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RESUMO PATOLOGIA - NEOPLASIAS

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RESUMO – NEOPLASIAS
A replicação celular é atividade essencial para o organismo. No entanto, ela deve seguir o controle rígido imposto ao sistema. Em geral, existe correlação inversa, de grau razoável, entre diferenciação e multiplicação celulares. Quanto mais avançado é o estado de diferenciação, mais baixa é a taxa de reprodução. Assim se entende que, em neoplasias, em geral ocorre, paralelamente um aumento da proliferação e uma perda da diferenciação celular. Como resultado de tudo isso, as células neoplásicas progressivamente sofrem perda de diferenciação e tornam-se atípicas. 
Proliferação celular em condições normais é atividade complexa que depende da atuação coordenada de produtos de vários genes, os quais controlam o processo em resposta a estímulos internos e externos. A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos regulatórios de multiplicação, adquire autonomia de crescimento e torna-se independente de estímulos fisiológicos, sendo a proliferação, para a célula tumoral, uma atividade constitutiva.
Então, neoplasia pode ser entendida como a lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células. Quando ocorre em um órgão sólido, o maior número de células de uma neoplasia torna-se um tumor. Os tumores podem ser císticos ou sólidos. Esses apresentam-se macroscopicamente sob quatro tipos: nodular, o tumor forma uma massa expansiva que tende a ser esférica; vegetante, que forma uma massa de crescimento exofítico; infiltrativo, que é praticamente exclusivo de tumores malignos; ulcerado, que sofre ulceração precoce, sendo quase exclusivo de neoplasias malignas. 
Sob a óptica clínica, evolutiva e de comportamento as neoplasias podem ser divididas em benignas, que geralmente não são letais nem causam sérios transtornos para o hospedeiro, por isso mesmo, podem evoluir durante muito tempo e não colocam em risco a vida de seu portador, e malignas, que, ao contrário, em geral têm crescimento rápido, e muitas provocam perturbações homeostáticas graves que acabam levando o indivíduo à morte. As neoplasias benignas e malignas têm células neoplásicas (parênquima) e estroma conjuntivovascular, dependendo, suas propriedades biológicas, da interação entre esses componentes. 
As neoplasias podem ser classificadas de acordo com os seguintes critérios: comportamento clínico (benigno ou maligno), aspecto microscópico (critério histomorfológico) e origem da neoplasia (critério histogenético); sendo o histomorfológico o mais adotado para dar nome ao tumor, pelo qual a neoplasia é identificada pelo tecido ou célula proliferante. Nesse sentido, algumas regras são importantes: o sufixo -oma é empregado na denominação de qualquer neoplasia, benigna ou maligna; a palavra carcinoma indica tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento, se for usada como sufixo, sempre indica malignidade; o termo sarcoma refere-se a uma neoplasia maligna mesenquimal, usado como sufixo, indica tumor maligno de determinado tecido; -blastoma pode ser usada como sinônimo de neoplasia e, quando empregado como sufixo, indica que o tumor reproduz estruturas com características embrionárias. 
Neoplasias Benignas: As células das neoplasias benignas em geral são bem diferenciadas e podem até ser indistinguíveis das células normais correspondentes. As atipias celulares e arquiteturais são discretas, ou seja, o tumor reproduz bem o tecido que lhe deu origem. Como a taxa de divisão celular é pequena, em geral o tumor tem crescimento lento. Em tumores benignos, as células crescem unidas entre si, não se infiltram nos tecidos vizinhos e formam uma massa geralmente esférica. Esse crescimento é do tipo expansivo e provoca compressão de estruturas adjacentes, que podem sofrer hipotrofia. Com frequência, forma-se uma cápsula fibrosa em torno do tumor, resultante de compressão do estroma adjacente. Por isso mesmo, a neoplasia fica mais ou menos bem delimitada e pode ser completamente removida por cirurgia. Em geral, não recidivam após ressecção cirúrgica. 
O crescimento lento do tumor permite o desenvolvimento adequado de vasos sanguíneos, assegurando boa nutrição das células. Desse modo, degenerações, necroses e hemorragias são pouco comuns. Por essa razão e pelo fato de não se infiltrar nem destruir tecidos vizinhos, o tumor benigno não leva a ulceração. Além disso, não compromete a nutrição do hospedeiro e nem produz substâncias que podem produzir anemia ou caquexia. 
Há exceções a essas regras, por isso essas neoplasias não podem ser classificadas como benignas ou malignas apenas por seus aspectos morfológicos; componentes da biologia da lesão, seu componente clínico e suas formas de evolução são também muitas vezes indispensáveis para se rotular um tumor como benigno ou maligno.
Neoplasias Malignas: Os tumores malignos, em geral, são pouco delimitados e comumente invadem os tecidos e estruturas vizinhos. Nas células de neoplasias malignas a taxa de multiplicação é elevada (alto índice mitótico), seu crescimento é em geral rápido; o mesmo não acontece com o estroma e os vasos sanguíneos, que se desenvolvem mais lentamente, resultando muitas vezes em degenerações, necroses, hemorragias e ulcerações. Por essa razão, as neoplasias malignas frequentemente sangram e apresentam áreas de necrose. Também devido ao crescimento infiltrativo, não apresentam cápsula.
As neoplasias malignas são formadas por células que apresentam certas propriedades particulares. Dentre elas estão alterações na expressão gênica com tendência a síntese de enzimas predominantes da fase embrionária, o que oferece vantagem em relação às normais de origem. Além disso, as células malignas têm menor adesão entre si, crescimento autônomo, fora do controle normal do organismo. Como tumores malignos em geral são menos diferenciados, seu ritmo de crescimento é mais rápido do que o de tumores benignos. A velocidade de crescimento de cânceres, no entanto, varia bastante; em alguns casos, o tumor evolui lentamente por certo tempo e, em dado momento, passa a crescer de maneira muito rápida e leva o paciente à morte. As células malignas têm motilidade considerável, que é devida a menor adesividade entre elas, à perda do fenômeno de inibição por contato e ao maior desenvolvimento e modificação de seu citoesqueleto, deslocando-se com facilidade e infiltrando-se em tecidos adjacentes, penetrando em vias de disseminação, sendo transportadas para outros locais, onde são capazes de originar novas colônias tumorais. Além disso, por causa da perda da diferenciação celular, as células neoplásicas tendem a perder suas funções específicas.
Quanto à propagação e disseminação de neoplasias, a capacidade de se disseminar e de formar metástases constitui a diferença fundamental entre um tumor benigno e um maligno. Metástase é a formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas. Sua formação envolve: destacamento das células da massa tumoral original; deslocamento dessas células através da matriz extracelular(MEC); invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos; sobrevivência das células na circulação; adesão ao endotélio vascular no órgão em que irão e instalar; saída dos vasos nesse órgão; proliferação no órgão invadido; indução de vasos para o suprimento sanguíneo da nova colônia. Esses processos dependem de alterações na expressão de vários genes e de sinais gerados no estroma, não só do tumor como também do órgão em que a metástase se forma.
Acadêmica: Dianne Christie Rocha Pereira

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