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Abrangência das Ações de Saúde ( Módulo IV ) Unime 2018.2
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operam de maneira independente, obrigando o estabelecimento de mecanismos que permitam uma ação integrada. O quarto nível de atuação se refere à atuação ao nível dos macrodeterminantes, através de políticas macroeconômicas e de mercado de trabalho, de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e solidariedade que visem a promover um desenvolvimento sustentável, reduzindo as desigualdades sociais e econômicas, as violências, a degradação ambiental e seus efeitos sobre a sociedade (CNDSS, 2006; PELEGRINI FILHO, 2006). BUSS, Paulo; FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, abril, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Accesso em 10 de Agosto de 2018. O Modelo de Diderichsen, Evans e Whitehead (2001) foi uma adaptação ao seu modelo e de Hallqvsist de 1998. Nesse modelo será enfatizado a estratificação social gerada pelo contexto social, que confere aos indivíduos posições sociais distintas, as quais por sua vez provocam diferenciais de saúde. Eles fazem um gráfico onde : (I) Representa o processo segundo o qual cada indivíduo ocupa determinada posição social como resultado de diversos mecanismos sociais, como o sistema educacional e o mercado de trabalho • (II) De acordo com a posição social ocupada pelos diferentes indivíduos, aparecem diferenciais, como o de exposição a riscos que causam danos à saúde • (III) Uma vez exposto a estes riscos O diferencial de vulnerabilidade à ocorrência de doença • (IV) E o diferencial de consequências sociais ou físicas, uma vez contraída a doença. SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de. Modelo de organização de indicadores para operacionalização dos determinantes socioambientais da saúde. Saude soc., São Paulo , v. 19, n. 1, p. 35-47, Mar. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 12902010000100004&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Aug. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0104- 12902010000100004. Pacto pela Vida O Pacto pela Saúde veio com o objetivo de ter a capacidade de responder aos desafios atuais da gestão e organização do sistema, para dar respostas concretas às necessidades de saúde da população brasileira, e tornar a saúde uma política de Estado mais do que uma política de governo. A finalidade desse processo de pactuação era a qualificação da gestão pública do SUS, buscando maior efetividade, eficiência e qualidade de suas respostas. O Pacto pela Vida é constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos e metas , derivados da análise da situação de saúde da população e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados. O Pacto pela vida – como instrumento do Pacto pela Saúde – representa uma mudança radical na forma de pactuação do SUS vigente até então. Isso ocorre porque rompe com os pactos realizados em variáveis discretas de tempo , por meio de normas operacionais. A instituição Pacto pela Vida representa duas mudanças fundamentais na reforma incremental do SUS. De um lado substitui pactos eventuais por acordos anuais obrigatórios ; de outro, muda o foco, de mudanças orientadas a processos operacionais para mudanças voltadas para resultados sanitários, Sendo assim, o Pacto pela Vida reforça , no SUS, o movimento da gestão pública por resultados. O Pacto pela vida deverá ser permanente . Ao fim do primeiro trimestre de um novo ano , serão avaliados os resultados do Termo de Compromisso de Gestão do ano anterior e pactuadas novas metas e objetivos a serem atingidos no ano em curso. Para que não seja algo que atue apenas na teoria, deverá ocorrer mudanças no sistema operacional. Deve ter consciência que ao realizar o pacto, ali é apenas o início e não o final . E esses objetivos pactuados deverão servir apenas de Norte , para que assim sejam realizadas as estratégias e decisões necessárias. No campo operativo, as metas e objetivos do Pacto pela Vida devem inscrever –se em instrumentos jurídicos e públicos , os Termos de Compromisso de Gestão , firmados pela União, estados e municípios. Esses termos tem como objetivo formalizar a assunção das responsabilidades e atribuições inerentes às esferas governamentais na condução do processo permanente de aprimoramento e consolidação do SUS. Nos Termos de Compromisso de Gestão, estão os objetivos e metas prioritárias do Pacto pela Vida, bem como seus indicadores de monitoramento e avaliação. A definição dos objetivos devem ser realizados através de metas nacionais , estaduais, regionais e municipais. Os pactos estaduais deverão estar referenciados pelas metas e objetivos nacionais ; os pactos regionais e municipais devem estar referenciados pelas metas estaduais O Pacto pela vida de 2006 definiu 6 prioridades : Saúde do Idoso, , controle do Câncer de Colo do Útero e Mama ; redução da mortalidade infantil e materna, fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, promoção da saúde e fortalecimento da atenção básica. livro sistema único de saúde coleção para entender a gestão do sus – Página 64 - 69 Problema 2 – Abertura Medicina da Família e Comunidade A medicina de família e comunidade – MFC – é uma especialidade médica com foco privilegiado na Atenção Primária de Saúde e, por isso, é considerada especialidade estratégica na conformação dos sistemas de saúde. Cabe à MFC, partindo de um primeiro contato, cuidar de forma longitudinal, integral e coordenada, da saúde de uma pessoa, considerando seu contexto familiar e comunitário. Portanto, a medicina de família e comunidade é um componente primordial da atenção primária à saúde. Essa medicina possui seus princípios e práticas centrados na pessoa e não na doença, na relação médico – paciente , na integração entre o indivíduo, sua família e a comunidade em que está inserido. Essa especialidade ficou muito tempo em posição marginal, só ganhando maior visibilidade após a expansão do programa saúde da família. Equipe de saúde É uma equipe multidisciplinar composta por no mínimo : (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas Tipos de demanda – espontânea 1 ) Demanda Espontânea é o nome dado a qualquer atendimento não programado na Unidade de Saúde. Representa uma necessidade momentânea do usuário. Pode ser uma informação , um agendamento de consulta, uma urgência ou uma emergência. 2) Demanda Programada é aquela agendada previamente. Trabalho do médico da família na Atenção Básica Prestar assistência integral aos indivíduos sob sua responsabilidade. Valorizar a relação médico-paciente e médico-família como parte de um processo terapêutico e de confiança. Oportunizar os contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando abordar os aspectos preventivos