias Musculares mais completas. Como já dito, a proposta de Madame Godelieve em suas Cadeias Musculares é a equalização das tensões de todos os pares de Cadeias Musculares que agem em antagonismo, ou seja, um indivíduo pode ser, por exemplo uma Cadeia Muscular AM, PA-AP, Al este individuo estará totalmente fragilizado corporalmente por sua história de vida, ao contrário pode ser também uma Cadeia Muscular PM, AP-PA, Pl este individuo estará na rigidez corporal e psicológica. Nenhuma dessas combinações é saudável, as tensões devem estar equalizadas. É um método extremamente complexo e de grandes resultados, e para quem gostar dessa abordagem psicossomática, talvez sejam as Cadeias Musculares mais completas. Mais um estudioso francês, aluno de Madame Meziérès, lecionou em sua escola por mais de dez anos. Suas Cadeias Musculares talvez sejam as mais �dedignas às Cadeias de Madame Meziérès, seu método chamado de Reeducação Postural Global (RPG) propõe um alongamento que deve ser feito a frio de forma excêntrica e global, mantido por um longo período e conduzido progressivamente ao avanço da amplitude articular, sem negligenciar as compensações, e nem tão pouco a respiração. Seu método é baseado em três pilares- individualidade, causalidade (causa e consequência) e globalidade. Phillipe Souchard em suas cadeias musculares acredita que os músculos tônicos da Cadeia Muscular Posterior se encurtam por quase nunca usar de sua potencialidade de contração-relaxamento, pois estão há todo tempo contra a gravidade. Sua proposta é alongar os músculos estáticos antigravitacionais, rotadores internos e inspiratórios, através da técnica de energia muscular que busca a fadiga do tecido conjuntivo muscular e fascial (colágeno), e buscam bases �siológicas na inibição reciproca. Souchard busca no princípio da �uagem a comprovação para seu método. Phi�ipe Souchard Cadeias Musculares da Reeducação Postural Global (RPG) 1- Cadeia Muscular Inspiratória 2- Cadeia Muscular Antero interna do ombro 3- Cadeia Muscular anterior dos membros superiores 4- Cadeia Muscular Lateral dos membros inferiores 5- Cadeia Muscular anteromedianado quadril 6- Cadeia Muscular mestra anterior 7- Cadeia Muscular mestra posterior Todas já descritas anteriormente nas Cadeias Musculares de Madame Meziérès. Já há algum tempo Souchard vem aprimorando suas Cadeias Musculares, mas sem nunca admitir o cruzamento das mesmas no corpo humano, nem tão pouco sua espiralação. Atualmente, inclui em seu tratamento, o equilíbrio das tensões cranianas e viscerais. Por ser um tratamento baseado na estática, suas Cadeias Musculares são pouco toleradas por crianças, idosos, pacientes �bromialgicos, esses últimos, por não tolerarem a técnica de energia muscular gerando mais tensão em seu sistema. Se ainda, lembrarmos das três leis que regem o corpo, equilíbrio, conforto e economia, suas cadeias musculares desobedecem esses princípios, uma vez que sua Cadeia Muscular Posterior estaria a todo momento contra a gravidade, e como sabemos, músculos são excelentes fontes de queimas calóricas, desperdiçando assim muita energia. Mais um francês discipulo de Madame Meziérès, seu centro encontra-se no sul da Franca, para Léopold Busquet as cadeias musculares são as grandes responsáveis para uma boa relação articular e o equilíbrio das tensões aplicadas a essas cadeias. Se modi�camos esses vetores de forças, o corpo é capaz de alterar todas suas forças estabilizadoras, gerando alterações nessas boas relações articulares, comprometendo sua amplitude de movimento e sua boa relação com a estática. O homem em bipedestação deve estar pronto para realizar as suas necessidades de vida diária, lutando sempre contra a gravidade. Os músculos permitem essa harmonia num corpo são, já uma satisfatória coordenação geral do corpo é permitido pelas fáscias. A fáscia envolve todas as estruturas conjuntivas super�cialmente através de suas várias rami�cações e engendra no plano profundo das estruturas até a membrana celular, sem perder sua continuidade, sendo a única e grande responsável pela ideia da globalidade corporal. Leopold Busquet Para Busquet as fáscias ligam as vísceras ao sistema musculoesquelético, e elas não permitem serem alongadas, mas sim relaxadas. Sendo assim uma disfunção músculo esquelética comprometerá alguma das funções viscerais, ou vice-versa, o que ele denomina da relação contentor (músculos, articulações e ossos) conteúdo (vísceras e tensões cranianas) trabalham a serviço da fáscia. Todo tratamento proposto através das Cadeias Fisiológicas de Léopold Busquet é realizado sobre o envoltório fascial. Os músculos são envolvidos por bainhas e para Busquet trabalham a serviço da fáscia. Todo tratamento proposto através das Cadeias Fisiológicas de Léopold Busquet é realizado sobre o envoltório fascial. As unidades funcionais: Busquet descreve que possuímos três unidades funcionais que devem ter o poder de autogerenciamento individual e são elas: Cabeça: protege o cérebro, e seguindo a proposta de Sutherland, possui seu próprio diafragma, o diafragma craniano, sendo o osso vômer, seu distribuidor de forças. Tórax: protege o pulmão, coração, fígado e rins, que são órgãos com ligação estrita ao músculo diafragma, tanto discutido por Mézières. A distribuição de tensão é realizada pelo apêndice xifoide. Pelve: protege os órgãos genitais e possui o diafragma pelviano, sendo pelo cóccix que as forças se distribuem. A principal função desses três diafragmas é permitir a sincronicidade do ritmo de seus movimentos, harmonizando as três esferas corporais em um corpo são, mas principalmente a capacidade de se auto gerir, caso um dos diafragmas apresente seu ritmo bloqueado por alguma tensão. Esse autogerenciamento das esferas permite que o corpo continue funcionando, mesmo que precariamente, e que um dos diafragmas apresente alguma alteração. As cadeias Musculares de Léopold Busquet: Cadeias Musculares da unidade Tronco: 1- Cadeia de Flexão: são divididas em duas, direita e esquerda. É formadapelos Intercostais médios, reto abdominal e músculos do períneo. Sua ligação com a cintura escapular é dada pelos seguintes músculos: transverso do tórax, peitoral menor e trapézio inferior. Já sua ligação com o membro superior é dada pelo Peitoral maior e rombóide Maior. E a cadeia responsável pelo enrolamento do tronco. 2- Cadeia de Extensão: também divididas em direita e esquerda. É constituída no plano profundo pelo: transverso espinhoso, supracostal, espinhais, grande dorsal, iliocostal e quadrado lombar. No plano médio, pelo Serrátil posterior superior e inferior. Sua ligação com a cintura escapular se faz através do trapézio Inferior, e com o membro superior através do redondo maior. Essa cadeia muscular e reponsavel pela extensão do tronco. Essas duas cadeias retas do tronco são responsáveis pela �exão e extensão do tronco. A cadeia de �exão executa o movimento e a cadeia de extensão o equilibra modulando os movimentos da cadeia de �exão em excentricidade. As duas cadeias se ligam através do sacro. Caso a cadeia de �exão esteja encurtada ou tensionada, a postura adotada pelo individuo será a de enrolamento. Ao contrário, se a cadeia de extensão estiver sob tensão favorecerá a uma postura em extensão. Caso as duas estejam comprometidas ocorrerá um aumento nas curvaturas lombares e cervicais, pelo achatamento gerado por essas duas cadeias. A ação da cadeia de �exão direita e da cadeia muscular de extensão direita em conjunto, geram a inclinação do tronco a direita. Já as duas cadeias de extensão esquerda em conjunto, geram a inclinação do tronco a esquerda. 3- Cadeia Estática Posterior: é única e segundo Busquet, nosso equilíbrio estático é baseado em um desequilíbrio anterior, basta observar que a linha gravitacional passa a frente dos maléolos e da cabeça, logo �ca fácil chegarmos a conclusão do porquê dos músculos posteriores estarem sempre em tensão, com esse excesso de trabalho. Partindo dessa observação, Busquet foi buscar na anatomia a resposta para esse desperdício de energia corporal, desobedecendo assim, as leis do conforto e economia. Percebeu então a genialidade da engenharia corporal se deparou e se atentou de que os músculos posteriores são músculos formados de muita aponeurose fascial, criando assim a Cadeia Estática Posterior. Entendendo que esse desequilíbrio anterior é suportado pelas potentes fáscias posteriores, junto com as aponeuroses dorsal e lombar, sem desrespeitar a lei da economia corporal. Para Leopold Busquet, uma estática equilibrada depende de quatro fatores: o esqueleto, as fáscias (sobretudo a cadeia fascial posterior), a pressão intratorácica e a pressão intra-abdominal. Busquet coloca os músculos em segundo plano, os quais citamos anteriormente, que são trabalhadores sob o comando de outras estruturas. Como por exemplo, as pressões internas (PIA). As Cadeias Musculares Cruzadas estão ligadas a dinâmica do tronco nos três planos: torção, �exão e rotação. 1- As Cadeias Cruzadas Anteriores. São compostas pelos músculos oblíquo menor esquerdo, intercostais internos esquerdo, oblíquo maior direito, intercostais esternos direitos, serrátil anterior direito, romboide direito, peitoral maior direito, redondo maior direito. Existem duas cadeias cruzadas anteriores: a direita que liga a hemipelve direita ao tórax esquerdo e a cadeia cruzada anterior esquerda ligando a hemipelve esquerda ao tórax direito. A cadeia cruzada anterior direita leva o ombro esquerdo e a hemipelve direita em aproximação. Já a cadeia cruzada anterior esquerda leva o ombro direito e a hemipelve esquerda em aproximação. 5 - Cadeias Cruzadas Posteriores: Formam-se pelos seguintes músculos: quadrado lombar esquerdo, �bras iliolombares esquerda, feixe iliolombar esquerdo, massa comum, quadrado lombar direito, �bras costolombares direita, serrátil póstero-inferior direito, intercostais correspondentes. Sua ligação com a cintura escapular se faz através do trapézio inferior direito à escápula, peitoral menor direito à escápula, transverso do tórax direito ao esterno, grande dorsal e peitoral maior ao úmero. Também são duas as cadeias cruzadas posteriores: a direita, ligando a hemipelve direita posteriormente ao tórax esquerdo e a esquerda que liga a hemipelve esquerda ao tórax direito. São responsáveis por levar a hemipelve e o ombro ao encontro posteriormente. O ponto de torção se dá na altura do umbigo das cadeias cruzadas anteriores e em L3 se tratando das cadeias cruzadas posteriores. As Cadeias Cruzadas Posteriores possuem continuidade com as cadeias cruzadas anteriores e vice- versa. Ou seja, a cadeia cruzada anterior esquerda tem continuidade com a cadeia cruzada posterior esquerda. A ação conjunta dessas duas cadeias gera a translação do tronco a esquerda. O hemicorpo direito também respeita essa continuidade, sendo que a cadeia cruzada anterior direita segue até a cadeia cruzada posterior direita. Em sua ação conjunta, as duas cadeias produzem a translação do tronco a direita. Já a cadeia cruzada anterior direita e a cadeia cruzada posterior esquerda, em conjunto, geram a rotação do tronco a direita e a cadeia cruzada anterior esquerda a cadeia cruzada posterior direita juntas realizam a rotação do tronco a esquerda. As Cadeias Musculares Cruzadas de Flexão do Tronco são também chamadas de cadeias de fechamento e as cadeias Cruzadas de extensão do tronco são também reconhecidas como cadeias de abertura. As cadeias musculares de Léopold Busquet seguem pelo tronco em seu caminho de forca e seguem como cadeia de �exão do tronco se inserindo na cavidade bucal, já a de extensão segue seu trajeto se inserindo na cavidade orbicular. As Cadeias Musculares Cruzadas Flexoras do Tronco cruzam na unidade pescoço e a cadeia cruzada �exora direita na unidade tronco torna-se a cadeia cruzada de extensão esquerda na unidade pescoço. A cadeia cruzada de �exão esquerda na unidade tronco cruza na altura da unidade pescoço e torna-se a cadeia cruzada de extensão direita, a cadeia de extensão cruzada extensora direita na unidade tronco torna-se a cadeia de �exão cruzada esquerda na unidade pescoço e a cadeia cruzada de extensão esquerda na unidade tronco também cruzar-se-á tornando-se a cadeia de �exão cruzada a direita na unidade pescoço. O ponto de referência para direita e esquerda também muda e passa a ser o ombro. Cadeias Musculares da Unidade Pescoço Logo as Cadeias de Flexão direita e esquerda jutas são responsáveis pela �exão do pescoço, as cadeias direita e esquerda de extensão do pescoço são responsáveis pela extensão do pescoço. As cadeias de �exão e extensão a direita são responsáveis pela inclinação do pescoço a direita, e em contrapartida as cadeias de �exão e extensão a esquerda são as responsáveis pela inclinação do pescoço a esquerda. A cadeia de �exão cruzada direita e a cadeia cruzada de extensão a direita são responsáveis pela translação do pescoço a direita, as mesmas cadeias cruzadas a esquerda são responsáveis pela translação do pescoço a esquerda. Já a cadeia cruzada de �exão a direita e a cadeia cruzada de extensão esquerda são responsáveis pela rotação do pescoço a direita e a cadeia cruzada de �exão esquerda e a cadeia cruzada de extensão a direita realizam o movimento de rotação do pescoço a esquerda. Na região inferior ao tronco encontramos a Pelve que é formada por dois ilíacos e o sacro. A mobilidade desses ossos é muito discreta, mas é importante deixarmos muito claro que elas existem. O que confere a pelve uma característica de estabilização. Como também é na Pelve que a força do solo e a força gravitacional se encontram. A Pelve se articula com a coluna lombar formando a articulação lombosacral. Os dois ilíacos se encontram anteriormente formando a sín�se púbica e posteriormente com o sacro formandoa articulação sacroilíaca. Teoricamente, a Pelve deveria ser bastante estável devido sua importância de sustentação do eixo cranial e da coluna vertebral inteira, que são estruturas nobres do nosso corpo, por onde transitam nosso controle nervoso. Porém a Pelve pode desestruturar toda nossa estática se realizar alguns pequenos movimentos entre seus ossos que são: Cadeias Musculares Unidade Pelve 1- Fechamento dos ilíacos: o fechamento dos ilíacos se dá quando há um aumento de tensão nos músculos: transverso do abdômen que tracionará a asa ilíaca em direção a linha média, e os adutores que fortalecem esse sistema de fechamento, tracionando as asas ilíacas inferiormente lateralmente. A sín�se púbica não pode se romper de maneira alguma, logo o sacro seguirá a asa ilíaca que se fechou, causando no paciente o seguinte quadro: a espinha ilíaca antero superior, crista ilíaca e espinha ilíaca póstero inferior estarão mais baixas (chamamos de três pontos baixos) do lado de fechamento e o sacro para que o sistema não se rompa acompanhará o ilíaco que fechou, inclinando-se. A cadeia de fechamento dos ilíacos acompanha a linha de forca da Cadeia Muscular de Fechamento ou Cruzadas anteriores na unidade tronco. 2- Abertura dos ilíacos: os músculos responsáveis pela abertura dos ilíacos são os glúteos que tracionarão a asa ilíaca no seu ápice para fora, e os músculos do assoalho pélvico que por sua vez tracionarão a parte inferior da asa ilíaca para dentro aproximando os ísquios. Observaremos o paciente da seguinte maneira com os três pontos anatômicos altos (EIAS, Crista ilíaca, EIPI) do lado da abertura, o sacro acompanhará o ilíaco que se abriu, portanto ele se inclinará para o lado da abertura. A Cadeia de Abertura na unidade Pélvica, acompanha o circuito de forca das Cadeias Musculares de abertura ou Cruzadas Posteriores da Unidade Tronco. 3- Anterioridade: se dá pelo tensionamento do quadrado lombar que tracionará a asa ilíaca em sua parte posterior para o alto e o reto femoral, que por sua vez tracionará a parte anterior do ilíaco para baixo. Encontraremos no paciente EIAS e crista ilíaca mais baixas do lado ilíaco em anterioridade e EIPS mais alta do mesmo lado, encontraremos ainda o sacro mais alto e lordótico. A Cadeia Muscular da unidade pelve segue a linha de forca da Cadeia de Extensão na Unidade Tronco. 4- Posterioridade: a posterioridade é provocada pelos músculos reto abdominal e isquiotibiais, que juntos tracionarão a asa ilíaca para cima em sua parte anterior e para baixo em sua face posterior. No paciente veremos: EIAS mais alta, crista ilíaca mais alta e EIPI mais baixa, além da lombar reti�cada e mais baixa do lado da posterioridade. Esse tipo de desvio da asa ilíaca impossibilita e incapacita demais o paciente, pois vai totalmente contra a lógica corporal, pois nas três distorções anteriores, vão a favor da lógica corporal em algumas situações. E a Cadeia Muscular da unidade pelve segue a Cadeia De Flexão da Unidade Tronco. A abertura e o fechamento das asas ilíacas, além da anterioridade é absolutamente funcional quando no fechamento do momento do parto, e abertura após o parto, a pelve aos poucos vai retornando ao abrir as asas ilíacas. A Cadeia Muscular de Flexão na Unidade Tronco, que sob tensão pode gerar uma posterioridade ilíaca na unidade pelve, nos membros inferiores gerando: · Flexão do membro inferior; · Flexão de quadril; · Flexão de joelho; · Flexão de tornozelo; · Flexão plantar; · Flexão dos dedos. Pois a Cadeia de Flexão na Unidade Tronco cruzar-se-á na unidade pélvica tornando-se posterior no trajeto coxa-joelho, já abaixo do joelho, sendo a tíbia seu meio de ligação a cadeia volta a ocupara face anterior da perna, face superior do pé, �nalizando-se nos músculos plantares dos dedos. Cadeias Musculares Membros Inferiores A Cadeia Muscular de Extensão na Unidade Tronco, que sob tensão gerara uma anterioridade ilíaca na unidade Pelve, e nos membros inferiores: · Extensão do membro inferior; · Extensão do quadril; · Extensão do joelho; · Extensão do tornozelo; · Extensão do pé; · Extensão do arco plantar; · Extensão dos dedos. A cadeia de Extensão da unidade Tronco e posterior na altura do quadril, cruzando anteriormente na coxa, e abaixo do joelho, volta a ocupar a parte posterior da perna passando por detrás do tornozelo, inserindo-se nos dedos em sua face dorsal. A Cadeia Muscular de Abertura na unidade Tronco levara em sua continuidade de tensão a: · Abertura ilíaca; · Abdução de quadril; · Rotação externa do fêmur; · Varo de joelho; · Supinação do pé. Isso gerará uma falsa perna longa. Seu trajeto, segue A Cadeia de abertura na Unidade Tronco descendo pela face lateral da perna que na altura do joelho se cruzara tornando-se póstero-interna, terminando no ardo plantar do pé, junto ao halux. A Cadeia Muscular de Fechamento na Unidade Tronco, levará a unidade pelve ao fechamento ilíaco, a aducao do quadril, rotação interna do fêmur, valgismo do joelho, pronação do pé, valgo de calcâneo e halux valgo. Diminuindo assim a projeção do membro inferior no espaço tendo como resultante uma falsa perna curta. Seu trajeto seguira a Cadeia de Fechamento da Unidade Tronco ou Cadeia Cruzada Anterior do Tronco que seguira pelo trajeto interno da coxa, seguindo em sua linha de forca para baixo e para fora, para continuar na altura do joelho c r u z a n d o - s e n a p a t e l a , descendo pelo compartimento lateral da fíbula, passando pelo osso cuboide inserindo-se na borda externa do pe pela face plantar e halux. Joelhos: Os Varos podem ser verdadeiros quando são gerados pela tensão das cadeias musculares de �exão e abertura conjuntamente. Os varos são falsos quando temos as Cadeias musculares de extensão e cadeia de fechamento sob tensão concomitantemente. Já os valgos também podem ser verdadeiros ou falsos: Os verdadeiros valgos são causados pelas Cadeias Musculares de fechamento e �exão sob tensão conjunta. E podem ser falsos valgos quando as tensões se encontram nas Cadeias de extensão e abertura. Através de muito estudo anatômico, Leopold Busquet trouxe para as suas cadeias, a visceral, a qual compreende todo o peritônio, o envoltório de todas as vísceras e órgãos abdominais e da pelve menor. Além das pleuras pulmonares. Existem dois peritônios: o parietal, que está em contato com os músculos e suas fáscias, e o visceral que está em contato com as vísceras e órgãos. Essa mesma disposição acontece com as pleuras pulmonares. Como Léopold Busquet defende o sistema contentor-conteúdo, imaginem o que acontecerá com a musculatura do reto abdominal no caso de uma gastrite, na fase aguda da in�amação do estômago. O órgão aumento de volume gerando uma congestão abdominal, desprogramando (relaxando) os músculos da cadeia de �exão, na altura do estômago. Logo os retos perdem sua e�cácia para diminuir a pressão sobre o estômago gerando assim, conforto para o indivíduo. Em outro exemplo, o indivíduo sofreu um trauma sobre o rim direito e o perdeu numa cirurgia por um trauma. Essa cirurgia gerará aderências e um processo de retração sobre a cadeia cruzada posterior direita, logo essa cadeia estará superprogramada por essa tensão aumentada, transmitida através da cicatriz gerada e a ausência do órgão. Logo, as cadeias musculares podem estar superprogramadas em casos de retrações viscerais, ou desprogramadas nos casos de congestões viscerais. Ou seja, o sistema contentor trabalha em função da harmonia do sistema conteúdo. Claro que essa cadeia é muito mais complexa do que o descrito aqui, mas aí está a síntese do pensamento de Leopold Busquet. O método Busquet é composto por nove cadeias: 1- Cadeia de Flexão 2- Cadeia de Extensão 3- Cadeia Cruzada Anterior D 4- CadeiaCruzada Anterior E 5- Cadeia Cruzada Posterior D 6- Cadeia Cruzada Posterior E 7- Cadeia Estática 8- Cadeia Visceral 9- Cadeia Neuromeningea Leopold Busquet foi muito feliz na criação de seu método, buscando in�uências em vários outros autores como: Pirét, Mézières, Bézières, Sutherland, entre outros. Foi brilhante em buscar suas in�uências e construir seu método de forma muito e�caz. Simpli�cou muito a Osteopatia e com seu método se obtém excelentes resultados em trabalhos aplicados. Sem dúvida dentre todos os métodos apresentados anteriormente, o de Busquet é o mais completo e lógico. Busquet desenvolveu várias manobras e posturas viscerais e musculares, já que seu método se baseia na relação contentor-conteúdo. Acredita-se que em um corpo são a função governa a estrutura e em um corpo patológico a estrutura se deforma passando a governar à função. Seu método trabalha com o relaxamento das tensões, pois também acredita que um corpo sem tensões volta a homeostasia, sendo muito bem tolerado pelos pacientes em geral, tendo como pacientes até bebês, método este desenvolvido por sua esposa Michele Busquet. Seu método funciona muito bem nas retrações viscerais, porém nas congestões pouco pode ajudar, por obviamente se tratar de patologias medicas. Suas cadeias Musculares são um tanto confusas, por questões obvias, Tom Myers tentou fazer um paralelo entre os Meridianos Orientais em suas Cadeias Musculares e as forças que transitam os corpo durante os movimentos, o proposito e fantástico, não fosse um porém, as Cadeias Musculares comprovadamente cruzam nosso corpo a todo momento, já os meridianos não, logo não faz muito sentido mecânico as Cadeias Musculares propostas por Tom Myers. Agora que conhecemos as principais cadeias musculares faremos uma interligação de nomenclatura entre elas 1- A Cadeia Muscular Posterior de Madame Mezieres e Souchard no Tronco, e a mesma Cadeia PM de Madame Godelieve Struyf e a mesma Cadeia de Extensão de Leopold Busquet, claro que cada qual com suas particularidades, conforme descrito anteriormente, levando o tronco em extensão ou contendo e freando a queda do corpo a frente. Tom Myers 2- A Cadeia Muscular Anterior De Madame Mezieres e Sochard, e a mesma Cadeia AM de Madame Godelieve Denys Struyf e a mesma Cadeia de Flexão de Leopold Busquet, levando ao enrolamento. 3- A Cadeia Cruzada Posterior de Leopold Busquet e a mesma Cadeia PL de Madame Struyf, levando o ombro em direção ao quadril oposto posteriormente, como Souchard e Madame Mezieres não acreditam no cruzamento das Cadeias �cam fora dessa simpli�cação teórica. 4- A Cadeia Cruzada Anterior de Leopold Busquet e a mesma cadeia Muscular AL de Madame Godelieve Denys Struf, responsável pela criação do método GDS que leva seu nome, levando os ombros em direção ao iliaco oposto anteriormente. Souchard e Mezieres também não possuem Cadeias Musculares correspondentes as Cadeias Cruzadas Anteriores. Não estou a�rmando com isto que todos os métodos de Cadeias Musculares são iguais, estou simplesmente tentando organizar de forma didática para vocês o que o método tem em comum, a partir daí, cada autor segue sua abordagem e especi�cidade própria para seu método. Sobre a Vo� Pilates Group A VOLL Pilates é um grupo de empresas focado na formação, na capacitação e na atualização de profissionais através de cursos, eventos e workshops pelo Brasil e América Latina. É formada pelas empresas Espaço Vida Pilates, Pilates Avançado e Suspensus – Pilates em Suspensão. A Espaço Vida Pilates é a maior escola de formação do Brasil, com quase 15.000 alunos formados em mais de 70 cidades. A Pilates Avançado oferece 11 cursos de aperfeiçoamento – a única do segmento no país. A Suspensus traz o Pilates por um outro ângulo, com o método que aperfeiçoou o Pilates em Suspensão. Mais detalhes podem ser obtidos pelo site: Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39 Página 40 Página 41 Página 42 Página 43 Página 44 Página 45 Página 46 Página 47 Página 48 Página 49 Página 50 Página 51 Página 52 Página 53 Página 54 Página 55
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