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Logística Reversa Tema: Princípios de Logística Reversa Aula 1 Professor Ewerton Cangussu Mestre em Administração É o ato de planejar, executar e controlar o fluxo e armazenagem, quanto ao tempo, qualidade e custos, observando desde o ponto de obtenção da matéria- prima até o consumidor final, sempre tendo como objetivo o alcance da satisfação deste consumidor. (NOGUEIRA, 2012, p. 21). Logística Logística de Suprimento Logística de Produção Logística de Distribuição Logística Reversa https://www.youtube.com/watch?v=apWMw_KWaOY Bios. Os setores/departamentos, assim como a empresa toda, não podem agir como uma ilha isolada. A ideia da sincronização nos reporta a compreender que cada fase da cadeia de suprimentos está ligada a outra e todas elas caminham para o mesmo objetivo. O papel da informação é primordial para este funcionamento pleno, pois é a informação compartilhada que irá gerar a conexão entre todos na cadeia de abastecimento. A cadeia de suprimentos sincrônica As informações que necessariamente devem ser compartilhadas são: previsões de demanda cronogramas de produção detalhes de lançamento de novos produtos lista de alterações de materiais. A cadeia de suprimentos sincrônica O princípio básico da SINCRONIZAÇÃO Garantir que todos os elementos da cadeia ajam como um e, portanto, deve haver a identificação precoce das necessidades de transporte e reabastecimento, e, o mais importante de tudo, deve haver o nível mais elevado de disciplina de planejamento. Em uma cadeia de suprimentos sincronizada, a gestão de fluxo de materiais de entrada torna-se uma questão crucial. A escolha do tipo de distribuição será feita de acordo com o tipo de produto, abrangência de mercado, forma de abastecê-lo, segmentação dos clientes e política de distribuição do fornecedor. Os intermediários têm um papel vital para as organizações que desejam ampliar a sua área de atendimento. São eles, os intermediários, que efetuam o elo entre os fornecedores e os clientes, em vários processos. Gerenciamento da cadeia global São uma cadeia organizada de agentes e instituições que, combinadas, desenvolvem as atividades necessárias à união de fabricantes e usuários para a consolidação das atividades de marketing. Uma ou mais companhias ou indivíduos que participam do fluxo de bens e serviços, desde um produtor até o consumidor. Desempenham 4 funções básicas: - indução da demanda - satisfação da demanda - serviços de pós-venda - troca de informações. Canais de distribuição Utilizada quando uma empresa pretende alcançar o maior número de pontos de venda do mercado, através de um Canal de Distribuição Longo. É viável em empresas com um grande número de vendedores e forte organização comercial. Tem a vantagem de permitir que os produtos consigam atingir o maior número de consumidores; por outro lado, tem desvantagens como o elevado custo que impõe à empresa, além de uma possível perda parcial de controle sobre o canal. Tipos de distribuição: Intensiva Baseia-se na concessão a um intermediário da exclusividade da distribuição do produto, em determinado território. Pressupõe também que o intermediário concessionado não venda produtos similares de outras marcas. Esta modalidade é normalmente utilizada por PMEs que não detêm grande conhecimento do mercado-alvo. Tipos de distribuição: Exclusiva O produtor escolhe um número reduzido de distribuidores, aos quais normalmente são fixadas cotas de vendas, com a possibilidade de se estabelecer princípios de exclusividade de vendas num determinado território. A seleção de distribuidores é feita em função de dois critérios essenciais: a localização do distribuidor e o posicionamento. Em relação à Distribuição Exclusiva permite ter um alcance maior; Em relação à Distribuição Extensiva permite reduzir os custos e incrementar o controle do produtor sobre o canal, em detrimento do alcance. Tipos de distribuição: Seletiva É a administração integrada dos processos principais de negócios envolvidos com a gestão das instalações e dos fluxos físicos, financeiros e de informações, englobando desde os produtos originais de insumos básicos até a disposição do produto final pós- consumo, no fornecimento de bens, serviços e informações, de forma a agregar valor para todos os clientes – intermediários e finais – e para outros grupos de interesse legítimos e relevantes para a rede. Gestão de cadeias de suprimento Os canais de distribuição reversos irão tratar de todo o descarte originário dos produtos de pós-venda e pós- consumo. Assim como o produto tem uma sequência lógica para chegar ao seu destino final, que é o cliente/consumidor final, o caminho inverso irá destinar-se a captar o descarte e retornar para o fornecedor que originou este bem. Canais de distribuição reversos São formados pelas diversas etapas de retorno de materiais constituintes dos produtos de pós- consumo: metais, plásticos, vidros, papéis etc., materiais extraídos de diferentes produtos de pós- consumo, visando à reintegração ao ciclo produtivo e substituindo matérias-primas novas na fabricação de diferentes tipos de produtos. Canais de distribuição reversos de ciclo aberto Canais de distribuição reversos de ciclo aberto Fonte: LEITE (2009, p. 55) Automóveis Navios Pontes Máquinas Chapas Vergalhões Barras Lingotes Extração do metal ferroso Canais de distribuição reversos de ciclo aberto Fonte: LEITE (2009, p. 55) Embalagens Tambores Brinquedos Utensílios domésticos Computadores Sacos de lixo Potes e vasos Móveis Peças mecânicas Peças elétricas Extração do material plástico São constituídos pelas etapas de retorno de materiais constituintes dos produtos de pós-consumo, nas quais os materiais constituintes de determinado produto descartado ao fim de sua vida útil são extraídos seletivamente dele para fabricação de um produto similar ao de origem. Canais de distribuição reversos de ciclo fechado Reciclagem de óleo usado https://www.youtube.com/watch?v=WCppo49UugI Quais são os conceitos e as atividades associadas que você encontra quando pensa em Logística Reversa? Logística Reversa Logística Reversa (Associação ou Clustering) Logística Reversa Mudanças de Paradigmas Desperdícios e pressão sobre recursos naturais Mudanças nos padrões de consumo que se tornarão mais sustentáveis Mudanças na economia e marketing da empresa Oportunidades de novos negócios Saúde pública Contaminação solo, rios e águas subterrâneas Logística Reversa É o tipo de logística que, por meio de sistemas operacionais diferentes em cada categoria de fluxos reversos, tem como objetivo tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios. Logística Reversa Agrega valor econômico, de serviço, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo. Coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda Consolidação Separação e seleção Reintegração ao ciclo Logística Reversa LOGÍSTICA REVERSA Redução de impacto nos custos Redução de impacto na pegada de carbono É uma oportunidade Não pode ser encarada como um problema A revalorização econômica de componentes ou materiais. A prestação de serviços a clientes ou consumidores finais. A proteção da imagem corporativa ou da marca. O cumprimento da legislação. Identificação de Fatores Motivadores para a Adoção da Logística Reversa Estímulos externos: (1) demanda do mercado; (2) aconcorrência; (3) o poder público e a legislação ambiental; (4) e meio sociocultural; (5) as certificações ambientais; e (6) os fornecedores. Identificação de Fatores Motivadores para a Adoção Estímulos internos: (1) a necessidade de redução de custos; (2) incremento na qualidade do produto; (3) melhoria da imagem do produto e da empresa; (4) a necessidade de inovação; (5) aumento da responsabilidade social; (6) sensibilização do pessoal interno. Identificação de Fatores Motivadores para a Adoção O custo do retorno. A localização fragmentada dos pontos de descarte, o que compromete a eficiência. A contaminação dos produtos recolhidos que podem comprometer a qualidade do mesmo. A localização dos centros de reciclagem. A especialização dos centros de reciclagem por tipo de material como forma de garantir o foco dos processos desenvolvidos. Identificação dos Fatores de Risco para a L.R. Atores da logística reversa Minimização da geração de resíduos sólidos e rejeitos; Redução da pressão sobre recursos naturais Redução dos impactos à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos Fabricantes Importadores Distribuidores Comerciantes Consumidores Titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos Consumidores: devolver os produtos que não são mais usados em postos (locais) específicos. Comerciantes: instalar locais específicos para a coleta (devolução) destes produtos. Indústrias: retirar estes produtos, através de um sistema de logística, reciclá-los ou reutilizá-los. Governo: criar campanhas de educação e conscientização para os consumidores, além de fiscalizar a execução das etapas da logística reversa. Logística reversa: As funções de cada um Instrumento regulador O principal instrumento regulamentador que define o conceito e a implantação da Logística Reversa no Brasil é a Lei nº 12.305/2010, que estabelece a política nacional de resíduos sólidos (PNRS). https://www.youtube.com/watch?v=TPaRa8eruvc Política Nacional de Resíduos Sólidos •Prevenção e precaução •Poluidor –pagador •Protetor-recebedor •Visão sistêmica •Desenvolvimento sustentável •Ecoeficiencia •Responsabilidade compartilhada •Razoabilidade e proporcionalidade •Controle social Princípios Princípio prevenção - precaução. Refere-se a uma forma de prevenir com antecedência o fato danoso possível de degradar o meio ambiente. Aplica- se ao risco conhecido. PREVENÇÃO Ato de precaver, de tomar cuidados antecipados. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. PRECAUÇÃO Princípio poluidor – pagador. POLUIDOR É a incumbência que possui o poluidor de arcar com os custos necessários para a reparação do dano ambiental. É um dos mecanismos punitivos do direito ambiental que garante a preservação do meio ambiente. PAGADOR Princípio protetor - recebedor. Incentiva economicamente quem protege uma área, deixando de utilizar seus recursos, estimulando assim a preservação. Redução das alíquotas de IPTU para os cidadãos que mantém áreas verdes protegidas em suas propriedades. Isenção do Imposto Territorial Rural- ITR, para os donos de terras com sensibilidade ecológica que as transformem em RPPNs - Reservas Particulares de Patrimônio Natural Legislação do ICMS ecológico adotada em Minas Gerais e no Paraná Princípio visão sistêmica. Forma de enfoque para a gestão das organizações que já compreenderam a necessidade de uma visão integradora e ampla para a solução de problemas e para as definições estratégicas. Leva em consideração todos os agentes do sistema, suas relações e consegue uma visão holística da realidade. Princípio desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento sustentável ... se traduz pela conciliação entre a economia, a sociedade e o meio ambiente, e estão interligados formando o trinômio “economia- sociedade-meio ambiente” do desenvolvimento sustentável. Isso quer dizer que todas as ações do governo e das pessoas devem convergir em favor desse trinômio. Princípio desenvolvimento sustentável. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL remete à ideia de limite à atuação para promover harmonia entre os interesses sociais, a economia, o capitalismo, a tecnologia e o meio ambiente. Pode ser encontrado nos projetos e nos discursos de setores sociais, sejam públicos ou privados, por meio da veiculação publicitária e midiática, bem como ser plataforma política ou educacional. Princípio da ecoeficiência. Entrega de bens e serviços com preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, reduzindo progressivamente impactos ambientais dos bens e serviços, através de todo o ciclo de vida, em linha com a capacidade estimada da Terra em suportar Princípio da responsabilidade compartilhada. É o conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume dos resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. Princípio da proporcionalidade - razoabilidade. Tem o objetivo coibir excessos desarrazoados, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, para evitar restrições desnecessárias ou abusivas. Proporcionalidade Busca evitar que o exercício do direito atribuído ao particular e até mesmo ao Estado seja exercido sem a prevalência da razão, o que contrariaria as expectativas e anseios dos indivíduos de nossa sociedade. Razoabilidade Princípio do controle social. É a participação popular contribuindo categoricamente para o sucesso do controle, seja ele interno ou externo. Alves, Adriano Rosa; Sella, Márcio Rolland; Oliveira, Alessandra Petrechi de. Logística Reversa. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. 236 p. : il. Bios. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WCppo49UugI , Acesso em 13.06.2018. Como é feita a reciclagem do óleo do motor. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WCppo49UugI , Acesso em 13.06.2018. Política Nacional de Residuos Sólidos. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=TPaRa8eruvc , Acesso em 13.06.2018. Referências