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Teoria do Apego

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Teoria do apego
Desenvolvimento humano I
Teoria do apego – John Bowlby e Mary Ainsworth
Mary Ainsworth (1913-1999): psicóloga do desenvolvimento norte-americana.
John Bowlby (1907-1990): psicanalista inglês, psiquiatra infantil, foi diretor da Tavistock clinic.
Bases teóricas do pensamento de Bowlby: psicanálise e etologia (conceitos evolutivos e etológicos). 
Obs.: A etologia é a “ciência que estuda as bases biológicas do comportamento e as contribuições de respostas evolutivas para a sobrevivência e desenvolvimento das espécies” (Shaffer, p. 56).
Apego e vínculo afetivo: 
-Vínculo afetivo é “um laço de duração relativamente longa no qual o parceiro é importante como um indivíduo único e não é intercambiável com nenhum outro” (p. 308).
- Apego é um subtipo de vínculo afetivo, no qual uma pessoa sente uma sensação especial de segurança ligada ao relacionamento e pode usar o parceiro como “base segura” para explorar o mundo.
Para Bowlby, “a propensão a formar vínculos emocionais fortes com indivíduos em particular [é] um componente básico da natureza humana, já presente de forma germinal no recém-nascido” (p. 308). 
Tal relacionamento tem valor de sobrevivência para o bebê; é construído e mantido por um repertório de comportamentos inatos que convocam cuidados. Por outro lado, há formas universais de respostas parentais.
Modelo funcional interno
Apego estabelecido 
A criança começa a formar um modelo funcional interno ou representação mental do relacionamento 
Este se torna um conjunto de expectativas sobre as interações futuras com tal pessoa: expectativas sobre disponibilidade, afeição, rejeição, confiabilidade etc.
“O primeiro relacionamento de apego é o ingrediente mais influente na criação do modelo funcional da criança” (p. 315).
O modelo funcional interno começa a se formar no final do primeiro ano. Torna-se bem mais elaborado até os 5 anos (modelo interno do cuidador, do self e de relacionamentos).
Os modelos funcionais internos influenciam:
- atenção
- memória
- interpretação
- comportamento 
O modelo afeta o comportamento da criança, pois esta tende a recriar um padrão familiar nos novos relacionamentos, obtendo a confirmação de modelos funcionais internos (um fator a favor da consistência do apego com o passar do tempo).
Fases no desenvolvimento do apego
Fase 1: orientação e sinalização não focada (0-3 meses ou menos)
O bebê possui um “conjunto de padrões de comportamentos inatos que o orientam na direção dos outros e sinalizam suas necessidades”. (Ainsworth os descreveu como comportamentos promotores de proximidade.)
Fase associal: o bebê responde da mesma maneira a estímulos sociais e não sociais.
O bebê está desenvolvendo a capacidade de discriminar seus pais de outras pessoas.
Aqui, estão as raízes do apego, mas há poucas evidências de que o bebê esteja apegado a seus pais.
Fase 2: foco em uma ou mais figuras (3-6 meses em média)
Apegos indiscriminados.
O bebê usa comportamentos de apego mais restritamente. Por exemplo, pode sorrir mais para um cuidador regular.
Parece gostar de receber atenção até mesmo de pessoas estranhas.
Tende a protestar quando retirado do colo ou deixado sozinho.
Fase 3: comportamento de base segura (em torno de 6 meses)
Fase de apegos específicos.
Formação de um apego genuíno. 
O bebê usa o parceiro como base segura para explorar seu entorno.
Tende a protestar quando separado de seu cuidador regular, engatinha para segui-lo, o recebe calorosamente quando retorna. Comportamentos de busca de proximidade.
É também em torno dessa época que a criança alcança um entendimento preliminar da permanência de objeto.
A criança observa e é capaz de discriminar várias expressões faciais para orientar seu comportamento (referenciamento social).
Medo de estranhos e ansiedade de separação. 
Medo de estranhos e ansiedade de separação
Antes dos 6 meses: são raros. 
6º-8º mês: surgimento da ansiedade de separação. Entre 14 e 18 meses, em média, se intensifica.
8º-10º mês: surgimento da ansiedade por estranhos.
Após 24 meses aproximadamente: diminuem.
Achados (sobre qual dessas formas de sofrimento surge primeiro) não são suficientemente consistentes. 
Idades médias apresentam variação intercultural.
Foram observados em várias culturas, o que sugere uma escala evolutiva básica. 
As crianças podem estar biologicamente programadas a temer situações que indicam perigo: rostos desconhecidos, ambientes e situações estranhas de separação (Bowlby).	
	Virtualmente, todas as crianças apresentam ao menos formas leves desses dois tipos de sofrimento.
	
 	A variação na intensidade da reação deve-se, em parte, a diferenças temperamentais. O temor aumentado pode surgir em resposta a estresses na vida da criança.
Variações na qualidade do apego de Mary Ainsworth
Avaliação por meio de um procedimento chamado situação estranha (sobretudo em crianças de até 2 anos)
Apego seguro
- usa os pais como base segura. Sozinha com a mãe, explora ativamente o ambiente.
- se separa facilmente da mãe / fica visivelmente chateada com a separação (diferentes evidências).
- busca contato quando se sente com medo;
- é facilmente consolada após a separação. Em geral, recebe a mãe calorosamente no reencontro.
- claramente, prefere a mãe a um estranho.
Apego inseguro (desligado/evitante)
- pouca ou nenhuma preferência pela mãe comparada a um estranho.
- em geral, demonstra pouco estresse quando separada de sua mãe.
- evita contato com a mãe, especialmente, após ausência. 
- em geral, se afasta ou ignora sua mãe; 
- Com estranhos, se socializa, evita-os ou ignora-os.
Rejeição materna ou evitação consistente favorece o apego evitante.
Apego inseguro (resistente/ambivalente)
- muito perturbada na separação, mas não se tranqüiliza no reencontro com a mãe. É ambivalente no reencontro: fica perto, demonstra raiva, resiste ao contato.
- tanto busca quanto evita contato.
- busca ficar perto da mãe, mas pouco explora.
- resistente/cautelosa com estranhos mesmo na presença materna. 
Formação do apego
Um ingrediente crucial do apego seguro é a disponibilidade emocional dos pais, ter aceitação e alguma sensibilidade com o bebê, isto é, estar sintonizado aos seus sinais e responder adequadamente. 
O que é fundamental para a formação de um primeiro vínculo é a oportunidade de pai e bebê desenvolverem uma sincronia, uma “dança” suave de interação, o que requer tempo e muitos ensaios. De preferência, que o processo seja suave e previsível.
A inconsistência materna (por exemplo, por depressão) favorece o padrão inseguro.
Referência bibliográfica básica
Bee, H., & Boyd, D. (2011). Desenvolvimento de relacionamentos sociais. In H. Bee & D. Boyd, A criança em desenvolvimento (12a ed., C. Monteiro, trad.) Porto Alegre: Artmed.

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