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1 Prof. Fernando B. Salomão 2012 AA mmeennttee qquuee ssee aabbrree aa uummaa nnoovvaa iiddééiiaa jjaammaaiiss vvoollttaarráá aaoo sseeuu ttaammaannhhoo oorriiggiinnaall.. AAllbbeerrtt EEiinnsstteeiinn 2 Até agora, tratamos do “problema das tangentes”. Dada uma curva, achar o coeficiente angular de sua tangente ou, de modo equivalente , dada uma função, achar sua derivada. Newton e Leibniz descobriram que muitos problemas de geometria e física dependem de “derivação para trás” ou “antiderivação”. Este é, às vezes, chamado problema inverso das tangentes: dada a derivada de uma função, achar a própria função. Veremos que o conceito de integral, que é formado totalmente independente do conceito de derivada, guarda com este uma relação muito importante. Esta relação entre os dois conceitos foi estabelecida por Newton e Leibniz no século XVII, sendo hoje conhecida como o Teorema Fundamental do Cálculo. Assim, além de introduzirmos técnicas de integração (anti- diferenciação), o conceito de integral e tratarmos das propriedades e de suas relações com a derivada, apresentaremos algumas aplicações do cálculo de comprimentos, áreas, volumes e equações diferenciáveis com variáveis separáveis, onde esta última, na versão bem leve, pois equações diferenciáveis será uma unidade da disciplina Cálculo III. De agora em diante trabalharemos com as mesmas regras de derivação. No entanto, aqui essas regras são usadas no sentido contrário e levam em particular á “Integração” de polinômios. Se y = F(x) é uma função cuja derivada é conhecida, por exemplo: x dx xdF 2 )( Podemos descobrir qual a função F(x)? F(x) = x2 Podemos acrescentar um termo constante que não muda a derivada. x2 +1; x2 - 3 ; x2 + 5 .... e mais geralmente, x2 + C onde C é uma constante qualquer. Proposição: Se F(x) e G(x) são duas funções tendo a mesma derivada f(x) num certo intervalo, então G(x) difere de F(x) por uma constante, isto é, existe uma constante C com a propriedade de que: Exemplo: F(x) = 1/3 x3 + 3 e G(x) = 1/3 x3+ 3 tem a mesma derivada: Para ver por que essa afirmação é verdadeira, notemos que a derivada da diferença G(x) – F(x) é igual a zero no intervalo considerado. Segue-se que essa diferença deve ter um valor constante C, e assim: G(x) – F(x) = C ou G(x) = F(x) + C Que é o que queríamos estabelecer: Esse princípio permite-nos concluir que toda solução da equação deve ter a forma para alguma constante c. 3 O problema que acabamos de discutir envolveu a descoberta de uma função desconhecida cuja derivada é conhecida. Se f(x) é dada e )( )( xf dx xdF , então podemos calcular F(x). Chama-se Integral Indefinida, anti-derivada (ou primitiva) de f(x), e o processo de achar F(x) a partir de f(x). Vimos que f(x) não precisa ter uma anti-derivada única, mas se pudermos achar a anti-derivada F(x), então todas as outras terão a forma: F(x) + C para vários valores da constante C. Por exemplo, 1/3x3 é uma antiderivada de x2 e a fórmula 1/3 x3 + C inclui todas as possíveis antiderivadas de x2. Definição: Se F(x) é uma primitiva de f(x), a expressão F(x) + C é chamada integral indefinida da função f(x) e é denotada por: O símbolo ∫ é chamado sinal de integração, f(x) função integrando e f(x)dx integrando. O processo que permite achar a integral indefinida de uma função é chamado integração. O símbolo dx que aparece no integrando serve para identificar a variável de integração. Assim no exemplo anterior temos que: Da definição da integral indefinida, decorre que: (i) )()(')()( xfxFcxFdxxf (ii) ,)( dxxf representa uma família de funções (a família de todas as primitivas da função integrando.) Exemplo: 32 3 1 xdxx e cxdxx 32 3 1 Estão ambas corretas, mas a primeira dá uma integral enquanto a segunda dá todas as possíveis integrais. A constante c na segunda fórmula chama-se constante de integração e é freqüentemente referida como uma constante arbitrária. Propriedades da Integral Indefinida Proposição Sejam f, g: I R e K uma constante. Então: (i) .)()( dxxfKdxxKf (ii) .)()())()(( dxxgdxxfdxxgxf A integral da soma é a soma das integrais separadas. Isto se aplica a qualquer número finito de termos. (iii) , 1 1 n x dxx n n n≠ -1 Para integrar uma potência, some ao expoente uma unidade e divida a nova potência pelo novo expoente. 4 Exemplos: 1. Calcular as integrais indefinidas: a) dxx 3 = cx x 4 13 4 1 13 b) dxx = dxx 2/1 = 2 3 2 3 x = cx 2 3 3 2 c) dxxx )63( 24 dxxdxx 24 63 = cxx 35 2 5 3 d) dxxectgxx )cos.sec3( 2 xdxectgxdxx 2cos.sec3 3secx – cotgx +c e) cxxdxtgxdxx senx x dx gx x secsec. cos . cos 1 cot sec As identidades trigonométricas são freqüentemente utilizadas quando calculamos integrais envolvendo funções trigonométricas. As sete identidades a seguir são crucias: f) dxxgxtg )4)(cot)(( 22 = dxdxxecdxxdxxecx 2)(cos)(sec)4)1)((cos)1)((sec 2222 = tg(x) – cotg(x) + 2x + c Tabela de integrais imediatas Mais exemplos: 5 Exercícios para o trabalho 1 (parte A): 1. Calcular as integrais indefinidas: a) 3x dx b) dt t t 3 2 19 c) dxcbxax )3( 34 d) dx xx x 3 1 e) dxx 22 )32( f) xsen dx 2 g) dx x x 2 2 1 h) dx x senx 2cos i) dt t t e t 1 2 j) dtg ..cos k) dx x x ) 5 ( 3 1 l) dxxx )1(cossec 32 m) dxxecxtg .cos. 22 6 7 Exercícios para o trabalho 1 (parte B): 1) Uma pedra é arremessada para cima a partir do solo com uma velocidade inicial de 40 m/s. Considere a pedra como um corpo em queda livre e responda: a) Qual é a altura máxima alcançada pela pedra? b) Onde está a pedra 2 segundos após o lançamento? c) Quando e com que velocidade ela atingirá o solo? 2) Uma bola é lançada de um edifício de 50m de altura com uma velocidade inicial de -10 m/s. Encontre uma expressão algébrica para representar a altura da bola em função do tempo após o lançamento, considerando a bola como um objeto em queda livre e responda em quanto tempo a bola atinge o solo? 3) Um foguete atravessa o firmamento numa jornada diretamente além da Terra. Num certo dia à tarde o navegador lê o velocímetro do foguete como função do tempo, e conclui que ele é dado por: f(t) = 100t 3 – 400t 2 + 800t, onde t é o tempo em horas. Se a função f fornece a velocidade em km/h, encontre a distância percorrida pelo foguete: a) Entre o início da tarde e as duas horas; b) Entre uma e 4 horas da tarde. 8 9 10 Exercícios para o trabalho 1 (parte C): Problema: Calcule as seguintes integrais por integração por substituição:11 12 Exercícios para o trabalho 2 (parte A): Problema: Calcule as seguintes integrais por integração por partes: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 13 Integrais de Funções Racionais Impróprias 14 15 Suponha que você conheça a taxa f(x) = dF/dx, na qual uma certa grandeza F está variando e deseje encontrar a quantidade pela qual a grandeza F variará entre x = a e x = b. Você pode primeiro encontrar F por antidiferenciação, e então calcular a diferença: Variação em F entre x= a e x = b = F(b) – F(a) O resultado numérico deste cálculo é chamado de integral definida da função f e é denotado pelo símbolo: b a dxxf )( O símbolo b a dxxf )( é lido como “ a integral definida de f de a até b”. Os números a e b são denominados limites de integração. Nos cálculos que envolvem as integrais definidas, é freqüentemente conveniente usar o símbolo: b axF )( para a diferença F(b) – F(a). Ex.: Um estudo indica que, daqui a x meses a população de uma cidade estará crescendo a uma taxa de 2 + x6 pessoas por mês. Em quanto a população crescerá durante os próximos 4 meses? Solução: P(x) = população daqui a x meses, então a taxa da variação da população em relação ao tempo dP/dx = 2 + x6 e a quantidade pela qual a população crescerá durante os próximos 4 meses será a integral definida: P(4) – P(0) = dx)x62( 4 0 = 2 dx 4 0 + 6 dx 4 0 1/2x( = 2x + 4 0 2/3 2/3 6 C x = 2x + 4x 2/3 + C 40 = (2(4) + 4(4)3/2 + C) – ( 2.(0) + 4(0) + C) = 40 pessoas 16 17 18 Exercícios para o trabalho 2 (parte B): 1. Calcular as integrais. a) 2 1 3 )1( dxxx b) 0 3 2 )74( dxxx c) 2 1 6x dx d) 1 0 13y dy e) 4 3 4 cos dxsenx f) 1 1 3 2 9x dxx g) dxxx )1( 3 0 19 20 Exercícios para o trabalho 2 (parte C): 1. Encontre a área da região limitada pelas curvas y = x2 +1 e y = 2x – 2 entre x = -1 e x = 2. 3. Encontre a área da região limitada pelas curvas y = x3 e y = x2 . 4. Encontre a área da região limitada pela curva y = -x2 + 4x – 3 e pelo eixo x. 5. Encontre a área da Região R no primeiro quadrante que se situa sob a curva y = 1/x e é limitado por esta curva e pelas retas y = x, x=0 e x =2. 6. Encontre a área da região S, limitada pela curva y = senx e pelo eixo dos x de 0 até 2π. 7. Encontre a área limitada por y = x2 e y = x+2. 8. Encontre a área limitada pelas curvas y = x2 – 1 e y = x +1. As curvas interceptam-se nos pontos de abscissa -1 e 2. 9. Para cada par de funções, encontre a área limitada pelos seus gráficos: 21 Uma região tridimensional (S) que possui as propriedades a) e b) a seguir é um sólido: a) A fronteira de S consiste em um número finito de superfícies lisas que se interceptam num número finito de arestas que por sua vez, podem se interceptar num número finito de vértices. b) S é uma região limitada. Exemplos de sólidos (esfera, cone circular, cubo, cilindro) 22 Um sólido de revolução se forma da seguinte maneira: Dada uma região R plana e l uma linha reta que pode tocar ou não em R e que esteja no mesmo plano de R. Girando-se R em torno de l, forma-se uma região chamada de sólido de revolução. Exemplos: 23 24 Exemplo: 25 26 27 28 Exercícios para o trabalho 2 (parte D): 1) 2) 3)
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